Bula do Cefazolina Sódica para o Profissional

Bula do Cefazolina Sódica produzido pelo laboratorio Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cefazolina Sódica
Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CEFAZOLINA SóDICA PARA O PROFISSIONAL

BULA PROFISSIONAL DA

SAÚDE

CEFAZOLINA SÓDICA

HALEX ISTAR

PÓ PARA SOLUÇÃO INJETAVEL

1 G

cefazolina sódica

Medicamento genérico - Lei nº 9.787 de 1.999

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome genérico: Cefazolina sódica

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

1g pó para solução injetável caixa com 50 frascos-ampola sem diluente.

VIA INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola contém:

cefazolina sódica (D.C.B.: 01846)................................................................................1,0483g*

*equivalente a 1g de cefazolina.

A cefazolina sódica contém 48,3 mg de sódio por grama.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Cefazolina sódica é indicado para o tratamento das seguintes infecções graves causadas por microrganismos suscetíveis:

Infecções do Trato Respiratório causadas por Streptococcus pneumoniae, Klebsiella spp., Haemophilus influenzae,

Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes), estreptococos beta-hemolíticos do grupo A.

A penicilina benzatina injetável é considerada o medicamento de escolha no tratamento e prevenção de infecções estreptocócicas,

incluindo a profilaxia da febre reumática. A cefazolina é eficaz na erradicação dos estreptococos da nasofaringe; porém, até o

momento não existem dados da eficácia da cefazolina na prevenção subsequente da febre reumática.

Infecções do Trato Urinário causadas por Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella spp., e algumas cepas de Enterobacter e

enterococos.

Infecções da Pele e Estruturas da Pele causadas por Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes),

estreptococos beta-hemolíticos do grupo A e outras cepas de estreptococos.

Infecções do Trato Biliar causadas por Escherichia coli, diversas cepas de estreptococos, Proteus mirabilis, Klebsiella spp. e

Staphylococcus aureus.

Infecções Ósseas e Articulares causadas por Staphylococcus aureus.

Infecções Genitais (ex., prostatite e epididimite) causadas por Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella spp. e algumas cepas

de enterococos.

Septicemia causada por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes), Proteus

mirabilis, Escherichia coli e Klebsiella spp.

Endocardites causadas por Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes) e estreptococos beta-hemolíticos

do grupo A. Culturas apropriadas e estudos de suscetibilidade devem ser realizados para determinar a suscetibilidade do

microrganismo causador à cefazolina.

Profilaxia Cirúrgica: a administração profilática da cefazolina no pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório pode reduzir a

incidência de algumas infecções pós-operatórias em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos classificados como

contaminados ou potencialmente contaminados. O uso profilático da cefazolina pode também ser eficaz em pacientes cirúrgicos nos

quais uma infecção no local da cirurgia pode representar um grave risco (por exemplo, durante cirurgia cardíaca a céu-aberto ou

artroplastia prostética).

A administração profilática da cefazolina geralmente deve ser interrompida após um período de 24 horas após o procedimento

cirúrgico. Em cirurgias onde a ocorrência de infecção pode ser particularmente devastadora (cirurgia cardíaca a céu-aberto e

artroplastia prostética), a administração profilática da cefazolina pode ser continuada por 3 a 5 dias após a cirurgia. Se houver sinais

de infecção, amostras para cultura devem ser colhidas para identificação do organismo causador, de modo a instituir-se um

tratamento apropriado (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A cefazolina tem se mostrado efetiva em adultos e crianças (7)

contra infecções causadas por uma variedade de bactérias Gram-

positivas e Gram-negativas. Níveis de cefazolina no soro são duas a três vezes maiores que as mesmas doses de cefaloridina ou

cefalotina.(6)

A cefazolina tem atividade antibacteriana similar a da cefalotina. As principais vantagens em relação à cefalotina são sua

concentração sérica mais alta e por maior período e a menor possibilidade de dor após a administração intramuscular.(8)

Em estudos

clínicos, dos 394 pacientes com infecções geniturinárias causadas por Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis,

92,4% apresentaram resposta clínica favorável. Dos 32 pacientes acompanhados bacteriologicamente por pelo menos 2 semanas

após o encerramento do tratamento para infecção no trato urinário, 27 (84%) não apresentaram bacteriúria durante esse período. Em

pacientes com pneumonia e bronquite, uma alta porcentagem de respostas clínicas favoráveis foi observada, 93,8% e 88,9%,

respectivamente. Uma resposta clínica favorável foi obtida em 92,7% dos 247 pacientes no grupo com infecção respiratória, e uma

resposta bacteriológica satisfatória foi atingida em 76,1%. Dos 116 pacientes com infecções na pele e tecidos moles tratados com

cefazolina, uma resposta clínica favorável de 88% foi atingida e uma resposta bacteriológica foi documentada em 78% dos

pacientes. 43 casos de bacteremia foram tratados com cefazolina, obtendo-se uma resposta clínica favorável em 36 (83,7%), e uma

resposta bacteriológica satisfatória em 34 (79,1%) pacientes. Dos 25 pacientes com infecções ósseas e articulares variadas, o

tratamento com cefazolina foi efetivo em 20 (80%) pacientes e uma resposta bacteriológica satisfatória foi obtida em 18 (72%)

pacientes. A cefazolina mostrou-se clínica e bacteriologicamente efetiva em nove casos de endocardite estafilocócica e

estreptocócica. Dos 15 pacientes com infecções em múltiplos locais, uma resposta clínica e bacteriológica favorável foi atingida em

14 (93%) pacientes.(6)

A cefazolina foi estudada no tratamento de 105 pacientes hospitalizados com uma variedade de infecções incluindoendocardite,

pneumonia e infecções no trato urinário e na pele e tecidos moles, e obteve-se efetividade em 104 pacientes. A cefazolina também

foi testada in vitro e mostrou ser efetiva contra estafilococos, pneumococos, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Proteus mirabilis

pelo método de diluição em ágar. Os resultados do tratamento de pneumonia pneumocócica com cefazolina administrada por via

intramuscular foram superiores aos com cefalexina por via oral.(9)

Em um estudo que avaliou a eficácia da cefazolina em comparação com placebo na prevenção de infecção em cirurgia vascular

periférica, observou-se que infecções no local das incisões ocorreram com frequência significantemente menor após profilaxia

perioperatória com cefazolina e efeitos adversos (flebite, erupção cutânea, resistência antimicrobiana) relacionados às 24 – 36 horas

de uso de cefazolina não foram relatados. Dos 462 pacientes submetidos a cirurgia da aorta abdominal e extremidade vascular baixa,

houve uma diferença significantemente alta nas taxas de infecção: 6,8% dos tratados com placebo versus 0,9% dos tratados com

cefazolina. Até 8% das incisões abdominais de pacientes recebendo placebo tornaram-se infectadas versus 1,2% nos pacientes

tratados com cefazolina. Incisões na virilha foram infectadas com baixa frequência, 1,1% para pacientes que receberam placebo

versus nenhum paciente recebendo cefazolina.(10)

Em um estudo comparativo entre pacientes recebendo cefazolina ou placebo para profilaxia de cirurgia torácica não-cardíaca, a

cefazolina reduziu significativamente a taxa de infecção da incisão – 1,5% no grupo recebendo cefazolina e 14% no grupo

recebendo placebo. Uma dose pré-operatória única de 1 g de cefazolina foi efetiva na redução da taxa de infecção na incisão em

cirurgia torácica cardíaca.(11)

Em procedimentos cirúrgicos prolongados, recomenda-se a redosagem do antibiótico profilático durante o procedimento. A

redosagem foi benéfica em procedimentos com duração de mais de 400 minutos: infecções ocorreram em 14 (7,7%) dos 182

pacientes que receberam redosagem e em 32 (16%) dos 200 pacientes que não receberam. A redosagem intraoperatória de

cefazolina foi associada a uma redução de 16% no risco total de infecção no local da cirurgia após cirurgia cardíaca, incluindo

procedimentos com duração de menos de 240 minutos.(12)

A cefazolina é equivalente à cefoxitina para a prevenção de endometrite pós-parto em mulheres submetidas a secção-C não eletiva

primária.(13)

Referências Bibliográficas

1. Bauer, A.W.; Kirby, W.M.M.; Sherris, J.C., and Turck, M.: Antibiotic Testing by a Standardized Single Disc Method. Am.

J. Clin. Path. 45:493, 1966. Standardized Disc Susceptibi lity Test. Federal Register 39: 19182-19184, 1974.

2. Handbook on Injectable Drugs, 15th Edition, 2009, Lawrence A.Trissel, American Society of Health-System Pharmacists R.

3. Drug Information for the Health Care Professional - USP DI, 27th Edition, 2007, Thomson - Micromedex.

4. Drug information, 2008, American Society of Health-System Pharmacists.

5. Drug Interaction Facts, 2010, Facts & Comparisons.

6. Gold JA, McKee JJ, Ziv DS. Experience with cefazolin: an overal l summary of pharmacologic and clinical trials in man. J Infect

Dis. 1973 Oct; 128(Suppl): S415–S421.

7. Khan AJ. Clinical and laboratory evaluation of cefazolin: a new cephalosporin antibiotic in pediatric patients. Curr Ther Res.

1973 Oct; 15(10):727-33.

8. Kristen R, Levinson ME, Kaye D. Clinical and in vitro evaluation of cefazolin, a new cephalosporin antibiotic. Antimicrob. Ag.

Chemother. 1973 Feb; 3(2): 168-174.

9. Madhavan T, Quinn EL, Freimer E, Fisher E J, Cox F, Burch K, Pohlod D. Clinical studies of cefazolin and comparison with

other cephalosporins. Antimicrob Agents Chemother. 1973 Nov; 4(5): 525–531.

10. Kaiser AB, Clayson KR, Mulherin JL, Jr, Roach AC, Allen TR, Edwards WH, Dale WA. Antibiotic prophylaxis in vascular

surgery. Ann Surg. 1978 Sep; 188(3): 283–289.

11. Aznar R, Mateu M, Miro JM, Gatell JM, Gimferrer JM, Aznar E, Mallolas J, Soriano E, Sanchez-Lloret J. Antibiotic

prophylaxis in non-cardiac thoracic surgery: cefazolin versus placebo. Eur J Cardiothorac Surg. 1991; 5(10): 515-518.

12. Zanetti G, Giardina R, Platt R. Intraoperative redosing of cefazolin and risk for surgical site infection in cardiac surgery.

Emerging Infectious Diseases. 2001 Sep-Oct; 7(5): 828-831.

13. Currier JS, Tosteson TD, Platt R. Cefazolin compared with cefoxitin for cesarean section prophylaxis: the use of a twostage

study design. J Clin Epidemio. 1993 Jul; 46(7):625-30.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição: a cefazolina é uma cefalosporina semissintética para administração parenteral. É o sal sódico do 3-{[(5-metil-1,3,4-

tiadiazol-2- il)tiol]metil}-8-oxo-7-[2-(1H-tetrazol-1-il)acetamido]-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0] octo-2-eno-2-ácidocarboxílico.

Farmacocinética: após a administração intramuscular em voluntários sadios, as concentrações séricas médias de cefazolina foram

37 mcg/mL em 1 hora e 3 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 500mg e, 64 mcg/mL em 1 hora e 7 mcg/mL em 8 horas com dose

de 1 g.

Após a administração intravenosa de cefazolina em voluntários sadios, as concentrações séricas médias apresentaram um pico de

aproximadamente 185 mcg/mL e foram de aproximadamente 4 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 1 g. A meia-vida sérica da

cefazolina é aproximadamente 1,8 hora após administração intravenosa e aproximadamente 2 horas após administração

intramuscular. Em um estudo (usando voluntários sadios) com infusões intravenosas constantes de 3,5 mg/kg durante 1 hora

(aproximadamente 250 mg) e 1,5 mg/kg nas 2 horas seguintes aproximadamente 100 mg), a cefazolina produziu um nível sérico

constante de aproximadamente 28 mcg/mL na terceira hora. Estudos com pacientes hospitalizados com infecção indicam que a

cefazolina injetável produz níveis séricos médios equivalentes aos observados em voluntários sadios. Em pacientes sem doença

obstrutiva biliar, os níveis na bile podem atingir ou exceder até 5 vezes os níveis séricos; porém, em pacientes com doença

obstrutiva biliar, os níveis biliares de cefazolina são consideravelmente menores que os níveis séricos (<1mcg/mL).

No líquido sinovial, os níveis de cefazolina são comparáveis aos alcançados no soro cerca de 4 horas após a administração.

Estudos no sangue do cordão umbilical demonstram pronta transferência da cefazolina através da placenta. A cefazolina está

presente em concentrações muito baixas no leite de mães que estão amamentando.

A cefazolina é excretada inalterada na urina. Nas primeiras 6 horas, aproximadamente 60% do medicamento são excretados na

urina, aumentando para 70% a 80% em 24 horas.

A cefazolina atinge concentrações urinárias máximas de aproximadamente 2400 mcg/mL após doses intramusculares de 500 mg e

de 4000 mcg/mL após doses de 1 g. Em pacientes submetidos à diálise peritoneal (2 L/h), a cefazolina produziu níveis séricos

médios de aproximadamente 10 mcg/mL, após 24 horas de instilação de uma solução de diálise contendo 50 mg/mL e 30 mcg/mL

após instilação de solução contendo 150 mg/mL. Os níveis médios de pico foram 29 mcg/mL com 50 mg/mL (três pacientes), e 72

mcg/mL com 150 mg/mL . A administração intraperitoneal da cefazolina é geralmente bem tolerada. Estudos controlados em

voluntários adultos sadios recebendo 1 g, 4 vezes ao dia, durante 10 dias, monitorando exames hematológicos, AST, ALT,

bilirrubinas, fosfatase alcalina, uremia, creatinina e exames de urina, não demonstraram qualquer alteração clinicamente

significativa que fosse atribuída à cefazolina.

Microbiologia: testes in vitro demonstram que a ação bactericida das cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede celular.

A cefazolina é ativa in vitro e em infecções clínicas contra os seguintes microrganismos:

Aeróbicos Gram-positivos:

Staphylococcus aureus (incluindo cepas produtoras de penicilinase)

Staphylococcus epidermidis

Estreptococos beta-hemolíticos do Grupo A e outras cepas de estreptococos (muitas cepas de enterococos são resistentes)

Streptococcus pneumoniae

Obs.: estafilococos meticilina-resistentes são uniformemente resistentes à cefazolina.

Aeróbicos Gram-negativos:

Klebsiella spp.

Escherichia coli

Enterobacter aerogenes

Proteus mirabilis

Haemophilus influenzae

A maioria das cepas de Proteus indol positivos (Proteus vulgaris), Enterobacter cloacae, Morganella morganii e Providencia

rettgeri é resistente. Serratia, Pseudomonas, Acinetobacter (anteriormente Mima-Herellea) são quase uniformemente resistentes à

cefazolina.

Testes de Suscetibilidade

Técnicas de difusão: métodos quantitativos baseados na medição do diâmetro do halo proporcionam as estimativas mais precisas

da suscetibilidade de microrganismos aos antibióticos. Um procedimento deste tipo(1) tem sido recomendado para testes de

suscetibilidade à cefazolina com uso de discos.

O teste de suscetibilidade de Staphylococcus spp, padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), com um

único disco com 30 mcg de cefazolina, deve ser interpretado de acordo com os seguintes critérios:

Diâmetro do Halo (mm) Interpretação

≥ 18

15-17

≤ 14

Suscetível

Intermediário

Resistente

Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados,

respondendo à terapia. Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser suscetível se altas doses forem usadas ou

se a infecção estiver confinada nos tecido s e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos (por ex.: urina). Um resultado

“resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser

selecionada. Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismos de controle laboratorial. O disco com 30 mcg de

cefazolina deve apresentar os seguintes halos de inibição:

Microrganismo Diâmetro do Halo (mm)

Escherichia coli ATCC 25922

Staphylococcus aureus ATCC 25923

21-27

29-35

Técnicas de diluição: usar o método de diluição (caldo ou ágar) padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute

(CLSI) ou equivalente. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) obtidos para Staphylococcus spp. devem ser

interpretados de acordo com os seguintes critérios:

CIM (mcg/mL) Interpretação

< 8

16

> 32

Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados. Um

resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser suscetível se altas doses forem usadas ou se a infecção estiver

confinada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos (por ex.: urina). Um resultado “resistente” indica que

as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecionada. Procedimentos

padronizados requerem o uso de microrganismos de controle laboratorial. A cefazolina-padrão deve fornecer os seguintes valores de

CIM:

Microrganismo CIM (mcg/mL)

Staphylococcus aureus ATCC 29213

0,25-1

1-4

4. CONTRAINDICAÇÕES

Cefazolina sódica é contraindicado em pacientes com histórico de alergia a antibióticos do grupo das cefalosporinas, penicilina,

derivados da penicilina e penicilamina.

Uso na Gravidez: categoria de Risco B.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes do tratamento com Cefazolina sódica ser instituído, um cuidadoso questionamento deve ser feito para determinar se o

paciente já apresentou reações de hipersensibilidade a outros medicamentos, particularmente à cefazolina, outras cefalosporinas,

penicilinas ou penicilaminas. Recomenda-se cuidado especial ao administrar cefazolina a pacientes penicilino-sensíveis, pois a

hipersensibilidade cruzada entre antibióticos betalactâmicos pode ocorrer em até 10% dos pacientes com histórico de alergia a

penicilina. Se uma reação alérgica a cefazolina ocorrer, interrompa o tratamento com o medicamento. Reações de hipersensibilidade

aguda graves podem requerer tratamento com epinefrina (adrenalina) e outras medidas de emergência, incluindo oxigênio, fluidos

intravenosos, anti-histamínicos intravenosos, corticosteroides, aminas pressoras e monitoração das vias aéreas, conforme indicação

clínica.

Foram relatados casos de colite pseudomembranosa com quase todos os agentes antibacterianos incluindo a cefazolina, cuja

gravidade pode variar de leve a risco de morte. Portanto, deve-se considerar este diagnóstico em pacientes que apresentem diarreia

após administração de agentes antibacterianos.O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon e pode

permitir o aumento de crescimento de clostrídeos. Estudos indicam que a toxina produzida pelo Clostridium difficile é uma das

causas primárias da colite associada ao uso de antibióticos.

Estabelecido o diagnóstico de colite pseudomembranosa, medidas terapêuticas apropriadas devem ser iniciadas. Os casos leves de

colite pseudomembranosa geralmente respondem apenas com a interrupção do tratamento. Em casos de colite moderada a grave, o

tratamento deve incluir sigmoidoscopia, estudos bacteriológicos apropriados e suplementação de líquidos, eletrólitos e proteínas.

Quando não há melhora após a interrupção da droga ou quando a colite é grave, deve-se utilizar um antibacteriano eficaz para o

tratamento de colite. Outras causas de colites devem ser excluídas.

A cefazolina, assim como todas as cefalosporinas, deve ser prescrita com cautela a indivíduos com história de doença gastrintestinal,

particularmente colite.

O uso prolongado da cefazolina pode resultar em crescimento aumentado de microrganismos não suscetíveis. A observação clínica

cuidadosa do paciente é essencial.

Quando a cefazolina é administrada a pacientes com baixo débito urinário devido à diminuição da função renal, uma dose diária

menor é necessária (ver 8. POSOLOGIA E MODO USAR).

Assim como com outros antibióticos betalactâmicos, convulsões podem ocorrer se altas doses forem administradas a pacientes com

diminuição da função renal (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

A administração intratecal de cefazolina não está aprovada; houve relatos de toxicidade grave ao sistema nervoso central, incluindo

convulsões, quando a cefazolina foi administrada por esta via.

Carcinogênese, mutagênese: não foram realizados estudos mutagênicos e de longa duração em animais para avaliar o potencial

carcinogênico da cefazolina.

Uso na Gravidez: categoria de Risco B.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Estudos de reprodução foram realizados em camundongos, ratos e coelhos, com doses até 25 vezes superiores à dose humana

habitual, e não revelaram nenhuma evidência de prejuízo sobre a fertilidade ou dano ao feto causado por cefazolina.

Entretanto, não há estudos bem controlados em mulheres grávidas e os estudos de reprodução em animais nem sempre são

preditivos da resposta humana.

Trabalho de Parto: quando a cefazolina foi administrada antes da cirurgia cesariana, os níveis do medicamento no sangue do

cordão umbilical foram aproximadamente um quarto a um terço dos níveis do medicamento na mãe. A droga parece não ter nenhum

efeito adverso no feto.

Uso na lactação: a cefazolina está presente em níveis muito baixos no leite materno. Entretanto, não foram documentados

problemas.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Uso em pacientes com diminuição da função renal:

Pacientes podem necessitar de um ajuste de dose se houver diminuição da função renal.

Uso em crianças:

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Aminoglicosídeos (ex.: amicacina, gentamicina e tobramicina) - um aumento na incidência de nefrotoxicidade foi relatado após a

administração concomitante de antibióticos cefalosporínicos e aminoglicosídeos. Não se recomenda a mistura de cefazolina com

outras medicações. A mistura de antibacterianos betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) e aminoglicosídeos pode resultar na

inativação de ambas as substâncias. Se clinicamente necessário, elas devem ser administradas separadamente (não misturá-las no

mesmo frasco ou numa mesma bolsa intravenosa).

Varfarina – os efeitos anticoagulantes da varfarina foram aumentados com a utilização concomitante com cefazolina. Pode ser

necessário reduzir a dose de varfarina.

Heparina – o uso concomitante de cefazolina e heparina pode aumentar o risco de sangramento.

Probenecida - a probenecida aumenta as concentrações plasmáticas de cefazolina e pode aumentar os riscos de toxicidade.

Interações com Testes Laboratoriais - reações falso-positivas para glicose na urina podem ocorrer com solução de Benedict ou

solução de Fehling, mas não com testes enzimáticos.

Testes de antiglobulina (Coombs) diretos e indiretos positivos ocorreram em pacientes que receberam cefazolina; este fato também

pode ocorrer em neonatos cujas mães receberam cefalosporinas antes do parto.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cefazolina sódica deve ser armazenado em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz

e umidade. O medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Depois de preparado este medicamento pode ser utilizado em até 12 horas se mantido em temperatura ambiente (entre 15°C

e 30°C), protegido da luz e umidade ou em até 24 horas se mantido sobre refrigeração (entre 2°C e 8°C) (ver 8.

POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Características físicas e organolépticas:

Aspecto físico do pó: pó cristalino branco ou quase branco, praticamente sem odor.

Características da solução após reconstituição: límpida, liquida e amarelada, isenta de partículas estranhas.

Características da solução após diluição: límpida e amarelada isenta de partículas estranhas.

(ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução reconstituída e/ou diluída de Cefazolina sódica pode escurecer durante a

armazenagem, porém a potência do produto permanece inalterada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Posologia

ATENÇÃO: as doses são dadas em termos de cefazolina.

Adultos e Adolescentes

Infecção Urinária Aguda (não complicada): 1g a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Pneumonia Pneumocócica: 500 mg a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Endocardite (profilaxia): 1 g, 30 minutos antes da cirurgia, por infusão intravenosa.

Profilaxia cirúrgica (infusão intravenosa)

Antes da cirurgia: 1 g, 30 a 60 minutos antes do início da cirurgia.

Durante a cirurgia (procedimentos com duração de 2 horas ou mais): 500 mg a 1 g.

Depois da cirurgia: 500 mg a 1 g a cada 6 a 8 horas, até 24 horas após a cirurgia.

É importante que a dose pré-operatória seja administrada exatamente (30 minutos a uma hora) antes do início da cirurgia de tal

modo que níveis adequados de cefazolina estejam presentes no sangue e nos tecidos no momento da incisão cirúrgica inicial.

Em cirurgias onde a ocorrência de uma infecção pode ser particularmente devastadora (por exemplo, cirurgia cardíaca a céu-aberto

ou artroplastia prostética), a administração profilát ica da cefazolina deve ser continuada por 3 a 5 dias após o término da cirurgia.

Outras Infecções

Infecções leves: 250 a 500 mg a cada 8 horas, por infusão intravenosa.

Infecções moderadas a graves: 500 mg a 1 g, a cada 6 a 8 horas, por infusão intravenosa.

Limite de dose para adultos: 6 g por dia, embora em raras ocasiões doses de até 12 g por dia foram utilizadas.

Crianças

Endocardite (profilaxia): 25 mg por quilograma de peso corporal, 30 minutos antes do início do procedimento, por infusão

intravenosa.

Outras infecções

Crianças a partir de 1 mês de idade (infusão intravenosa)

Infecção leve a moderada: 6,25 a 12,5 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou 8,3 a 16,7 mg por quilograma de

peso corporal a cada 8 horas.

Infecção grave: 25 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou 33,3 mg por quilograma de peso corporal a cada 8 horas.

Crianças com menos de 1 mês de idade (infusão intravenosa):

20 mg por quilograma de peso corporal, a cada 8 ou 12 horas.

Idosos

Pode ser necessário ajustar a dose em função da condição renal (ver doses para Adultos com diminuição da função renal).

Limite de dose para idosos acima de 75 anos de idade: 500 mg a cada 8 horas (mesmo com clearance de creatinina normal).

Pacientes com diminuição da função renal

Adultos com diminuição da função renal: Após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses devem ser ajustadas de

acordo com esquema abaixo que considera o clearance de creatinina (ver Tabela 1).

Tabela 1: Ajuste de Dose para Adultos com Diminuição da Função Renal

Clearance de creatinina (mL/min) Dose

≥ 55 Dose usual

35-54 Dose usual a cada 8 ou 12 horas

11-34 Metade da dose usual a cada 12 horas

≤ 10 Metade da dose usual a cada 18 ou 24 horas

Crianças com diminuição da função renal: após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses devem ser ajustadas de

acordo com o esquema abaixo que considera o clearance da creatinina (ver Tabela 2).

Tabela 2: Ajuste de Dose para Crianças com Diminuição da Função Renal

≥ 70 Dose usual para crianças

40-70 7,5 a 30 mg por quilograma de peso corporal a cada 12 horas

20-40 3,1 a 12,5 mg por quilograma de peso corporal a cada 12 horas

5-20 2,5 a 10 mg por quilograma de peso corporal a cada 24 horas

Duração do tratamento

Como na terapia com antibióticos em geral, o tratamento com Cefazolina sódica deve ser prolongado por um mínimo de 48 a 72

horas após abaixar a temperatura do paciente, ou após a constatação da erradicação bacteriana.

Modo de Usar

ATENÇÃO: frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40x12, que aumentam a incidência de

pequenos fragmentos de rolha serem levados para dentro do frasco durante o procedimento. Agulhas 30x8 ou 25x8, embora

dificultem o processo de reconstituição, tem menor probabilidade de carregarem partículas de rolha para dentro dos frascos. Deve-

se, no entanto, sempre inspecionar visualmente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas.

O produto preparado em capela de fluxo unidirecional (laminar) validado pode ser armazenado pelos tempos descritos a seguir. Para

produtos preparados fora desta condição, recomenda-se o uso imediato.

Cefazolina Sódica 1 g – VIA INTRAMUSCULAR

Reconstituição

Diluente: Água para injetáveis. Volume: 2,5 mL.

Aspecto da solução reconstituída: límpida, liquida e amarelada, isenta de partículas estranhas.

Estabilidade após reconstituição:

Temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C): 12 horas, protegido da luze umidade.

Refrigeração (entre 2°C e 8°C): 24 horas, protegido da luz e umidade.

ATENÇÃO: como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução reconstituída de Cefazolina Sódica pode escurecer durante

a armazenagem, porém a potência do produto permanece inalterada.

Administração: injetar em grande massa muscular. Em adultos, nas nádegas (quadrante superior externo); em crianças, na

face lateral da coxa.

Cefazolina Sódica 1g – VIA INTRAVENOSA DIRETA

Diluente: Água para injetáveis. Volume: 10 mL.

Temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C): 12 horas, protegido da luz e umidade.

Administração: injetar direto na veia durante 3 a 5 minutos.

Cefazolina Sódica 1g – INFUSÃO INTRAVENOSA

Temperatura ambiente (entre15°C e 30°C): 12 horas, protegido da luz e umidade.

Refrigeração (entre 2°C a 8°C): 24 horas, protegido da luz e umidade.

Diluição

Diluente: Cloreto de Sódio 0,9%. Volume: 100 mL.

Aspecto da solução diluída: límpida, liquida e amarelada, isenta de partículas estranhas.

Estabilidade após diluição:

Temperatura ambiente (entre15° e 30°C): 12 horas, protegido da luz e umidade.

Refrigeração (entre 2° e 8°C): 24 horas, protegido da luz e umidade.

Tempo de infusão: 30 a 60 minutos.

Incompatibilidades: não se recomenda a mistura de cefazolina com outras medicações. A mistura de antibacterianos

betalactâmicos (penicilina e cefalosporinas) e aminoglicosídeos pode resultar em inativação de ambas substâncias. Se clinicamente

necessário elas devem ser administradas separadamente (não misturá-las no mesmo frasco ou numa mesma bolsa intravenosa).

Cefazolina Sódica (Sistema Fechado) – INFUSÃO INTRAVENOSA

O frasco-ampola de Cefazolina Sódica 1g para infusão intravenosa deve ser acoplado à bolsa conforme ilustrações abaixo.

Devem ser observados cuidados usuais para evitar contaminação na montagem do sistema fechado ilustrado a seguir.

Recomenda-se a utilização de equipos com filtro.

ATENÇÃO: o frasco deve ser mantido acoplado à bolsa. Isso garante o fechamento do circuito de infusão e o próprio

frasco é o indicador do produto que está sendo administrado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações adversas raras:

Hipersensibilidade: anafilaxia, eosinofilia, prurido, febre à droga, erupções cutâneas e Síndrome de Stevens-Johnson.

Reações locais: raros casos de flebite no local da injeção foram relatados.

Gastrintestinais: diarreia, estomatite por Cândida, vômitos e náuseas, cólicas de estômago, anorexia e colite pseudomembranosa. O

início dos sintomas da colite pseudomembranosa pode ocorrer durante ou após o tratamento com antibióticos (ver 5.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Reações adversas muito raras:

Hematológicas: neutropenia, leucopenia, trombocitopenia e trombocitemia.

Hepáticas e renais: elevação transitória de AST, ALT, uremia e fosfatase alcalina foram observadas sem evidências clínicas de

prejuízo renal ou hepático.

Outras reações: prurido genital e anal (incluindo prurido vulvar, monilíase genital e vaginite).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sinais e sintomas: os sinais e sintomas tóxicos após uma superdose de cefazolina podem incluir dor, inflamação e flebite no

local da injeção.

A administração de grandes doses inadequadas de cefalosporinas parenterais pode causar tontura, parestesia e cefaleia. Após uma

superdose podem ocorrer convulsões com algumas cefalosporinas, particularmente em pacientes com insuficiência renal, nos quais

pode ocorrer acúmulo.

As anormalidades nos valores de laboratório que podem ocorrer, após uma superdose, incluem elevações na creatinina, nitrogênio

ureico sanguíneo (BUN), enzimas hepáticas e bilirrubina, teste de Coombs positivo, trombocitose, trombocitopenia, eosinofilia,

leucopenia e aumento do tempo de protrombina.

Tratamento: ao tratar uma superdosagem, considerar a possibilidade de superdosagem de múltiplas drogas, interação entre drogas e

de cinética inusitada da droga no paciente.

Se ocorrerem convulsões, a droga deve ser suspensa imediatamente e uma terapia anticonvulsivante deve ser administrada, se

clinicamente indicado. Proteger a passagem de ar para o paciente e manter ventilação e perfusão. Monitorar e manter

meticulosamente dentro de limites aceitáveis os sinais vitais do paciente, os gases do sangue, eletrólitos séricos, etc. Em casos de

superdosagem grave, especialmente em pacientes com insuficiência renal, deve ser considerada a hemodiálise e hemoperfusão

combinada, se falhar a resposta com outras terapias. Contudo, não há dados disponíveis sobre esta terapia.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.