Bula do Ceftazidon produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Blau Farmacêutica S/A.
CEFTAZIDON®
Blau Farmacêutica S.A.
Pó Injetável
1000 mg
MODELO DE BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE RDC 47/09
Ceftazidon®
ceftazidima pentaidratada
APRESENTAÇÕES
Pó injetável
1000 mg é apresentado em embalagem com 20 frascos-ampola + 20 ampolas de diluente ou 20 ou 100 frascos-ampola sem diluente.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
ceftazidima (equivalente a 1164,66 mg de ceftazidima pentaidratada)..............................................................................................................1000 mg
excipiente: carbonato de sódio q.s.p...................................................................................................................................................... 1 frasco-ampola
Cada ampola de diluente contém:
água para injetáveis, estéril e apirogênica .............................................................................................................................................................10 mL
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Ceftazidon®
está indicado no tratamento de infecções simples ou múltiplas causadas por bactérias sensíveis ou nas circunstâncias que justifiquem
seu uso antes da identificação do agente causal.
pode ser usado em monoterapia, como droga de primeira escolha, antes de os resultados dos testes de sensibilidade estarem
disponíveis.
pode ser administrado com um antibiótico anaerobicida, quando se suspeita da presença de Bacterioides fragilis.
Em virtude de seu amplo espectro de ação, especialmente contra agentes gram-negativos, está também indicado nas infecções resistentes a outros
antibióticos, incluindo aminoglicosídeos e cefalosporinas diversas. Contudo, quando necessário (como, por exemplo, diante de neutropenia grave),
pode ser administrado em combinação com aminoglicosídeos ou outros antibióticos betalactâmicos.
Ceftazidima demonstrou eficácia clínica de 94% e bacteriológica, de 68%, quando utilizado em pacientes com sepse bacteriana.
FANG, CT. et al. Safety and efficacy of cefpirome in comparison with ceftazidime in Chinese patients with sepsis due to bacterial infections.
Chemotherapy, 46(5): 371-378, 2000.
Propriedades farmacodinâmicas
Ceftazidima é um antibiótico cefalosporínico bactericida, inibidor da síntese da parede celular bacteriana e resistente à maioria das betalactamases
produzidas por organismos gram-positivos e gram-negativos e, portanto, ativo contra muitas cepas resistentes à ampicilina e à cefalotina. A
ceftazidima é dotada de elevada atividade intrínseca in vitro, com estreita faixa de concentração inibitória mínima (CIM) para a maioria dos
gêneros e mudanças mínimas na CIM em níveis variados de inóculos. In vitro, a atividade da ceftazidima e dos aminoglicosídeos em combinação
são aditivas. Há evidências de sinergismo em algumas cepas.
A atividade in vitro da ceftazidima estende-se aos seguintes microrganismos:
Gram-negativos:
Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas sp. (incluindo P. pseudomallei), Klebsiella sp. (incluindo Klebsiella pneumoniae), Proteus mirabilis,
Proteus vulgaris, Morganella morganii (Proteus morganii), Proteus rettgeri, Providencia sp., Escherichia coli, Enterobacter sp., Citrobacter sp.,
Serratia sp., Salmonella sp., Shigella sp., Yersinia enterocolitica, Pasteurella multocida, Acinetobacter sp., Neisseria gonorrhoeae, N.
meningitidis, Haemophilus influenzae (incluindo cepas resistentes à ampicilina) e H. parainfluenzae (incluindo cepas resistentes à ampicilina).
Gram-positivos:
Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis (cepas sensíveis à meticilina), Micrococcus sp., Streptococcus pyogenes (Grupo A, beta-
hemolíticos), Streptococcus do Grupo B (Streptococcus agalactiae), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus mitis, Streptococcus sp.,
excetuando-se o Enterococcus (Streptococcus) faecalis.
Cepas anaeróbias:
Peptococcus sp., Peptostreptococcus sp., Streptococcus sp., Propionibacterium sp., Clostridium perfringens, Fusobacterium sp., Bacteroides sp.
(muitas cepas de Bacteroides fragilis são resistentes).
Ceftazidima não é ativo in vitro contra estafilococos resistentes à meticilina, Enterococcus (Streptococcus) faecalis e muitos outros enterococos,
Listeria monocytogenes, Campylobacter sp. e Clostridium difficile.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
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Após injeção intramuscular de 500 mg e 1 g, prontamente são atingidos níveis máximos de 18 e 37 mg/L, respectivamente; e cinco minutos após
injeção intravenosa direta de 500 mg, 1 g e 2 g, são alcançados níveis séricos de 46, 87 e 170 mg/L, respectivamente.
Distribuição
Concentrações terapeuticamente ativas são detectadas no soro, mesmo 8 a 12 horas após a administração intramuscular ou intravenosa. A ligação
da ceftazidima às proteínas do soro é baixa, situando-se em torno de 10%.
Concentrações excedentes aos níveis inibitórios mínimos para patógenos comuns são detectadas nos ossos, coração, bile, saliva, humor aquoso e
líquidos sinovial, pleural e peritoneal. A ceftazidima atravessa a placenta rapidamente e é excretada no leite materno. Na ausência de inflamação,
a ceftazidima não atravessa com facilidade a barreira hematoencefálica, resultando em baixos níveis de ceftazidima no líquido cefalorraquidiano.
Todavia, na vigência de inflamação das meninges, são atingidos níveis terapêuticos de 4 a 20 mg/L ou mais no líquido cefalorraquidiano.
Metabolismo
A ceftazidima não é metabolizada no organismo.
Eliminação
Os níveis séricos obtidos após a administração parenteral são elevados e prolongados, diminuindo com meia-vida de aproximadamente duas horas.
A ceftazidima é excretada pela urina sob forma ativa, através de filtração glomerular. Cerca de 80 a 90% da dose são recuperados na urina em 24
horas.
Em pacientes com insuficiência renal, a eliminação de ceftazidima é diminuída, devendo por isso ser reduzida a dose (ver Posologia -
Insuficiência renal).
Tendo em vista que a quantidade excretada pela bile é inferior a 1%, o teor de droga que chega ao intestino é mínimo.
Ceftazidon®
é contraindicado para uso em pacientes comprovadamente hipersensíveis a antibióticos cefalosporínicos ou a qualquer componente
da fórmula.
Em pacientes hipersensíveis à penicilina, deve se levar em conta a possibilidade de reações alérgicas cruzadas.
Como para os demais antibióticos betalactâmicos, antes de instituída terapia com Ceftazidon®
deve ser pesquisada história de reações de
hipersensibilidade à ceftazidima, às cefalosporinas, às penicilinas ou outras drogas. Ceftazidon®
deve ser administrado com cautela especial a
pacientes com história de reação alérgica a penicilinas ou outros betalactâmicos. Na eventualidade da ocorrência de reação alérgica ao
Ceftazidon®
, interromper o tratamento. Reações mais graves de hipersensibilidade podem requerer o uso de adrenalina, hidrocortisona, anti-
histamínicos ou a adoção de outras medidas de emergência.
Tratamento simultâneo com altas doses de cefalosporinas e drogas nefrotóxicas como, por exemplo, aminoglicosídeos e diuréticos potentes (por
exemplo, furosemida) pode afetar, adversamente, a função renal. A experiência clínica demonstrou ser pouco provável a ocorrência de problemas
associados a ceftazidima quando utilizado na dose terapêutica normal. Não existem evidências de que Ceftazidon®
afeta a função renal quando é
utilizado em doses habituais.
A ceftazidima é excretada pelos rins e, portanto, a dosagem deve ser reduzida de acordo com o grau de insuficiência renal (ver Posologia –
Insuficiência renal). Ocasionalmente, sequelas neurológicas têm sido relatadas em casos nos quais a dosagem não foi reduzida apropriadamente
em pacientes com insuficiência renal (ver Posologia - Insuficiência renal e Reações Adversas).
Como com outras cefalosporinas e penicilinas de largo espectro, algumas cepas de Enterobacter sp. e Serratia sp., inicialmente sensíveis, podem
desenvolver resistência durante o tratamento com ceftazidima. Testes periódicos de sensibilidade devem ser considerados quando clinicamente
apropriado, durante o tratamento de infecções por esses microrganismos.
Como com os demais antibióticos de largo espectro, o uso prolongado de ceftazidima pode resultar no aparecimento de microrganismos não-
sensíveis (por exemplo, cândida, enterococos), o que pode requerer interrupção do tratamento ou adoção de medidas apropriadas. A reavaliação da
condição do paciente é essencial.
Foram reportados casos de colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, cuja gravidade pode variar de leve à fatal. Entretanto, é
importante considerar este diagnóstico em pacientes que desenvolverem diarreia durante ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia
prolongada ou significativa ou o paciente apresentar cólicas abdominais, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve ser
posteriormente examinado.
Incompatibilidades
A ceftazidima é menos estável na solução de bicarbonato de sódio (que não é recomendada como diluente) do que em outras soluções
intravenosas. Ceftazidima e aminoglicosídeos não devem ser misturados no mesmo circuito de infusão ou seringa. Tem-se relatado precipitação
quando a vancomicina é adicionada à ceftazidima em solução. Portanto, é prudente lavar os circuitos de infusão e as linhas intravenosas entre a
administração desses dois agentes.
Populações especiais
- Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doença aguda, a dose diária de ceftazidima não deve, normalmente,
exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram reportados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez e lactação
Ainda que não haja evidência experimental de efeitos embriopáticos ou teratogênicos, a administração de ceftazidima – como de qualquer droga -
deve ser feita com cuidado nos primeiros meses de gestação (bem como logo após o nascimento).
A ceftazidima é excretada em pequenas proporções pelo leite humano e, por isso, aconselha-se precaução quando de sua administração a lactantes.
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Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Precauções farmacotécnicas
A ceftazidima em concentrações entre 0,05 mg/mL e 0,25 mg/mL é compatível com o fluido de diálise intraperitoneal (lactato).
A solução de ceftazidima para uso intramuscular pode ser reconstituída com cloreto de lidocaína a 0,5-1,0%.
A ceftazidima mostra compatibilidade quando misturado a 4 mg/mL com: fosfato sódico de hidrocortisona (1 mg/mL em solução de cloreto de
sódio a 0,9% ou solução de glicose a 5%), cefuroxima sódica (3 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloxaciclina sódica (4 mg/mL em
solução de cloreto de sódio a 0,9%), heparina (10 UI/mL ou 50 UI/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloreto de potássio (10 ou 40
mEq/L em solução de cloreto de sódio a 0,9%).
A mistura de uma solução de ceftazidima (500 mg em 1,5 mL de água estéril para injeções) com uma solução injetável de metronidazol (500 mg
em 100 mL) mantém a atividade de ambos os componentes.
As soluções variam do amarelo-claro ao âmbar, dependendo da concentração, do diluente e das condições de conservação. Seguidas as
recomendações preconizadas, a potência do produto não é afetada pelas variações na coloração.
A ceftazidima é compatível com a grande maioria das soluções parenterais comumente utilizadas (ver Advertências e Precauções -
Incompatibilidades). As soluções de ceftazidima, em concentrações de 1 mg/mL a 40 mg/mL, são compatíveis com os líquidos de infusão a seguir
relacionados:
• Cloreto de sódio a 0,9%
• Lactato de sódio M/6
• Solução de Hartmann
• Glicose a 5% e a 10%
• Cloreto de sódio a 0,225% + glicose a 5%
• Cloreto de sódio a 0,45% + glicose a 5%
• Cloreto de sódio a 0,18% + glicose a 4%
• Cloreto de sódio a 0,9% + glicose a 5%
• Dextran 40 a 10% + glicose a 5%
• Dextran 40 a 10% + cloreto de sódio a 0,9%
• Dextran 70 a 6% + cloreto de sódio a 0,9%
Interações com medicamentos
A administração de antibióticos cefalosporínicos com drogas nefrotóxicas pode afetar a função renal (ver Advertências e Precauções).
Demonstrou-se que o cloranfenicol antagoniza a ação de cefalosporinas in vitro. Se houver necessidade de administração concomitante de
cloranfenicol, deve ser considerada a possibilidade de antagonismo.
Assim como com outros antibióticos, a ceftazidima pode afetar a flora intestinal, levando à baixa reabsorção de estrogênio e à redução da eficácia
de contraceptivos orais combinados.
Interações com exames laboratoriais
A ceftazidima não interfere na dosagem de creatinina pelo ensaio do picrato alcalino, bem como nos testes enzimáticos para glicosúria.
Por outro lado, pode ocorrer uma fraca interferência nos métodos de redução do cobre (métodos de Benedict, Fehling e Clinitest) para glicosúria.
Cuidados de armazenamento
Ceftazidon®
(ceftazidima pentaidratada) deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente entre 15°C e 30ºC.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspectos físicos / Características organolépticas
IM/IV é uma mistura estéril, sob a forma de pó cristalino branco a creme.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Reconstituição:
O profissional da saúde, antes da reconstituição do medicamento, deve verificar a aparência do pó no interior do frasco-ampola, buscando
identificar alguma partícula que possa interferir na integridade e na qualidade do medicamento.
Para a reconstituição da solução do frasco-ampola de Ceftazidon®
, são necessários 10 mL de água para injetáveis. Para a completa
homogeneização da solução, recomenda-se agitar o frasco-ampola vigorosamente antes de retirar a dose a ser injetada.
Com a finalidade de evitar o aparecimento de partículas de borracha após a inserção de agulha no frasco-ampola, proceder da seguinte
forma:
1. Encaixar uma agulha de injeção de, no máximo, 0,8 mm de calibre;
2. Encher a seringa com o diluente apropriado;
3. Segurar a seringa verticalmente à borracha;
4. Perfurar a tampa dentro da área marcada, deixando o frasco-ampola firmemente na posição vertical;
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5. É recomendado não perfurar mais de 4 vezes a área demarcada (ISO 7864).
Veja a seguir o procedimento:
Após a reconstituição, o profissional da saúde deverá inspecionar cuidadosamente, antes de sua utilização, se a solução no interior do frasco-
ampola está fluida, livre de fragmentos ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento. O profissional
não deverá utilizar o produto ao verificar qualquer alteração que possa prejudicar a saúde do paciente.
Para evitar problemas de contaminação, deve-se tomar cuidado durante a reconstituição para assegurar assepsia.
A ceftazidima é compatível com os fluidos intravenosos mais comumente utilizados, excetuando-se o bicarbonato de sódio (ver Advertências e
Precauções - Incompatibilidades).
Ceftazidon®
1000 mg pode ser administrado por via intravenosa e intramuscular.
Os locais recomendados para injeção intramuscular são: o quadrante superior lateral do glúteo maior e a parte lateral da coxa.
A solução deve ser preparada como especificado a seguir:
Frasco Uso
Conteúdo do diluente a ser adicionado
(mL)
Concentração aproximada (mg/mL)
1 g Intramuscular 3 260
1 g Intravenoso 10 90
1 g Infusão Intravenosa 50* 20
* A adição deve ser realizada em dois estágios.
Preparação das soluções para injeção intramuscular e intravenosa:
1) Introduzir a agulha da seringa através da tampa do frasco e injetar o volume recomendado de diluente;
2) Retirar a agulha e agitar o frasco-ampola para formar uma solução clara;
3) Inverter o frasco-ampola. Com o êmbolo da seringa completamente comprimido, introduzir a agulha na solução. Aspirar o volume total da
solução para dentro da seringa, assegurando-se de que a agulha aspire somente a solução. Pequenas bolhas de CO2 (gás) devem ser desprezadas.
Preparação das soluções para infusão intravenosa:
Prepare utilizando um total de 50 mL do diluente compatível, adicionado em dois estágios, conforme abaixo:
1) Introduzir a agulha da seringa através da tampa do frasco-ampola e injetar 10 mL do diluente;
3) Para preservar a esterilidade do produto é importante não inserir a segunda agulha para liberar o gás antes de o produto estar dissolvido.
Introduzir uma segunda agulha na tampa do frasco para retirar o gás e liberar a pressão no interior do frasco;
4) Transferir a solução reconstituída para o recipiente final de administração (ex.: minibolsa ou reservatório de equipamento microgotas)
totalizando um volume mínimo de 50 mL. Administrar por infusão intravenosa durante 15-30 minutos.
Cuidados de conservação depois de aberto:
O frasco-ampola de Ceftazidon®
não deve ser aberto.
, após a reconstituição, deve ser utilizado imediatamente
Posologia
deve ser usado exclusivamente por via parenteral, variando a dose em função da gravidade, sensibilidade, local e tipo de infecção,
bem como da idade e da função renal dos pacientes.
Adultos
A dose varia de 1 g a 6 g diários subdivididos em duas ou três doses, administradas através de injeção intravenosa ou intramuscular.
Para as infecções do trato urinário e naquelas de menor gravidade, a dose de 500 mg ou 1 g de 12/12 horas é geralmente satisfatória.
Para a maioria das infecções, as doses ideais são de 1 g de 8/8 horas ou 2 g de 12/12 horas.
Nas infecções mais graves, especialmente em pacientes imunossuprimidos, incluindo os neutropênicos, deve ser administrada a dose de 2 g de 8/8
ou 12/12 horas.
Nos adultos com mucoviscidose e portadores de infecção pulmonar por Pseudomonas, serão necessárias posologias elevadas, ou seja, de 100 a
150 mg/kg/dia, subdivididas em três doses.
Em adultos com função renal normal, até 9 g/dia têm sido administrados com segurança.
Recém-nascidos e lactentes até 2 meses de idade
25 a 60 mg/kg/dia divididos em duas aplicações. No recém-nascido, a meia-vida sérica da ceftazidima pode ser três a quatro vezes maior que no
adulto.
Lactentes e crianças maiores de 2 meses
A posologia usual para crianças com mais de 2 meses é de 30 a 100 mg/kg/dia, divididos em duas ou três doses. Doses maiores que 150
mg/kg/dia, até um máximo de 6 g/dia, divididas em três doses, podem ser administradas a crianças imunocomprometidas, com mucoviscidose ou,
ainda, com meningite.
Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doenças agudas, a dose diária de ceftazidima não deve, normalmente,
exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Pacientes com insuficiência renal
A ceftazidima é excretada inalterada pelos rins. Assim sendo, nos pacientes com função renal comprometida, recomenda-se que a dose seja
reduzida. Nos pacientes com suspeita de insuficiência renal pode ser instituída dose inicial de 1 g de ceftazidima. Nestes casos, recomenda-se
estimar a velocidade de filtração glomerular (VFG) a fim de determinar a dose de manutenção, como mostrado na tabela abaixo:
Doses de manutenção recomendadas na insuficiência renal:
Clearance de creatinina
(mL/min)
Creatinina sérica aproximada
µmol/L (mg/dL)
Dose unitária recomendada (g) Frequência das doses (horas)
>50
< 150
(<1,7)
Dose Normal Dose normal
50 a 31
150 a 200
(1,7 a 2,3)
1,0 12
30 a 16
200 a 350
(2,3 a 4,0)
1,0 24
15 a 6
350 a 500
(4,0 a 5,6)
0,5 24
<5
> 500
(>5,6)
0,5 48
Nos pacientes com infecção grave, as doses unitárias podem ser aumentadas em 50%, ou a frequência de administração pode ser aumentada
apropriadamente.
Em tais pacientes recomenda-se monitorar os níveis séricos de ceftazidima de modo que não excedam 40 mg/L.
Nas crianças, o clearance de creatinina deve ser ajustado em função da área de superfície corporal ou da massa muscular.
Uso na hemodiálise
A meia-vida sérica da ceftazidima durante hemodiálise varia de três a cinco horas. A dose de manutenção apropriada, dada na tabela anterior,
deverá ser repetida após cada sessão.
Uso na diálise peritoneal
pode também ser usado na diálise peritoneal e na diálise peritoneal ambulatorial contínua, tanto por via intravenosa como
incorporado ao líquido de diálise (geralmente 125 mg a 250 mg/2 litros da solução de diálise).
Para pacientes com insuficiência renal em hemodiálise arteriovenosa contínua ou com elevado fluxo de hemofiltração em unidades de terapia
intensiva, deve-se administrar 1 g/dia em dose única ou em doses fracionadas. Para um baixo fluxo de hemofiltração, deve-se adotar a dosagem
recomendada para os pacientes com insuficiência renal.
Siga as recomendações de dosagem das tabelas abaixo, para pacientes em hemofiltração venovenosa e hemodiálise venovenosa:
Orientação de dosagem de ceftazidima em hemofiltração venovenosa continua
Função renal residual
(clearance de creatina em
mL/min)
Dose da manutenção (mg) para uma taxa de ultrafiltração (mL/min) dea
:
5 16,7 33,3 50
0 250 250 500 500
5 250 250 500 500
10 250 500 500 750
15 250 500 500 750
20 500 500 500 750
a
Dose de manutenção a ser administrada a cada 12 horas
Orientação de dosagem de ceftazidima durante hemodiálise venovenosa
(clearance de creatina
em mL/min)
Dose da manutenção (mg) para taxa a
1,0 litro/h 2,0 litros/h
Taxa de ultrafiltração (litro/h) Taxa de ultrafiltração (litro/h)
0,5 1,0 2,0 0,5 1,0 2,0
0 500 500 500 500 500 750
5 500 500 750 500 500 750
10 500 500 750 500 750 1000
15 500 750 750 750 750 1000
20 750 750 1000 750 750 1000
Os dados de amplos estudos clínicos (internos e publicados) foram usados para determinar a frequência das reações adversas desde muito comum
até muito rara.
As frequências atribuídas para todas as reações adversas foram principalmente determinadas usando dados pós-comercialização e se referem mais
a uma taxa de relatos do que a uma frequência verdadeira.
Reações comuns (>1/100 a <1/10): eosinofilia e trombocitose; flebite ou tromboflebite com administração IV; diarreia; elevação discreta de uma
ou mais enzimas hepáticas, ALT (TGP), AST (TGO), LDH, GAMA GT e fosfatase alcalina; erupção máculo-papular ou urticariforme; dor e/ou
inflamação após administração intramuscular; teste de Coombs positivo (o teste de Coombs positivo é observado em cerca de 5% dos pacientes e
pode interferir nos testes de compatibilidade sanguínea).
Reações incomuns (>1/1000 a <1/100): candidíase (incluindo vaginite e candidíase na boca); leucopenia, neutropenia e trombocitopenia; dor de
cabeça e vertigem; náusea, vômito, dor abdominal e colite. Como ocorre com outras cefalosporinas, a colite pode estar associada ao Clostridium
difficilli e apresentar-se como colite pseudomembranosa (Ver Advertências e Precauções); prurido; febre; como ocorre com algumas outras
cefalosporinas, foram observadas elevações de ureia e de nitrogênio ureico e/ou creatinina no sangue.
Reações muito raras (<1/10.000): linfocitose, anemia hemolítica e agranulocitose; anafilaxia (incluindo broncoespasmo e/ou hipotensão);
parestesia; gosto ruim na boca; icterícia; angiodema, eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
* Há relatos de sequelas neurológicas, incluindo tremor, mioclonia, convulsões, encefalopatia e coma em pacientes com disfunção renal, nos quais
as doses de ceftazidima não tenham sido apropriadamente reduzidas.
Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Tratamento
Os níveis séricos de ceftazidima são reduzidos através de hemodiálise ou diálise peritoneal.
Sintomas e sinais
A superdosagem pode levar a sequelas neurológicas, incluindo encefalopatia, convulsões e coma.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA