Bula do Cetiva ae produzido pelo laboratorio Cosmed Industria de Cosmeticos e Medicamentos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CETIVA®
AE
(palmitato de retinol + ácido
ascórbico + acetato de
dextroalfatocoferol)
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Solução gotas
5000UI/mL + 65mg/mL + 30mg/mL
AE – solução gotas – Bula do profissional da saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
palmitato de retinol + ácido ascórbico + acetato de dextroalfatocoferol
APRESENTAÇÃO
Solução gotas: embalagem com um frasco contendo 30mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL (aproximadamente 27 gotas*) da solução contém:
palmitato de retinol (vitamina A) .......................................................................................................5000UI
ácido ascórbico (vitamina C) .................................................................................................................65mg
acetato de dextroalfatocoferol (vitamina E) ...........................................................................................30mg
veículo q.s.p. ...........................................................................................................................................1mL
(sacarina sódica, bicarbonato de sódio, propilenoglicol, ácido cítrico, polissorbato 80, butil-hidroxianisol,
vanilina, aroma de chocolate, aroma de laranja doce, glicerol e água)
*Cada gota da solução contém:
- 185,19UI de palmitato de retinol (vitamina A)
- 2,41mg de ácido ascórbico (vitamina C)
- 1,11mg de acetato de dextroalfatocoferol (vitamina E)
AE – solução gotas – Bula do profissional da saúde 2
II - INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
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AE é indicado como suplemento vitamínico em dietas restritivas e inadequadas, em doenças
crônicas/convalescença e como auxiliar do sistema imunológico.
Um estudo demonstrou a eficácia da vitamina A em pessoas que possuíam degeneração macular da
retina e que tiveram uma reversão da cegueira noturna, quando tomaram vitamina A durante 1 (uma)
semana.1
A influência da nutrição na asma crônica bronquial tem um importante lugar no tratamento desta
doença. Evidências sugerem que existem anormalidades inflamatórias específicas nas vias aéreas de
pessoas que sofrem de persistente asma moderada, no qual um estado de inflamação é
frequentemente associado ao aumento geral de oxidantes e dos efeitos dos radicais livres. Por esta
razão o estresse pode ser um importante fator patogênico no progresso da doença. O papel
antioxidante na asma bronquial está relacionado com a ação das vitaminas A, C e E. A ação destas
vitaminas reduz a ação das infestações externas (bactérias, vírus, toxinas) no pulmão. Vitaminas
antioxidantes diminuem o desenvolvimento da asma e o dano da função pulmonar. Estudos sugerem
relações entre o estresse oxidativo, inflamação bronquial, desenvolvimento dos sintomas da asma e a
redução das funções celulares.2
Em um ensaio clínico controlado, dois grupos, um de 20 pacientes que possuíam ceratotomia
fotorrefrativa receberam vitamina A e vitamina E, e o outro grupo foi tratado com placebo. Após 1
ano de tratamento, o grupo tratado com vitaminas teve uma re-eptelização significativamente mais
rápida (p=0,029) e a incidência de recidivas reduzida (p=0,035), especialmente para correções de
alta miopia (p=0,043). Altas doses de vitamina A e E podem acelerar o tempo da re-eptelização e
reduzir a sensação de visão turva após a ceratotomia fotorrefrativa.3
Estresse oxidativo tem sido associado com mecanismo de hipertensão arterial. Estudos conferem a
hipótese das propriedades antioxidantes das vitaminas C e E estarem associadas a uma diminuição
da pressão arterial em pacientes com hipertensão arterial. Foi realizado um estudo duplo-cego,
aleatorizado, controlado, com 110 homens com grau 1 de hipertensão arterial (com idade de 35 a 60
anos, sem obesidade, dislipidemia e diabetes mellitus, não fumantes, não praticantes de exercícios
físicos, sem uso de qualquer outra medicação e consumidores ou não de grandes quantidades de
frutas e vegetais) para verificar a eficácia na hipertensão arterial. Durante 8 semanas um grupo
recebeu vitamina C e E e outro recebeu placebo. Medições da pressão arterial e análise do sangue
relacionados com o estresse oxidativo com parâmetros nos eritrócitos (faixa-GSH/GSSH, enzimas
antioxidantes e malondialdeído), plasma [FRAP (ferro reduzido disponível no plasma)], e níveis de
8-isoprostano, vitamina C e E foram medidos no início e após o tratamento. Após a administração de
vitaminas C e E, pacientes hipertensos tiveram uma significativa queda da pressão arterial sistólica,
pressão arterial diastólica e alta capacidade antioxidante dos eritrócitos comparado com os pacientes
tratados com o placebo. O estudo dá suporte e evidencia que o estresse oxidativo envolve patologias
como o aumento da pressão arterial. A suplementação de vitaminas C e E está associada com a
queda da pressão arterial. Portanto o estudo sugere que antioxidantes podem ser utilizados como
adjuntos na terapia da hipertensão arterial.4
Referências bibliográficas:
1. Jacobson SG, Cideciyan AV, Regunath G, et al. Night blindness in Sorsby's fundus dystrophy
reversed by vitamin A. Nat Genet. 1995;11(1):27-32.
2. Riccioni G, Barbara M, Bucciarelli T, et al. Antioxidant vitamin supplementation in asthma. Ann
Clin Lab Sci. 2007;37(1):96-101.
3. Vetrugno M, Maino A, Cardia G, et al. A randomised, double masked, clinical trial of high dose
vitamin A and vitamin E supplementation after photorefractive keratectomy. Br J Ophthalmol.
2001;85(5):537-9.
4. Rodrigo R, Prat H, Passalacqua W, et al. Decrease in oxidative stress through supplementation of
vitamins C and E is associated with a reduction in blood pressure in patients with essential
hypertension. Clin Sci. 2008;114(10):625-34.
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AE é um preparado a base de palmitato de retinol sintético, associado ao acetato de
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dextroalfatocoferol e ácido ascórbico. A razão desta associação surge de comprovações clínicas e
laboratoriais indicadoras de que a especificidade das vitaminas não é tão estrita como acreditava-se
até há pouco. Assim, alguns transtornos atribuídos à carência de vitamina A são observados também
na hipovitaminose C e vice-versa.
A vitamina A (palmitato de retinol) é indispensável para a conservação da integridade funcional e
estrutural das células epiteliais de todo organismo, em especial as da retina.
Alguns estudos mostram que esta vitamina previne ou faz regredir alterações caracterizadas por
hiperplasia e menor diferenciação celular. A deficiência de vitamina A parece aumentar a
sensibilidade à carcinogênese e, por reduzir a capacidade secretora de epitélios produtores de muco,
possibilita o surgimento de processos irritativos e infecciosos.
Diversos estudos conferem à vitamina E (acetato de dextroalfatocoferol) ação antioxidante e
protetora das membranas celulares contra agressões por peróxidos e radicais livres, além de atuar
sobre o tecido mesenquimatoso, prevenindo a esclerose do colágeno.
A vitamina C (ácido ascórbico) desempenha importante papel no metabolismo celular, participando
dos processos de óxido-redução. Através de sua atuação no transporte de elétrons, intervém em
diversas reações metabólicas. Atua na proteção do organismo contra infecções, participando ainda na
formação de anticorpos. Possui também a propriedade de neutralizar a ação tóxica de produtos
metabólicos e de várias toxinas bacterianas.
Destaque-se que o palmitato de retinol empregado é sintético e por isso não possui o odor
característico de óleo de peixe, verificado nas formulações antigas, não determinando, portanto, a
repulsa e reações alérgicas comuns a estas últimas.
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AE é contraindicado para pessoas que apresentam hipersensibilidade aos componentes da
fórmula.
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AE possui em sua formulação, uma quantidade de vitaminas suficiente para atender as
necessidades vitamínicas, não prejudicando o paciente se as doses indicadas forem respeitadas.
Grandes quantidades de vitamina A em doses diárias de 20.000UI em crianças e 50.000UI em
adultos, utilizadas por um longo período, podem produzir toxicidade.
Os efeitos adversos em crianças incluem anorexia, retardo de crescimento e aumento de pressão
intracraniana. Distúrbios hepáticos, neurológicos, dermatológicos e osteológicos representam as
complicações nos adultos.
Pacientes portadores de fibrose cística, diabetes, doenças intestinais com diarreia, doenças renais,
hepáticas e pancreáticas, histórico de hepatite viral, alcoolismo crônico, gravidez e lactação, devem
ser criteriosamente monitorizados.
Gravidez – Categoria de risco A: Em estudos controlados em mulheres grávidas, o fármaco não
demonstrou risco para o feto no primeiro trimestre de gravidez. Não há evidências de riscos nos
trimestres posteriores, sendo remota a possibilidade de dano fetal.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou
Interações da Vitamina A com:
• Vitamina E: facilita a absorção da vitamina A pelo organismo.
• Medicamentos que diminuem a sua absorção: antiácidos, colestiramina, neomicina e óleo mineral.
• Suplementos de cálcio: o excesso de vitamina A pode diminuir o efeito do cálcio dos suplementos.
• Outras substâncias: tabaco e álcool diminuem a sua absorção.
Interações de Vitamina C com:
• Ferro: a vitamina C aumenta a absorção de ferro.
• Medicamentos que diminuem a sua ação: ácido acetilsalicílico, barbituratos (fenobarbital,
pentobarbital).
• Medicamentos que tem a sua ação diminuída: anticolinérgicos (benzidamina, biperideno,
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diciclomina), anticoagulantes orais (heparina, varfarina) e quinidina. Altas doses de vitamina C
diminuem a absorção de cobre e medicamentos à base de sulfa (trimetoprim, ácido nalidíxico e ácido
pipemídico) e tetraciclinas.
Interações de Vitamina E com:
• Vitamina A: facilita a absorção de vitamina A pelo organismo.
• Medicamentos que diminuem a sua absorção: antiácidos, suplementos de ferro em pessoas saudáveis
e óleo mineral.
Evitar local quente (temperatura entre 30 e 40°C). Proteger da luz.
O prazo de validade do medicamento é de 24 meses, a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico:
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AE apresenta-se como líquido límpido, viscoso, de coloração amarelo–marrom, com leve odor
de chocolate e baunilha.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
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AE é de uso exclusivamente via oral.
Dose Recomendada:
Profilática ou requerimento diário: 1 a 7 gotas por dia, ou a critério médico;
Terapêutica da hipovitaminose: 7 gotas, 2 a 3 vezes ao dia ou a critério médico.
% em IDR*
0 a 6
Meses
7 a 11
1 a 3
Anos
4 a 6
7 a 10
Gestante Lactante Adulto
palmitato de
retinol
(vitamina A)
207,41 194,44 194,44 172,84 155,56 97,22 91,50 129,63
ácido ascórbico
(vitamina C)
134,8 112,33 112,33 112,33 96,29 61,27 48,14 74,89
acetato de
dextroalfatocoferol
(vitamina E)
575,92 575,92 311 311 222,14 155,5 155,5 155,5
Quadro 1: *Teor em porcentagem relativa à Ingestão Diária Recomendada (IDR) de palmitato de retinol
(vitamina A), ácido ascórbico (vitamina C) e acetato de dextroalfatocoferol (vitamina E) quando utilizada
a dose terapêutica mínima recomendada (14 gotas).
AE, nas doses recomendadas não causa efeitos adversos e nem tão pouco toxidade para o
paciente.
A dosagem recomendada é segura para não aparecer reações desagradáveis, no entanto, você deve
informar o seu médico, caso haja o aparecimento de reações adversas.
Ao classificar a frequência da das reações de CETIVA®
AE, utilizamos os seguintes parâmetros:
Reações comuns (>1/100 e ≤1/10):
Náuseas, vômitos, fadiga, sensação de fraqueza, diarreia, dor muscular, prurido, perda de peso, agitação,
tonturas, visão dupla, pele seca, descamação da pele, cabelos quebradiços, unhas fracas, irritação bem
como quaisquer outros sinais ou sintomas, palma das mãos amareladas.
Reações raras (> 1/10.000 e ≤ 1.000):
Para se ter um efeito tóxico, o paciente teria que tomar doses muito altas deste medicamento
(equivalente a 20.000UI a 50.000UI de vitamina A/dia) e por períodos muito prolongados. Os efeitos
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adversos, neste caso, em crianças incluem anorexia, retardo de crescimento e aumento de pressão
intracraniana. Nos adultospodem aparecer alterações no fígado,no sistema nervoso, na pele e ossos.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.