Bula do Cetoprofeno iv produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cetoprofeno
Bula para profissional da saúde
Pó liofilizado para solução injetável
100 mg
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Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Embalagem com 50 frascos-ampola contendo 100 mg de cetoprofeno.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola contém:
cetoprofeno..............................................................................100 mg
excipientes*.................................................... q.s.p. 1 frasco-ampola
*Excipientes: glicina, ácido cítrico e arginina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O cetoprofeno é um medicamento anti-inflamatório, analgésico e antitérmico. Este medicamento é destinado ao
tratamento de inflamações e dores decorrentes de processos reumáticos e traumatismos, e de dores em geral.
Desta forma, o cetoprofeno pode ser utilizado no tratamento da dor no pré e pós-operatório e outras patologias
dolorosas.
Nos últimos anos, considerável atenção tem sido dada ao tratamento de dor pós-operatória, tendo em conta o
efeito favorável da analgesia adequada sobre evolução do paciente. Recomenda-se analgesia multimodal (por
exemplo, os opioides e drogas anti-inflamatórias não esteroidais [AINES] ou anestésicos locais) para o alívio
efetivo da dor pós-operatória. Existem poucos dados sobre a utilização de AINES em tratamento da dor pós-
operatória após cirurgia abdominal.
Oberhofer D et al (2005) realizaram estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado que avaliou a eficácia
analgésica e segurança do cetoprofeno após a cirurgia abdominal de grande porte.
Após 01 e 09 horas de pós-operatório os pacientes receberam 100 mg de cetoprofeno iv (n = 21) ou placebo (n =
22), em adição a um protocolo de tratamento da dor consistindo em infusão contínua de 200 mg de tramadol e 5
g de metamizol ao longo de 24 horas, com adicional de 25 mg i.v. de tramadol, em caso de analgesia inadequada.
A dor foi avaliada por uma escala numérica em repouso e em respiração profunda 3, 6, 12 e 24 horas de pós-
operatório, sendo registrada a dose total de tramadol usado nas primeiras 24 horas.
Os pacientes no grupo cetoprofeno tiveram escores significativamente menores, tanto para dor em repouso
quanto em respiração profunda, em 3 (p <0,01), 6 e 12 horas (p <0,05) de pós-operatório. A utilização de 24
horas de tramadol foi muito menor no grupo cetoprofeno (p < 0,01), com menos náuseas e vômitos. Não houve
complicações hemorrágicas ou outros eventos adversos relacionados à terapia com cetoprofeno. O estudo
mostrou o valor do uso a curto prazo do cetoprofeno para melhorar a qualidade de analgesia, após cirurgia
abdominal maior, sem efeitos adversos significativos.
Subramaniam R. et al (2003) realizaram um estudo que compara a eficácia do cetoprofeno e petidina para
analgesia peri-operatória e náuseas e vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a cirurgia vítreoretiniana e
cirurgia de descolamento de retina.
Crianças de 7 a 16 anos com status ASA I, submetidos à cirurgia vítreo-retiniana foram alocadas aleatoriamente
para receber ou 2mg/kg de cetoprofeno ou 1mg/kg de petidina, via IV para analgesia perioperatória.
Em todos os pacientes a anestesia geral foi induzida com tiopental e a intubação traqueal foi facilitada com
brometo de vecurônio e mantida com oxigênio a 33% em óxido nitroso e isoflurano.
A monitoração intra- e pós-operatória foi feita por um observador cego para a técnica. A analgesia intra-
operatória de resgate foi utilizada se a frequência cardíaca e / ou pressão arterial aumentassem em 25% dos
valores do período pré-incisional.
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Dor pós-operatória e episódios de náuseas e vômitos foram avaliados à recuperação (0 hora), e 2, 6 e 24 horas.
Analgesia de resgate padrão e agentes antieméticos foram administrados, se necessário. Neste estudo que
recrutou 86 crianças, 44 delas receberam cetoprofeno enquanto 42 receberam petidina.
A analgesia intra-operatória foi comparável em ambos os grupos e não foi encontrada diferença significativa na
exigência de analgesia de resgate intra-operatório.
No pós-operatório 6 das 44 crianças (13,6%) do grupo cetoprofeno apresentavam dor na recuperação, em
comparação com 17/42 (40,4%) no grupo petidina.
Dor na hora 2, 6 e 24, e o uso de analgésicos no pós-operatório não foi significativamente diferente entre os dois
grupos. Náusea pós-operatória, vômitos e uso de antieméticos foram significativamente menores no grupo
cetoprofeno em todos os intervalos de tempo. A conclusão é de que o cetoprofeno é uma alternativa satisfatória
como analgésico em relação à petidina para cirurgia vítreo-retiniana e resulta em uma menor incidência de
náuseas e vômitos.
Clinicamente, o cetoprofeno parece reduzir a necessidade de morfina em 33 a 40% com seu suposto mecanismo
central de analgesia. Tuncer S et al (2003) avaliaram a eficácia e a segurança do cetoprofeno intravenoso (IV)
como adjuvante na analgesia controlada pelo paciente com tramadol após cirurgia maior de câncer ginecológico.
Cinquenta pacientes foram incluídos no estudo duplo-cego, randomizado, placebo-controlado, sendo alocados
aleatoriamente em dois grupos: grupo I – controle (25 pacientes), com pacientes que receberam solução salina,
grupo II – cetoprofeno (25 pacientes).
Os pacientes receberam uma dose intravenosa de soro fisiológico ou cetoprofeno 100 mg no final da cirurgia.
Então, para a analgesia controlada pelo paciente, foi dado um bolus de 20 mg de tramadol e tempo de 10 min de
bloqueio. O alívio da dor foi regularmente avaliado utilizando uma escala visual analógica.
O consumo de tramadol, efeitos colaterais, e a satisfação do paciente foram anotados durante as 24 horas após a
cirurgia. Não foi observada diferença significativa na pontuação da dor, efeitos colaterais e satisfação do
paciente entre os grupos (p> 0,05). O consumo acumulado de tramadol (analgesia controlada pelo paciente) foi
menor nos pacientes tratados com cetoprofeno que no grupo que recebeu placebo (p< 0,05). Estes resultados
demonstram que uma única dose de 100 mg de cetoprofeno reduziu o consumo de tramadol para o tratamento da
dor pós-operatória na cirurgia de câncer ginecológico de grande porte.
Priya V. et al (2002) realizaram estudo randomizado, controlado, estudo duplo-cego pretende determinar se
cetoprofeno por via intravenosa é eficaz como analgesia preemptiva para cirurgia de mama. Foram submetidos à
cirurgia de mama sob anestesia geral 50 pacientes para receber cetoprofeno 100mg por via intravenosa 30
minutos antes (Grupo I), ou imediatamente após a incisão cirúrgica (Grupo II).
No pós-operatório, os escores de dor (Escala Visual Analógica-VAS) e o tempo de recuperação analgésica foram
registrados por um observador independente e cego para o desenho do estudo. O estudo foi encerrado quando
houve necessidade de analgesia de resgate (VAS ≥ 4 ou procura por analgésico).
As variáveis contínuas foram analisadas pelo teste não pareado "t", variáveis discretas com o teste do
quiquadrado, e curvas de sobrevida pelo teste log-rank.
Os escores de dor foram significativamente menores no Grupo I, até 10 horas após a cirurgia. O número de
pacientes que necessitam de analgesia em 4, 6, 8 e 10 horas foi significativamente menor no grupo I (0% VS
47% [P <0,0001], 0% vs 44% [P <0,003], 0% vs 80% [P <0,0001], 0% x 100% [P <0,0001] respectivamente. O
tempo médio para analgesia de resgate foi de 15,47 - / + 2,87 horas no grupo I versus 4,22 - / + 2,55 horas no
grupo II (P <0,0001), concluindo então que a analgesia preemptiva com cetoprofeno por via intravenosa (100mg)
produz melhor alívio da dor no pós-operatório em pacientes submetidos a cirurgia de mama.
No estudo realizado por Basto ER et al (2001) comparou-se a combinação cetoprofeno-propacetamol em relação
ao propacetamol isolado em cirurgia de tireoide e paratireoide, em termos de eficácia da analgesia pós-
operatória, sangramento, e a incidência de náuseas e vômitos para determinar se o uso de cetoprofeno resulta em
qualquer benefício neste tipo de cirurgia.
Os 214 pacientes foram distribuídos em dois grupos (n = 107 em cada grupo), um recebendo cetoprofeno e o
outro não. Em todos os pacientes foi utilizada a mesma técnica anestésica, e os pacientes eram comparáveis em
termos de idade, peso, sexo, duração da cirurgia, tipo de endocrinopatia, o envolvimento do cirurgião e dose
intra-operatória do sufentanil (P> 0,2).
A analgesia pós-operatória consistia de 2g de paracetamol a cada 6h e bolus de morfina (se o escore de dor for
maior que 40; 3mg IV a cada 10 min na sala de recuperação, e então 5mg SC a cada 4 horas na enfermaria).
O grupo cetoprofeno recebeu 100 mg de cetoprofeno IV durante a cirurgia e 8 horas depois. Na sala de
recuperação, os pacientes receberam oxigênio se a saturação estivesse <95% na admissão (respirando ar
ambiente, portanto), e na 1ª e 2ª hora.
Os escores de dor, consumo de opioides, o volume de fluido do dreno cervical, e a concentração/massa de
hemoglobina neste fluido coletado ao longo de 24 h foram registrados.
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O grupo cetoprofeno apresentou menor escala numérica (P <0,05), recebeu menos de morfina nas primeiras 24 h
após a cirurgia (7,4 +/- 5 vs 11,7 +/- 6 mg, P <0,05), teve menos episódio de náuseas e vômito (21 vs 38, P
<0,05), e era menos propenso a necessitar de oxigênio após 1 h na sala de recuperação (33 vs 59 pacientes, P
<0,05).
Os dois grupos tiveram o mesmo volume de 24 h de drenagem do líquido cervical (72,5 +/- 43 vs 70 +/- 42 mL,
P> 0,2), com mesma concentração (5,9 +/- 3,4 vs 6,4 +/- 2,8 g por 100mL, P> 0,1) e massa de hemoglobina (3,9
+/- 2,8 vs 4,2 +/- 2,5 g, P> 0,2).
O grupo controle apresentou dois hematomas cervicais que necessitaram reintervenção, e nenhuma ocorrência no
grupo cetoprofeno.
O cetoprofeno reduz o escore de dor após a cirurgia de tireoide e paratireoide, bem como a necessidade de
morfina e seus efeitos adversos, sem aumentar o risco de hemorragia cervical.
O efeito aditivo de AINEs administrado com propacetamol após a cirurgia ortopédica maior não foi estudado.
Este estudo prospectivo, realizado por Aubrun F et al (2000), controlado por placebo pretende avaliar o efeito
analgésico do cetoprofeno em 50 pacientes submetidos à cirurgia de fusão espinhal, recebendo100 mg de
cetoprofeno a cada 8 h ou placebo, no pós-operatório.
Todos os pacientes receberam propacetamol e morfina (titulação IV seguida por analgesia controlada pelo
paciente (PCA) durante 24 h). A dor foi avaliada através de uma escala visual analógica (VAS).
Durante a titulação de morfina, o cetoprofeno não reduziu significativamente a dose de morfina (8 +/-6 vs 11 +/-
4 mg), porém diminuiu significativamente o escore VAS (P<0,001). Durante o PCA, o cetoprofeno reduziu
significativamente o consumo de morfina (25 +/-17 vs 38 +/-20 mg, P = 0,04) e VAS (P = 0,002).
O consumo total de morfina pós-operatória foi significativamente reduzido (33%) com cetoprofeno. O
cetoprofeno reduziu a necessidade de morfina e a analgesia pós-operatória melhorou em pacientes submetidos à
cirurgia da coluna vertebral e que receberam propacetamol.
Hommeril JL et al (1994), em um estudo duplo-cego, randomizado, compararam-se os efeitos de cetoprofeno IV
200 mg, seguido de 12,5 mg/hora durante 13 h, com os efeitos da morfina extradural 4 mg em 32 pacientes após
a artroplastia de quadril e joelho. Uma escala visual analógica foi utilizada para pontuação dor antes da
administração de analgésicos (primeira acusação de dor após a operação), 1h após e a cada 2 h posteriormente.
Redução da dor após 1 h do início da analgesia foi em média de 44% no grupo de morfina extradural e 54% no
grupo cetoprofeno. Não houve diferença significativa entre os grupos nos escores de dor, redução da dor e
necessidade de analgesia adicional (paracetamol IV). A naloxona 5 microgramas/kg/h foi necessária para
hipercapnia superior a 6,0 kPa em três pacientes no grupo de morfina extradural (versus nenhum paciente no
grupo cetoprofeno).
Não houve diferenças entre os grupos em efeitos colaterais, exceto para a retenção urinária, que foi mais
frequente no grupo recebendo morfina extradural (P <0,05). Como havia poucas diferenças entre cetoprofeno IV
e morfina extradural, concluiu-se que o cetoprofeno pode ser uma alternativa eficiente à morfina extradural após
a artroplastia de quadril e joelho.
Propriedades farmacodinâmicas
O cetoprofeno é um anti-inflamatório não esteroidal, derivado do ácido arilcarboxílico, pertencente ao grupo do
ácido propiônico dos anti-inflamatórios não esteroidais.
O cetoprofeno possui propriedades anti-inflamatória, antitérmica e apresenta atividade analgésica periférica e
central. Inibe a síntese de prostaglandinas e a agregação plaquetária, no entanto, seu mecanismo de ação não está
completamente elucidado.
O início da ação é verificado 5 minutos após a administração de cetoprofeno.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A concentração plasmática média é medida 5 minutos após injeção IV de 100 mg. Depois de 4 minutos do
término da injeção, a sua concentração plasmática é de 26,4 ± 5,4 μg/mL.
Distribuição
O cetoprofeno encontra-se 99% ligado às proteínas plasmáticas. Difunde-se pelo líquido sinovial, tecidos intra-
articulares, capsulares, sinoviais e tendinosos e atravessa a barreira placentária e hematoencefálica.
A meia-vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 2 horas. O volume de distribuição é de
aproximadamente 7 L.
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Metabolismo
A biotransformação do cetoprofeno é caracterizada por dois principais processos: por hidroxilação e por
conjugação com ácido glicurônico, sendo esta a principal via no homem.
A excreção de cetoprofeno na forma inalterada é muito baixa (menos de 1%). Quase toda a dose administrada é
excretada na forma de metabólitos na urina, dos quais 65 a 75% são excretados como metabólito glicuronídeo.
Eliminação
Cinquenta por cento (50%) da dose administrada é excretada na urina dentro de 6 horas após a administração do
medicamento. Durante 5 dias após a administração oral, aproximadamente 75 a 90% da dose é excretada
principalmente pela urina. A excreção fecal é muito pequena (1 a 8%).
Populações especiais
Pacientes idosos: a absorção do cetoprofeno não é modificada; há aumento da meia-vida (3 horas) e diminuição
do clearance plasmático e renal.
Pacientes com insuficiência hepática: não ocorrem alterações significativas do clearance plasmático e da meia-
vida de eliminação. No entanto, a fração não ligada às proteínas plasmáticas encontra-se aproximadamente
duplicada.
Pacientes com insuficiência renal: há diminuição do clearance plasmático e renal e aumento da meia-vida de
eliminação relacionados com a severidade da insuficiência renal.
O cetoprofeno não deve ser utilizado nos seguintes casos:
-Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade ao cetoprofeno, como crises asmáticas ou outros tipos
de reações alérgicas ao cetoprofeno, ao ácido acetilsalicílico ou a outros AINEs. Nestes pacientes foram
relatados casos de reações anafiláticas severas, raramente fatais (vide “Reações Adversas”).
- Pacientes com úlcera péptica/hemorrágica, ou com histórico.
- Pacientes com histórico de sangramento ou perfuração gastrintestinal, relacionada ao uso de AINES.
- Pacientes com insuficiência severa cardíaca, hepática e/ou renal.
- Mulheres no terceiro trimestre da gravidez.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiências severa cardíaca, hepática
e/ou renal.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
Categoria de risco de gravidez (3º trimestre gestacional): D – Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe imediatamente seu médico ou
cirurgião-dentista em caso de suspeita de gravidez.
Embora os AINES possam ser requeridos para o alívio das complicações reumáticas que ocorrem devido ao
lúpus eritematoso sistêmico (LES), recomenda-se extrema cautela na sua utilização, uma vez que pacientes com
LES podem apresentar predisposição à toxicidade por AINES no sistema nervoso central e/ou renal.
As reações adversas podem ser minimizadas através da administração da dose mínima eficaz e pelo menor
tempo necessário para controle dos sintomas.
Deve-se ter cautela em pacientes que fazem uso concomitante de cetoprofeno e medicamentos que possam
aumentar o risco de sangramento ou úlcera, como corticosteroides orais, anticoagulantes como a varfarina,
inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou agentes antiplaquetários como o ácido acetilsalicílico (vide
“Interações Medicamentosas”).
Sangramento, úlcera e perfuração gastrintestinais, que podem ser fatais, foram reportados com todos os AINES
durante qualquer período do tratamento, com ou sem sintomas ou histórico de eventos gastrintestinais graves.
Reações cutâneas graves, algumas fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e
necrólise epidérmica tóxica, foram reportadas muito raramente com o uso de AINES. Existe um risco maior da
ocorrência destas reações adversas no início do tratamento, a maioria dos casos ocorrendo no primeiro mês.
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Assim como para os demais AINES, na presença de doença infecciosa, deve-se notar que as propriedades anti-
inflamatória, analgésica e antitérmica do cetoprofeno podem mascarar os sinais habituais de progressão da
infecção, como por exemplo, febre.
Em pacientes com testes de função hepática anormais ou com histórico de doença hepática, os níveis de
transaminase devem ser avaliados periodicamente, particularmente durante tratamento a longo prazo.
Raros casos de icterícia e hepatite foram reportados com o uso de cetoprofeno.
Se ocorrerem distúrbios visuais, tal como visão embaçada, o tratamento com cetoprofeno deve ser
descontinuado.
Gravidez e Lactação
O uso de AINES pode prejudicar a fertilidade feminina e não é recomendado em mulheres que estão tentando
engravidar. Em mulheres com dificuldade de engravidar ou que estejam sob investigação de infertilidade, deve
ser considerada a descontinuação do tratamento com AINES.
Durante o primeiro e segundo trimestres da gestação: não existe evidência de teratogenicidade ou
embriotoxicidade em camundongos e ratos. Em coelhos foram relatados leves efeitos de embriotoxicidade
provavelmente relacionados à toxicidade materna.
Como a segurança do cetoprofeno em mulheres grávidas não foi avaliada, seu uso deve ser evitado durante o
primeiro e segundo trimestres da gravidez.
Durante o terceiro trimestre da gestação: todos os inibidores da síntese de prostaglandinas, inclusive o
cetoprofeno, podem induzir toxicidade cardiopulmonar e renal no feto. No final da gravidez, pode ocorrer
aumento do tempo de sangramento da mãe e do feto. Portanto, cetoprofeno é contraindicado durante o último
trimestre da gravidez.
Categoria de risco na gravidez (1º e 2º trimestre gestacional): C - Este medicamento não deve ser utilizado
por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação: Não existem dados disponíveis sobre a excreção de cetoprofeno no leite humano. O uso de
cetoprofeno não é recomendado durante a amamentação.
Populações especiais
Idosos
É aconselhável reduzir a dose inicial e manter o tratamento na dose mínima eficaz. Um ajuste posológico
individual pode ser considerado somente após o desenvolvimento de boa tolerância individual.
A frequência das reações adversas aos AINES é maior em idosos, especialmente sangramento e perfuração
gastrintestinais, os quais podem ser fatais.
Crianças
A segurança e eficácia do uso de cetoprofeno em crianças não foram estabelecidas.
Outros grupos de risco
Deve-se ter cautela quando cetoprofeno for administrado em pacientes que têm ou tiveram úlcera péptica, ou
doença gastrintestinal (colite ulcerativa, doença de Crohn), pois estas condições podem ser exacerbadas.
No início do tratamento, a função renal deve ser cuidadosamente monitorada em pacientes com insuficiência
cardíaca, cirrose e nefrose, naqueles que fazem uso de diuréticos, ou em pacientes com insuficiência renal
crônica, principalmente se estes pacientes são idosos. Nesses pacientes, a administração do cetoprofeno pode
induzir a redução no fluxo sanguíneo renal causada pela inibição da prostaglandina e levar à descompensação
renal.
Deve-se ter cautela no uso de cetoprofeno em pacientes com histórico de hipertensão e/ou insuficiência cardíaca
congestiva leve a moderada, uma vez que retenção de líquidos e edema foram relatados após a administração de
AINES.
Assim como para os demais anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), deve-se ter cautela no uso de
cetoprofeno em pacientes com hipertensão não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença cardíaca
isquêmica estabelecida, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular, bem como antes de iniciar um
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tratamento a longo prazo em pacientes com fatores de risco para doenças cardiovasculares (ex. hipertensão,
hiperlipidemia, diabetes mellitus e em fumantes).
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Os pacientes devem ser advertidos sobre o risco de ocorrência de sonolência, tontura ou convulsão durante o
Associações medicamentosas não recomendadas
- Outros AINEs, incluindo inibidores seletivos da ciclo-oxigenase 2, e altas dosagens de salicilatos: aumento do
risco de ulceração e sangramento gastrintestinais.
- Álcool: risco de efeitos adversos gastrintestinais, incluindo ulceração ou hemorragia; pode aumentar o risco de
toxicidade hepática.
- Anticoagulantes (heparina e varfarina) e inibidores da agregação plaquetária (ex. ticlopidina e clopidogrel):
aumento do risco de sangramento. Se o tratamento concomitante não puder ser evitado, deve-se realizar
cuidadoso monitoramento.
- Lítio: risco de aumento dos níveis plasmáticos de lítio, devido a diminuição da sua excreção renal, podendo
atingir níveis tóxicos. Realizar se necessário, um cuidadoso monitoramento dos níveis plasmáticos de lítio e um
ajuste posológico do lítio durante e após tratamento com AINEs.
- Outros medicamentos fotossensibilizantes: podem causar efeitos fotossensibilizantes adicionais.
- Metotrexato em doses maiores do que 15 mg/semana: aumento do risco de toxicidade hematológica do
metotrexato, especialmente quando administrado em altas doses (> 15 mg/semana), possivelmente relacionado
ao deslocamento do metotrexato ligado à proteína e à diminuição do seu clearance renal.
- Colchicina: aumenta o risco de ulceração ou hemorragia gastrintestinal. A inibição da agregação plaquetária
promovida por AINES adicionada aos efeitos da colchicina nos mecanismos de coagulação sanguínea pode
aumentar o risco de sangramento em outros locais que não seja o trato gastrintestinal;
Associações medicamentosas que requerem precauções
- Corticosteroides: aumento do risco de ulceração gastrintestinal ou sangramento (vide “Advertências e
Precauções”).
- Diuréticos: pacientes utilizando diuréticos, particularmente os desidratados, apresentam maior risco de
desenvolvimento de insuficiência renal devido à diminuição do fluxo sanguíneo renal causada pela inibição de
prostaglandina. Estes pacientes devem ser reidratados antes do início do tratamento concomitante e a função
renal deve ser monitorada quando o tratamento for iniciado (vide “Advertências e Precauções”).
- Inibidores da ECA e antagonistas da angiotensina II: em pacientes com comprometimento da função renal (ex.
pacientes desidratados ou pacientes idosos), a coadministração de um inibidor da ECA ou de um antagonista da
angiotensina II e de um agente que inibe a ciclo-oxigenase pode promover a deterioração da função renal,
incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda.
- Metotrexato em doses menores do que 15 mg/semana: durante as primeiras semanas de tratamento em
associação, o hemograma completo deve ser monitorado uma vez por semana. Se houver qualquer alteração da
função renal ou se o paciente é idoso, o monitoramento deve ser realizado com maior frequência.
- Pentoxifilina: aumento do risco de sangramento. É necessário realizar um monitoramento clínico e do tempo de
sangramento com maior frequência.
Associações medicamentosas a serem consideradas
- Agentes anti-hipertensivos (beta-bloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina, diuréticos):
risco de redução do efeito anti-hipertensivo por inibição das prostaglandinas vasodilatadoras pelos anti-
inflamatórios não esteroidais.
- Trombolíticos: aumento do risco de sangramento.
- Probenecida: a administração concomitante com probenecida pode reduzir acentuadamente o clearance
plasmático do cetoprofeno.
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina: aumento do risco de sangramento gastrintestinal.
Exames de laboratório
O uso de cetoprofeno pode interferir na determinação de albumina urinária, sais biliares, 17-cetosteroides e 17-
hidroxicorticosteroides que se baseiam na precipitação ácida ou em reação colorimétrica dos grupos carbonil.
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Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.
Estabilidade das soluções reconstituídas
As soluções permanecerão conservadas durante 12 horas em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).
Características do produto: massa liofilizada branca, isenta de partículas estranhas.
Características do produto após reconstituição e diluição: solução límpida, incolor à levemente amarelada e
isenta de partículas estranhas.
Depois de aberto e reconstituído, cetoprofeno deve ser utilizado em até 12 horas se conservado em temperatura
ambiente (entre 15ºC e 30ºC). A solução deve estar límpida. Se a solução estiver turva, o medicamento não deve
ser administrado. Se houver solução remanescente após o uso, descartar.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O cetoprofeno deve ser administrado somente por via intravenosa.
cetoprofeno: 100 mg a 300 mg ao dia.
A duração do tratamento em casos de crises de cólica renal deve ser de no máximo 48 horas.
Dose máxima diária recomendada: 300 mg.
Dissolver o conteúdo do frasco contendo 100 mg em 100 a 150 mL de solução de cloreto de sódio 0,9%, glicose
5% ou glicose 10%. O produto deve ser administrado por infusão intravenosa lenta, aproximadamente por 20
minutos.
Administrar o cetoprofeno separadamente de outros medicamentos.
Populações especiais
- Crianças: a segurança e eficácia do uso de cetoprofeno em crianças ainda não foram estabelecidas.
- Pacientes com insuficiência renal e idosos: é aconselhável reduzir a dose inicial e manter estes pacientes com
a menor dose eficaz. Um ajuste posológico individual deve ser considerado somente após ter apurado boa
tolerância individual (vide “Propriedades Farmacocinéticas”).
- Pacientes com insuficiência hepática: estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorados e deve-se
manter a menor dose eficaz diária (vide “Propriedades Farmacocinéticas”).
Não há estudos dos efeitos de cetoprofeno administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa.
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Reação muito comum (≥ 1/10).
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10).
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100).
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000).
Reação muito rara (< 1/10.000).
Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
A lista a seguir de reações adversas está relacionada a eventos apresentados com o uso de cetoprofeno no
tratamento de condições agudas ou crônicas:
Distúrbios no sistema sanguíneo e linfático:
-Rara: anemia hemorrágica.
-Desconhecida: agranulocitose, trombocitopenia, aplasia medular , anemia hemolítica, leucopenia.
Distúrbios no sistema imune:
-Desconhecida: reações anafiláticas, incluindo choque.
Distúrbios psiquiátricos:
-Desconhecida: depressão, alucinação, confusão, distúrbios de humor.
Distúrbios no sistema nervoso:
-Incomum: cefaleia, vertigem, sonolência.
-Rara: parestesia.
-Desconhecida: meningite asséptica, convulsões, disgeusia.
Distúrbios visuais:
-Rara: visão embaçada, tal como visão borrada (vide “Advertências e Precauções”).
Distúrbios auditivos e do labirinto:
-Rara: tinido.
Distúrbios cardíacos:
-Desconhecida: exacerbação da insuficiência cardíaca.
Distúrbios vasculares:
-Desconhecida: hipertensão, vasodilatação, vasculite (incluindo vasculite leucocitoclástica).
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais:
-Rara: asma.
-Desconhecida: broncoespasmo, principalmente em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao ácido
acetilsalicílico e/ou a outros AINEs.
Distúrbios gastrintestinais:
-Comum: dispepsia, náusea, dor abdominal, vômito.
-Incomum: constipação, diarreia, flatulência e gastrite.
-Rara: estomatite, úlcera péptica.
-Desconhecida: exacerbação da colite e doença de Crohn, hemorragia e perfuração gastrintestinais, pancreatite.
Distúrbios hepatobiliares:
-Rara: hepatite, aumento dos níveis das transaminases.
Distúrbios cutâneos e subcutâneos:
-Incomum: erupção cutânea (rash), prurido.
-Desconhecida: reação de fotossensibilidade, alopecia, urticária, angioedema, erupções bolhosas incluindo
síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, pustulose exantematosa aguda generalizada.
Distúrbios renais e urinários:
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-Desconhecida: insuficiência renal aguda, anormalidade nos testes da função renal, nefrite túbulointersticial e
síndrome nefrótica.
Distúrbios gerais e condições no local da administração:
-Incomum: edema.
Distúrbios do metabolismo e nutrição:
-Desconhecido: hiponatremia.
Investigações:
-Rara: ganho de peso.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.