Bula do Cicladol produzido pelo laboratorio Chiesi Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Anexo A
CICLADOL®
piroxicam betaciclodextrina
Chiesi Farmacêutica Ltda
Comprimido – 20 mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Cicladol®
APRESENTAÇÕES
Comprimido: cada comprimido contém 20 mg de piroxicam (na forma de piroxicam
betaciclodextrina). Cartuchos com 5 e 10 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Cicladol®
contém:
Piroxicam (na forma de piroxicam betaciclodextrina) ........................................... 20 mg
Excipientes q.s.p. ........................................................................................ 1 comprimido
Excipientes: lactose, crospovidona, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, amido,
estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O Cicladol®
é indicado para tratamento dos estados dolorosos agudos, como
reagudização de dores reumáticas, dor musculoesqueléticas, dismenorreia, cefaleia, dor
pós-traumatismo e pós-operatória, odontalgia, afecções reumáticas articulares e extra-
articulares.
Foi realizado um estudo multicêntrico aberto e não comparativo, visando avaliar a
eficácia terapêutica e a tolerância de um potente anti-inflamatório, o complexo
piroxicam betaciclodextrina, no tratamento de patologias Ortopédicas e
Reumatológicas. O esquema posológico usado foi de 1 comprimido de 20 mg ao dia
durante 7 dias. O estudo foi desenvolvido em 14 centros de pesquisas, por cerca de
1.500 médicos, distribuídos por todo o Brasil, envolvendo um total de 3.729 pacientes.
A avaliação global da eficácia clínica obteve em 93,1% dos casos resultados
considerados pelos médicos participantes como excelentes e bons (3.472 pacientes). A
tolerabilidade global evidenciou resultados excelentes e bons em 93,7% dos casos
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(3.495 pacientes); sendo que houve necessidade de interromper o tratamento em apenas
1,4% dos casos (60 pacientes), devido à intensidade da reação adversa. A intensidade da
dor foi avaliada pelos médicos e pacientes imediatamente antes do tratamento e no 3° e
7° dia de tratamento; em ambos os controles a avaliação estatística usando o teste "t" de
Student ("t" pareado) mostrou uma diminuição da intensidade da dor altamente
significante estatisticamente (p~0). Diante destes resultados podemos concluir que o
complexo piroxicam betaciclodextrina é eficaz e seguro como anti-inflamatório, no
tratamento das patologias traumáticas e reumatológicas.1
(Rodrigues E J et al).
A maioria dos pacientes com câncer avançado apresenta dor, sendo seu controle
fundamental para se conseguir melhor qualidade de vida. Foram estudados 20 pacientes
adultos portadores de neoplasias malignas de várias localizações, com dor de fraca a
moderada intensidade, sem tratamento antineoplásico atual, durante o período de duas
semanas. Foram administrados o complexo piroxicam betaciclodextrina ou a dipirona
(em associação), em sistema de observação cruzada, com sete dias para cada droga, com
o objetivo de comparar seus efeitos analgésicos. Também foi analisada a toxicidade.
Foram observados quatro desaparecimentos completos da dor em ambos os grupos;
diminuição importante da dor ocorreu em oito dos 20 pacientes com piroxicam
betaciclodextrina. Maior intensidade de analgesia foi observada no grupo com
piroxicam betaciclodextrina, quando da análise das observações cruzadas. Conclui-se
que o piroxicam betaciclodextrina é uma droga útil na analgesia de dores de origem
oncológica de fraca e moderada intensidades, e apresenta facilidade de aderência do
paciente pela dose única diária.2
(Manna E D F et al).
Foram estudadas as ações do complexo piroxicam betaciclodextrina no tratamento de 40
pacientes com dismenorreia primária através de um estudo, durante dois ciclos
menstruais. Outros sintomas acompanhados da dismenorreia foram também avaliados.
Os resultados obtidos, no referido estudo, permitiram concluir que o complexo
piroxicam betaciclodextrina demonstra ser uma alternativa segura e eficaz para a
terapêutica da dismenorreia primária. Adicionalmente, foi observado, através das
avaliações clínicas, uma resposta terapêutica favorável e uma boa tolerabilidade sobre a
sintomatologia dolorosa quando comparada com o pré-tratamento até o final do segundo
ciclo menstrual.3
(Araujo J R A et al).
Referências Bibliográficas:
1. Rodrigues E J et al. Estudo Multicêntrico do Complexo β-Ciclodextrina
Piroxicam nas patologias traumáticas e Reumáticas. Revista Brasileira de Medicina
(RBM); 1995; 52(2):88-97.
2. Manna E D F et al. Tratamento da dor de origem neoplásica de fraca a moderada
intensidade com beta-ciclodextrina piroxicam - Estudo clínico controlado. F. Med
1997; 115(1): 97-100.
3. Araújo J R A et al. Estudo da eficácia e segurança do complexo beta-
ciclodextrina piroxicam no tratamento da dismenorreia primária. Jornal Brasileiro de
Ginecologia 1995;(5):225-232.
Propriedade farmacodinâmica:
O piroxicam é o primeiro composto de uma nova classe de AINEs, os “oxicans”. O
piroxicam exerce ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética, ações farmacológicas
semelhantes às de outros AINEs. Estudos em animais mostraram que o piroxicam afeta
a migração de células para os sítios de inflamação. Assim como outros AINEs,
piroxicam interfere com a síntese de prostaglandinas inibindo a cicloxigenase. Ao
contrário da indometacina, piroxicam é um inibidor reversível da síntese das
prostaglandinas. Em um estudo com 9 pacientes com artrite reumatoide ativa, piroxicam
(20 mg / dia por 15 dias) demonstrou reduzir significativamente a função das células
polimorfonucleares (PMN), a produção de superóxido no sangue periférico e no líquido
sinovial e a concentração de elastase nos PMN e o PMN no líquido sinovial. A
modulação da resposta do PMN pode contribuir para uma ação anti-inflamatória do
piroxicam.
Cicladol®
é uma nova formulação de piroxicam na qual o composto ativo forma um
complexo com a betaciclodextrina.
O betaciclodextrina é um oligossacarídeo cíclico obtido da hidrólise e conversão
enzimática do amido, e graças à estrutura química especial que apresenta, pode formar
complexos de inclusão com vários fármacos, melhorando as características de
solubilidade, estabilidade e biodisponibilidade.
O complexo piroxicam betaciclodextrina é altamente hidrossolúvel e proporciona rápida
absorção do piroxicam após administração oral.
A melhor solubilidade permite rápida elevação dos níveis plasmáticos e a obtenção de
valores de pico mais precoces e, com isso, maior intensidade do efeito analgésico e anti-
inflamatório.
possui uma meia vida plasmática prolongada possibilitando uma única
administração diária. Graças às suas propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas,
é adequado para tratamento de estados dolorosos moderados e intensos.
No teste de edema induzido por carragenina, Cicladol®
apresentou uma atividade anti-
inflamatória mais rápida do que o piroxicam, nas primeiras horas após a administração.
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tem resultado 2 a 3 vezes melhor que piroxicam administrado via oral do que
retal.
A atividade analgésica foi estudada em camundongos, por via oral, no teste de
convulsões com fenolquinona. Após 5 minutos de tratamento, foi alcançado 99% do
efeito inibitório máximo com Cicladol®
e 78% com piroxicam. A atividade se mantém
constante para ambas as preparações nas duas horas após o tratamento.
Os valores do índice terapêutico para Cicladol®
e piroxicam foram calculados com base
em comparações entre os efeitos anti-inflamatórios, avaliados em ratos utilizando o teste
de edema induzido por carragenina. Cicladol®
via oral demonstra índice terapêutico
2,65 vezes maior do que o piroxicam oral.
A melhor tolerabilidade gastrointestinal de Cicladol®
foi confirmada em humanos
através de três estudos duplo-cego controlado, em que a presença de sangue nas fezes
foi avaliada utilizando a técnica de hemácias marcadas com 51
Cr. Em todos os estudos, a
duração do tratamento foi de 28 dias. Dois estudos mostraram uma perda
significativamente menor de sangue nas fezes com Cicladol®
no final do período de
estudo de quatro semanas, enquanto o terceiro estudo observou uma tendência
semelhante.
Em um estudo mais aprofundado de comparação da tolerabilidade gástrica de
, piroxicam, indometacina e placebo, quando administrados por um período
de 14 dias, foi avaliada a diferença de potencial na parede gástrica (max GPD).
produziu efeitos menores sobre este parâmetro do que piroxicam e
indometacina com uma correlação positiva entre GPD e resultados máximos na
endoscopia. Cicladol®
, portanto, apresenta uma relação favorável entre as atividades
farmacodinâmica e tolerabilidade gástrica em comparação com piroxicam.
Propriedade farmacocinética:
Durante a administração oral, Cicladol®
é absorvido para a circulação como única
substância ativa (piroxicam) e não o complexo.
O tempo médio estimado para início de ação do medicamento é de aproximadamente 15
a 30 minutos.
Em indivíduos saudáveis, foi feito um estudo comparativo com doses equivalentes de
e piroxicam (20 mg), administrados por via oral. Observou-se uma rápida
absorção (concentração plasmática) de Cicladol®
em relação ao piroxicam (cerca de 30-
60 minutos com Cicladol®
e um tempo médio de 2 horas com piroxicam). Os
parâmetros de eliminação, Kel e meia-vida não variam entre os medicamentos, apenas a
cinética de absorção se altera.
A excreção urinária do princípio ativo ocorreu em 72 horas, sendo que
aproximadamente 10% da dose administrada foi excretada na forma inalterada, tanto
para Cicladol®
quanto para piroxicam.
A betaciclodextrina após administração oral não foi encontrada no plasma nem na urina.
A ciclodextrina é metabolizada no cólon pela microflora bacteriana em dextrina,
maltose e glicose.
O medicamento não deve ser utilizado nos seguintes casos:
• Hipersensibilidade ao piroxicam ou a qualquer outro componente da fórmula;
• Histórico de úlcera, hemorragia ou perfuração gastrointestinal;
• Pacientes com histórico de alterações gastrointestinais com predisposição para
distúrbios hemorrágicos como a colite ulcerativa, doença de Crohn, câncer
gastrointestinal ou diverticulite;
• Paciente com úlcera péptica ativa, sangramento gastrointestinal ou distúrbios
gastrointestinais inflamatórios, gastrite, dispepsias;
• Gravidez e lactação;
• Crianças;
• Distúrbios hepáticos e renais graves, insuficiência cardíaca moderada ou grave,
hipertensão arterial grave, doença arterial grave, alterações graves nas células
sanguíneas, presença de diátese hemorrágica;
• Histórico de reação alérgica grave a medicamentos de qualquer tipo,
especialmente reações cutâneas tais como eritema multiforme, síndrome de Stevens-
Johnson, necrólise epidérmica tóxica;
• Histórico de reações cutâneas prévias (independentemente da severidade) ao
piroxicam, outros AINEs e outros medicamentos.
O uso concomitante com outros anti-inflamatórios não esteroidais, incluindo inibidores
da COX-2 e ácido acetilsalicílico, em doses analgésicas, e anticoagulantes é
contraindicado.
Existe a possibilidade de "sensibilidade" cruzada com a ácido acetilsalicílico ou outros
anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). O produto não deve ser administrado se o
ácido acetilsalicílico ou outros AINEs causa sintomas de asma, rinite, pólipos nasais,
angioedema e urticária no paciente.
.
Categoria “C” de risco na gravidez. - Não foram realizados estudos em animais e
nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não
existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em Pediatria: Não existe ainda experiência suficiente estabelecendo as indicações e
posologia do medicamento para crianças.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.
Os efeitos adversos podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o
menor tempo de tratamento necessário para controlar os sintomas.
O benefício clínico e a tolerabilidade do tratamento devem ser reavaliados
periodicamente e o tratamento deve ser interrompido imediatamente aos primeiros
sinais de reações cutâneas ou problemas gastrointestinais importantes.
Problemas gastrointestinais, risco de ulceração, sangramento e perfuração
gastrointestinal
Os AINEs, incluindo o piroxicam, podem causar graves eventos adversos
gastrointestinais, incluindo ulceração, sangramento e perfuração do estômago, intestino
delgado ou grosso, que podem ser fatais. Estes eventos adversos sérios podem ocorrer a
qualquer momento, com ou sem sintomas de advertência, em pacientes que tomam
AINEs.
A exposição ao AINE, tanto a curto como a longo prazo, implica em um risco
aumentado de eventos gastrointestinais graves. Evidências de estudos observacionais
sugere que o uso de piroxicam, comparado a outros AINEs, pode estar associado com
um risco aumentado de toxicidade gastrointestinal grave.
Pacientes com fatores de risco para eventos gastrointestinais graves devem ser tratados
com piroxicam somente após uma avaliação cuidadosa.
A possível necessidade de terapia combinada com agentes gastroprotetores (ex.
misoprostol ou inibidores da bomba de prótons) deverá ser cuidadosamente avaliada.
Complicações gastrointestinais sérias - identificação das pessoas em risco
O risco de desenvolver complicações gastrointestinais graves aumenta com a idade.
Idade acima de 70 anos está associada com um risco aumentado de complicações.
Administração para pacientes com mais de 80 anos deve ser evitada.
Os pacientes que recebem tratamento concomitante com corticosteroides orais,
inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), ou fármacos antiagregantes
plaquetários, como a aspirina em baixas doses, têm um risco aumentado de
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complicações gastrointestinais graves. Como com outros AINEs, piroxicam em
associação com agentes gastroprotetores (ex. misoprostol ou inibidores da bomba de
prótons) deverá ser considerado nestes pacientes.
Pacientes e médicos devem prestar atenção aos sinais e sintomas de úlcera e / ou
hemorragia gastrointestinal durante o tratamento com piroxicam. Os pacientes devem
ser orientados a relatar quaisquer sintomas abdominais novos ou incomuns que podem
ocorrer durante o tratamento. Se, no decurso do tratamento ocorrer suspeita de
complicações gastrointestinais, o uso do piroxicam deverá ser interrompido
imediatamente e o paciente deve ser submetido a uma avaliação aprofundada do quadro
clínico e tratamento alternativo deve ser iniciado.
Problemas cardiovasculares e cerebrovasculares
Um controle adequado e orientações são necessários para pacientes com histórico de
hipertensão e/ou insuficiência cardíaca congestiva, pois no tratamento com AINEs
foram relatados retenção de líquidos e edema.
Os ensaios clínicos e dados epidemiológicos sugerem que o uso de alguns AINEs
(particularmente em doses elevadas e em tratamentos prolongados) pode estar associado
com risco um pouco aumentado de eventos trombóticos arteriais (por exemplo, infarto
do miocárdio ou acidente vascular cerebral). Não existem dados suficientes para excluir
um risco semelhante durante o uso de piroxicam betaciclodextrina.
Pacientes com hipertensão não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença
isquêmica do coração diagnosticada, doença arterial periférica e/ou doença
cerebrovascular somente devem ser tratados com piroxicam após cuidadosa avaliação.
O mesmo cuidado deve ser tomado antes de iniciar um tratamento de longo prazo em
pacientes com fatores de risco para doenças cardiovasculares (por exemplo, hipertensão,
hiperlipidemia, diabetes mellitus, tabagismo).
O piroxicam diminui a agregação plaquetária e aumenta o tempo de coagulação.Este
efeito deve ser considerado se exames de sangue são realizados e se o paciente está
sendo tratado com outras substâncias inibidoras da agregação plaquetária.
Os pacientes nos quais a função renal é prejudicada, devem ser monitorados
periodicamente, pois a inibição da síntese de prostaglandinas causada por piroxicam
pode levar a uma séria diminuição na perfusão renal, que pode resultar em insuficiência
renal aguda. Neste sentido, os pacientes idosos e pacientes em tratamento com
diuréticos devem ser considerados grupos de risco.
Pacientes com Insuficiência Renal:
Há relatos de elevação reversível de ureia, nitrogênio e creatinina sanguínea com uso de
Raramente, tem sido reportado casos de nefrite intersticial, glomerulite, necrose papilar
e síndrome nefrótica com uso de AINES.
Os AINEs inibem a síntese de prostaglandinas que servem para manter a perfusão renal
em pacientes com fluxo sanguíneo renal e volume sanguíneo diminuídos. Nesses
pacientes, a administração de AINEs pode precipitar descompensação renal evidente,
reversível após a suspensão do tratamento. Os pacientes sob maior risco são aqueles
com insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica e doença
renal aparente. Esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados enquanto
estiverem sendo tratados com AINEs.
Piroxicam betaciclodextrina deve ser usado com precaução em pacientes com
desidratação significante ou nefropatia.
Outros:
Devido à interação da droga com o metabolismo do ácido araquidônico, em indivíduos
asmáticos ou suscetíveis a crises de asma podem surgir, eventualmente, broncoespasmo,
choque e outras doenças alérgicas.
Como algumas alterações oculares foram observadas durante a terapia com AINEs, é
recomendado, em casos de tratamento prolongado, realizar exames oftálmicos
periódicos. Frequentemente também devem ser verificados os níveis de glicemia em
pacientes diabéticos e o tempo de protrombina em indivíduos realizando anticoagulação
concomitante com derivados da varfarina.
Reações cutâneas
Reações cutâneas graves (Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica)
tem sido reportada com o uso de piroxicam. Pacientes devem ser avisados sobre os
sinais e sintomas e monitorados de perto para reações cutâneas. O risco maior de
ocorrência da Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica é nas
primeiras semanas de tratamento. O medicamento deve ser descontinuado se ocorrerem
sinais e sintomas de Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica
(progressivo rash cutâneo geralmente com bolhas e lesões na mucosa, por exemplo). O
melhor resultado no gerenciamento da Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica ocorre quando o diagnóstico é precoce e a descontinuação do
tratamento é imediata. A descontinuação precoce é associada com melhor prognóstico.
O medicamento não deve ser administrado novamente nos pacientes que desenvolverem
Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica com uso de Cicladol®
.
Os comprimidos de Cicladol®
contém lactose: pacientes com problemas hereditários
raros de intolerância a galactose, deficiência de Lapp lactase ou má absorção de
galactose-lactose não devem utilizar este medicamento.
Efeitos na capacidade de dirigir ou operar máquinas
Cicladol®
pode alterar o estado de alerta a ponto de comprometer a capacidade de
dirigir veículos ou realizar atividades que requerem rápido reflexo. Como olhos
inchados, visão turva e irritação nos olhos tem sido reportados pelo uso de piroxicam,
pacientes devem ser avisados para terem cuidados ao realizar estas atividades. Mesmo
que exames oftálmicos de rotina não demonstrarem evidências de mudanças oculares,
tais exames devem ser realizados se houver desenvolvimento dos sintomas.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.
Efeitos sobre fertilidade: a utilização de piroxicam, como qualquer medicamento
inibidor da síntese de prostaglandina e cicloxigenase, não é recomendado em mulheres
que pretendam engravidar. A administração de piroxicam deverá ser interrompida em
mulheres que têm problemas de fertilidade ou estão sob investigação de fertilidade.
Uso durante a Gravidez:
Embora não tenham sido constatados efeitos teratogênicos nos estudos em animais, a
segurança para o uso de Cicladol®
durante a gravidez ou no período de lactação não foi
ainda estabelecida.
, assim como com outros anti-inflamatórios não esteroides, inibe a síntese e
liberação das prostaglandinas através de um bloqueio reversível da enzima
cicloxigenase. Este efeito tem sido associado a uma incidência maior de distócia e
retardo do parto em animais quando a droga foi administrada e continuada na prenhez
tardia.
Anti-inflamatórios não hormonais são também conhecidos como indutores do
fechamento do ductus arteriosus em crianças e por isso, o uso no último trimestre de
gravidez é contraindicado. AINE não deve ser administrado durante os dois primeiros
trimestre de gravidez ou durante o parto a menos que os potenciais benefícios para a
paciente sejam superiores aos potencias riscos para o feto.
Lactação: Cicladol®
não é recomendado para uso por lactantes uma vez que sua
segurança clínica ainda não foi estabelecida para estes casos. Estudo preliminar
demonstrou que o piroxicam pode ser encontrado no leite materno numa concentração
de aproximadamente 1% a 3% da concentração encontrada no plasma da mãe.
Não houve acúmulo de piroxicam no leite em comparação ao plasma em tratamento de
até 52 dias de duração.
Categoria “C” de risco na gravidez - Não foram realizados estudos em animais e nem
em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não
existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
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Ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINES): a
utilização de piroxicam com ácido acetilsalicílico ou outros AINEs deve ser evitada,
pois os dados disponíveis não mostram que essas combinações produzem maior efeito
do que a melhoria obtida com piroxicam sozinho, além disso, a possibilidade de reações
adversas é maior. Estudos em humanos demonstraram que o uso concomitante de
piroxicam e ácido acetilsalicílico reduz a concentração plasmática de piroxicam em
cerca de 80% do normal.
Corticosteroide: pode aumentar o risco de úlcera, sangramento gastrointestinal.
Anticoagulantes: os anti-inflamatórios não hormonais, incluindo o piroxicam, podem
potencializar o efeito dos anticoagulantes. Portanto, o uso associado de Cicladol®
com
anticoagulantes, como a varfarina, deve ser evitado.
Como ocorre com outros anti-inflamatórios não hormonais, o fármaco reduz a
agregação plaquetária e prolonga o tempo de coagulação; esta eventualidade deve ser
lembrada ao se efetuar os testes hematológicos e exige vigilância se o paciente estiver
sob tratamento simultâneo com fármacos que inibem a agregação plaquetária.
Antiagregantes plaquetários e inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(ISRS): aumento do risco de hemorragia gastrointestinal.
Diuréticos, inibidores da ECA e antagonistas da angiotensina II: os AINES podem
causar retenção de sódio, potássio e líquidos e podem interferir com ação natriurética de
agentes diuréticos. Estes fatores devem ser considerados em pacientes com função
cardíaca comprometida e hipertensão para evitar uma possível piora dessas condições.
Piroxicam pode reduzir o efeito dos diuréticos e provavelmente de outros anti-
hipertensivos. Em alguns pacientes com função renal diminuída (ex. pacientes
desidratados ou idosos com função renal comprometida), a coadministração de um
inibidor da ECA ou antagonista da angiotensina II e agentes que inibem o sistema de
cicloxigenase, pode levar para uma deterioração da função renal, incluindo uma
possível insuficiência renal aguda, geralmente reversível. Estas interações devem ser
consideradas em pacientes que utilizam piroxicam em associação com inibidores da
ECA ou antagonistas da angiotensina II. Assim, a associação deve ser administrada com
precaução, especialmente em idosos. Os pacientes devem ser adequadamente
hidratados, a função renal monitorada após o início da terapêutica concomitante.
Em caso de ingestão simultânea de medicamentos contendo potássio ou diuréticos que
causam retenção de potássio, há um risco adicional de um aumento da concentração de
potássio sérico (hipercalemia).
Lítio: há relatos que os AINEs, incluindo piroxicam, aumentem a concentração
plasmática de lítio no estado de equilíbrio e é necessária a monitorização ao iniciar,
ajustar ou interromper o tratamento com piroxicam betaciclodextrina.
Antiácidos: administração concomitante de piroxicam betaciclodextrina e antiácidos não
tem efeito sobre as concentrações plasmáticas de piroxicam.
Glicosídeos cardíacos (digoxina ou digitoxina): AINEs podem exacerbar falência
cardíaca, reduzir a taxa de filtração glomerular e aumentar os níveis plasmáticos de
glicosídeo cardíaco. O uso concomitante de piroxicam betaciclodextrina com digoxina
ou digitoxina não afeta a concentração plasmática dos medicamentos.
Fármaco altamente ligante proteico: o produto é altamente ligado às proteínas e por isso
o deslocamento de outros fármacos ligantes proteicos é esperado. Pacientes recebendo
piroxicam com outros fármacos ligantes proteicos devem se monitorados para avaliar a
necessidade de ajuste de dose.
Cimetidina: há evidência que um leve, porém significante aumento na absorção de
piroxicam possa ocorrer após a administração de cimetidina, sem significante aumento
na constante de eliminação ou meia vida. É improvável queeste pequeno aumentona
absorção seja clinicamente significativo.
Ciclosporina e tacrolimo: possível aumento no risco de nefrotoxicidade pode ocorrer
quando AINES são administrados com ciclosporina ou tacrolimo.
O uso de álcool deve ser evitado.
O piroxicam pode diminuir a eficácia dos dispositivos intrauterinos.
Não é recomendado o uso de anti-inflamatórios não esteroidais concomitantemente com
quinolonas.
CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO E USO
Conservar o medicamento em temperatura ambiente (15° a 30°C), proteger da luz e
umidade.
Desde que seguidos os cuidados de conservação, o prazo de validade de Cicladol®
é de
24 meses, a contar da data de fabricação (vide embalagem externa).
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Os comprimidos de Cicladol®
tem formato sextavado, apresentam sulco para partição e
cor amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Comprimidos - 1 comprimido uma vez ao dia (a cada 24 horas).
O limite máximo diário de administração recomendado é 20 mg.
Uso Geriátrico:
A administração de anti-inflamatórios em pacientes idosos aumenta o risco de reações
adversas gastrointestinais. Assim, caso seja necessária sua administração, avaliar a
possibilidade de utilizar a metade da dose diária recomendada e reduzir o período de
tratamento.
Reação muito comum (> 1/10): não reportadas até o momento.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): anemia, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia,
anorexia, hiperglicemia, tontura, dor de cabeça, sonolência, vertigem, zumbido,
desconforto abdominal, dor abdominal, constipação, diarreia, desconforto ou dor
epigástrica, flatulência, náusea, vomito, indigestão, erupção cutânea, prurido, edema,
aumento nas transaminases, aumento no peso.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): hipoglicemia, visão borrada, palpitações,
estomatite.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): nefrite intersticial, necrose papilar renal, síndrome
nefrótica, falência renal.
Reação muito rara (< 1/10.000): reações adversas cutâneas graves (Síndrome de
Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica).
Reações cuja frequência é desconhecida: anemia aplástica, anemia hemolítica, doença
do soro, anafilaxia, retenção de líquidos, depressão, sonhos anormais, alucinações,
CHIESI FARMACÊUTICA LTDA.
Fábrica Escritório
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insonia, estado confusional, alterações de humor, nervosismo, parestesia, irritação nos
olhos, inchaço nos olhos, deficiência auditiva, hipertensão, vasculite, dispneia,
broncoespasmo, epistaxe, gastrite, sangramente gastrointestinal, perfuração
gastrointestinal, melena, hematemese, úlcera péptica, pancreatite, boca seca, icterícia,
hepatite, alopecia, angioedema, dermatite esfoliativa, eritema multiforme, onicólise,
reação de fotosensibilidade, urticária, reações vesículo-bolhosas, púrpura não
trombocitopênica, glomerulonefrite, mal estar, diminuição do peso, aumento da
fosfatase alcalina, anticorpo antinuclear positivo, diminuição da hemoglobina,
diminuição do hematócrito.
O tratamento com AINEs têm sido associado com edema, hipertensão e insuficiência
cardíaca. A possibilidade de surgimento de insuficiência cardíaca congestiva em
pacientes idosos ou naqueles com compromedimente da função cardíaca deve ser
considerada. Os ensaios clínicos e dados epidemiológicos sugerem que o uso de alguns
AINEs (particularmente em doses elevadas e em tratamento prolongado) pode estar
associado com risco um pouco aumentado de eventos trombóticos arteriais (por
exemplo, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.