Bula do Ciclofemme para o Paciente

Bula do Ciclofemme produzido pelo laboratorio Mabra Farmacêutica Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Ciclofemme
Mabra Farmacêutica Ltda. - Paciente

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BULA COMPLETA DO CICLOFEMME PARA O PACIENTE

CICLOFEMME

levonorgestrel - DCB: 05279

etinilestradiol - DCB: 03699

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: CICLOFEMME

Nome genérico: levonorgestrel (DCB 05279)

etinilestradiol (DCB 03699)

APRESENTAÇÕES

Drágea – (0,15 mg + 0,03 mg) – Embalagens contendo 1, 3 ou 50 blisters com 21 drágeas cada.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada drágea de CICLOFEMME contém:

levonorgestrel ................................................................................................................................. 0,15 mg

etinilestradiol ...................................................................................................................................0,03 mg

Excipientes q.s.p...............................................................................................................................1drágea

(amido, cera de carnaúba, corante óxido de ferro amarelo, croscarmelose sódica, dióxido de titânio,

estearato de magnésio, glicerol, lactose, macrogrol, povidona, sacarose, cloreto de metileno, álcool

etílico, carbonato de cálcio, água purificada e talco).

II – INFORMAÇÕES À PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

CICLOFEMME é indicado na prevenção da gravidez e para o controle de irregularidades menstruais.

Embora os contraceptivos orais sejam altamente eficazes, há casos de gravidez em mulheres que os

utilizam.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

CICLOFEMME é um contraceptivo oral que combina 2 hormônios, o etinilestradiol e o levonorgestrel.

Os contraceptivos orais combinados, que possuem 2 hormônios em sua composição, agem por supressão

das gonadotrofinas, ou seja, pela inibição dos estímulos hormonais que levam à ovulação. Embora o

resultado primário dessa ação seja a inibição da ovulação, outras alterações incluem mudanças no muco

cervical (que aumenta a dificuldade de entrada do esperma no útero) e no endométrio (que reduz a

probabilidade de implantação no endométrio).

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

CICLOFEMME não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez, ou ainda por

mulheres que estejam amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto deve ser utilizado com cautela em portadores

de diabetes.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

CICLOFEMME não deve ser utilizado por mulheres com hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos

componentes de CICLOFEMME.

CICLOFEMME não deve ser utilizado por mulheres que apresentem qualquer uma das seguintes

condições: história anterior ou atual de trombose venosa profunda (obstrução de uma veia), história

anterior ou atual de tromboembolismo (eliminação de coágulos dos vasos sanguíneos para os pulmões),

doença vascular cerebral (derrame) ou coronariana arterial (infarto do coração), valvulopatias

trombogênicas (alteração cardíaca que leva à formação de coágulos), distúrbios trombogênicos (distúrbios

da coagulação com formação de coágulos), trombofilias (alterações da coagulação) hereditárias ou

adquiridas, cefaleia (dor de cabeça) com sintomas neurológicos focais tais como aura (sensações que

antecedem crises de enxaqueca, que podem ser alterações na visão, formigamentos no corpo ou

diminuição de força), diabetes com envolvimento vascular (com comprometimento da circulação),

hipertensão (pressão alta), carcinoma da mama (câncer de mama) conhecido ou suspeito ou outra

neoplasia estrogênio-dependente (dependente do hormônio estrogênio) conhecida ou suspeita, adenomas

ou carcinomas hepáticos (tumores do fígado), ou doença hepática (do fígado) ativa, desde que a função

hepática não tenha retornado ao normal, sangramento vaginal sem causa determinada, história anterior ou

atual de pancreatite associada a hipertrigliceridemia severa (inflamação do pâncreas com aumento dos

níveis de triglicerídeos no sangue).

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

PRECAUÇÕES

O uso de contraceptivos orais combinados deve ser feito com acompanhamento médico. Algumas

pacientes usando pílula anticoncepcional apresentaram aumento dos níveis sanguíneos de glicose

(açúcar no sangue) e aumento das taxas de colesterol no sangue. Por isso, mulheres que já tenham

diabetes ou intolerância à glicose (aumento do açúcar no sangue), assim como aumento de colesterol

devem ter acompanhamento médico durante o uso do anticoncepcional. Uma pequena parcela das

mulheres usando anticoncepcional pode apresentar aumento do nível de triglicerídeos no sangue, de

forma persistente, o que pode levar à pancreatite (inflamação do pâncreas) e outras complicações.

Algumas mulheres podem não menstruar durante o intervalo sem comprimidos. Se houve falha no uso da

pílula anticoncepcional ou se a mulher não menstruar por dois ciclos seguidos, deve interromper o uso do

anticoncepcional até que a possibilidade de gravidez seja excluída.

Pode ocorrer sangramento de escape (perda de pequena quantidade de sangue) em mulheres em

tratamento com pílula anticoncepcional, principalmente nos primeiros três meses de uso. Se esse tipo de

sangramento persistir ou recorrer, o médico deverá ser informado. Mulheres utilizando contraceptivos

orais combinados com história de depressão devem ter observação médica rigorosa e o medicamento deve

ser suspenso se a depressão reaparecer em grau severo. As pacientes que ficarem significantemente

deprimidas durante o tratamento com pílula anticoncepcional devem interromper o uso do medicamento e

utilizar outro método anticoncepcional até que o médico determine se o sintoma está relacionado ao

medicamento.

Este produto não protege contra infecção por HIV (AIDS) ou outras doenças sexualmente transmissíveis.

Diarreia e/ou vômitos podem reduzir a absorção do hormônio, resultando na diminuição das

concentrações séricas (vide Orientação em caso de vômitos e/ou diarreia e Interações

Medicamentosas).

Gravidez

Se ocorrer gravidez durante o tratamento com contraceptivo oral combinado, as próximas administrações

devem ser interrompidas. Não há evidências conclusivas de que o estrogênio e o progestogênio contidos

no contraceptivo oral combinado prejudicarão o desenvolvimento do bebê se houver concepção acidental

durante seu uso. (vide item 3. Quando não devo usar este medicamento?).

Lactação

Não é recomendado o uso de anticoncepcional combinado durante a amamentação.

ADVERTÊNCIAS

Fumar aumenta o risco de efeitos colaterais cardiovasculares sérios (trombose, derrame, infarto do

coração) decorrentes do uso de contraceptivos orais combinados. Este risco aumenta com a idade e

com o consumo intenso (em estudos, fumar 15 ou mais cigarros por dia foi associado a risco maior)

e é bastante acentuado em mulheres com mais de 35 anos de idade. Mulheres que tomam

contraceptivos orais combinados devem ser firmemente aconselhadas a não fumar.

1. Tromboembolismo e trombose venosa e arterial

O uso de contraceptivos orais combinados está associado a aumento do risco de eventos tromboembólicos

(formação e eliminação de coágulos nos vasos sanguíneos) e trombóticos (obstrução de algum tipo de

veia ou artéria). Entre os eventos relatados estão infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais

(“derrame”), ataque isquêmico transitório (paciente apresenta sintomas de derrame que duram menos de

24 horas - diminuição de força, dificuldade de falar, alteração de coordenação, diminuição de

sensibilidade). O risco para tais eventos é ainda maior em mulheres com condições predisponentes para

tromboembolismo e trombose venosa. Deve-se ter cuidado ao prescrever contraceptivos orais combinados

nesses casos.

A seguir, exemplos de condições predisponentes para tromboembolismo e trombose venosa e arterial:

-obesidade;

-cirurgia ou trauma com maior risco de trombose;

-parto recente ou aborto no segundo trimestre;

-imobilização prolongada;

-idade avançada;

-fumo;

-hipertensão (pressão alta);

-hiperlipidemias (aumento do colesterol no sangue).

O risco de acidente vascular cerebral (“derrame”) pode ser maior em usuárias de contraceptivo oral

combinado que sofrem de enxaqueca (particularmente enxaqueca com aura, sensações ou mal estar que

antecedem crises de enxaqueca).

2. Lesões oculares

Houve relatos de casos de trombose vascular retiniana (obstrução de um vaso do olho) com o uso de

contraceptivos orais combinados, que podem resultar em perda total ou parcial da visão. Se houver sinais

ou sintomas de alterações visuais, início de proptose (olho saltado para fora) ou diplopia (visão dupla),

papiledema (edema, inchaço, do nervo do olho) ou lesões vasculares retinianas (dos vasos da retina),

deve-se interromper o uso dos contraceptivos orais combinados e avaliar imediatamente a causa.

3. Pressão arterial

Relatou-se aumento da pressão arterial em mulheres em tratamento com contraceptivos orais combinados.

Na maioria das pacientes, a pressão arterial volta ao valor basal (normal) com a interrupção da

administração do contraceptivo oral combinado e, aparentemente, não há diferença na ocorrência de

hipertensão entre mulheres que já usaram e as que nunca tomaram contraceptivos orais combinados.

Em mulheres com hipertensão, histórico de hipertensão ou doenças relacionadas à hipertensão (incluindo

algumas doenças renais), pode ser preferível utilizar outro método de controle da natalidade. Se pacientes

hipertensas escolherem o tratamento com contraceptivos orais combinados, devem ser monitoradas

rigorosamente e, se ocorrer aumento significativo da pressão arterial, deve-se interromper o uso do

contraceptivo oral combinado. O uso de contraceptivo oral combinado é contraindicado em mulheres com

hipertensão não-controlada.

4. Câncer dos órgãos reprodutores

Câncer de colo de útero

Alguns estudos sugerem que o uso de contraceptivo oral combinado pode estar associado a aumento do

risco de câncer de colo de útero em algumas populações de mulheres. No entanto, ainda há controvérsia

sobre o grau em que essas descobertas podem estar relacionadas a diferenças de comportamento sexual e

outros fatores. Nos casos de sangramento genital anormal não-diagnosticado, estão indicadas medidas

diagnósticas adequadas.

Câncer de mama

Os fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento do câncer de mama incluem aumento da idade,

histórico familiar, obesidade, mulheres que nunca tiveram filhos e idade tardia para a primeira gravidez.

5. Neoplasia hepática/doença hepática

Os adenomas hepáticos (tumor de fígado), em casos muito raros, e os carcinomas hepatocelulares (câncer

de fígado), em casos extremamente raros, podem estar associados ao uso de contraceptivo oral

combinado. Aparentemente, o risco aumenta com o tempo de uso do contraceptivo oral combinado. A

ruptura dos adenomas hepáticos pode causar morte por hemorragia intra-abdominal. Mulheres com

história de colestase (parada ou dificuldade da eliminação da bile) relacionada ao contraceptivo oral

combinado ou as com colestase durante a gravidez são mais propensas a apresentar essa condição com o

uso de contraceptivo oral combinado. Se essas pacientes receberem um contraceptivo oral combinado,

devem ser rigorosamente monitoradas e, se a condição reaparecer, o tratamento com contraceptivo oral

combinado deve ser interrompido.

Foi relatada lesão hepatocelular (lesão das células do fígado) com o uso de contraceptivos orais

combinados. A identificação precoce da lesão hepatocelular associada ao uso de contraceptivo oral

combinado pode reduzir a gravidade da hepatotoxicidade (toxicidade do fígado) quando o contraceptivo

oral combinado é descontinuado. Se a lesão hepatocelular for diagnosticada, a paciente deve interromper

o uso do contraceptivo oral combinado, utilizar um método contraceptivo não-hormonal e consultar seu

médico.

6. Enxaqueca/Cefaleia

Início ou exacerbação (piora) de enxaqueca ou desenvolvimento de cefaleia (dor de cabeça) com padrão

novo que seja recorrente, persistente ou grave exige a descontinuação do contraceptivo oral combinado

após avaliação médica da causa. O risco de acidente vascular cerebral (“derrame”) pode ser maior em

usuárias de contraceptivo oral combinado que sofrem de enxaqueca (particularmente enxaqueca com

aura, sensações ou mal estar que antecedem crises de enxaqueca).

7. Imune

Angioedema

Os estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angiodema (inchaço de todas as

partes do corpo, podendo incluir as vias aéreas), particularmente em mulheres com angioedema

hereditário.

Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto deve ser utilizado com cautela em portadores

de diabetes.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Alguns medicamentos podem reduzir a eficácia dos contraceptivos orais quando tomados ao mesmo

tempo. Interações entre etinilestradiol (um dos hormônios presentes no CICLOFEMME e outras

substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol).

Concentrações séricas (no sangue) mais baixas de etinilestradiol podem causar maior incidência de

sangramento de escape e irregularidades menstruais e, possivelmente, podem reduzir a eficácia do

contraceptivo oral combinado. Durante o uso concomitante de produtos com etinilestradiol e substâncias

que podem diminuir as concentrações séricas de etinilestradiol, recomenda-se que um método

anticoncepcional não-hormonal (como preservativos e espermicida) seja utilizado além da ingestão

regular de CICLOFEMME. No caso de uso prolongado dessas substâncias, os contraceptivos orais

combinados não devem ser considerados os contraceptivos primários (principal).

Após a descontinuação das substâncias que podem diminuir as concentrações séricas de etinilestradiol,

recomenda-se o uso de um método anticoncepcional não-hormonal por, no mínimo, 7 dias.

A seguir, alguns exemplos das substâncias que podem diminuir as concentrações séricas de

etinilestradiol:

-Substâncias que alteram as enzimas hepáticas, como rifampicina (medicamento usado para tratamento de

tuberculose), rifabutina, barbitúricos (medicamentos utilizados em anestesias), fenilbutazona, fenitoína

(antiepiléptico), dexametasona, griseofulvina (medicamento antifúngico, para tratamento de micoses),

topiramato (antiepiléptico), alguns inibidores de protease, modafinil;

-Hypericum perforatum, também conhecido como erva de São João, e ritonavir (possivelmente por

alteração das enzimas hepáticas);

-Alguns antibióticos, por exemplo, ampicilina, outras penicilinas e tetraciclinas.

A seguir, alguns exemplos de substâncias que podem aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol:

-atorvastatina (medicamento para colesterol);

-ácido ascórbico (vitamina C) e o paracetamol (acetaminofeno);

-indinavir (medicamento para pacientes HIV+), fluconazol (antifúngico) e troleandomicina (antibiótico).

A troleandomicina pode aumentar o risco de colestase intra-hepática (parada ou dificuldade da eliminação

da bile) durante a administração concomitante com contraceptivos orais combinados.

O etinilestradiol pode interferir no metabolismo de outras drogas podendo aumentar as concentrações

plasmáticas e teciduais (por exemplo, ciclosporina, teofilina, corticosteroides) ou diminuir (por exemplo,

lamotrigina). Em pacientes tratados com a flunarizina (medicamento para vertigem), relatou-se que o uso

de contraceptivos orais aumenta o risco de galactorreia (surgimento de leite nas mamas fora do período de

amamentação). As bulas dos medicamentos concomitantes devem ser consultadas para identificar

possíveis interações.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

CICLOFEMME deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e

umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

CICLOFEMME apresenta-se como drágea circular biconvexa de cor amarela.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você

observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Como tomar CICLOFEMME

As drágeas devem ser tomadas diariamente no mesmo horário e na ordem indicada na embalagem. Tomar

uma drágea diariamente por 21 dias consecutivos, seguido de um intervalo de 7 dias sem a ingestão de

drágeas. A embalagem seguinte deve ser iniciada após o intervalo de 7 dias sem a ingestão de drágeas, ou

seja, no 8° dia após o término da embalagem anterior. Após 2-3 dias da última drágea de

CICLOFEMME ter sido tomada, inicia-se, em geral, hemorragia por supressão que pode não cessar

antes do início da embalagem seguinte.

Como começar a tomar CICLOFEMME

Sem uso anterior de contraceptivo hormonal no mês anterior: a primeira drágea de CICLOFEMME

deve ser tomada no 1º dia do ciclo natural (ou seja, o primeiro dia de sangramento menstrual). Pode-se

iniciar o tratamento entre o 2º e o 7º dia do ciclo menstrual, mas recomenda-se a utilização de método

contraceptivo não-hormonal (como preservativo e espermicida) nos primeiros 7 dias de administração de

CICLOFEMME.

Quando se passa a usar CICLOFEMME no lugar de outro contraceptivo oral: preferencialmente,

deve-se começar a tomar CICLOFEMME no dia seguinte ao último comprimido ativo do contraceptivo

oral combinado (com 2 hormônios) anterior ter sido ingerido, mas não mais tarde do que no dia após o

intervalo sem comprimidos ou após a ingestão do último comprimido inativo (sem efeito) do

contraceptivo oral combinado anterior.

Quando se passa a usar CICLOFEMME no lugar de outro método com apenas progestogênio

(minipílulas, implante, dispositivos intrauterinos [DIU], injetáveis): pode-se interromper o uso da

minipílula em qualquer dia e deve-se começar a tomar CICLOFEMME no dia seguinte. Deve-se iniciar

o uso de CICLOFEMME no mesmo dia da remoção do implante de progestogênio ou remoção do DIU.

O uso de CICLOFEMME deve ser iniciado na data em que a próxima injeção está programada.

Em cada uma dessas situações, a paciente deve ser orientada a utilizar outro método não-hormonal de

contracepção durante os 7 primeiros dias de administração de CICLOFEMME.

Após aborto no primeiro trimestre: pode-se começar a tomar CICLOFEMME imediatamente. Não

são necessários outros métodos contraceptivos.

Pós parto: como o pós-parto imediato está associado a aumento do risco de tromboembolismo

(eliminação de coágulos dos vasos sanguíneos para os pulmões), o tratamento com CICLOFEMME não

deve começar antes do 28° dia após o parto em mães não-lactantes (que não estão amamentando) ou após

aborto no segundo trimestre. Deve-se orientar a paciente a utilizar outro método não-hormonal de

contracepção durante os 7 primeiros dias de administração de CICLOFEMME. Entretanto, se já tiver

ocorrido relação sexual, a possibilidade de gravidez antes do início da utilização de CICLOFEMME

deve ser descartada ou deve-se esperar pelo primeiro período menstrual espontâneo. (vide item 4. O que

devo saber antes de usar este medicamento?)

Orientação em caso de vômitos e/ou diarreia

No caso de vômito e/ou diarreia no período de 4 horas após a ingestão da drágea, a absorção pode ser

incompleta. Neste caso, as informações contidas no item 7. “O que devo fazer quando eu me esquecer

de usar este medicamento?” são aplicáveis.

A paciente deve tomar uma drágea ativa adicional obtida de uma nova embalagem.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do

tratamento. Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

A proteção contraceptiva pode ser reduzida se a paciente esquecer de tomar alguma drágea de

CICLOFEMME e, particularmente, se o esquecimento ultrapassar o intervalo livre sem drágeas.

Recomenda-se consultar seu médico.

-Se a paciente esquecer de tomar uma drágea de CICLOFEMME e lembrar dentro de até 12 horas da

dose usual, deve-se ingeri-la tão logo se lembre. As drágeas seguintes devem ser tomadas no horário

habitual.

-Se a paciente esquecer de tomar uma drágea de CICLOFEMME e lembrar mais de 12 horas após a dose

usual ou se tiverem sido esquecidas duas ou mais drágeas, a proteção contraceptiva pode estar reduzida.

A última drágea esquecida deve ser tomada tão logo se lembre, o que pode resultar na tomada de duas

drágeas de uma única vez. As drágeas seguintes devem ser ingeridas no horário habitual. Um método

contraceptivo não hormonal deve ser usado nos próximos 7 dias.

-Se a paciente tomar a última drágea ativa antes do fim do intervalo de 7 dias durante o qual o uso de um

método contraceptivo não-hormonal não é necessário, a próxima embalagem deve ser iniciada

imediatamente; não deve haver intervalo sem drágeas entre as embalagens. Isto previne um intervalo

prolongado entre as drágeas, reduzindo, portanto, o risco de uma ovulação de escape. É improvável que

ocorra hemorragia por supressão até que todas as drágeas da nova embalagem sejam tomadas, embora a

paciente possa apresentar spotting ou sangramento de escape nos dias em que estiver ingerindo as

drágeas. Se a paciente não tiver hemorragia por supressão após a ingestão de todas as drágeas da nova

embalagem, a possibilidade de gravidez deve ser descartada antes de se retomar a ingestão das drágeas.

Proteção contraceptiva adicional

Quando for necessária a utilização de proteção contraceptiva adicional, utilize métodos contraceptivos de

barreira (por exemplo: diafragma ou preservativo masculino). Não utilize os métodos da tabelinha ou da

temperatura como proteção contraceptiva adicional, pois os contraceptivos orais modificam o ciclo

menstrual, tais como as variações de temperatura e do muco cervical.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

O uso de contraceptivos orais combinados tem sido associado a aumento dos seguintes riscos:

- Eventos tromboembólicos (formação e eliminação de coágulos nos vasos sanguíneos) e trombóticos

(obstrução) arteriais e venosos, incluindo infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (“derrame”),

ataque isquêmico transitório (sintomas do derrame, porém com regressão em 24 horas), trombose venosa

(obstrução de uma veia) e embolia pulmonar (eliminação de coágulos dos vasos sanguíneos para os

pulmões);

- Câncer de colo de útero;

- Câncer de mama;

- Tumores hepáticos (do fígado) benignos (por exemplo, hiperplasia nodular focal, adenoma hepático).

As reações adversas estão relacionadas de acordo com sua frequência:

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): cefaleia (dor de

cabeça), incluindo enxaqueca, sangramento de escape/spotting.

Reação comum (ocorre ente 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): vaginite

(inflamação na vagina), incluindo candidíase (infecção causada pelo fungo Candida); alterações de

humor, incluindo depressão, alterações de libido, nervosismo, tontura, náuseas (enjoo), vômitos, dor

abdominal, acne, mastalgia (dor e aumento da sensibilidade das mamas), aumento do volume mamário,

secreção das mamas, dismenorreia (cólica menstrual), alteração do fluxo menstrual, alteração da secreção

e ectrópio cervical (alteração do epitélio do colo do útero), amenorreia (falta da menstruação), retenção

hídrica/edema (inchaço), alterações de peso (ganho ou perda).

Reação incomum (ocorre ente 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): alterações de

apetite (aumento ou diminuição), cólicas abdominais, distensão (aumento do volume abdominal),

erupções cutâneas (lesão na pele), cloasma/melasma (manchas escuras na pele do rosto), que pode

persistir; hirsutismo (aumento dos pelos), alopecia (perda de cabelo), aumento da pressão arterial,

alterações nos níveis séricos de lipídios, incluindo hipertrigliceridemia (aumento dos triglicerídeos).

Reação rara (ocorre ente 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): reações

anafiláticas/anafilactoides (reações alérgicas graves), incluindo casos muito raros de urticária (alergia da

pele), angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem

alérgica) e reações graves com sintomas respiratórios e circulatórios, intolerância à glicose (aumento das

taxas de açúcar no sangue), intolerância a lentes de contato, icterícia colestática (coloração amarelada da

pele e mucosas por acúmulo de pigmentos biliares, devido a obstrução), eritema nodoso (nódulos

(protuberâncias) subcutâneos vermelhos e dolorosos), diminuição dos níveis séricos de folato***.

Reação muito rara (ocorre com menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

carcinomas hepatocelulares (câncer de fígado), exacerbação do lúpus eritematoso sistêmico, exacerbação

da porfiria, exacerbação da coreia, neurite óptica* (inflamação do nervo do olho), trombose vascular

retiniana (obstrução de um vaso da retina), piora das varizes, pancreatite (inflamação no pâncreas), colite

isquêmica (inflamação do intestino grosso ou cólon por falta de oxigenação), doença biliar, incluindo

cálculos biliares** (cálculo na vesícula biliar), eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas e/ou

ulcerações pelo corpo), síndrome urêmica hemolítica (síndrome caracterizada por anemia, diminuição do

número de plaquetas e prejuízo na função renal entre outras alterações).

Reações adversas cuja frequência é desconhecida: doença inflamatória intestinal (Doença de Crohn, colite

ulcerativa), lesão hepatocelular (por exemplo, hepatite, função anormal do fígado).

*A neurite óptica (inflamação de um nervo do olho) pode resultar em perda parcial ou total da visão.

** Os contraceptivos orais combinados podem piorar doenças biliares preexistentes e podem acelerar o

desenvolvimento dessa doença em mulheres anteriormente assintomáticas.

*** Pode haver diminuição dos níveis séricos de folato com o tratamento com contraceptivo oral

combinado. Isso pode ser clinicamente significativo se a mulher engravidar logo após descontinuar os

contraceptivos orais combinados.

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como: dor de cabeça, inchaço, náuseas

(enjoo), vômitos, dores abdominais, alterações de peso (aumento ou diminuição), alterações de humor

incluindo depressão, nervosismo; tontura, alterações do interesse sexual, acne, intolerância a lentes de

contato, vaginite, alterações do fluxo menstrual, dor e sensibilidade, aumento ou secreção das mamas.

Se as reações desagradáveis persistirem ou tornarem-se muito incômodas, a paciente deve consultar

seu médico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis

pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Bula do Ciclofemme
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