Bula do Cicloprimogyna para o Profissional

Bula do Cicloprimogyna produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cicloprimogyna
Bayer S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO CICLOPRIMOGYNA PARA O PROFISSIONAL

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Cicloprimogyna®

Bayer S.A.

Drágeas

2 mg valerato de estradiol / 2 mg valerato de estradiol + 0,25 mg

levonorgestrel

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valerato de estradiol

APRESENTAÇÃO:

Cartucho contendo blíster com 21 drágeas (11 brancas e 10 pardo-avermelhadas).

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada drágea branca de Cicloprimogyna®

contém 2 mg de valerato de estradiol.

Excipientes: lactose, amido, povidona, talco, estearato de magnésio, sacarose, macrogol,

carbonato de cálcio, cera montanglicol.

Cada drágea pardo-avermelhada de Cicloprimogyna®

contém 2 mg de valerato de

estradiol e 0,25 mg de levonorgestrel.

carbonato de cálcio, cera montanglicol, glicerol, dióxido de titânio, pigmento de óxido de

ferro amarelo, pigmento de óxido de ferro vermelho.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

1. INDICAÇÕES:

Cicloprimogyna®

é indicado para terapia de reposição hormonal (TRH) para o tratamento

de sinais e sintomas da deficiência estrogênica, devido à menopausa natural ou

hipogonadismo, ooforectomia ou falência ovariana primária em mulheres com útero

intacto, controle de irregularidades do ciclo menstrual, tratamento da amenorreia primária

e secundária.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA:

A ovulação não é inibida durante o uso de Cicloprimogyna®

e a produção endógena de

hormônios dificilmente é afetada. Devido a sua composição sequencial, Cicloprimogyna

pode ser administrado a mulheres mais jovens com intuito de desenvolver e regular o

ciclo, assim como para mulheres na perimenopausa para tratar o sangramento uterino

irregular.

Durante o climáterio, a redução e, no final, a perda da secreção ovariana de estradiol pode

resultar em instabilidade na termorregulação, ocasionando fogachos associados a

distúrbios do sono e sudorese excessiva, atrofia urogenital com sintomas de secura

vaginal, dispareunia e incontinência urinária. Menos específicos, mas mencionados

frequentemente como parte da síndrome climatérica, são os sintomas como queixas

anginosas, palpitações, irritabilidade, nervosismo, falta de energia e de capacidade de

concentração, esquecimento, perda da libido e dores musculares e nas articulações. A

terapia de reposição hormonal (TRH) alivia muitos desses sintomas decorrentes da

deficiência de estradiol em mulheres na menopausa.

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A adição de um progestógeno a um regime de reposição estrogênica por, no mínimo 10

dias por ciclo, como em Cicloprimogyna

, reduz o risco de hiperplasia endometrial e,

consequentemente, o risco de ocorrência de adenocarcinoma em mulheres com o útero

intacto. A adição de um progestógeno ao regime de reposição estrogênica não mostrou

qualquer interferência na eficácia do estrogênio para as indicações propostas.

Estudos observacionais e o estudo “Women’s Health Initiative (WHI)” com estrogênios

equinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem

uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que utilizam

TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco.

Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos e esquemas

terapêuticos para TRH.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS:

 Farmacodinâmica

Cicloprimogyna®

contém o estrogênio valerato de estradiol, um pró-fármaco do 17-beta-

estradiol natural humano. O outro princípio ativo, levonorgestrel, é um progestógeno

sintético.

Com a composição e o regime sequencial de Cicloprimogyna®

, incluindo uma monofase

estrogênica de 11 dias, uma fase com associação estrogênio-progestógeno de 10 dias e um

intervalo de pausa de 7 dias, um ciclo menstrual é estabelecido na mulher com útero

intacto, desde que o medicamento seja tomado regularmente.

A TRH com uma dose estrogênica adequada, como a encontrada em Cicloprimogyna

,

reduz a reabsorção óssea e retarda ou detém a perda óssea na pós-menopausa. O

tratamento prolongado com TRH tem demonstrado reduzir o risco de ocorrência de

fraturas periféricas em mulheres na pós-menopausa. Quando a TRH é descontinuada, a

massa óssea reduz-se a uma razão comparável àquela encontrada no período da pós-

menopausa imediata. Não há evidências de que a TRH restaure a massa óssea aos níveis

da pré-menopausa. A TRH também tem efeito positivo sobre o conteúdo de colágeno e a

espessura da pele, assim pode retardar o processo de formação de rugas na pele.

A TRH altera o perfil lipídico. Reduz as taxas de colesterol total e de LDL-colesterol e

pode aumentar as taxas de HDL-colesterol e de triglicérides. Os efeitos metabólicos

podem ser parcialmente neutralizados pela adição de um progestógeno, como o

encontrado em Cicloprimogyna

.

 Farmacocinética

valerato de estradiol

- Absorção:

O valerato de estradiol é rápida e completamente absorvido. A clivagem do éster

esteroidal forma estradiol e ácido valérico durante a absorção e o metabolismo de

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primeira passagem no fígado. Simultaneamente, o estradiol passa por um metabolismo

intenso até transformar-se em estrona, estriol e sulfato de estrona. Somente cerca de 3%

de estradiol torna-se biodisponível após a administração oral de valerato de estradiol. Os

alimentos não afetam a biodisponibilidade do estradiol.

- Distribuição:

As concentrações séricas máximas de estradiol, de aproximadamente 30 pg/ml,

geralmente são alcançadas entre 4 e 9 horas após a ingestão da drágea. Dentro de 24 horas

após a ingestão da drágea, os níveis séricos de estradiol diminuem até concentrações de

cerca de 15 pg/ml.

O estradiol liga-se à albumina e às proteínas de ligação a hormônios sexuais (SHBG).

Porém, sua ligação a SHBG é menor que a do levonorgestrel. A fração de estradiol sérico

não-ligada é de cerca de 1 a 1,5% e a fração ligada às proteínas de ligação a hormônios

sexuais é de aproximadamente 30 a 40%.

O volume aparente de distribuição do estradiol após uma única administração intravenosa

é de cerca de 1 l/kg.

- Metabolismo:

Após a clivagem do éster do valerato de estradiol administrado exogenamente, o

metabolismo do fármaco segue as vias de biotransformação do estradiol endógeno: é

metabolizado principalmente pelo fígado, mas também por vias extra-hepáticas como, por

exemplo, nos intestinos, rins, músculos esqueléticos e órgãos-alvo. Estes processos

envolvem a formação da estrona, estriol, catecolestrogênios e sulfatos e glicuronídeos

conjugados destes compostos, os quais são todos claramente menos estrogênicos ou

mesmo não-estrogênicos em relação ao estradiol.

- Eliminação:

A depuração sérica total do estradiol, após dose única administrada por via intravenosa,

mostra grande variabilidade em um intervalo de 10 a 30 ml/min/kg. Uma parte dos

metabólitos do estradiol é excretada com a bile e passa pela circulação êntero-hepática.

No final, os metabólitos do estradiol são excretados principalmente com a urina, como

sulfatos e glicuronídios.

- Condições no estado de equilíbrio:

Após múltiplas administrações, os níveis séricos de estradiol são aproximadamente duas

vezes mais elevados em relação à administração única. Na média, a concentração de

estradiol varia entre 30 pg/ml (nível mínimo) e 60 pg/ml (nível máximo). A estrona, como

metabólito menos estrogênico, alcança concentrações séricas aproximadamente 8 vezes

maiores. O sulfato de estrona alcança, aproximadamente, concentrações 150 vezes mais

elevadas. Após a descontinuação do tratamento com Cicloprimogyna

, os níveis de pré-

tratamento de estradiol e estrona são atingidos dentro de 2 a 3 dias. Nenhuma diferença

distinta nos níveis de estrogênio foi observada entre a fase de tratamento com valerato de

estradiol isolado ou combinado com levonorgestrel.

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levonorgestrel

Após ingestão, o levonorgestrel é rápida e completamente absorvido.

Em média, concentrações séricas máximas de levonorgestrel de 7 – 8 ng/ml são

alcançadas dentro de 1 – 1,5 horas após uma única administração de Cicloprimogyna

Em seguida, os níveis séricos de levonorgestrel declinam em duas fases, com uma meia-

vida terminal média de 27 horas e alcançam concentrações mínimas de cerca de 1 ng/ml

24 horas após a administração.

O levonorgestrel liga-se à albumina e à SHBG. Apenas cerca de 1 – 1,5 % da

concentração sérica total de levonorgestrel encontra-se na forma livre. As frações

relativas de levonorgestrel na forma livre, ligado à albumina e à SHBG são fortemente

dependentes da concentração sérica de SHBG. Após indução das proteínas de ligação, a

fração ligada à SHBG aumenta enquanto as frações livre e ligada à albumina diminuem.

Ao final da monofase estrogênica do ciclo de tratamento com Cicloprimogyna

, a

concentração de SHBG alcança seus níveis séricos mais elevados, os quais, então,

diminuem aos seus níveis mais baixos ao final da fase combinada. Desta forma, a fração

livre de levonorgestrel alcança cerca de 1% no começo e de 1,5% ao final da fase

combinada. As frações correspondentes de levonorgestrel ligado à SHBG são de 70 e

65%, respectivamente.

- Biotransformação:

O levonorgestrel é completamente metabolizado. A biotransformação do levonorgestrel

segue as vias conhecidas do metabolismo de esteroides. Metabólitos farmacologicamente

ativos são desconhecidos.

A taxa de depuração total do levonorgestrel a partir do soro é de 1 ml/min/kg.

Com uma meia-vida de cerca de um dia, aproximadamente as mesmas proporções de

metabólitos são excretadas na urina e na bile.

Baseado na meia-vida de eliminação sérica do levonorgestrel, de cerca de 24 horas, um

acúmulo do princípio ativo no soro seria esperado. Desta forma, níveis basais elevados de

cerca de 1 ng/ml são observados após repetidas administrações. Entretanto, devido às

alterações simultâneas na capacidade de ligação das proteínas durante o tratamento

(diminuição da concentração de SHBG), a área sob a curva “níveis séricos x tempo” de

levonorgestrel realmente não difere entre o início e o fim da fase de tratamento de 10 dias

com a combinação estrogênio/progestógeno. Assim sendo, nenhum acúmulo sérico de

levonorgestrel é observado após administração múltipla de Cicloprimogyna

 Dados de segurança pré-clínicos

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- Carcinogenicidade

Os resultados dos estudos de toxicidade com administração repetida, incluindo estudos de

tumorigenicidade com os dois princípios ativos, não sugeriram risco particular para uso

em humanos. Entretanto, é importante ter em mente que os esteroides sexuais podem

promover o crescimento de certos tecidos e tumores hormônio-dependentes.

- Embriotoxicidade / Teratogenicidade

Estudos de toxicidade reprodutiva com levonorgestrel não indicaram potencial

teratogênico nem risco de virilização dos fetos do sexo feminino relacionado ao efeito

androgênico parcial do levonorgestrel em doses terapêuticas. Entretanto, o uso de

Cicloprimogyna

é contraindicado na gravidez. Não há evidência que o valerato de

estradiol apresente risco ao feto visto que sua administração não produz concentrações

séricas não fisiológicas de estradiol.

- Mutagenicidade

Estudos in vitro e in vivo com o 17-beta-estradiol ou com o levonorgestrel não indicaram

potencial mutagênico.

4. CONTRAINDICAÇÕES:

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que apresentem

qualquer uma das seguintes condições abaixo:

– gravidez e lactação;

– sangramento vaginal não-diagnosticado;

– diagnóstico ou suspeita de câncer de mama;

– diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas, dependentes de

esteroides sexuais;

– presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos);

– doença hepática grave;

– tromboembolismo arterial agudo (por exemplo, infarto do miocárdio, acidente

vascular cerebral);

– presença de trombose venosa profunda, distúrbios tromboembólicos ou

antecedentes destas condições;

– hipertrigliceridemia grave;

– hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do medicamento.

Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez

durante o uso da TRH, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES:

“Atenção: este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela

em portadores de Diabetes.”

Cicloprimogyna®

não pode ser usado como contraceptivo.

Quando necessária, a contracepção deve ser realizada com métodos não-hormonais,

com exceção dos métodos de ritmo e da temperatura. Se houver suspeita de

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ocorrência de gravidez, a terapia deve ser interrompida, até que essa possibilidade

seja excluída (vide item “Gravidez e lactação”).

Antes de iniciar a terapia, todas as condições/fatores de riscos mencionados a seguir

devem ser considerados quando se determina o risco/benefício do tratamento para

cada paciente.

Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra

qualquer uma das condições citadas no item Contraindicações, assim como das

seguintes condições:

- enxaqueca ou cefaleias frequentes com intensidade fora do habitual que ocorram

pela primeira vez ou se houver quaisquer outros sintomas que sejam possíveis sinais

prodrômicos de oclusão cerebrovascular;

- recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático, os quais tenham surgido

inicialmente durante uma gravidez ou durante o uso anterior de esteroides sexuais;

- sintomas ou suspeita de um evento trombótico.

No caso de ocorrência ou agravamento das condições ou fatores de riscos descritos a

seguir, a análise individual do risco/benefício deve ser realizada novamente, levando-

se em consideração a possível necessidade de descontinuação da terapia.

 Tromboembolismo venoso

Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugerem um aumento

do risco relativo de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), ou seja,

trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício

deve ser cuidadosamente avaliada, em conjunto com a paciente, quando se

prescrever TRH para mulheres que apresentem fator de risco para TEV.

Os fatores de risco geralmente reconhecidos incluem histórico pessoal ou familiar (a

ocorrência de TEV em um familiar em primeiro grau, em idade relativamente

precoce, pode indicar predisposição genética) e obesidade grave. O risco de TEV

também aumenta com a idade. Não há consenso sobre a possível influência de veias

varicosas no desenvolvimento de TEV.

O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização

prolongada, cirurgia eletiva ou pós-traumática de grande porte ou traumatismo

extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da imobilização, deve-

se considerar a interrupção temporária da TRH.

 Tromboembolismo arterial

Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC)

combinados com acetato de medroxiprogesterona (AMP), em esquema de

administração contínua, indicaram um possível aumento do risco de cardiopatia

coronariana no primeiro ano de uso e nenhum benefício após este período. Um

estudo clínico abrangente, realizado com EEC administrados isoladamente, indicou

um potencial para redução da taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com

idade entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral na população total estudada.

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Como resultado secundário, verificou-se um aumento de 30 a 40% no risco de

acidente vascular cerebral em dois grandes estudos clínicos realizados com EEC

administrados isoladamente ou em combinação com AMP. Não se sabe se estes

dados também se aplicam a outros medicamentos para TRH ou para vias de

administração não-oral.

 Doença da vesícula biliar

É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por estrogênios.

Algumas mulheres são predispostas a desenvolver doenças da vesícula biliar durante

a terapia estrogênica.

 Demência

Existe evidência limitada, observada em estudos clínicos realizados com produtos

contendo estrogênios equinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode

aumentar o risco de demência se iniciada em mulheres com idade igual ou superior a

65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for iniciado no princípio da

menopausa, como observado em outros estudos. Não se sabe se estes dados também

se estendem a outros medicamentos para TRH.

 Tumores

- Câncer de mama

Estudos observacionais e estudos clínicos relataram aumento no risco de se ter

câncer de mama diagnosticado em mulheres que usaram TRH por vários anos. Estes

resultados podem ser devido ao diagnóstico precoce, aos efeitos da promoção do

crescimento de tumores preexistentes ou à combinação de ambos.

A estimativa para o risco relativo global de diagnóstico de câncer de mama

fornecida em mais de 50 estudos epidemiológicos variou entre 1 e 2, na maioria dos

estudos.

O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser menor ou

possivelmente neutro com medicamentos contendo somente estrogênios.

Dois extensos estudos clínicos randomizados, realizados com estrogênios equinos

conjugados (EEC) administrados isoladamente ou em combinação com AMP em uso

contínuo, apresentaram riscos estimados de 0,77 (IC 95%: 0,59 – 1,01) ou de 1,24

(IC 95%: 1,01 – 1,54) após aproximadamente 6 anos de TRH. Não se sabe se o risco

aumentado também se aplica a outros medicamentos para TRH.

Aumentos similares em diagnóstico de câncer de mama são observados, por

exemplo, nos casos de atraso da menopausa natural, ingestão de bebida alcoólica ou

adiposidade.

O aumento do risco desaparece dentro de poucos anos após a descontinuação do uso

da TRH.

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A maioria dos estudos têm relatado que tumores diagnosticados em usuárias atuais

ou recentes de TRH tendem a ser melhor diferenciados do que os verificados em

não-usuárias. Dados referentes à localização fora da área da mama não são

conclusivos.

A TRH aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar

adversamente a detecção radiológica do câncer de mama em alguns casos.

- Câncer endometrial

A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente aumenta o risco

de desenvolvimento de hiperplasia ou carcinoma endometrial. Estudos sugerem que

a adição apropriada de progestógeno na terapia elimina esse aumento no risco.

- Tumor hepático

Após o uso de hormônios como os contidos em medicamentos destinados à TRH

foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente,

tumores malignos que, em casos isolados, ocasionaram hemorragias intra-

abdominais com risco para a vida da paciente. Se ocorrer dor no abdome superior,

aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal, deve-se

incluir tumor hepático nas considerações diagnóstico-diferenciais.

 Outras condições

Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento

de hipertensão clínica. Foram relatados pequenos aumentos na pressão arterial em

usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, deve-

se considerar a descontinuação do tratamento em casos individuais de

desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa durante a

TRH.

Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias, tais como

as síndromes de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de rigorosa supervisão,

sendo que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de

alteração nos indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH.

Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides necessitam de

acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento

adicional do nível de triglicérides levando ao risco de pancreatite aguda.

Embora a TRH possa ter efeito na resistência periférica à insulina e na tolerância à

glicose, geralmente não há necessidade de alterar o regime terapêutico para

pacientes diabéticas que estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem

ser cuidadosamente monitoradas durante a terapia.

Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela

estimulação estrogênica durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se

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durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma frequente ou

persistente, recomenda-se avaliação endometrial.

Se o tratamento de irregularidades do ciclo menstrual não obtiver resposta

satisfatória, deve-se pesquisar possíveis causas orgânicas através de medidas

diagnósticas adequadas.

Leiomiomas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a influência de

estrogênios. Caso seja observado este aumento, o tratamento deve ser

descontinuado.

Se ocorrer reativação de endometriose durante a TRH, recomenda-se a

descontinuação do tratamento.

Havendo suspeita de prolactinoma, deve-se excluir esta possibilidade antes de iniciar

o tratamento.

Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com história de

cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol

ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem em tratamento.

A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso de

TRH. Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as

mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e que estiverem em

terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.

- epilepsia;

- doença benigna da mama;

- asma;

- enxaqueca;

- porfiria;

- otosclerose;

- lúpus eritematoso sistêmico;

- coreia menor.

Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode

induzir ou exacerbar sintomas de angioedema.

 Gravidez e lactação

A TRH é contraindicada durante a gravidez ou lactação. Se ocorrer gravidez

durante a utilização de Cicloprimogyna®

, o tratamento deve ser descontinuado

imediatamente.

Estudos epidemiológicos abrangentes realizados com hormônios esteroides

utilizados em contracepção e em terapia de reposição hormonal não revelaram risco

aumentado de malformação congênita em crianças cujas mães utilizaram hormônios

sexuais antes da gravidez, nem efeitos teratogênicos quando hormônios sexuais

foram tomados de forma inadvertida durante a fase inicial da gestação.

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Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas com o leite

materno.

 Consultas / exames médicos

Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter o histórico clínico

detalhado e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em

“Contraindicações” e “Advertências e precauções”; estes acompanhamentos

devem ser repetidos periodicamente durante o uso da TRH. A frequência e a

natureza destas avaliações devem ser baseadas em condutas médicas estabelecidas

e adaptadas a cada usuária, mas, em geral, devem incluir atenção especial à pressão

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

A contracepção hormonal deve ser descontinuada quando for iniciada a TRH e a

paciente deve ser orientada a adotar medidas contraceptivas não-hormonais, se

necessário.

 Interações com outros medicamentos

Tratamentos prolongados com fármacos indutores de enzimas hepáticas como, por

exemplo, vários anticonvulsivantes e antimicrobianos, podem aumentar a depuração

de hormônios sexuais e reduzir a eficácia clínica. Tais propriedades de indução de

enzimas hepáticas foram estabelecidas para hidantoínas, barbitúricos, primidona,

carbamazepina e rifampicina, assim como suspeita-se da existência dessas

propriedades também para oxcarbazepina, topiramato, felbamato e griseofulvina. A

indução enzimática máxima geralmente não ocorre antes da segunda ou terceira

semana, mas pode ser mantida por, no mínimo, 4 semanas após o término da terapia

com algum desses fármacos.

Não há informação específica disponível sobre interações de Cicloprimogyna®

com

amitriptilina e arginina, entretanto os estrogênios podem inibir o metabolismo

hepático de tricíclicos (por exemplo, imipramina e amitriptilina).

Em casos raros, níveis reduzidos de estradiol foram observados com o uso

concomitante de certos antibióticos (por exemplo, penicilinas e tetraciclina).

Substâncias que sofrem conjugação substancial como, por exemplo, o paracetamol,

podem aumentar a biodisponibilidade do estradiol pela inibição competitiva do

sistema de conjugação durante a absorção.

Em casos individuais, as necessidades de hipoglicemiantes orais ou insulina podem

ser alteradas como resultado do efeito sobre a tolerância à glicose.

 Interação com bebidas alcoólicas

A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos

níveis de estradiol circulante.

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 Alterações em exames laboratoriais

O uso de esteroides sexuais pode influenciar os resultados de certos exames

laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática, tiroidiana,

adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por exemplo,

globulina de ligação a corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas; parâmetros

do metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e fibrinólise.

 Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Não foram observados efeitos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO:

Cicloprimogyna®

deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).

Proteger da umidade.

O prazo de validade de Cicloprimogyna®

é de 36 meses a partir da data de sua fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.”

 Características organolépticas

Apresenta-se na forma de drágeas brancas ou pardo-avermelhadas.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR:

 Como iniciar Cicloprimogyna®

Se a paciente ainda estiver menstruando, o tratamento deve ser iniciado no 5o

dia do ciclo

(1o

dia do sangramento menstrual = 1o

dia do ciclo).

Pacientes com amenorreia, períodos menstruais muito pouco frequentes, ou que se

encontram na pós-menopausa podem iniciar em qualquer dia do mês, desde que a

existência de gravidez tenha sido excluída (vide item “Gravidez e lactação”).

 Dose

A cartela de Cicloprimogyna

contém 21 drágeas (11 brancas + 10 pardo-avermelhadas),

dispostas em sequência numérica. Tomar 1 drágea diariamente, começando pela drágea

(branca) de número 1 marcada abaixo da palavra "Início" e continuar ingerindo uma

drágea diariamente, seguindo a direção das setas até a ingestão da última drágea (pardo-

avermelhada). Completados os 21 dias, faça um intervalo de pausa de 7 dias.

 Administração

Cada cartela contém o tratamento para 21 dias. Uma nova cartela de Cicloprimogyna

deve ser iniciada após o intervalo de pausa de 7 dias, no mesmo dia da semana que a

cartela anterior. As drágeas devem ser ingeridas inteiras, com pequena quantidade de

líquido, sem mastigar.

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As drágeas devem ser ingeridas todos os dias, preferencialmente no mesmo horário.

 Drágeas esquecidas

Se ocorrer o esquecimento de uma drágea, deve-se ingeri-la o quanto antes. Se o atraso for

de mais de 24 horas, nenhuma drágea adicional deve ser ingerida. Pode ocorrer sangramento

se houver o esquecimento de várias drágeas.

Normalmente, ocorre sangramento durante o intervalo de pausa de 7 dias, dentro de

alguns dias após a ingestão da última drágea.

“Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.”

9. REAÇÕES ADVERSAS:

As reações adversas mais graves que estão associadas à utilização da terapia de

reposição hormonal estão citadas no item “Advertências e precauções”.

Outras reações adversas que foram reportadas em usuárias da terapia de reposição

hormonal (dados pós-comercialização), mas para as quais a associação com

Cicloprimogyna®

não foi confirmada e nem descartada são:

Classificação por

sistema corpóreo

MedDRA v. 8.0

Comum

(≥1/100, <1/10)

Incomum

(≥1/1.000, <1/100)

Raro

(≥1/10.000,

<1/1.000)

Distúrbios no

sistema imunológico

Reação de

hipersensibilidade

Distúrbios

metabólicos e

nutricionais

Aumento ou

diminuição do

peso corporal

psiquiátricos

Estados depressivos Ansiedade,

diminuição ou

aumento da libido

sistema nervoso

Cefaleia Tontura Enxaqueca

Distúrbios nos olhos Distúrbios visuais Intolerância às

lentes de contato

Distúrbios cardíacos Palpitações

gastrintestinais

Dor abdominal,

náusea

Dispepsia Distensão

abdominal,

vômito

Distúrbios cutâneos

e nos tecidos

subcutâneos

Erupção cutânea,

prurido

Eritema nodoso,

urticária

Acne, hirsutismo

sistema músculo-

esquelético e tecido

conectivo

Cãibras

musculares

Distúrbios no Sangramento Dor e sensibilidade Dismenorreia,

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sistema reprodutivo

e nas mamas

uterino/vaginal,

incluindo

gotejamento (as

irregularidades

do sangramento

geralmente

desaparecem com

a continuação do

tratamento)

nas mamas secreção vaginal,

síndrome

semelhante a pré-

menstrual,

aumento das

mamas

Distúrbios e

condições gerais do

local da

administração

Edema Fadiga

Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado (versão 8.0) para descrever uma

determinada reação. Sinônimos ou condições relacionadas não foram listados, mas

também devem ser considerados.

Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode

induzir ou exacerbar sintomas de angioedema (vide item “Advertências e

precauções”).

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br , ou para Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.