Bula do Citrato de Sildenafila produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
citrato de sildenafila
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
20 mg
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos de 20 mg: embalagem com 90 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
citrato de sildenafila....................... 28,10 mg (correspondente a 20 mg de sildenafila base)
excipientes q.s.p............................. 1 comprimido
(celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, croscarmelose sódica, estearato de
magnésio, dióxido de silício, álcool polivinílico, macrogol, dióxido de titânio, talco).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O citrato de sildenafila é indicado para tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP). Este
medicamento demonstrou melhorar a capacidade para realização de exercícios, retardar a piora
clínica e reduzir a pressão arterial pulmonar média.
Propriedades Farmacodinâmicas
A sildenafila é utilizada como terapia oral para hipertensão arterial pulmonar.
A sildenafila é um inibidor potente e seletivo da fosfodiesterase tipo 5 (PDE-5) específica do
GMPc (guanosina monofosfato cíclica) na musculatura vascular pulmonar, onde a PDE-5 é
responsável pela degradação do GMPc. Além da presença desta enzima no corpo cavernoso do
pênis, a PDE-5 também está presente na musculatura vascular pulmonar. A sildenafila, portanto,
aumenta o GMPc dentro das células do músculo liso vascular pulmonar resultando em
relaxamento. Em pacientes com hipertensão arterial pulmonar, isto pode levar à vasodilatação
do leito vascular pulmonar e, em menor grau, à vasodilatação da circulação sistêmica.
Estudos in vitro demonstraram que a sildenafila é seletiva para a PDE-5. Seu efeito é mais
potente sobre a PDE-5 do que sobre outras fosfodiesterases conhecidas. A seletividade da
sildenafila é 10 vezes maior para a PDE-5 do que para a PDE-6, envolvida na via de
fototransdução na retina, 80 vezes maior que para a PDE-1 e mais de 700 vezes maior que para
as PDEs 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e 11. A sildenafila, em particular, apresenta seletividade pela PDE-5
maior que 4.000 vezes em relação à PDE-3, a isoforma da fosfodiesterase específica do AMPc
envolvida no controle da contratilidade cardíaca.
A sildenafila causa reduções leves e transitórias na pressão arterial sistêmica que, na maioria
dos casos, não resultam em efeitos clínicos. A redução máxima média da pressão arterial
sistólica supina após a administração oral de 100 mg de sildenafila foi de 8,3 mmHg. A
alteração da pressão arterial diastólica supina correspondente foi de 5,3 mmHg.
Após a administração crônica de 80 mg três vezes ao dia a voluntários sadios do sexo
masculino, a maior alteração média em relação à pressão arterial sistólica supina basal foi uma
redução de 9,0 mmHg. A alteração da pressão arterial diastólica supina correspondente foi uma
redução de 8,4 mmHg.
Após administração crônica de 80 mg três vezes ao dia a pacientes com hipertensão sistêmica, a
alteração média em relação às pressões arteriais sistólica e diastólica basais foi uma redução de
9,4 mmHg e 9,1 mmHg, respectivamente.
Após a administração crônica de 80 mg três vezes ao dia a pacientes com hipertensão arterial
pulmonar, foram observados efeitos menores na redução da pressão arterial (uma redução da
pressão arterial tanto sistólica quanto diastólica de 2 mmHg). Isto pode ser decorrente de
melhoras no débito cardíaco secundárias aos efeitos benéficos da sildenafila sobre a resistência
vascular pulmonar.
Doses únicas orais de sildenafila de até 100 mg em voluntários sadios não produziram efeitos
clinicamente relevantes sobre o ECG. Após a administração crônica de 80 mg três vezes ao dia
a pacientes com hipertensão arterial pulmonar, não foram relatados efeitos clinicamente
relevantes sobre o ECG.
Em um estudo dos efeitos hemodinâmicos de uma dose única oral de 100 mg de sildenafila em
14 pacientes com doença arterial coronária (DAC) grave (estenose > 70% de pelo menos uma
artéria coronária), as médias das pressões arteriais sistólica e diastólica de repouso diminuíram
em 7% e 6%, respectivamente, em comparação ao basal. A média da pressão arterial sistólica
pulmonar diminuiu em 9%. A sildenafila não apresentou efeitos sobre o débito cardíaco e não
comprometeu o fluxo sanguíneo através das artérias coronárias estenosadas.
Foram detectadas diferenças leves e transitórias na diferenciação de cor (azul/verde) em alguns
indivíduos submetidos ao teste de 100 matizes de Farnsworth-Munsell 1 hora após a
administração de 100 mg, sem efeitos evidentes 2 horas após a administração da dose. O
mecanismo proposto para essa alteração na diferenciação de cor está relacionado à inibição da
PDE-6, que está envolvida na cascata de fototransdução da retina. A sildenafila não apresenta
efeitos sobre a acuidade visual, sobre a sensibilidade de contraste, eletroretinogramas, pressão
intraocular ou pupilometria. Em um estudo placebo-controlado de pequeno porte em pacientes
com degeneração macular precoce documentada relacionada à idade (n = 9), a sildenafila (dose
única, 100 mg) não demonstrou alterações significativas nos testes visuais conduzidos (acuidade
visual, grade de Amsler, diferenciação de cor em semáforo simulado, fotoestresse e perímetro
Humphrey).
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
A sildenafila é rapidamente absorvida. As concentrações plasmáticas máximas observadas são
atingidas entre 30 e 120 minutos (média de 60 minutos) após a administração oral no estado de
jejum. A média da biodisponibilidade absoluta oral é de 41% (variação de 25 - 63%). Após a
administração oral de sildenafila três vezes ao dia, a AUC e a Cmáx aumentam
proporcionalmente com a dose dentro de um intervalo de dose de 20-40 mg. Após doses orais
de 80 mg três vezes ao dia, foi observado um aumento dos níveis plasmáticos da sildenafila
ligeiramente maior que o proporcional à dose.
Quando a sildenafila é administrada com alimentos, a taxa de absorção é reduzida. Na presença
de uma refeição rica em lípides há um retardo médio no Tmáx de 60 minutos e uma redução
média na Cmáx de 29%, porém, a extensão da absorção não foi significativamente afetada
(diminuição da AUC em 11%).
Distribuição
O volume de distribuição (Vss) médio da sildenafila no estado de equilíbrio é de 105 L,
indicando uma distribuição para os tecidos. Após doses orais de 20 mg três vezes ao dia, a
média da concentração plasmática total máxima de sildenafila no estado de equilíbrio é de
aproximadamente 113 ng/mL. A sildenafila e seu principal metabólito circulante N-desmetil
apresentam taxa de ligação a proteínas plasmáticas de aproximadamente 96%. A ligação às
proteínas não depende das concentrações totais do fármaco.
Com base nas medidas de sildenafila no sêmen de voluntários sadios, foi demonstrado que
menos de 0,0002% (em média 188 ng) da dose administrada estava presente no sêmen, 90
minutos após a administração do fármaco.
Metabolismo
A sildenafila é depurada predominantemente pelas isoenzimas hepáticas microssomais CYP3A4
(principal via) e CYP2C9 (via secundária). O principal metabólito circulante resulta da N-
desmetilação da sildenafila. Este metabólito apresenta um perfil de seletividade pela
fosfodiesterase semelhante a da sildenafila e uma potência in vitro para a PDE-5 de
aproximadamente 50% em relação ao fármaco inalterado. Em voluntários sadios, as
concentrações plasmáticas deste metabólito são de aproximadamente 40% das observadas para a
sildenafila. O metabólito N-desmetil é metabolizado posteriormente, e apresenta uma meia-vida
terminal de aproximadamente 4 h. Em pacientes com HAP, no entanto, a razão do metabólito N-
desmetil para a sildenafila é maior. As concentrações plasmáticas do metabólito N-desmetil são
aproximadamente 72% das concentrações da sildenafila após a administração de 20 mg três
vezes ao dia (traduzindo-se em 36% de contribuição para os efeitos farmacológicos da
sildenafila). O efeito subsequente sobre a eficácia é desconhecido.
Eliminação
O clearance corporal total da sildenafila é de 41 L/h, com uma meia-vida de fase terminal
resultante de 3-5 h. Após a administração oral ou intravenosa, a sildenafila é excretada na forma
de metabólitos predominantemente nas fezes (aproximadamente 80% da dose oral administrada)
e em menor grau na urina (aproximadamente 13% da dose oral administrada).
Farmacocinética em Grupos Especiais de Pacientes
Idosos: os voluntários idosos sadios (65 anos ou mais) apresentaram clearance de sildenafila
reduzido, resultando em concentrações plasmáticas 90% maiores de sildenafila e do metabólito
ativo N-desmetil em comparação com os observados em voluntários sadios mais jovens (18 - 45
anos). Devido às diferenças de idade na taxa de ligação às proteínas plasmáticas, o aumento
correspondente da concentração plasmática da sildenafila livre foi de aproximadamente 40%.
Danos Renais: em voluntários com insuficiência renal leve a moderada (clearance de creatinina
= 30-80 mL/min), a farmacocinética da sildenafila não foi alterada após a administração de dose
única oral de 50 mg. A média da AUC e da Cmáx do metabólito N-desmetil aumentou 126% e
73%, respectivamente, em comparação aos voluntários pareados para a idade sem insuficiência
renal. No entanto, estas diferenças não foram estatisticamente significativas devido à alta
variabilidade interindividual. Em voluntários com insuficiência renal grave (clearance de
creatinina < 30 mL/min), o clearance da sildenafila foi reduzido, resultando em aumentos
médios de AUC e de Cmáx de 100% e de 88%, respectivamente, em comparação aos voluntários
pareados para a idade sem insuficiência renal. Além disso, os valores de AUC e de Cmáx do
metabólito N-desmetil foram significativamente aumentados em 200% e 79%, respectivamente
em indivíduos com comprometimento renal grave comparado a indivíduos com a função renal
normal.
Danos hepáticos: em voluntários com cirrose hepática leve a moderada (Classes A e B de Child-
Pugh), o clearance da sildenafila foi reduzido, resultando em aumento de AUC (85%) e de Cmáx
(47%) em comparação aos voluntários pareados para idade sem insuficiência hepática. A
farmacocinética da sildenafila em pacientes com função hepática gravemente comprometida
(Classe C de Child-Pugh) não foi estudada.
Farmacocinética Populacional
Idade, sexo, raça, função renal e hepática foram incluídas no modelo de farmacocinética
populacional para avaliar a farmacocinética da sildenafila em pacientes com hipertensão arterial
pulmonar. O conjunto de dados disponível para avaliação farmacocinética populacional
continha um amplo espectro de dados demográficos e de parâmetros laboratoriais associados às
funções hepática e renal.
Nenhum dos fatores relacionados aos dados demográficos, função hepática ou renal apresentou
impactos estatisticamente significativos sobre a farmacocinética da sildenafila em pacientes com
hipertensão arterial pulmonar. No entanto, apenas os substratos da CYP3A4 reduziram o
clearance aparente da sildenafila em 22,3% (isolados) e em 37,4% (em combinação com beta-
bloqueadores). Nenhum outro fator apresentou influência estatisticamente significativa sobre a
farmacocinética da sildenafila.
Em pacientes com hipertensão arterial pulmonar, as concentrações médias no estado de
equilíbrio foram 20% – 50% maiores no intervalo de dose investigado de 20 – 80 mg três vezes
ao dia em comparação aos voluntários sadios. A Cmín dobrou em comparação aos voluntários
sadios. Os dois resultados sugerem clearance menor e/ou maior disponibilidade oral da
sildenafila em pacientes com hipertensão arterial pulmonar em comparação aos voluntários
sadios.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Os dados pré-clínicos não revelaram risco especial para humanos com base nos estudos
convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade,
carcinogenicidade potencial e toxicidade reprodutiva.
Em filhotes de ratos que foram tratados no período pré e pós-natal com 60 mg/kg de sildenafila,
uma diminuição do tamanho da ninhada, um menor peso das crias no dia 1 e uma diminuição da
sobrevida de 4 dias foram observadas com exposições que foram cerca de cinquenta vezes a
exposição humana esperada a 20 mg, três vezes ao dia. Efeitos em estudos não clínicos foram
observados em exposições consideradas suficientemente superiores à exposição humana
máxima, indicando pouca relevância para o uso clínico.
Este medicamento é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade à sildenafila
ou a qualquer componente da fórmula.
Consistente com os efeitos conhecidos sobre a via de óxido nítrico/monofosfato de guanosina
cíclico (GMPc) (vide “Características Farmacológicas”), a sildenafila demonstrou
potencializar os efeitos hipotensores dos nitratos, e, portanto, a coadministração com doadores
de óxido nítrico (como o nitrato de amila) ou nitratos em qualquer forma é contraindicada.
6. INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS
Salvo disposição contrária, os estudos de interação medicamentosa foram realizados em homens
adultos saudáveis com sildenafila oral. Estes resultados são relevantes para outras populações e
vias de administração.
Efeitos de outros medicamentos sobre a sildenafila
Estudos in vitro
O metabolismo da sildenafila é mediado principalmente pelas isoformas do citocromo P450
(CYP) 3A4 (via principal) e 2C9 (via secundária). Portanto, os inibidores destas isoenzimas
podem reduzir o clearance da sildenafila enquanto os indutores destas isoenzimas podem
aumentar o clearance do sildenafila.
Estudos in vivo
Em um estudo conduzido com voluntários sadios do sexo masculino, a coadministração da
sildenafila no estado de equilíbrio (80 mg três vezes ao dia) com um antagonista da endotelina,
a bosentana, que é um indutor moderado das isoenzimas CYP3A4, CYP2C9 e possivelmente
CYP2C19, no estado de equilíbrio (125 mg duas vezes ao dia) resultou em uma redução de
62,6% na AUC e de 55,4% na Cmáx da sildenafila (vide “Posologia e Modo de Usar”). A
combinação de ambos os fármacos não resultou em alterações clinicamente significativas na
pressão arterial (supina e ortostática) e foi bem tolerada em voluntários sadios.
A administração concomitante do inibidor de protease de HIV, ritonavir, que é um inibidor
altamente potente da CYP3A4, no estado de equilíbrio (500 mg, 2 vezes ao dia) com a
sildenafila (100 mg, dose única) resultou em um aumento de 300% (4 vezes) na Cmáx e de
1.000% (11 vezes) na AUC plasmática da sildenafila. Em 24 horas, os níveis plasmáticos da
sildenafila ainda eram de aproximadamente 200 ng/mL, em comparação a aproximadamente 5
ng/mL quando a sildenafila foi administrada isoladamente. Isto é compatível com os efeitos
acentuados do ritonavir em um amplo espectro de substratos do citocromo P450. Com base
nestes resultados farmacocinéticos, a coadministração da sildenafila com o ritonavir não é
aconselhada (vide “Advertências e Precauções”).
A coadministração do inibidor de protease de HIV, saquinavir, um inibidor da CYP3A4, no
estado de equilíbrio (1200 mg, três vezes ao dia) com a sildenafila (100 mg em dose única)
resultou em aumentos de 140% na Cmáx e de 210% na AUC da sildenafila. A sildenafila não
apresentou efeitos sobre a farmacocinética do saquinavir. Para recomendações de dose vide
“Posologia e Modo de usar”. Espera-se que inibidores mais potentes da CYP3A4, como o
cetoconazol e o itraconazol apresentem efeitos similares aos do ritonavir (vide “Posologia e
Modo de usar”). Quando uma dose única de 100 mg de sildenafila foi administrada junto com a
eritromicina, um inibidor moderado da CYP3A4, no estado de equilíbrio (500 mg, duas vezes
ao dia por 5 dias), houve um aumento de 182% da exposição sistêmica da sildenafila (AUC).
Para recomendações de dose vide “Posologia e Modo de usar”. Em voluntários sadios do sexo
masculino, não houve evidências de um efeito da azitromicina (500 mg/dia por 3 dias) sobre a
AUC, Cmáx, Tmáx, constante de velocidade de eliminação ou sobre a meia-vida subsequente da
sildenafila ou de seu principal metabólito circulante.
A cimetidina (800 mg), um inibidor do citocromo P450 e inibidor inespecífico da CYP3A4,
causou um aumento de 56% nas concentrações plasmáticas da sildenafila, quando
coadministrada à sildenafila (50 mg) a voluntários sadios.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não afetam a
biodisponibilidade da sildenafila.
A coadministração de contraceptivos orais (etinilestradiol 30 mcg e levonorgestrel 150 mcg)
não afetou a farmacocinética da sildenafila.
O nicorandil é um híbrido de ativador do canal de potássio e nitrato. Devido ao componente
nitrato, ele tem o potencial de apresentar várias interações com a sildenafila.
Uso de sildenafila com bosentana (vide “Advertências e Precauções”)
Uso de sildenafila com outros inibidores da PDE-5 (vide “Advertências e Precauções”)
Análises Farmacocinéticas Populacionais
Inibidores do CYP3A4 e beta-bloqueadores
Uma análise farmacocinética populacional dos dados de pacientes em estudos clínicos indicou
uma redução de aproximadamente 30% no clearance de sildenafila quando coadministrada com
inibidores leves/moderados do CYP3A4 e uma redução de aproximadamente 34% do clearance
de sildenafila quando coadministrada com beta-bloqueadores. Demonstrou-se que a exposição à
sildenafila sem medicamentos concomitantes é cinco vezes mais alta na dose de 80 mg três
vezes ao dia, quando comparada à exposição à droga na dose de 20 mg três vezes ao dia. Esta
variação da concentração cobre a exposição aumentada de sildenafila observada em estudos
especificamente desenhados para avaliar a interação com medicamentos que inibem o CYP3A4
(exceto inibidores potentes como o cetoconazol, itraconazol e ritonavir).
Indutores do CYP3A4
Uma análise farmacocinética populacional de dados de pacientes em estudos clínicos indicou
um aumento de aproximadamente três vezes no clearance de sildenafila quando coadministrada
com indutores leves do CYP3A4, o que é consistente com o efeito da bosentana no clearance de
sildenafila em voluntários saudáveis. Espera-se que a administração concomitante de indutores
potentes do CYP3A4 leve a uma queda substancial nos níveis plasmáticos de sildenafila.
Efeitos da sildenafila sobre outros medicamentos
A sildenafila é um inibidor fraco das isoformas 1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 do citocromo
P450 (CI50> 150 µM). Não se espera que a sildenafila afete a farmacocinética de compostos que
sejam substratos destas enzimas CYP em concentrações clinicamente relevantes.
Consistente com os efeitos conhecidos sobre a via óxido nítrico/GMPc (vide “Características
Farmacológicas”), a sildenafila demonstrou potencializar os efeitos hipotensores dos nitratos e
sua coadministração com doadores de óxido nítrico ou nitratos em qualquer forma é, portanto,
contraindicada (vide “Contraindicações”).
Nos 3 estudos de interação medicamentosa específica, o alfa-bloqueador doxazosina (4 mg e 8
mg) e a sildenafila (25 mg, 50 mg ou 100 mg) foram administrados simultaneamente a pacientes
com hiperplasia prostática benigna (HPB) estabilizada com o tratamento com doxazosina.
Nestas populações de estudo, foram observadas reduções adicionais médias das pressões
arteriais sistólica e diastólica supinas de 7/7 mmHg, 9/5 mmHg e 8/4 mmHg, respectivamente, e
reduções adicionais médias da pressão arterial ortostática de 6/6 mmHg, 11/4 mmHg e 4/5
mmHg, respectivamente. Quando a sildenafila e a doxazosina foram administradas
simultaneamente a pacientes estabilizados na terapia com a doxazosina, não houve relatos
frequentes de pacientes que experimentaram hipotensão postural sintomática. Esses relatos
incluíram tontura e sensação de cabeça vazia, porém não síncope. A administração
concomitante de sildenafila a pacientes recebendo terapia com alfa-bloqueadores pode resultar
em hipotensão sintomática em alguns indivíduos suscetíveis (vide “Advertências e
Precauções”).
Em um estudo de interação específica, em que a sildenafila (100 mg) foi coadministrada com
anlodipino a pacientes hipertensos, houve uma redução adicional na pressão arterial sistólica
supina de 8 mmHg. A redução adicional correspondente à pressão arterial diastólica supina foi
de 7 mmHg. Estas reduções de pressão arterial foram de magnitude semelhante à observada
quando a sildenafila foi administrada isoladamente a voluntários sadios (vide “Características
Farmacológicas”).
Nenhuma interação significativa foi demonstrada quando a sildenafila (50 mg) foi
coadministrada à tolbutamida (250 mg) ou à varfarina (40 mg), ambas metabolizadas pela
CYP2C9.
A sildenafila (50 mg) não potencializou o aumento do tempo de sangramento causado pelo
ácido acetilsalicílico (150 mg).
A sildenafila (50 mg) não potencializou os efeitos hipotensores do álcool em voluntários sadios
com níveis máximos médios de álcool no sangue de 0,08% (80 mg/dL).
Em um estudo realizado com voluntários sadios, a sildenafila no estado de equilíbrio (80 mg,
três vezes ao dia) resultou em um aumento de 49,8% na AUC e de 42% na Cmáx da bosentana
(125 mg, duas vezes ao dia) (vide “Posologia e Modo de Usar”).
A sildenafila (100 mg, dose única) não afetou a farmacocinética no estado de equilíbrio de
inibidores de protease de HIV, saquinavir e ritonavir, ambos substratos da CYP3A4.
A sildenafila não apresentou impacto clinicamente significativo sobre os níveis plasmáticos dos
contraceptivos orais (etinilestradiol 30 μg e levonorgestrel 150 μg).
População pediátrica
Estudos sobre interação foram realizados apenas em adultos.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da
umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas
Este medicamento se apresenta na forma de comprimido revestido, branco, circular, biconvexo
e com vinco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
VPS
20 MG COM REV CT BL
AL PLAS INC X 90
22/11/2013 0981860/13-0
10452 –
GENÉRICO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
Em estudos de dose única em voluntários com doses de até 800 mg, as reações adversas foram
semelhantes às observadas em doses menores, porém as taxas de incidência e as gravidades
aumentaram.
Em casos de superdosagem, devem ser adotadas medidas de suporte padrões, conforme
necessário. Não se espera que a diálise renal acelere o clearance, uma vez que o citrato de
sildenafila apresenta alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas e não é eliminado na urina.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Apêndice A:
Frequência de reações adversas a medicamento (RAMs) nos estudos clínicos
Sistema MedDRA de classe de órgãos RAM (de acordo com
termo preferencial)
Frequência %
Infecções e infestações gripe #
3,8
Transtornos psiquiátricos insônia #
5,3
Transtornos do sistema nervoso cefaleia #
50,4
Transtornos oculares visão turva #
4,4
distúrbios visuais* #
2,9
Transtornos vasculares rubor #
14,7
Transtornos respiratórios, torácicos e
mediastinais
tosse* #
7,6
epistaxe #
congestão nasal #
4,7
Transtornos gastrintestinais diarreia #
17,0
dispepsia #
13,2
Transtornos musculoesqueléticos e do
tecido conjuntivo
dor nos membros #
13,5
dor nas costas #
8,8
mialgia #
Transtornos gerais e condições do local
de administração
pirexia* #
5,6
* Distúrbios visuais, tosse e pirexia estavam dentro dos critérios estabelecidos no estudo
A1481140. Apesar de esses eventos não atenderem aos critérios do conjunto de dados
combinados dos estudos A1481140 e A1481141, eles foram incluídos com base no julgamento
clínico.
#
Reações adversas relatadas em ≥ 3% dos pacientes tratados com citrato de sildenafila e que
foram mais frequentes (diferença >1%) nos pacientes que usaram citrato de sildenafila no
estudo principal ou no conjunto combinado de dados dos dois estudos controlados com placebo
sobre hipertensão arterial pulmonar (nas doses de 20, 40 ou 80 mg três vezes ao dia [citrato de
sildenafila (todos) N = 341]).
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Farm. Resp.: Dra. Conceição Regina Olmos
CRF-SP nº 10.772
MS – 1.0181.0626
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Macedo Costa, 55 – Campinas – SP
CNPJ 50.929.710/0001-79
Indústria Brasileira
IB280314
Anexo B
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº
Assunto
Data da
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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GENÉRICO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
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