Bula do Cloridrato de Ambroxol produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CLORIDRATO DE AMBROXOL
Biosintética Farmacêutica Ltda.
xarope
15mg/5ml e 30mg/5ml
Cloridrato de ambroxol_BU 01a_VPS 1
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Xarope pediátrico 15 mg/5 ml: frasco contendo 120 ml, acompanhado de copo-medida
graduado.
USO ORAL
USO PEDIÁTRICO
Xarope adulto 30 mg/5 ml: frasco contendo 120 ml, acompanhado de copo-medida
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada 5 ml do xarope pediátrico contém:
cloridrato de ambroxol ........................................................................................... 15 mg
Cada ml contém 3 mg de cloridrato de ambroxol.
Excipientes: ácido benzóico, sorbitol, glicerol, propilenoglicol, hietelose, aroma de
framboesa, água purificada, hidróxido de sódio e ácido tartárico.
Cada 5 ml do xarope adulto contém:
cloridrato de ambroxol ........................................................................................... 30 mg
Cada ml contém 6 mg de cloridrato de ambroxol.
Excipientes: ácido benzóico, sorbitol, glicerol, propilenoglicol, hietelose, mentol, aroma
de laranja, aroma de pêssego, sacarina sódica diidratada, água purificada, hidróxido
de sódio e ácido tartárico.
I- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cloridrato de ambroxol é indicado para a terapia secretolítica e expectorante nas
afecções broncopulmonares agudas e crônicas associadas à secreção mucosa
anormal e transtornos do transporte mucoso.
Em avaliação da prevenção de recorrência de bronquite ao longo de 12 meses,
ambroxol (118 pacientes) manteve a prevenção em 63%, dos pacientes mais graves,
em comparação com 38% dos pacientes que receberam placebo (123 pacientes). Esta
diferença foi estatisticamente significante (p=0,038). Os eventos adversos
possivelmente relacionados ao tratamento foram relatados por 8,5% dos pacientes
com ambroxol e 9,8% dos pacientes com placebo1
.
Um estudo a longo prazo, duplo-cego e controlado por placebo em 173 pacientes com
bronquite crônica tratados com cápsulas de ambroxol de liberação controlada foi
realizado com doses diárias de 75 mg de ambroxol (uma vez ao dia) por 2 anos.
Houve uma melhora estatisticamente significante nos parâmetros de função pulmonar
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(capacidade vital - p=0,001, FEV1 – p=0,05, e taxa de fluxo de pico – p=0,001) e alívio
evidente nos sintomas subjetivos (dispneia, tosse e dificuldade na expectoração)2
1
Bensi G Efficacy of twelve-month therapy with oral ambroxol in preventing exacerbations in patients with
chronic bronchitis: double-blind, randomized, multicenter placebo controlled study (the AMETHIST trial).
Chest 112 (3) (Suppl), 22S (1997).
2
Cegla UH. Long-term therapy over two years with ambroxol (Mucosolvan®) retard capsules in patients
with chronic bronchitis. Results of a double-blind study in 180 patients. Prax. Klin. PneumoI1988;42:715-
721.
Farmacodinâmica
Em estudos pré-clínicos, o cloridrato de ambroxol, princípio ativo do cloridrato de
ambroxol, demonstrou aumentar a secreção das vias respiratórias, o que potencializa
a produção de surfactante pulmonar e estimula a atividade ciliar. Estas ações resultam
na melhora do fluxo e do transporte de muco (depuração ou clearance mucociliar). A
melhora da depuração mucociliar foi demonstrada em estudos farmacológicos clínicos.
O aumento da secreção fluida e da depuração mucociliar facilita a expectoração e
alivia a tosse.
Observou-se um efeito anestésico local do cloridrato de ambroxol em modelo de olho
do coelho que pode ser explicado pelas propriedades bloqueadoras do canal de sódio.
Demonstrou-se in vitro que o cloridrato de ambroxol bloqueia os canais neuronais
clonados de sódio; a ligação foi reversível e dependente da concentração.
A liberação de citocina sanguínea, assim como das células mononucleares e
polimorfonucleares ligadas ao tecido, foi significativamente reduzida in vitro pelo
cloridrato de ambroxol.
Em estudos clínicos em pacientes com dor de garganta, foram reduzidos
significantemente a dor e o rubor faríngeos.
Estas propriedades farmacológicas estão em conformidade com a observação em
estudos clínicos anteriores de eficácia do cloridrato de ambroxol no tratamento de
sintomas do trato respiratório superior, nos quais o cloridrato de ambroxol conduziu ao
rápido alívio da dor e do desconforto relacionado à dor na região dos ouvidos-nariz-
traqueia após inalação.
Todas estas propriedades farmacológicas combinadas facultam as formas de ação de
cloridrato de ambroxol xarope. Primeiro, aliviando a irritação e o desconforto da
mucosa inflamada da garganta, graças aos efeitos hidratante e anestésico locais
promovidos pela constituição do xarope. Em seguida, cloridrato de ambroxol xarope
atua sobre os brônquios exercendo seu principal benefício - facilitando a expectoração
do muco e aliviando a tosse produtiva, protegendo do acúmulo de muco e contribuindo
para a recuperação do paciente.
Após administração de cloridrato de ambroxol as concentrações de antibióticos
(amoxicilina, cefuroxima, eritromicina) nas secreções broncopulmonares e no catarro
aumentaram.
O início de ação de cloridrato de ambroxol xarope ocorre em até 2 horas após o uso.
Farmacocinética
Absorção
A absorção das formas orais de cloridrato de ambroxol de liberação imediata é rápida
e completa, com linearidade de doses dentro dos limites terapêuticos. A concentração
plasmática máxima é alcançada em 1 a 2,5 horas após a administração oral da
formulação de liberação imediata.
Distribuição
A distribuição do cloridrato de ambroxol do sangue até o tecido é rápida e acentuada,
sendo a maior concentração da substância ativa encontrada nos pulmões. O volume
de distribuição após administração oral foi estimado em 552 litros. Dentro das faixas
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terapêuticas, a ligação às proteínas plasmáticas encontrada foi de aproximadamente
90%.
Metabolismo e Eliminação
Em torno de 30% de uma dose oral administrada é eliminada pelo metabolismo de
primeira passagem hepática. O cloridrato de ambroxol é metabolizado
fundamentalmente no fígado, por glicuronidação e clivagem para ácido
dibromantranílico (cerca de 10% da dose), além de alguns metabólitos menos
importantes.
Estudos em microssomas hepáticos humanos demonstram que a CYP3A4 é
responsável pela metabolização do cloridrato de ambroxol para ácido
dibromantranílico. Dentro de 3 dias após a administração oral, cerca de 6% da dose é
encontrada na forma livre, enquanto cerca de 26% da dose é recuperada na forma
conjugada na urina.
O cloridrato de ambroxol é eliminado com uma meia-vida terminal de eliminação de
aproximadamente 10 horas. A depuração total está em torno de 660 ml/min, sendo a
depuração renal responsável por cerca de 8% da depuração total. Estima-se que a
quantidade da dose excretada na urina após 5 dias representa cerca de 83% da dose
total (radioatividade).
Farmacocinética em populações especiais
Em pacientes com disfunção hepática, a eliminação do cloridrato de ambroxol está
diminuída, resultando em níveis plasmáticos aumentados em cerca de 1,3 a 2 vezes.
Em razão da elevada faixa terapêutica do cloridrato de ambroxol, ajustes da dose não
são necessários.
Outros
A idade e o sexo não afetaram a farmacocinética do cloridrato de ambroxol em
extensão clinicamente relevante e, portanto não é necessário ajuste do regime
posológico.
Não se identificou que a alimentação influencie a biodisponibilidade do cloridrato de
ambroxol.
Cloridrato de ambroxol não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade
conhecida ao cloridrato de ambroxol e a outros componentes da fórmula.
Cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico é contraindicado para o uso por
pacientes com casos de condições hereditárias raras de intolerância a frutose.
Muitos poucos casos de lesões cutâneas graves como síndrome de Stevens Johnson
e necrólise epidérmica tóxica (NET) têm sido relatados em associação temporal com a
administração de expectorantes como o cloridrato de ambroxol. A maioria pode ser
explicada pela gravidade das doenças subjacentes dos pacientes e/ou pela medicação
concomitante. Além disto, durante a fase inicial da síndrome de Stevens Johnson ou
NET um paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe
como febre, dores no corpo, rinite, tosse e dor de garganta. Pode acontecer que,
confundido por estes sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe, seja iniciado
tratamento sintomático com uso de medicação para tosse e resfriado.
Assim, se ocorrerem novas lesões cutâneas ou nas mucosas, deve-se orientar o
paciente a procurar o médico imediatamente e o tratamento com cloridrato de
ambroxol deve ser descontinuado por precaução.
Em indicações respiratórias agudas, o médico deve ser procurado se os sintomas não
melhorarem, ou se piorarem, durante o tratamento.
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No caso de insuficiência renal, cloridrato de ambroxol só pode ser usado após
consultar um médico.
Estudos sobre os efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas não foram
realizados. Não há evidências a partir de dados da pós-comercialização sobre efeito
na capacidade de dirigir e utilizar máquinas.
cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico contém 5,25 g de sorbitol por
dose diária máxima recomendada (15 ml). Pacientes com a condição hereditária rara
de intolerância à frutose não devem usar este medicamento. Cloridrato de ambroxol
xarope pediátrico pode causar também um leve efeito laxativo.
Cloridrato de ambroxol xarope pediátrico somente devem ser administrados a
pacientes pediátricos menores de 2 anos de idade sob prescrição médica.
Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com
cautela em portadores de Diabetes.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Gravidez
O cloridrato de ambroxol atravessa a barreira placentária. Estudos não clínicos não
indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com relação à gravidez,
desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.
A ampla experiência clínica com o emprego após a 28ª semana de gravidez não
evidenciaram efeitos prejudiciais ao feto. Mesmo assim devem ser observadas as
precauções habituais a respeito do uso de medicamento durante a gravidez. O uso de
cloridrato de ambroxol não é recomendado, sobretudo durante o primeiro trimestre.
Lactação
O cloridrato de ambroxol é excretado no leite materno. Embora não sejam esperados
efeitos desfavoráveis nas crianças amamentadas, não se recomenda o uso de
cloridrato de ambroxol em lactantes.
Fertilidade
Estudos não clínicos não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre a
fertilidade.
Cloridrato de ambroxol está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
Desconhecem-se interações prejudiciais de importância clínica com outras
medicações.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da luz e umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta
uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Cloridrato de ambroxol xarope adulto é um líquido límpido, incolor a levemente
amarelado, isento de partículas, com sabor de laranja / pêssego.
Cloridrato de ambroxol xarope pediátrico é um líquido límpido, incolor a levemente
amarelado, isento de partículas, com sabor de framboesa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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Utilize a marcação do copo-medida para medir as doses de cloridrato de ambroxol
xarope.
Cloridrato de ambroxol pode ser administrado com ou sem alimentos.
Cloridrato de ambroxol xarope pediátrico somente deve ser administrado a
pacientes pediátricos menores de 2 anos de idade sob prescrição médica.
XAROPE ADULTO:
Adultos e adolescentes maiores de 12 anos: 5 ml por via oral, 3 vezes ao dia.
Este regime é adequado para o tratamento de doenças agudas do trato respiratório e
para o tratamento inicial de condições crônicas até 14 dias.
XAROPE PEDIÁTRICO:
Crianças abaixo de 2 anos: 2,5 ml – 2 vezes ao dia
Crianças de 2 a 5 anos: 2,5 ml - 3 vezes ao dia
Crianças de 6 a 12 anos: 5 ml - 3 vezes ao dia
A dose de cloridrato de ambroxol xarope pediátrico pode ser calculada à razão de 0,5
mg de ambroxol por quilograma de peso corpóreo, 3 vezes ao dia.
Cloridrato de ambroxol xarope
Reações comuns (≥ 1/100 e < 1/10): disgeusia (distúrbios do paladar); hipoestesia da
faringe; náusea; hipoestesia oral.
Reações incomuns (≥1/1.000 e < 1/100): vômitos; diarreia; dispepsia; dor abdominal;
boca seca.
Reações raras (≥1/10.000 e < 1/1.000): garganta seca; erupção cutânea; urticária.
Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir
dos dados disponíveis): reação/choque anafilático; hipersensibilidade; edema
angioneurótico; prurido.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.