Bula do Cloridrato de Ambroxol produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de ambroxol
Xarope Pediátrico 15mg/5mL e Xarope Adulto 30mg/5mL
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Xarope Pediátrico 15mg/5mL
Embalagens contendo 1, 25, 50 e 100 frascos com 120mL + 1 e 50 copos-medida.
USO ORAL
USO PEDIÁTRICO
Xarope Adulto 30mg/5mL
USO ADULTO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada 5mL do xarope pediátrico contém:
cloridrato de ambroxol (equivalente a 13,7mg de ambroxol)...........................................15mg
Veículo q.s.p.......................................................................................................................5mL
Excipientes: ácido cítrico, água de osmose reversa, aroma de banana, metabissulfito de
sódio, metilparabeno, propilparabeno, sacarose e sorbitol.
Cada 5mL do xarope adulto contém:
cloridrato de ambroxol (equivalente a 27,4mg de ambroxol)...........................................30mg
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para a terapia secretolítica e expectorante nas afecções
broncopulmonares agudas e crônicas associadas à secreção mucosa anormal e transtornos do
transporte mucoso.
Em avaliação da prevenção de recorrência de bronquite ao longo de 12 meses, ambroxol
(118 pacientes) manteve a prevenção em 63%, dos pacientes mais graves, em comparação
com 38% dos pacientes que receberam placebo (123 pacientes). Esta diferença foi
estatisticamente significante (p=0,038). Os eventos adversos possivelmente relacionados ao
tratamento foram relatados por 8,5% dos pacientes com ambroxol e 9,8% dos pacientes com
placebo. 1
Um estudo a longo prazo, duplo-cego e controlado por placebo em 173 pacientes com
bronquite crônica tratados com cápsulas de ambroxol de liberação controlada foi realizado
com doses diárias de 75mg de ambroxol (uma vez ao dia) por 2 anos. Houve uma melhora
estatisticamente significante nos parâmetros de função pulmonar (capacidade vital -
p=0,001, FEV1 – p=0,05,e taxa de fluxo de pico – p=0,001) e alívio evidente nos sintomas
subjetivos (dispneia, tosse e dificuldade na expectoração).2
1. Bensi G Efficacy of twelve-month therapy with oral ambroxol in preventing exacerbations
in patients with chronic bronchitis: double-blind, randomized, multicenter placebo
controlled study (the AMETHIST trial). Chest 112 (3) (Suppl), 22S (1997)
2. Cegla UH. Long-term therapy over two years with ambroxol retard capsules in patients
with chronic bronchitis. Results of a double-blind study in 180 patients. Prax. Klin.
PneumoI1988;42:715-721.
Farmacodinâmica
Em estudos pré-clínicos, o cloridrato de ambroxol demonstrou aumentar a secreção das vias
respiratórias, o que potencializa a produção de surfactante pulmonar e estimula a atividade
ciliar. Estas ações resultam na melhora do fluxo e do transporte de muco (depuração ou
clearance mucociliar). A melhora da depuração mucociliar foi demonstrada em estudos
farmacológicos clínicos. O aumento da secreção fluida e da depuração mucociliar facilita a
expectoração e alivia a tosse.
Em pacientes que sofrem de doença pulmonar obstrutiva crônica, o tratamento a longo prazo
(6 meses) com ambroxol resultou em uma redução significativa das exacerbações que se
tornou evidente após 2 meses de tratamento. Os pacientes do grupo tratado com ambroxol
perderam significativamente menos dias por motivo de doença e precisaram de menos dias
quando necessitaram de tratamento com antibiótico. O tratamento com ambroxol também
induziu a uma melhora estatisticamente significante dos sintomas (dificuldade de
expectoração, tosse, dispneia, sinais auscultatórios) em comparação ao placebo.
Observou-se um efeito anestésico local do cloridrato de ambroxol em modelo de olho do
coelho que pode ser explicado pelas propriedades bloqueadoras do canal de sódio.
Demonstrou-se in vitro que o cloridrato de ambroxol bloqueia os canais neuronais clonados
de sódio; a ligação foi reversível e dependente da concentração.
A liberação de citocina sanguínea, assim como das células mononucleares e
polimorfonucleares ligadas ao tecido, foi significativamente reduzida in vitro pelo cloridrato
de ambroxol.
Em estudos clínicos em pacientes com dor de garganta, foram reduzidos significantemente a
dor e o rubor faríngeos.
Estas propriedades farmacológicas estão em conformidade com a observação em estudos
clínicos anteriores de eficácia do cloridrato de ambroxol no tratamento de sintomas do trato
respiratório superior, nos quais o cloridrato de ambroxol conduziu ao rápido alívio da dor e
do desconforto relacionado à dor na região dos ouvidos-nariz-traqueia após inalação.
Todas estas propriedades farmacológicas combinadas facultam as formas de ação de
ambroxol xarope. Primeiro, aliviando a irritação e o desconforto da mucosa inflamada da
garganta, graças aos efeitos hidratante e anestésico locais promovidos pela constituição do
xarope. Em seguida, ambroxol xarope atua sobre os brônquios exercendo seu principal
benefício - facilitando a expectoração do muco e aliviando a tosse produtiva, protegendo do
acúmulo de muco e contribuindo para a recuperação do paciente.
Após administração de cloridrato de ambroxol as concentrações de antibióticos
(amoxicilina, cefuroxima, eritromicina) nas secreções broncopulmonares e no catarro
aumentaram. O início de ação de ambroxol xarope ocorre em até 2 horas após o uso.
Farmacocinética
Absorção
A absorção das formas orais de cloridrato de ambroxol de liberação imediata é rápida e
completa, com linearidade de doses dentro dos limites terapêuticos. A concentração
plasmática máxima é alcançada em 1 a 2,5 horas após a administração oral da formulação de
liberação imediata e após uma mediana de 6,5 horas para formulação de liberação
controlada.
As cápsulas de liberação controlada apresentaram uma disponibilidade relativa de 95%
(normalizada para a dose) em comparação com uma dose diária de 60mg (30 mg duas vezes
ao dia) administrada como comprimidos de liberação imediata.
Distribuição
A distribuição do cloridrato de ambroxol do sangue até o tecido é rápida e acentuada, sendo
a maior concentração da substância ativa encontrada nos pulmões. O volume de distribuição
após administração oral foi estimado em 552 litros. Dentro das faixas terapêuticas, a ligação
às proteínas plasmáticas encontrada foi de aproximadamente 90%.
Metabolismo e Eliminação
Em torno de 30% de uma dose oral administrada é eliminada pelo metabolismo de primeira
passagem hepática. O cloridrato de ambroxol é metabolizado fundamentalmente no fígado,
por glicuronidação e clivagem para ácido dibromantranílico (cerca de 10% da dose), além de
alguns metabólitos menos importantes.
Estudos em microssomas hepáticos humanos demonstram que a CYP3A4 é responsável pela
metabolização do cloridrato de ambroxol para ácido dibromantranílico. Dentro de 3 dias
após a administração oral, cerca de 6% da dose é encontrada na forma livre, enquanto cerca
de 26% da dose é recuperada na forma conjugada na urina.
O cloridrato de ambroxol é eliminado com uma meia-vida terminal de eliminação de
aproximadamente 10 horas. A depuração total está em torno de 660mL/min, sendo a
depuração renal responsável por cerca de 8% da depuração total. Foi estimado que a
quantidade da dose excretada na urina após 5 dias representa cerca de 83% da dose total
(radioatividade).
Farmacocinética em populações especiais
Em pacientes com disfunção hepática, a eliminação do cloridrato de ambroxol está
diminuída, resultando em níveis plasmáticos aumentados em cerca de 1,3 a 2 vezes. Em
razão da elevada faixa terapêutica do cloridrato de ambroxol, ajustes da dose não são
necessários.
Outros
A idade e o sexo não afetaram a farmacocinética do cloridrato de ambroxol em extensão
clinicamente relevante e, portanto não é necessário ajuste do regime posológico.
Não se identificou que a alimentação influencie a biodisponibilidade do cloridrato de
ambroxol.
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida
ao cloridrato de ambroxol e a outros componentes da fórmula.
O cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico é contraindicado para o uso por
pacientes com casos de condições hereditárias raras de intolerância a frutose.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Muitos poucos casos de lesões cutâneas graves como síndrome de Stevens Johnson e
necrólise epidérmica tóxica (NET) têm sido relatados em associação temporal com a
administração de expectorantes como o cloridrato de ambroxol. A maioria pode ser
explicada pela gravidade das doenças subjacentes dos pacientes e/ou pela medicação
concomitante. Além disto, durante a fase inicial da síndrome de Stevens-Johnson ou NET
um paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe como febre,
dores no corpo, rinite, tosse e dor de garganta. Pode acontecer que, confundido por estes
sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe, seja iniciado tratamento sintomático com
uso de medicação para tosse e resfriado.
Assim, se ocorrerem novas lesões cutâneas ou nas mucosas, deve-se orientar o paciente a
procurar o médico imediatamente e o tratamento com cloridrato de ambroxol deve ser
descontinuado por precaução.
Em indicações respiratórias agudas, o médico deve ser procurado se os sintomas não
melhorarem, ou se piorarem, durante o tratamento.
No caso de insuficiência renal, ambroxol só pode ser usado após consultar um médico.
Estudos sobre os efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas não foram
realizados. Não há evidências a partir de dados da pós-comercialização sobre efeito na
capacidade de dirigir e utilizar máquinas.
O cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico sorbitol. Pacientes com a condição
hereditária rara de intolerância à frutose não devem usar este medicamento. O cloridrato de
ambroxol xarope pediátrico pode causar também um leve efeito laxativo.
Este medicamento somente devem ser administrados a pacientes pediátricos menores
de 2 anos de idade sob prescrição médica.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Gravidez
O cloridrato de ambroxol atravessa a barreira placentária. Estudos não clínicos não
indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com relação à gravidez, desenvolvimento
embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.
A ampla experiência clínica com o emprego após a 28ª semana de gravidez não
evidenciaram efeitos prejudiciais ao feto. Mesmo assim devem ser observadas as precauções
habituais a respeito do uso de medicamento durante a gravidez. O uso de cloridrato de
ambroxol não é recomendado, sobretudo durante o primeiro trimestre.
Lactação
O cloridrato de ambroxol é excretado no leite materno. Embora não sejam esperados efeitos
desfavoráveis nas crianças amamentadas, não se recomenda o uso de ambroxol em lactantes.
Fertilidade
Estudos não clínicos não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre a fertilidade.
O cloridrato de ambroxol está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
Desconhecem-se interações prejudiciais de importância clínica com outras medicações.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas
Xarope pediátrico: Solução límpida levemente amarelada a amarela com aroma de banana.
Xarope adulto: Solução límpida levemente amarelada a amarela com aroma de banana.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Utilize a marcação do copo-medida para medir as doses de ambroxol xarope. O cloridrato de
ambroxol pode ser administrado com ou sem alimentos.
Este medicamento somente devem ser administrados a pacientes pediátricos menores
de 2 anos de idade sob prescrição médica.
XAROPE ADULTO:
Adultos e adolescentes maiores de 12 anos: 5mL por via oral, 3 vezes ao dia.
Este regime é adequado para o tratamento de doenças agudas do trato respiratório e para o
tratamento inicial de condições crônicas até 14 dias.
XAROPE PEDIÁTRICO:
Crianças abaixo de 2 anos: 2,5mL – 2 vezes ao dia
Crianças de 2 a 5 anos: 2,5mL - 3 vezes ao dia
Crianças de 6 a 12 anos: 5mL - 3 vezes ao dia
A dose de ambroxol xarope pediátrico pode ser calculada à razão de 0,5mg de ambroxol por
quilograma de peso corpóreo, 3 vezes ao dia.
Reações comuns (≥ 1/100 e < 1/10): disgeusia (distúrbios do paladar); hipoestesia da
faringe; náusea; hipoestesia oral.
Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100): vômitos; diarreia; dispepsia; dor abdominal; boca
seca.
Reações raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000): garganta seca; erupção cutânea; urticária.
Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos
dados disponíveis): reação/choque anafilático; hipersensibilidade; edema angioneurótico;
prurido.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Até o momento desconhecem-se sintomas específicos de superdose em humanos. Com base
em superdose acidental e/ou relatos de erros na medicação os sintomas observados
consistem dos efeitos adversos conhecidos de cloridrato de ambroxol nas doses
recomendadas e pode ser necessário tratamento sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.