Bula do Cloridrato de Ambroxol produzido pelo laboratorio Prati Donaduzzi & Cia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Cloridrato de ambroxol
Prati-Donaduzzi
Xarope
3 mg/mL e 6 mg/mL
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
cloridrato de ambroxol
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Xarope de 3 mg/mL ou 6 mg/mL em embalagem com 1 ou 50 frascos de 120 mL acompanhado de copo-medida ou embalagem com 50
frascos de 100 mL acompanhado de copo-medida.
USO ORAL
USO PEDIÁTRICO (3 mg/mL)
USO ADULTO (6 mg/mL)
COMPOSIÇÃO
Cada mL do xarope pediátrico contém:
cloridrato de ambroxol......................................................................3 mg*
*equivalente a 2,74 mg de ambroxol
veículo q.s.p.....................................................................................1 mL
Excipientes: hietelose, sorbitol, glicerol, ácido benzoico, aroma de framboesa, propilenoglicol, ácido tartárico, ácido cítrico, citrato de sódio
di-hidratado e água purificada.
Cada mL do xarope adulto contém:
cloridrato de ambroxol.....................................................................6 mg*
*equivalente a 5,48 mg de ambroxol
veículo q.s.p....................................................................................1 mL
Excipientes: hietelose, sorbitol, glicerol, ácido tartárico, aroma de damasco, aroma de laranja, aroma de menta, ácido benzoico,
propilenoglicol, , ácido cítrico, citrato de sódio di-hidratado e água purificada.
Este medicamento é indicado para a terapia secretolítica e expectorante nas afecções broncopulmonares agudas e crônicas associadas à
secreção mucosa anormal e transtornos do transporte mucoso.
Em avaliação da prevenção de recorrência de bronquite ao longo de 12 meses, ambroxol (118 pacientes) manteve a prevenção em 63%, dos
pacientes mais graves, em comparação com 38% dos pacientes que receberam placebo (123 pacientes). Esta diferença foi estatisticamente
significante (p=0,038). Os eventos adversos possivelmente relacionados ao tratamento foram relatados por 8,5% dos pacientes com ambroxol
e 9,8% dos pacientes com placebo.1
Um estudo a longo prazo, duplo-cego e controlado por placebo em 173 pacientes com bronquite crônica tratados com cápsulas de ambroxol
de liberação controlada foi realizado com doses diárias de 75 mg de ambroxol (uma vez ao dia) por 2 anos. Houve uma melhora
estatisticamente significante nos parâmetros de função pulmonar (capacidade vital - p=0,001, FEV1
– p=0,05,e taxa de fluxo de pico –
p=0,001) e alívio evidente nos sintomas subjetivos (dispneia, tosse e dificuldade na expectoração).2
1
Bensi G Efficacy of twelve-month therapy with oral ambroxol in preventing exacerbations in patients with chronic bronchitis: double-
blind, randomized, multicenter placebo controlled study (the AMETHIST trial). Chest 112 (3) (Suppl), 22S (1997)
2
Cegla UH. Long-term therapy over two years with ambroxol retard capsules in patients with chronic bronchitis. Results of a double-blind
study in 180 patients. Prax. Klin. PneumoI1988;42:715-721.
Farmacodinâmica
Em estudos pré-clínicos, o cloridrato de ambroxol, princípio ativo deste medicamento, demonstrou aumentar a secreção das vias
respiratórias, o que potencializa a produção de surfactante pulmonar e estimula a atividade ciliar. Estas ações resultam na melhora do fluxo e
do transporte de muco (depuração ou clearance mucociliar).
A melhora da depuração mucociliar foi demonstrada em estudos farmacológicos clínicos. O aumento da secreção fluida e da depuração
mucociliar facilita a expectoração e alivia a tosse.
Observou-se um efeito anestésico local do cloridrato de ambroxol em modelo de olho do coelho que pode ser explicado pelas propriedades
bloqueadoras do canal de sódio. Demonstrou-se in vitro que o cloridrato de ambroxol bloqueia os canais neuronais clonados de sódio; a
ligação foi reversível e dependente da concentração.
A liberação de citocina sanguínea assim como das células mononucleares e polimorfonucleares ligadas ao tecido foi significativamente
reduzida in vitro pelo cloridrato de ambroxol.
Em estudos clínicos em pacientes com dor de garganta, foram reduzidos significantemente a dor e o rubor faríngeos.
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Estas propriedades farmacológicas estão em conformidade com a observação em estudos clínicos anteriores de eficácia do cloridrato de
ambroxol no tratamento de sintomas do trato respiratório superior, nos quais o cloridrato de ambroxol conduziu ao rápido alívio da dor e do
desconforto relacionado à dor na região dos ouvidos-nariz-traqueia após inalação.
Todas estas propriedades farmacológicas combinadas facultam as formas de ação de cloridrato de ambroxol xarope. Primeiro, aliviando a
irritação e o desconforto da mucosa inflamada da garganta, graças aos efeitos hidratante e anestésico locais promovidos pela constituição do
xarope. Em seguida, cloridrato de ambroxol xarope atua sobre os brônquios exercendo seu principal benefício - facilitando a expectoração do
muco e aliviando a tosse produtiva, protegendo do acúmulo de muco e contribuindo para a recuperação do paciente.
Após administração de cloridrato de ambroxol as concentrações de antibióticos (amoxicilina, cefuroxima, eritromicina) nas secreções
broncopulmonares e no catarro aumentaram.
O início de ação de cloridrato de ambroxol xarope ocorre em até 2 horas após o uso.
Farmacocinética
Absorção
A absorção das formas orais de cloridrato de ambroxol de liberação imediata é rápida e completa, com linearidade de doses dentro dos
limites terapêuticos. A concentração plasmática máxima é alcançada em 1 a 2,5 horas após a administração oral da formulação de liberação
imediata e após uma mediana de 6,5 horas para formulação de liberação controlada.
Distribuição
A distribuição do cloridrato de ambroxol do sangue até o tecido é rápida e acentuada, sendo a maior concentração da substância ativa
encontrada nos pulmões. O volume de distribuição após administração oral foi estimado em 552 litros. Dentro das faixas terapêuticas, a
ligação às proteínas plasmáticas encontrada foi de aproximadamente 90%.
Metabolismo
Em torno de 30% de uma dose oral administrada é eliminada pelo metabolismo de primeira passagem hepática. O cloridrato de ambroxol é
metabolizado fundamentalmente no fígado, por glicuronidação e clivagem para ácido dibromantranílico (cerca de 10% da dose), além de
alguns metabólitos menos importantes.
Estudos em microssomas hepáticos humanos demonstram que a CYP3A4 é responsável pela metabolização do cloridrato de ambroxol para
ácido dibromantranílico. Dentro de 3 dias após a administração oral, cerca de 6% da dose é encontrada na forma livre, enquanto cerca de
26% da dose é recuperada na forma conjugada na urina.
Eliminação
O cloridrato de ambroxol é eliminado com uma meia-vida terminal de eliminação de aproximadamente 10 horas. A depuração total está em
torno de 660 ml/min, sendo a depuração renal responsável por cerca de 8% da depuração total. Foi estimado que a quantidade da dose
excretada na urina após 5 dias representa cerca de 83% da dose total (radioatividade).
Farmacocinética em populações especiais
Em pacientes com disfunção hepática, a eliminação do cloridrato de ambroxol está diminuída, resultando em níveis plasmáticos aumentados
em cerca de 1,3 a 2 vezes. Em razão da elevada faixa terapêutica do cloridrato de ambroxol, ajustes da dose não são necessários.
Outros
A idade e o sexo não afetaram a farmacocinética do cloridrato de ambroxol em extensão clinicamente relevante e, portanto não é necessário
ajuste do regime posológico.
Não se identificou que a alimentação influencie a biodisponibilidade do cloridrato de ambroxol.
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao cloridrato de ambroxol e a outros
componentes da fórmula.
O cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico é contraindicado para o uso por pacientes com casos de condições hereditárias raras de
intolerância a frutose.
Muitos poucos casos de lesões cutâneas graves como síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (NET) têm sido relatados
em associação temporal com a administração de expectorantes como o cloridrato de ambroxol. A maioria pode ser explicada pela gravidade
das doenças subjacentes dos pacientes e/ou pela medicação concomitante. Além disto, durante a fase inicial da síndrome de Stevens-Johnson
ou NET um paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe como febre, dores no corpo, rinite, tosse e dor de
garganta. Pode acontecer que, confundido por estes sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe, seja iniciado tratamento sintomático com
uso de medicação para tosse e resfriado.
Assim, se ocorrerem novas lesões cutâneas ou nas mucosas, deve-se orientar o paciente a procurar o médico imediatamente e o tratamento
com cloridrato de ambroxol deve ser descontinuado por precaução. Em indicações respiratórias agudas, o médico deve ser procurado se os
sintomas não melhorarem, ou se piorarem, durante o tratamento.
No caso de insuficiência renal, este medicamento só pode ser usado após consultar um médico.
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O cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico contém sorbitol. Pacientes com a condição hereditária rara de intolerância à frutose não
devem usar este medicamento. O cloridrato de ambroxol xarope pediátrico pode causar também um leve efeito laxativo.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
Estudos sobre os efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas não foram realizados. Não há evidências a partir de dados da pós-
comercialização sobre efeito na capacidade de dirigir e utilizar máquinas.
Este medicamento não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos de idade.
Este medicamento somente deve ser administrados a pacientes pediátricos menores de 2 anos de idade sob prescrição médica.
Este medicamento não contém açúcar, podendo ser utilizado por pacientes diabéticos.
Gravidez
O cloridrato de ambroxol atravessa a barreira placentária. Estudos não clínicos não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com
relação à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.
A ampla experiência clínica com o emprego após a 28ª semana de gravidez não evidenciaram efeitos prejudiciais ao feto. Mesmo assim
devem ser observadas as precauções habituais a respeito do uso de medicamento durante a gravidez. O uso de cloridrato de ambroxol não é
recomendado, sobretudo durante o primeiro trimestre.
Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
O cloridrato de ambroxol é excretado no leite materno. Embora não sejam esperados efeitos desfavoráveis nas crianças amamentadas, não se
recomenda o uso deste medicamento em lactantes.
Fertilidade
Desconhecem-se interações prejudiciais de importância clínica com outras medicações.
Este medicamento deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C), em lugar seco e ao abrigo da luz. Nestas condições o
prazo de validade é de 24 meses a contar da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Este medicamento apresenta-se na forma de um xarope límpido incolor, com aroma de frutas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto,
consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Utilize a marcação do copo-medida para medir as doses deste medicamento.
Este medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
O cloridrato de ambroxol xarope pediátrico somente devem ser administrados a pacientes pediátricos menores de 2 anos de idade sob
prescrição médica.
Adulto
Adultos e adolescentes maiores de 12 anos: 5 mL por via oral, 3 vezes ao dia.
Este regime é adequado para o tratamento de doenças agudas do trato respiratório e para o tratamento inicial de condições crônicas até 14
dias.
Pediátrico
Crianças abaixo de 2 anos: 2,5 mL – 2 vezes ao dia.
Crianças de 2 a 5 anos: 2,5 mL - 3 vezes ao dia.
Crianças de 6 a 12 anos: 5 mL - 3 vezes ao dia.
A dose de cloridrato de ambroxol xarope pediátrico pode ser calculada à razão de 0,5 mg de ambroxol por quilograma de peso corpóreo, 3
vezes ao dia.
Reações comuns (> 1/100 e ≤ 1/10): disgeusia (distúrbios do paladar); hipoestesia da faringe; náusea; hipoestesia oral.
Reações incomuns (> 1/1.000 e ≤ 1/100): vômitos; diarreia; dispepsia; dor abdominal; boca seca.
Reações raras (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000): garganta seca; erupção cutânea; urticária.
Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos dados disponíveis): reação/choque anafilático;
hipersensibilidade; edema angioneurótico; prurido.
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Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Até o momento desconhecem-se sintomas específicos de superdose em humanos. Com base em superdose acidental e/ou relatos de erros na
medicação os sintomas observados consistem dos efeitos adversos conhecidos deste medicamento nas doses recomendadas e pode ser
necessário tratamento sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.