Bula do Cloridrato de Bromexina para o Profissional

Bula do Cloridrato de Bromexina produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cloridrato de Bromexina
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE BROMEXINA PARA O PROFISSIONAL

cloridrato de bromexina

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

Xarope

0,8 mg/mL e 1,6 mg/mL

Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Xarope de 4 mg/5 mL: frasco com 120 mL + copo-medida

USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS

Xarope de 8 mg/5 mL: frasco com 120 mL + copo-medida

USO ADULTO

USO ORAL

COMPOSIÇÃO

Cada 5 mL de cloridrato de bromexina xarope – 4 mg/5 mL contém:

cloridrato de bromexina ...................................................... 4 mg (correspondentes a 3,6 mg de bromexina)

veículo q.s.p. ....................................................................... 5 mL

(benzoato de sódio, ciclamato de sódio, metabissulfito de sódio, hietelose, glicerol, sorbitol, ácido

tartárico, corante vermelho ponceau 4R, aroma de cereja, aroma de morango, água purificada)

Obs.: cada 2,5 mL de cloridrato de bromexina xarope de 4 mg/ 5 mL contém 700,00 mg do substituto do

açúcar – sorbitol.

Cada 5 mL de cloridrato de bromexina xarope – 8 mg/5 mL contém:

cloridrato de bromexina ...................................................... 8 mg (correspondentes a 7,3 mg de bromexina)

(benzoato de sódio, metabissulfito de sódio, hietelose, ácido tartárico, glicerol, sorbitol, álcool etílico*,

mentol, aroma de caramelo, aroma de cereja, aroma de menta T/hortelã, água purificada)

Obs.: cada 2,5 mL de cloridrato de bromexina xarope de 8 mg/ 5 mL contém 875,00 mg do substituto do

*contém 0,0625 mL de álcool etílico em 5 mL de xarope

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado como secretolítico e expectorante no tratamento de doenças

broncopulmonares agudas e crônicas associadas à secreção mucosa anormal e transtornos do transporte

mucoso.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em estudo com seis meses de duração envolvendo 61 pacientes adultos com bronquite crônica de

intensidade leve a grave, 83% (25 pacientes, incluindo 8 classificados como graves) do grupo de 30

pacientes que recebeu diariamente 24 mg de bromexina obteve melhora subjetiva (sentiram-se melhor),

contra 19% (6 pacientes) dos 31 voluntários que receberam placebo.1

Em um estudo que avaliou a redução da viscosidade do muco em pacientes com bronquite crônica com

bromexina 16 mg, três vezes ao dia, durante 11 dias, em comparação duplo-cega com o placebo, o

cloridrato de bromexina reduziu a viscosidade em 39% (em relação ao início do estudo), enquanto o

grupo placebo teve uma piora de 7% na viscosidade do muco.2

1. Christensen F; Kjer J; Ryskjaer S; Arseth-Hansen P Bromhexine in chronic bronchitis. Br Med

J 4, 117 (1970)

2. Hamilton WFD; Palmer KNV; Gent M Expectorant action of bromhexine in chronic obstructive

bronchitis. Br Med J 3, 260-261 (1970).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A bromexina é um derivado sintético do princípio ativo vegetal vasicina. Em estudos pré-clínicos, foi

demonstrado um aumento na proporção da secreção serosa brônquica. A bromexina reduz a viscosidade

do muco e ativa o epitélio ciliar (clearance mucociliar), facilitando desta maneira o transporte e a

eliminação do muco.

Estudos clínicos demonstraram um efeito secretolítico e secretomotor da bromexina na região dos

brônquios, o que facilita a expectoração e alivia a tosse.

Após a administração de bromexina, ocorre um aumento da concentração de antibióticos (amoxicilina,

eritromicina, oxitetraciclina) no catarro e nas secreções broncopulmonares.

Farmacocinética

Absorção

A bromexina é rápida e completamente absorvida pelo trato gastrintestinal.

Aproximadamente 75 a 80% do fármaco sofre metabolismo de primeira passagem.

A administração deste medicamento durante as refeições acarreta aumento da concentração plasmática de

bromexina.

Seu início de ação ocorre em aproximadamente 5 horas após a administração oral.

Distribuição

Após administração intravenosa, a bromexina foi rápida e extensamente distribuída através do corpo com

um volume de distribuição médio no estado de equilíbrio de até 1209 ± 206 L (19L/Kg). A distribuição

no tecido pulmonar (brônquico e parenquimatoso) foi investigada após administração oral de 32 mg e 64

mg de bromexina. Duas horas após a administração de bromexina, as concentrações nos tecidos

pulmonares foram de 1,5 - 4,5 vezes maiores nos tecidos bronquíolo-bronquial e entre 2,4 e 5,9 vezes

maiores no parênquima pulmonar comparado às concentrações plasmáticas. A distribuição no tecido

pulmonar foi investigada após administração de formulação para uso intravenoso de 8 mg e 16 mg de

bromexina. Duas horas após a administração, as concentrações nos tecidos pulmonares foram 4,2 - 4,3

vezes maiores nos tecidos dos brônquios e dos bronquíolos e entre 3,0 e 4,3 vezes maiores no parênquima

pulmonar, em comparação com as concentrações plasmáticas.

95% da bromexina inalterada liga-se às proteínas plasmáticas (ligação não restritiva).

Metabolismo

A bromexina é quase completamente metabolizada para uma variedade de metabólitos hidroxilados e

ácido dibromantranílico. Todos os metabólitos e a própria bromexina são conjugados muito

provavelmente nas formas de N-glucuronídeos e O-glucuronídeos. Não há nenhum indício fundamentado

de uma modificação do padrão metabólico devido à sulfonamida, oxitetraciclina ou eritromicina. Desse

modo, interações relevantes com substratos de CYP 450 2C9 ou 3A4 são improváveis.

Eliminação

A bromexina é uma droga de elevada razão de extração (clearance após administração intravenosa na

variação do fluxo de sangue hepático, 843–1073 mL/min), resultando em grande variabilidade intra e

interindividual (CV > 30%). Após administração de bromexina marcada radioativamente, cerca de 97,4 ±

1,9% da dose foi recuperada como radioatividade na urina, com menos de 1% como composto inalterado.

A concentração plasmática de bromexina apresenta um declínio multiexponencial. Após administração

oral de doses únicas entre 8 e 32 mg, a meia-vida terminal de eliminação variou entre 6,6 e 31,4 horas.

Após administração intravenosa de 15-100 mg, a meia-vida terminal de eliminação variou entre 7,1 e 15,4

horas.

A meia-vida relevante para prever a farmacocinética de doses múltiplas é de cerca de 1 hora. Desse modo,

não se observou acumulação após administração múltipla (fator de acumulação: 1,1).

Gerais

A bromexina apresenta farmacocinética proporcional à dose na faixa de 8-32 mg após administração oral.

Após administração intravenosa, a bromexina apresenta farmacocinética proporcional à dose na faixa de

15-100 mg. Não há dados farmacocinéticos da bromexina em idosos e pacientes com insuficiências renal

e hepática.

A ampla experiência clínica não demonstrou necessidade de estudos de segurança nessas populações.

A farmacocinética da bromexina não é afetada de maneira relevante pela administração concomitante de

ampicilina ou oxitetraciclina. De acordo com a comparação de dados anteriores, não existem interações

entre bromexina e eritromicina.

Também não se realizaram estudos de interações com anticoagulantes orais e digoxina. A ausência de

relatos relevantes de interação durante o longo período de comercialização da droga sugere que não existe

interação potencial importante com essas drogas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade à bromexina ou aos outros

componentes da fórmula. Os xaropes de 4 mg/5 mL e 8 mg/5 mL são contraindicados para pacientes com

intolerância à frutose.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Muitos poucos casos de lesões graves na pele como a síndrome de Stevens-Johnson e necrólise

epidérmica tóxica (NET) têm sido relatados em associação temporal com a administração de

expectorantes como a bromexina. Muitos deles poderiam ser explicados pela doença subjacente do

paciente e/ou medicação concomitante. Além disto, durante a fase inicial da síndrome de Stevens-Johnson

ou NET, o paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe como febre, dores no

corpo, rinite, tosse e dor de garganta. Pode ocorrer que, confundido por estes sintomas inespecíficos

semelhantes ao de gripe, seja iniciado tratamento sintomático com uso de medicação para tosse e

resfriado.

Por esta razão, se aparecerem novas lesões na pele ou mucosas, como precaução o tratamento com

bromexina deve ser descontinuado e o médico consultado imediatamente.

Pacientes sendo tratados com o cloridrato de bromexina devem ser alertados de um esperado aumento no

fluxo das secreções.

Nas indicações respiratórias agudas, o médico deve ser consultado se os sintomas não melhorarem, ou

piorarem, ao longo do tratamento.

Este medicamento não contém açúcar, portanto pode ser utilizado por diabéticos.

A fórmula do xarope de cloridrato de bromexina de 4 mg/5 mL e de 8 mg/5 mL contém sorbitol.

Pacientes com intolerância à frutose não devem usar esse medicamento. O xarope de cloridrato de

bromexina pode causar um leve efeito laxativo.

Estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas não foram realizados com o

cloridrato de bromexina.

Este medicamento não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos de idade.

Fertilidade, Gravidez e Lactação

Existem dados limitados sobre o uso de bromexina em mulheres grávidas. Os estudos em animais não

indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à toxicidade reprodutiva.

Como medida preventiva, é preferível evitar o uso deste medicamento durante a gravidez.

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas

sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não se sabe se a bromexina e seus metabólitos são excretados no leite humano.

Os dados farmacológicos/ toxicológicos disponíveis em animais demonstraram excreção de bromexina e

seus metabólitos no leite materno. O risco para o lactente não pode ser excluído. Este medicamento não

deve ser usado durante a amamentação.

Não foram realizados estudos sobre o efeito do cloridrato de bromexina na fertilidade humana. Com base

em experiências pré-clínicas disponíveis, não há indício de possíveis efeitos do uso de cloridrato de

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não foram relatadas interações desfavoráveis relevantes com outras medicações.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 a 30ºC). Proteger da luz e

umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Características físicas e organolépticas

Este medicamento se apresenta na forma de:

- cloridrato de bromexina de 4 mg/5 mL: xarope vermelho com odor de morango.

- cloridrato de bromexina de 8 mg/5 mL: xarope incolor com odor de cereja mentolado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Este medicamento deve ser administrado por via oral.

Use a marcação do copo-medida para obter a dose correta.

A dose pode ser calculada à razão de 0,1 mg de cloridrato de bromexina por quilograma de peso

corpóreo, repetida 3 vezes ao dia.

Cada 1 mL do xarope de 4 mg/5 mL contém 0,8 mg de cloridrato de bromexina.

Crianças de 2 a 6 anos: 2,5 mL, 3 vezes ao dia.

Crianças de 6 a 12 anos: 5 mL, 3 vezes ao dia.

Adultos e adolescentes acima de 12 anos: 10 mL, 3 vezes ao dia.

Cada 1 mL do xarope de 8 mg/5 mL contém 1,6 mg de cloridrato de bromexina.

Adultos e adolescentes acima de 12 anos: 5 mL, 3 vezes ao dia.

9. REAÇÕES ADVERSAS

- Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): dor abdominal superior, náusea, vômitos, diarreia.

- Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): hipersensibilidade, erupção cutânea.

- Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos dados

disponíveis): reação anafilática, choque anafilático, broncoespasmo, edema angioneurótico, urticária,

prurido.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Até o momento, nenhum sintoma específico de superdose foi relatado. Baseado em casos de superdose

acidental e/ou relatos de erro de medicação, os sintomas observados são consistentes com as reações

adversas conhecidas de cloridrato de bromexina nas doses recomendadas e podem requerer tratamento

sintomático.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.