Bula do Cloridrato de Dopamina produzido pelo laboratorio Hipolabor Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Cloridrato de Dopamina
Hipolabor Farmacêutica Ltda.
Injetável
5mg/mL
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cloridrato de dopamina
Medicamento Genérico Lei n° 9.787, de 1999
NOME GENÉRICO:
FORMA FARMACÊUTICA:
Solução Injetável - Deve ser diluída antes do uso. Não injetar diretamente por via intravenosa.
APRESENTAÇÃO:
5mg/mL - Caixa contendo 100 ampolas de 10mL
USO ADULTO • USO I.V.
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução injetável contém:
cloridrato de dopamina..................................................................................................................................................................................................................5mg
Excipiente q.s.p ............................................................................................................................................................................................................................1mL
(cloreto de sódio, bissulfito de sódio, água de osmose reversa)
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Estados de choque circulatório: choque cardiogênico pós-infarto, choque séptico, choque anafilático, retenção hidrossalina de etiologia variada.
A dopamina é um agonista adrenérgico intravenoso que mimetiza a ação da dopamina endógena. A dopamina endógena é um neurotransmissor e precursor
metabólico da noradrenalina e da adrenalina. Os efeitos hemodinâmicos da dopamina são dose-dependente. A dopamina tem vários usos clínicos
devido à sua ação inotrópica, cronotrópica e vasopressora.
Em doses baixas, dilata os vasos sanguíneos renais e mesentéricos, através da estimulação de receptores dopaminérgicos específicos, melhorando o fluxo
sanguíneo renal e mesentérico e a excreção de sódio. Em doses mais elevadas, a dopamina estimula os receptores β-adrenérgicos do miocárdio,
enquanto que em doses ainda mais elevadas estimula os receptores α-adrenérgicos e eleva a pressão arterial.
A dopamina apresenta vantagens quando comparada à noradrenalina: aumenta o débito cardíaco, o fluxo sanguíneo global, o fluxo sanguíneo renal e
hepatoesplâncnico.
Referência: Vincent JL, Biston P, Devriendt J, Brasseur A, De Backer D. Dopamine versus norepinephrine: is one better? Minerva Anestesiol. 2009 May;75
(5): 333 - 7.
A dopamina é o agente vasopressor de primeira linha recomendado para o tratamento do choque séptico.
Referência: Beale RJ, Hollenberg SM, Vincent JL, et al. Vasopressor and inotropic support in septic shock: an evidence-based review. Crit Care Med 2004;
32: S455 - 65.
Referência: Sakr Y, Reinhart K, Vincent JL, et al. Does dopamine administration in shock influence outcome? Results of the Sepsis Occurrence in Acutely Ill
Patients (SOAP) Study. Crit Care Med 2006; 34: 589 - 97.
Referência: Dellinger RP, Levy MM, Carlet JM, Bion J, Parker MM, Jaeschke R, Reinhart K, Angus DC, Brun-Buisson C, Beale R,Calandra T, Dhainaut JF,
Gerlach H, Harvey M, Marini JJ, Marshall J, Ranieri M, Ramsay G, Sevransky J, Thompson BT, Townsend S, Vender JS, Zimmerman JL, Vincent JL.
Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008. Intensive Care Med 2008 Jan; 34 (1): 17 - 60.
Em pacientes com sinais clínicos de choque e hipotensão não responsivos à reposição volêmica agressiva inicial, a dopamina é o agente de primeira linha para
o aumento da pressão arterial. A cateterização da artéria pulmonar é útil para orientar a terapia.
Referência: Practice parameters for hemodynamic support of sepsis in adult patients in sepsis. Critical Care Medicine 1999; 27 (3).
Referência: Hollenberg SM, Ahrens TS, Annane D, Astiz ME, Chalfin DB, Dasta JF, Heard SO, Martin C, Napolitano LM, Susla GM, Totaro R, Vincent JL,
Zanotti-Cavazzoni S. Practice parameters for hemodynamic support of sepsis in adult patients: 2004 update. Crit Care Med. 2004 Sep; 32 (9): 1928 - 48.
Estudos clínicos evidenciaram que a dopamina elevou a pressão arterial média em 24% dos pacientes sépticos que permaneciam hipotensos após expansão
volêmica.
A dopamina elevou a pressão arterial média e débito cardíaco devido ao aumento do volume sistólico e em menor influência na frequência cardíaca. A dose
média de dopamina necessária para a restauração da pressão arterial foi de 15mcg/kg/min.
Referências:
Winslow EJ, Loeb HS, Rahimtoola SH, et al: Hemodynamic studies and results of therapy in 50 patients with bacteremic shock. Am J Med 1973; 54: 421 –
432
Meier-Hellmann A, Bredle DL, Specht M, et al: The effects of low-dose dopamine on splanchnic blood flow and oxygen utilization in patients with septic
shock. Intensive Care Med 1997; 23: 31 – 37
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Marik PE, Mohedin M: The contrasting effects of dopamine and norepinephrine on systemic and splanchnic oxygen utilization in hyperdynamic sepsis. JAMA
1994; 272: 1354 – 1357
Hannemann L, Reinhart K, Grenzer O, et al: Comparison of dopamine to dobutamine and norepinephrine for oxygen delivery and uptake in septic shock. Crit
Care Med 1995; 23: 1962 – 1970
Ruokonen E, Takala J, Kari A, et al: Regional blood flow and oxygen transport in septic shock. Crit Care Med 1993; 21: 1296 – 1303
Jardin F, Gurdjian F, Desfonds P, et al: Effect of dopamine on intrapulmonary shunt fraction and oxygen transport in severe sepsis with circulatory and
respiratory failure. Crit Care Med 1979; 7: 273 – 277
Jardin F, Eveleigh MC, Gurdjian F, et al: Venous admixture in human septic shock. Comparative effects of blood volume expansion, dopamine infusion and
isoproterenol infusion in mismatching of ventilation and pulmonary blood flow in peritonitis. Circulation 1979; 60: 155 – 159
Martin C, Papazian L, Perrin G, et al: Norepinephrine or dopamine for the treatment of hyperdynamic septic shock. Chest 1993; 103: 1826 – 1831
Regnier B, Safran D, Carlet J, et al: Comparative haemodynamic effects of dopamine and dobutamine in septic shock. Intensive Care Med 1979; 5: 115 – 120
Samii K, Le Gall JR, Regnier B, et al: Hemodynamic effects of dopamine in septic shock with and without acute renal failure. Arch Surg 1978; 113:1414 –
1416
Drueck C, Welch GW, Pruitt BA Jr: Hemodynamic analysis of septic shock in thermal injury: Treatment with dopamine. Am Surg 1978; 44: 424 – 427
Regnier B, Rapin M, Gory G, et al: Haemodynamic effects of dopamine in septic shock. Intensive Care Med 1977; 3: 47 – 53
Wilson RF, Sibbald WJ, Jaanimagi JL: Hemodynamic effects of dopamine in critically ill septic patients. J Surg Res 1976; 20: 163 – 172
Vincent JL, Backer D. The International Sepsis Forum's controversies in sepsis: my initial vasopressor agent in septic shock is dopamine rather than
norepinephrine. Crit Care. 2003; 7(1): 6 – 8.
Durante a ressuscitação cardiopulmonar, a dopamina pode ser usada para tratar hipotensão arterial, principalmente quando ele é associado com bradicardia
sintomática ou após o retorno da circulação espontânea.
ECC Committee, Subcommittees and Task Forces of the American Heart Association. 2005 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary
Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Advanced Cardiac Life Support Part 7.4: monitoring and medications. Circulation 2005;112 (24 Suppl):
IV 78 - 83.
Vários estudos sugerem que a dopamina parenteral dado de forma intermitente ou contínua melhora a sintomatologia de pacientes cuidadosamente
selecionados com insuficiência cardíaca sintomática grave e avançada.
Young JB, Moen EK: Outpatient parenteral inotropic therapy for advanced heart failure. J Heart Lung Transplant 2000; 19 (8 Suppl): S49 - S57.
L.pez-Candales AL, Vora T, Gibbons W, et al: Symptomatic improvement in patients treated with intermittent infusion of inotropes: A double-blind placebo
controlled pilot study. J Med 2002; 33: 129 - 146.
L.pez-Candales AL, Carron C, Schwartz J: Need for hospice and palliative care services in patients with end-stage heart failure treated with
intermittent infusion of inotropes. Clin Cardiol 2004; 27: 23 - 28.
A dopamina apresenta indicação de uso no choque anafilático em decorrência do aumento de permeabilidade vascular, vasodlilatação e hipotensão. A dose
recomendada é de 2 a 20mcg/kg/minuto.
Tang AW. A Practical Guide to Anaphylaxis. American Family Physician 2003; 68 ( 7 )
Embora infusões de dopamina em dose baixa dilatem arteríolas renais e aumentam o fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular, estudos
clínicos não demonstram que a dopamina é eficaz no tratamento da insuficiência renal aguda oligúrica.
Thadhani R, Pascual M, Bonventre JV. Acute renal failure. N Engl J Med 1996; 334: 1448 - 60.
O uso rotineiro da dopamina em baixa dose para o tratamento ou prevenção de insuficiência renal aguda não é mais recomendado.
Referência: Kellum JA, Decker J. Use of dopamine in acute renal failure: a meta-analysis. Crit Care Med 2001;29: 1526 - 1531.
Além disso, as evidências de ensaios clínicos recentes demonstram que dopamina em dose baixa não impede a insuficiência renal aguda em
pacientes criticamente doentes com disfunção renal inicial.
Bellomo R, Chapman M, Finfer S, et al. Low-dose dopamine in patients with early renal dysfunction: a placebo-controlled randomised trial. Australian and
New Zealand Intensive Care Society (ANZICS) Clinical Trials Group. Lancet 2000; 356: 2139 - 23.
Kellum JA, Decker J. Use of dopamine in acute renal failure: a meta-analysis. Crit Care Med 2001; 29: 1526 - 1531.
Retenção hidrossalina de etiologia variada:
Diversos estudos demonstraram um aumento significativo da diurese natriurética com o uso de baixas doses de dopamina.
Duke GJ, Briedis JH, Weaver RA: Renal support in critically ill patients: Low-dose dopamine or low-dose dobutamine? Crit Care Med 1994; 22: 1919 – 25
Emery EF, Greenough A: Efficacy of low-dose dopamine infusion. Acta Paediatr 1993; 82: 430 – 2.
Flancbaum L, Choban PS, Dasta JF: Quantitative effects of low-dose dopamine on urine output in oliguric surgical intensive care unit patients. Crit Care Med
1994; 22: 61 – 8
Girardin E, Berner M, Rouge JC, et al: Effect of low-dose dopamine on hemodynamic and renal function in children. Pediatr Res 1989 ; 26: 200 – 3
Girbes AR, Smit AJ: Use of dopamine in the ICU: Hope, hype, belief and facts. Clin and Exper Hypertension 1997; 19: 191 – 9
Juste RN, Panikkar K, Soni N: The effects of low-dose dopamine infusions on haemodynamic and renal parameters in patients with septic shock requiring
treatment with noradrenaline. Intensive Care Med 1998; 24: 564 – 8
Stevens MA, McCullough PA, Tobin KJ, et al: A prospective randomized trial of prevention measures in patients at high risk for contract nephropathy: Results
of the PRINCE Study: Prevention of radiocontrast induced nephropathy clinical evaluation. J Am Coll Cardiol 1999; 33: 403 – 11
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shock. Intensive Care Med 1997; 23: 31 - 37
Care Med 1995; 23: 1962 - 1970.
A dopamina também estimula receptores dopaminérgicos. Este estímulo resulta em aumento da perfusão esplâncnica e renal facilitando a resolução do edema
pulmonar.
Referência: Bertorello AM, Sznajder JI. The dopamine paradox in lung and kidney epithelia: sharing the same target but operating different signaling
networks. Am J Respir Cell Mol Biol 2005; 33: 432 - 7.
Doses baixas de dopamina produzem um aumento do débito urinário em pacientes críticos de terapia intensiva euvolêmicos e oligúricos.
Referência: Flancbaum L, Choban PS, Dasta JF. Quantitative effects of low-dose dopamine on urine output in oliguric surgical intensive care unit
patients. Crit Care Med. 1994 Jan; 22 (1): 61 - 8.
Preparo pré-operatório de pacientes de alto risco
As diretrizes do Surviving sepsis campaign 2008 recomendam que baixas doses de dopamina não devam ser utilizadas para proteção renal.
Referência: Dellinger RP, Levy MM, Carlet JM, Bion J, Parker MM, Jaeschke R, Reinhart K, Angus DC, Brun-Buisson C, Beale R, Calandra T, Dhainaut JF,
O cloridrato de dopamina, uma catecolamina que ocorre naturalmente, é um agente vasopressor inotrópico. O nome químico é cloridrato de 3,4
diidroxifenetilamina e o peso molecular é 189,65. O cloridrato de dopamina é sensível a álcalis, sais de ferro e agentes oxidantes. A solução injetável é incolor
ou levemente amarelada.
A dopamina é um agente simpaticomimético formado normalmente no organismo pela descarboxilação da levodopa, sendo tanto um neurotransmissor
(principalmente no cérebro), como um precursor químico da norepinefrina. Apresenta características distintas das demais catecolaminas uma vez que, ao
contrário da norepinefrina, epinefrina e isoproterenol, a dopamina aumenta o fluxo sanguíneo para o rim em baixas doses, mas não aumenta a frequência
cardíaca nem a pressão arterial sistêmica.
No homem normal, a infusão do cloridrato de dopamina diminui a resistência periférica e causa vasodilatação mesentérica e renal. O fluxo sanguíneo renal, a
taxa de filtração glomerular, o fluxo urinário e a excreção de sódio são aumentados. A dopamina também tem efeito direto sobre o coração: o débito cardíaco
diminui, mas existe frequentemente pequena alteração na pressão arterial ou na frequência cardíaca. Os maiores efeitos cardiovasculares são resultado da
ação desta substância sobre os receptores adrenérgicos alfa e beta e sobre os receptores dopamínicos específicos nos vasos renais e mesentêricos; a
vasodilatação renal e mesentérica não é bloqueada por substâncias bloqueadoras alfa e beta.
Propriedades Farmacodinâmicas
A dopamina é um agente adrenérgico precursor da norepinefrina que estimula receptores dopaminérgicos, beta1-adrenérgicos e alfa-adrenérgicos, dependendo
da dose utilizada. Doses baixas de dopamina (0,5 a 2mcg/kg/min) estimulam os receptores dopaminérgicos a provocar vasodilatação cerebral, renal e
mesentérica, mas o tônus venoso é aumentado em decorrência da estimulação alfa-adrenérgica. O débido urinário pode aumentar, mas a frequência cardíaca e
a pressão arterial geralmente não se alteram. Com taxas de infusão de 2 a 10mcg/kg/min, a dopamina estimula os receptores beta1 e alfa-adrenérgicos. A
estimulação beta1-adrenérgica aumenta o débito cardíaco, que parcialmente antagoniza a vasoconstrição por estímulo alfa-adrenérgico. Em consequência,
ocorre aumento do débito cardíaco e discreto aumento da resistência vascular sistêmica. Com doses acima de 2,5mcg/kg/min a dopamina produz substancial
aumento no tônus venoso e na pressão venosa central. Com velocidade de infusão maior do que 10mcg/kg/min os efeitos alfa-adrenérgicos da dopamina
predominam, o que resulta em vasoconstrição renal, mesentérica, arterial periférica e venosa, com aumento expressivo da resistência vascular sistêmica e
pulmonar, com consequente aumento da pré-carga. Taxas de infusão superiores a 20mcg/kg/min produzem efeitos hemodinâmicos semelhantes aos da
norepinefrina, predominando a estimulação de receptores alfa de dopamina, causando vasoconstrição e prevalecendo os efeitos dopaminérgicos, revertendo a
vasodilatação renal (diminuição do fluxo sanguíneo renal) e a natriurese. A ação inotrópica da dopamina no coração está associada com um menor efeito de
aceleração cardíaca e uma incidência mais baixa de arritmias.
A dopamina não é somente um precursor de epinefrina e uma causa da liberação de catecolaminas endógenas, mas alguns dos seus efeitos cardiovasculares
ocorrem pela estimulação dos receptores específicos de dopamina.
Como ocorre com todos os agentes vasoativos, existe substancial variabilidade de resposta à dopamina, a qual é ainda dependente do estado clínico do paciente
quando da administração do fármaco. Assim, a dose da droga deve ser ajustada ao efeito hemodinâmico desejado. A dopamina aumenta o trabalho do
miocárdio sem aumentar compensatoriamente o fluxo coronário. A desproporção entre oferta e consumo de oxigênio pode resultar em isquemia miocárdica.
Propriedades Farmacocinéticas
O início da atividade da dopamina após administração intravenosa (efeito dopaminérgico) é de 5 minutos e a duração do efeito de uma dose única é de 10
minutos.
A meia-vida de distribuição da dopamina é de 1,8 minutos, a uma taxa de infusão de 1 a 20mcg/kg/min por 1 a 6 dias (criança de 3 meses a 13 anos) e o
volume de distribuição aparente varia de 1,81 a 2,45L/Kg.
Em estudos com animais, comprovou-se que a dopamina atravessa a barreira placentária.
Em crianças, cruza a barreira hematoencefálica, embora em adultos isto não ocorra de forma significante.
Setenta e cinco por cento de uma dose é metabolizada no fígado, rins e plasma em ácido homovanílico inativo, e 25% é metabolizada em epinefrina nas
terminações nervosas adrenérgicas.
Parecem existir marcantes diferenças na taxa de degradação metabólica da dopamina exógena em função da idade e da concentração em crianças gravemente
doentes, o que determina variações interindividuais nas concentrações plasmáticas de equilíbrio em pacientes recebendo taxas de infusão similares.
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Em queimados, o metabolismo encontra-se diminuído e a utilização da dopamina parece ser aumentada.
Cerca de 80% do fármaco é excretado pela urina como ácido homovanílico e seus metabólicos da epinefrina, em 24 horas; uma pequena parte é excretada de
forma inalterada.
A meia-vida plasmática foi de 2 minutos e a meia-vida de eliminação em crianças foi de 26 minutos e em lactentes, foi de 7 minutos.
O cloridrato de dopamina não deve ser administrado a pacientes com feocromocitoma, ou com hipersensibilidade aos componentes da fórmula,
hipertireoidismo, em presença de taquiarritmias não tratadas ou de fibrilação ventricular.
Em pacientes idosos, devem-se seguir as orientações gerais descritas na bula, porém é recomendável iniciar o tratamento utilizando-se a dose mínima.
A segurança, a eficácia e a dose adequada de cloridrato de dopamina não foram ainda estabelecidas para pacientes pediátricos. Contudo, existem relatos na
literatura sobre o uso de dopamina em crianças só deverá ser indicado se os benefícios superarem os possíveis riscos. Deve-se sempre considerar que os
efeitos da dopamina são dosedependentes e que existe uma grande variabilidade entre pacientes.
Na insuficiência renal, o uso de dopamina deve ser limitado aos pacientes com adequado volume intravascular que não tenham débito urinário adequado após
terem recebido diuréticos apropriados. A dopamina deve ser descontinuada se o paciente não responder à terapia. Caso a oligúria persista, a dopamina deve ser
diminuída gradualmente nas 24 horas seguintes.
Em queimados, o metabolismo da dopamina parece ser alterado e a sua utilização parece estar aumentada.
Pacientes com hipertensão arterial respondem de forma intensa à dopamina, mesmo em doses baixas (2mcg/kg/min). Seu uso pode determinar aumento
significante na natriurese e na fração de excreção de sódio, assim como redução da pressão arterial com aumento da frequência cardíaca, ao contrário do que
ocorre com pacientes normotensos.
Este fármaco não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. O medicamento está enquadrado na categoria C de risco na
gravidez.
Administrar exclusivamente por infusão intravenosa lenta.
Em pacientes com choque secundário a infarto do miocárdio, a administração deve ser cuidadosa e em baixas doses.
Pacientes com história de doenças vasculares periféricas apresentam maior risco de isquemia de extremidades.
Hipovolemia deve ser corrigida antes do início da infusão de dopamina.
O cloridrato de dopamina não deverá ser administrado na presença de taquiarritmia ou fibrilação ventricular.
Não se deve adicionar cloridrato de dopamina a soluções alcalinas, como o bicarbonato de sódio, pois a substância ativa será inativada.
Pacientes que estejam sendo medicados com IMAO deverão receber dosagens reduzidas de cloridrato de dopamina porque a dopamina é metabolizada pela
MAO e a inibição desta enzima prolonga e potencializa o efeito do cloridrato de dopamina. A dose inicial, nestes casos, deverá ser reduzida até a 1/10 da dose
normal.
O cloridrato de dopamina aumenta a frequência cardíaca e pode induzir ou exacerbar arritmias ventriculares ou supraventriculares. Além disso, mesmo em
baixas doses, os efeitos vasoconstritores arteriais e venosos da dopamina podem exacerbar a congestão pulmonar e comprometer o débito cardíaco.
Ocasionalmente esses efeitos requerem a redução da dose ou a suspensão da droga. A despeito da melhora hemodinâmica, o consumo de oxigênio e a
produção de lactato pelo miocárdio podem aumentar em resposta a doses mais elevadas de cloridrato de dopamina, indicando que o suprimento sanguíneo
coronário não aumenta suficientemente para compensar o aumento do trabalho cardíaco. Esse desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio pode induzir
ou exacerbar a isquemia miocárdica.
Condições como hipovolemia, hipóxia, hipercapnia e acidose devem ser corrigidas antes da administração de cloridrato de dopamina. O produto não deve ser
administrado a pacientes alérgicos a sulfitos, pois contém bissulfito em seu veículo. Pacientes com história de doença vascular periférica secundária a
aterosclerose, diabetes ou doença de Raynaud apresentam risco aumentado de isquemia das extremidades.
As propriedades vasoconstritoras da dopamina impedem sua administração pela via subcutânea ou intramuscular. O produto é inativado quando administrado
pela via oral.
Gravidez e Lactação
Não há estudos dirigidos e bem controlados sobre o uso de cloridrato de dopamina em mulheres grávidas e lactantes. Estudos em animais não têm evidenciado
efeitos teratogênicos.
O uso de dopamina pode induzir a ocorrência de contrações uterinas e, dependendo da dose, o trabalho de parto.
Este fármaco não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. O medicamento está enquadrado na categoria C de risco na
- Pacientes em uso de inibidores da monoamino-oxidase (como a isocarboxazida, o cloridrato de pargilina, o sulfato de tranilcipromina e o sulfato de
fenelzina) devem ser tratados com um décimo da dose usual de cloridrato de dopamina, uma vez que os IMAOs podem potencializar os efeitos do cloridrato
de dopamina.
-Antidepressivos tricíclicos podem potencializar o efeito cardiovascular de agentes adrenérgicos.
- Agentes com efeitos hemodinâmicos similares (por exemplo, os efeitos iniciais do tosilato de bretílio) podem ser sinérgicos à dopamina. Pacientes recebendo
fenitoínas podem apresentar hipotensão durante a administração do cloridrato de dopamina.
- O produto deve ser usado com extrema cautela durante anestesia com ciclopropano, halotano ou outros anestésicos voláteis, uma vez que estes aumentam a
sensibilidade do miocárdio, podendo ocorrer arritmias ventriculares.
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- A administração concomitante de doses baixas de dopamina e diuréticos pode produzir um efeito aditivo ou potencializador do aumento de fluxo urinário.
- O uso concomitante de vasopressores (como ergonovina) e algumas drogas ocitócicas pode resultar em hipertensão grave.
- Efeitos cardíacos da dopamina são antagonizados por bloqueadores beta-adrenérgicos, tais como o propranolol e o metoprolol.
- A vasoconstrição periférica causada por altas doses de dopamina é antagonizada por bloqueadores alfa-adrenérgicos.
- O cloridrato de dopamina não deve ser adicionado a soluções que contenham bicarbonato de sódio ou outras soluções alcalinas intravenosas, uma vez que a
droga é lentamente inativada em pH alcalino. Porém, a cinética dessa reação é suficientemente lenta para que o cloridrato de dopamina e as soluções alcalinas
(aminofilina, fenitoínas, bicarbonato de sódio, etc), administradas em curto período, possam ser injetadas pelo mesmo cateter venoso.
- O cloridrato de dopamina apresenta incompatibilidade com furosemida, tiopental sódico, insulina, ampicilina e anfotericina B; misturas com sulfato de
gentamicina, cefalotina sódica ou oxacilina sódica devem ser evitadas.
- O cloridrato de dopamina pode determinar níveis falsamente elevados de glicose com o uso de aparelhos manuais que usam métodos eletroquímicos de
análise.
Referência: http://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?id=1803#nlm34066-1
Conservar o produto em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.
Aspectos físicos: ampola de vidro âmbar contendo 10mL.
Características organolépticas: incolor a levemente amarelada, odor característico.
O produto não deve ser utilizado se, por qualquer motivo, tornar-se mais escuro que levemente amarelado.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O cloridrato de dopamina deve ser diluído antes da administração.
A infusão pode ser iniciada com doses de 1 - 5mcg/kg/min, sendo aumentadas a seguir, com intervalos de 5 - 10 minutos até a obtenção dos efeitos
terapêuticos desejados.
Normalmente as doses necessárias ficam entre 5 - 10mcg/kg/min, podendo em alguns casos chegar até 20 - 50mcg/kg/min. A administração de doses
superiores a 50mcg/kg/min deve ser feita somente em pacientes com insuficiência circulatória muito grave.
A redução do fluxo urinário sem hipotensão pode indicar necessidade de redução da dose.
Para minimizar os efeitos colaterais deve ser utilizada a menor dose que resulte em desempenho hemodinâmico satisfatório. A monitorização hemodinâmica é
essencial para o uso apropriado da dopamina em pacientes com doença cardíaca isquêmica e/ou insuficiência cardíaca congestiva e deve ser instituída antes ou,
assim que possível, durante o tratamento.
A administração de cloridrato de dopamina deve ser interrompida gradualmente (enquanto se expande o volume plasmático com soluções intravenosas), para
evitar o aparecimento de hipotensão aguda.
Na insuficiência renal, baixas doses de dopamina (0,5 a 2mcg/kg/min) demonstraram aumentar o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular, além
de inibir a reabsorção tubular proximal de sódio em pacientes normovolêmicos com função renal normal. Entretanto, a resposta diminui com infusões
prolongadas. Desta forma, cloridrato de dopamina deve ser limitado a pacientes com adequado volume intravascular que não apresentam débito urinário
adequado com o uso de diuréticos apropriados.
O cloridrato de dopamina deve ser descontinuado se o paciente não responder à terapia. Caso a oligúria persista, a dopamina deve ser diminuída gradualmente
nas 24 horas seguintes.
Após alcançar melhora dos valores pressóricos, da diurese e das condições circulatórias gerais, a infusão deve continuar na dose que demonstrou ser mais
eficaz ao paciente.
O cloridrato de dopamina contém 50mg de substância ativa em 10mL; portanto, adicionando-se 1 ampola em 250mL de soro fisiológico ou soro glicosado,
obtém-se uma solução onde 1mL (20 gotas) contém 200mcg de substância ativa. Cada gota de solução conterá 10mcg de cloridrato de dopamina.
No caso de se medicar um paciente de 70kg com uma dose de 5mcg/kg/min, é necessário administrar uma dose total de 350mcg/min., ou 1,75mL da solução,
que correspondente a 35 gotas/min.
Modo de usar
A solução de cloridrato de dopamina é acondicionada em ampolas âmbar para evitar a ação da luz. A solução é incolor a levemente amarelada e deve ser
utilizada imediatamente após a abertura da ampola.
O produto é fotossensível; utilizar uma capa escura para o frasco de soro a fim de evitar exposição excessiva da luz solar ou de lâmpadas artificiais.
Nunca utilizar cloridrato de dopamina em soluções alcalinas, pois ocorre inativação do princípio ativo.
O cloridrato de dopamina deve ser administrado exclusivamente através de infusão intravenosa com a solução diluída antes da administração. Deve ser
utilizada uma veia de grande calibre, preferencialmente o braço, evitando-se extravasamento para que não ocorra uma necrose tissular.
É recomendável fazer a diluição imediatamente antes da administração. Uma coloração amarelo-castanha na solução é um indicativo de sua decomposição,
não devendo ser utilizada.
O cloridrato de dopamina deve ser administrado através de bomba de infusão para garantir o volume preciso.
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A monitorização hemodinâmica é essencial para o uso apropriado da dopamina em pacientes com doença cardíaca isquêmica e/ou insuficiência cardíaca
congestiva. A monitorização deve ser instituída antes, ou assim que possível, durante o tratamento. A administração de cloridrato de dopamina deve ser
interrompida gradualmente para evitar o aparecimento de hipotensão aguda.
Não existem dados que suportem uma estimativa de frequência das reações adversas.
Referência: http://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?id=1803#nlm34084-4
Sistema Cardiovascular
arritmia ventricular (com doses muito elevadas)
batimentos ectópicos
taquicardia
dor anginosa
palpitação
distúrbios da condução cardíaca
Complexo QRS alargado
bradicardia
hipotensão
hipertensão
vasoconstrição
Sistema Respiratório
dispneia
Sistema Gastrointestinal
náusea
vômitos
Sistema Metabólico / Nutricional
azotemia
Sistema Nervoso Central
cefaleia
ansiedade
Sistema dermatológico
piloereção
Outros
Gangrena das extremidades ocorreu quando doses moderadas a altas foram administradas por períodos prolongados ou em pacientes com doença vascular
oclusiva recebendo baixas doses de dopamina.
Os poucos casos de cianose periférica foram relatados.
Efeitos desagradáveis incluindo náuseas, vômitos, taquicardia, batimentos ectópicos, dor precordial, dispneia, cefaleia e vasoconstrição indicada por aumento
desproporcional na pressão diastólica. Ocasionalmente podem aparecer azotemia, bradicardia, anormalidades na condução cardíaca e piloereção. Pode ocorrer
hipertensão associada a superdosagem. Uma vez que a dopamina é metabolizada pela MAO, a dose deve ser grandemente reduzida em pacientes recentemente
tratados com substâncias que inibem esta enzima.
Em pacientes com distúrbios vasculares preexistentes, foram observadas alterações periféricas de tipo isquêmico com tendência à estase vascular e gangrena.
Não são conhecidas alterações em exames laboratoriais. A infusão de dopamina pode, mesmo em baixas doses, diminuir as concentrações plasmáticas de
prolactina em pacientes críticos.
A meia-vida plasmática de cloridrato de dopamina é de cerca de 2 minutos, o que significa que eventuais efeitos colaterais podem ser controlados com a
suspensão temporária ou definitiva da administração.
Os efeitos colaterais mais frequentes observados com a infusão intravenosa de cloridrato de dopamina foram batimentos ectópicos, taquicardia, dor anginosa,
palpitações, hipotensão, vasoconstrição, náuseas e vômitos, cefaleia e dispneia, especialmente com o uso de altas doses. Ocasionalmente foram relacionadas
bradicardia e condução cardíaca aberrante, piloereção e azotemia. Hipertensão arterial foi relatada no caso de superdose.
A frequência e a incidência dos eventos adversos não estão bem definidas devido às próprias condições para as quais o fármaco está indicado.
De forma similar à norepinefrina, cloridrato de dopamina provoca descamação e necrose isquêmica tecidual superficial da pele se ocorrer extravasamento.
Para antagonizar o efeito vasoconstritor de um eventual extravasamento podem ser infiltrados na área afetada 5 a 10mg de fentolamina diluídos em 10 a 15mL
de solução salina fisiológica, minimizando o aparecimento da necrose e da descamação.
A infusão de dopamina, mesmo em doses baixas, pode diminuir a concentração sérica de prolactina em pacientes graves.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
No caso de administração acidental de uma superdose, evidenciada por uma excessiva elevação da pressão sanguínea, deve-se reduzir a velocidade de
administração ou descontinuar temporariamente o cloridrato de dopamina até que as condições do paciente estabilizem-se. Como a duração de ação da
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dopamina é bastante curta, não há necessidade de cuidados adicionais. Caso estas medidas não estabilizem as condições do paciente, usar fentolamina,
agente bloqueador alfa-adrenérgico de curta duração, por via intravenosa.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.