Bula do Cloridrato de Dorzolamida + Maleato de Timolol produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de dorzolamida
maleato de timolol
Solução oftálmica estéril 2% + 0,5%
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS
AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 1, 200 e 500 frascos com 2,5mL, 3mL, 5mL e 10mL.
USO TÓPICO OCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL (27 gotas) da solução oftálmica estéril contém:
cloridrato de dorzolamida (equivalente a 20mg de dorzolamida)...............................22,25mg
maleato de timolol (equivalente a 5mg de timolol)......................................................6,83mg
Veículo q.s.p......................................................................................................................1mL
Excipientes: cloreto de benzalcônio, citrato de sódio, manitol, hidróxido de sódio,
hipromelose e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O dorzolamida+timolol é indicado para o tratamento da pressão intraocular (PIO) elevada
de pacientes com hipertensão ocular, glaucoma de ângulo aberto, glaucoma
pseudoesfoliativo ou outros glaucomas secundários de ângulo aberto, quando o tratamento
combinado for adequado.
Foram conduzidos estudos clínicos de até 15 meses de duração para comparar o efeito
redutor da PIO de cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol 2x/dia (administrado pela
manhã e à noite) com o efeito de timolol a 0,5% e da dorzolamida a 2,0% administrados
individual e concomitantemente a pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular para os
casos em que o tratamento combinado fosse indicado. Esses casos incluem tanto pacientes
não tratados como pacientes controlados de forma inadequada com a monoterapia com
timolol. O efeito redutor da PIO de cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol 2x/dia foi
maior do que o da monoterapia de dorzolamida a 2% 3x/dia ou de timolol a 0,5% 2x/dia. O
efeito redutor da PIO de cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol 2x/dia foi
equivalente ao do tratamento combinado com dorzolamida 2x/dia e timolol 2x/dia.
Comparação com o tratamento combinado (pacientes tratados inicialmente com
timolol)
Em um estudo clínico de grupos paralelos, randomizado, duplo-cego e com duração de 3
meses, os pacientes que receberam cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol 2x/dia
(n=151) foram comparados aos pacientes que receberam timolol a 0,5% 2x/dia mais
dorzolamida a 2,0% 2x/dia concomitantemente (n= 148). Na concentração de vale matutina
(hora 0) e na concentração de pico matutina (hora 2), os pacientes que receberam cloridrato
de dorzolamida+maleato de timolol apresentaram redução da PIO equivalente à observada
em pacientes que receberam os componentes individuais concomitantemente. Foram
observadas as seguintes reduções de PIO em relação ao período basal, obtidas após 2
semanas de monoterapia com timolol a 0,5% 2x/dia:
TABELA 1: Redução média adicional da PIO em relação ao período basal com timolol
(mmHg)†
(redução média % da PIO)
Dia 90
(hora 0)
(hora 2)
dorzolamida+timolol 2x/dia 4,2 [16,3%] 5,4 [21,6%]
timolol a 0,5% 2x/dia +
dorzolamida a 2,0% 2x/dia
4,2 [16,3%] 5,4 [21,8%]
†
Os pacientes deveriam apresentar PIO no período basal ≥ 22mmHg para serem admitidos.
Comparação com a monoterapia (pacientes submetidos a washout do tratamento)
Um estudo clínico de grupos paralelos, randomizado, duplo-cego e com duração de 3 meses
comparou cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol 2x/dia (n= 114) com a
monoterapia com timolol a 0,5% 2x/dia (n= 112) e a monoterapia com dorzolamida a 2,0%
3x/dia (n= 109) em pacientes para os quais o tratamento combinado fosse indicado. Após
um período de washout de 3 semanas de todas as medicações hipotensoras oculares
anteriores, os pacientes que receberam cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol
apresentaram redução da PIO tanto na concentração de vale matutina (hora 0) como na
concentração de pico matutina (hora 2), que foi maior do que a observada em pacientes que
receberam cada um dos componentes isoladamente.
TABELA 2: Redução média da PIO em relação ao período basal (mmHg)†
(redução média
% da PIO)
dorzolamida+timolol 2x/dia 7,7 [27,4%] 9,0 [32,7%]
dorzolamida a 2,0% 3x/dia 4,6 [15,5%] 5,4 [19,8%]
timolol a 0,5% x/dia 6,4 [22,2%] 6,3 [22,6%]
Os pacientes deveriam apresentar PIO no período basal ≥ 24mmHg para serem admitidos.
Comparação com a monoterapia (pacientes que iniciaram o tratamento com timolol)
Em um estudo clínico de grupos paralelos, randomizado, duplo-cego, com duração de 3
meses e conduzido em pacientes com PIO elevada controlada de forma inadequada após 3
semanas de monoterapia com timolol a 0,5% 2x/dia, os pacientes que receberam cloridrato
de dorzolamida+maleato de timolol 2x/dia (n= 104) apresentaram redução da PIO tanto na
concentração de vale matutina (hora 0) como na concentração de pico matutina (hora 2),
que foi maior do que a observada em pacientes que receberam tanto com monoterapia com
timolol a 0,5% 2x/dia (n= 98) como monoterapia com dorzolamida a 2,0% 3x/dia (n= 51).
TABELA 3: Redução média adicional da PIO em relação ao período basal com timolol
dorzolamida+timolol 2x/dia 2,8 [10,6%] 4,4 [17,3%]
dorzolamida a 2,0% 3x/dia 1,4 [4,9%] 2,0 [7,4%]
timolol a 0,5% 2x/dia 1,7 [6,7%] 1,6 [6,6%]
Estudos de longo prazo
Foram conduzidas extensões abertas de dois estudos, por até 12 meses. Durante esse
período, demonstrou-se o efeito redutor da PIO de cloridrato de dorzolamida+maleato de
timolol 2x/dia durante todo o dia e esse efeito foi mantido durante a administração a longo
prazo.
O dorzolamida+timolol solução oftálmica é a primeira combinação de um inibidor da
anidrase carbônica e um agente bloqueador de receptores beta-adrenérgicos, ambos de uso
tópico ocular.
Mecanismo de ação
Este medicamento é constituído de dois componentes: cloridrato de dorzolamida e maleato
de timolol. Cada um desses dois componentes diminui a pressão intraocular elevada, por
meio da redução da secreção de humor aquoso, mas com diferentes mecanismos de ação.
O cloridrato de dorzolamida é um potente inibidor da anidrase carbônica tipo II humana. A
inibição da anidrase carbônica nos processos ciliares do olho reduz a secreção do humor
aquoso, presumivelmente por diminuir a formação de íons bicarbonato com redução
subsequente do transporte de sódio e de fluido. O maleato de timolol é um bloqueador não
seletivo dos receptores beta-adrenérgicos sem atividade simpatomimética intrínseca,
depressora miocárdica direta ou anestésica local (estabilizante da membrana) significativa.
O efeito combinado desses dois agentes resulta em redução adicional da pressão
intraocular, quando comparada à administração de cada componente isoladamente.
Após a administração tópica, dorzolamida+timolol reduz a pressão intraocular elevada,
associada ou não ao glaucoma. A pressão intraocular elevada é um importante fator de risco
na patogênese do dano ao nervo óptico e da perda do campo visual no glaucoma. Quanto
mais elevada a pressão intraocular, maior a probabilidade de perda do campo visual e dano
ao nervo óptico glaucomatoso. O dorzolamida+timolol reduz a pressão intraocular sem os
efeitos adversos comuns aos mióticos, tais como cegueira noturna, espasmo de acomodação
e constrição pupilar.
Farmacocinética e farmacodinâmica
cloridrato de dorzolamida
Ao contrário dos inibidores da anidrase carbônica para uso oral, a administração tópica de
cloridrato de dorzolamida permite que a medicação atue diretamente no olho em doses
substancialmente menores e, portanto, com menos exposição sistêmica. Em estudos
clínicos, esse fato resultou na redução da pressão intraocular sem os distúrbios ácido-base
ou as alterações eletrolíticas características dos inibidores da anidrase carbônica por via
oral.
Quando aplicada por via tópica, a dorzolamida atinge a circulação sistêmica. Para avaliar o
potencial de inibição sistêmica da anidrase carbônica após a administração tópica, foram
avaliadas as concentrações da medicação e de seus metabólitos nas hemácias e no plasma e
a inibição da anidrase carbônica nas hemácias. A dorzolamida se acumula nas hemácias
durante a administração crônica como resultado da ligação seletiva à anidrase carbônica
tipo II, embora sejam mantidas concentrações extremamente baixas de medicação livre no
plasma. O composto original forma um único metabólito N-desetil, que inibe a anidrase
carbônica tipo II com potência inferior à do composto original, mas também inibe uma
isoenzima menos ativa (anidrase carbônica tipo I). O metabólito também se acumula nas
hemácias, nas quais se liga principalmente à anidrase carbônica tipo I. A dorzolamida se
liga moderadamente às proteínas plasmáticas (aproximadamente 33%); é excretada
principalmente na urina, de forma inalterada; e seu metabólito também é excretado pela
urina. Ao final da administração, a dorzolamida é eliminada das hemácias de forma não
linear, o que resulta em rápido declínio inicial da concentração da medicação, seguido por
uma fase de eliminação mais lenta, com meia-vida de aproximadamente 4 meses.
Quando a dorzolamida foi administrada por via oral para simular a exposição sistêmica
máxima após administração tópica ocular prolongada, o estado de equilíbrio foi alcançado
em 13 semanas. No estado de equilíbrio, praticamente não havia medicação livre ou
metabólito no plasma; a inibição da anidrase carbônica nas hemácias foi menor do que a
supostamente necessária para produzir efeito farmacológico na função renal ou respiração.
Resultados farmacocinéticos similares foram observados após administração tópica crônica
de cloridrato de dorzolamida. Entretanto, alguns pacientes idosos com disfunção renal
(depuração de creatinina estimado em 30-60mL/min) apresentaram concentrações mais
altas de metabólitos nas hemácias, mas a diferença significativa na inibição da anidrase
carbônica ou os efeitos adversos sistêmicos clinicamente significativos não foram
diretamente atribuídos a esse achado.
maleato de timolol
Em um estudo da concentração plasmática da medicação envolvendo 6 indivíduos, a
exposição sistêmica ao timolol foi determinada após administração tópica de solução
oftálmica de maleato de timolol a 0,5% duas vezes ao dia. O pico médio da concentração
plasmática foi de 0,46ng/mL após a administração pela manhã e de 0,35ng/mL após a
administração vespertina.
Este medicamento é contraindicado para pacientes com:
-doença reativa das vias aéreas, asma brônquica ou histórico de asma brônquica ou doença
pulmonar obstrutiva crônica grave;
-bradicardia sinusal, bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro
graus, insuficiência cardíaca manifesta, choque cardiogênico;
-hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
Essas contraindicações têm como base os componentes e não são específicas da associação.
A exemplo de outros agentes oftálmicos tópicos, esse medicamento pode ser absorvido por
via sistêmica. O timolol é um betabloqueador; portanto, os mesmos tipos de reações
adversas observadas com a administração sistêmica dos betabloqueadores podem ocorrer
com a administração tópica.
Reações cardiorrespiratórias: por causa da presença do maleato de timolol, a
insuficiência cardíaca deve ser adequadamente controlada antes de se iniciar o tratamento
com dorzolamida+timolol. Pacientes com histórico de doença cardiovascular, incluindo
insuficiência cardíaca, devem ser monitorados para sinais de deterioração dessas doenças e
a frequência cardíaca deve ser verificada.
Devido ao efeito negativo no tempo de condução, os betabloqueadores devem ser prescritos
com cautela para pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau.
Reações respiratórias e cardíacas, incluindo morte por broncoespasmo em pacientes com
asma e raramente morte em associação com insuficiência cardíaca, foram relatadas após a
administração da solução oftálmica de maleato de timolol.
Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) leve/moderada,
dorzolamida+timolol deve ser usado com cautela, e apenas se o benefício potencial superar
o risco potencial.
Distúrbios vasculares: pacientes com distúrbios/doenças circulatórias periféricas graves
(ex. formas graves da doença de Raynaud ou síndrome de Raynaud) devem ser tratados
com cautela.
Mascaramento de sintomas de hipoglicemia em pacientes com diabetes mellitus:
agentes bloqueadores beta-adrenérgicos devem ser administrados com cautela em pacientes
sujeitos a hipoglicemia espontânea ou pacientes diabéticos (especialmente àqueles com
diabetes instável) que recebem insulina ou agentes hipoglicemiantes orais. Os agentes
bloqueadores beta-adrenérgicos podem mascarar os sinais e sintomas de hipoglicemia
aguda.
Mascaramento da tireotoxicose: agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem mascarar
determinados sinais clínicos do hipertireoidismo (ex. taquicardia). Pacientes com suspeita
de desenvolvimento de tireotoxicose devem ser monitorados com cuidado para evitar a
retirada abrupta do agente beta-adrenérgico, o que pode precipitar uma crise de tireoide.
Anestesia cirúrgica: a necessidade ou conveniência da retirada de agentes bloqueadores
beta-adrenérgicos antes de grandes cirurgias é controversa. Se necessário durante a cirurgia,
os efeitos dos agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem ser revertidos por doses
suficientes de agonistas adrenérgicos (veja 10. SUPERDOSE).
Disfunção renal e hepática: cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol não foi
estudado em pacientes com disfunção renal grave (depuração de creatinina < 30mL/min).
Uma vez que o cloridrato de dorzolamida e seus metabólitos são excretados
predominantemente pelos rins, dorzolamida+timolol não é recomendado para esses
pacientes.
O cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol não foi estudado em pacientes com
disfunção hepática, portanto, deve ser usado com cautela nesses pacientes.
Imunologia e hipersensibilidade: a exemplo de outros agentes oftálmicos tópicos, esse
medicamento pode ser absorvido por via sistêmica. A dorzolamida é uma sulfonamida;
portanto, os mesmos tipos de reações adversas observadas durante a administração
sistêmica de sulfonamidas podem ocorrer com a administração tópica, como síndrome de
Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Caso ocorram sinais de reações graves ou
hipersensibilidade, o uso da preparação deve ser suspenso.
Em estudos clínicos, foram relatados efeitos adversos oculares locais com a administração
crônica de solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida principalmente conjuntivite e
reações palpebrais. Algumas dessas reações tiveram aparência e curso clínico de reações do
tipo alérgicas e desapareceram com a suspensão do tratamento medicamentoso. Reações
semelhantes foram relatadas com cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol. Se tais
reações forem observadas, deve-se considerar a suspensão do tratamento com
dorzolamida+timolol.
Enquanto estiverem recebendo betabloqueadores, pacientes com histórico de atopia ou
reações anafiláticas graves a uma variedade de alérgenos podem ser mais reativos à
estimulação repetida acidental, diagnóstica ou terapêutica com tais alérgenos. Esses
pacientes podem não apresentar resposta às doses usuais de epinefrina usadas para tratar
reações anafiláticas.
Tratamento combinado: existe a possibilidade de efeito aditivo sobre os efeitos
sistêmicos conhecidos da inibição da anidrase carbônica em pacientes que recebem
inibidores orais e tópicos da anidrase carbônica concomitantemente. A administração
concomitante de cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol e de inibidores da anidrase
carbônica por via oral não foi estudada e não é recomendada.
Pacientes que já estão recebendo bloqueadores beta-adrenérgicos sistêmicos e começam a
utilizar dorzolamida+timolol devem ser observados quanto ao possível efeito aditivo sobre
a pressão intraocular ou sobre os efeitos sistêmicos conhecidos do bloqueio beta-
adrenérgico. O uso de dois bloqueadores beta-adrenérgicos tópicos não é recomendado.
Outros: o controle de pacientes com glaucoma agudo de ângulo fechado requer outras
intervenções terapêuticas além de agentes oculares hipotensores. O cloridrato de
dorzolamida+maleato de timolol não foi estudado em pacientes com glaucoma agudo de
ângulo fechado.
Foi relatado descolamento da coroide com a administração de tratamento supressor de
humor aquoso (por exemplo, timolol, acetazolamida, dorzolamida) após procedimentos de
filtração.
Pacientes com baixa contagem de células endoteliais são mais propensos ao
desenvolvimento de edema de córnea. Deve-se tomar precauções quando
dorzolamida+timolol for prescrito para esse grupo de pacientes.
Uso de lentes de contato: dorzolamida+timolol contém o conservante cloreto de
benzalcônio, que pode se depositar nas lentes de contato gelatinosas; portanto,
dorzolamida+timolol não deve ser administrado quando essas lentes estiverem sendo
utilizadas. As lentes devem ser retiradas antes da aplicação das gotas e só devem ser
recolocadas 15 minutos depois.
Gravidez e Lactação - Categoria C
Não existem estudos adequados e bem controlados em grávidas. O dorzolamida+timolol
deve ser usado durante a gravidez somente se os benefícios potenciais justificarem os
possíveis riscos para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Não se sabe se o cloridrato de dorzolamida é excretado no leite materno. O maleato de
timolol é excretado no leite materno. Uma vez que reações adversas graves podem ocorrer
em lactentes, deve-se decidir entre descontinuar o aleitamento ou a medicação, levando-se
em consideração sua importância para a mãe.
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia da solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida
2% foi estabelecida em estudo clínico com crianças menores de 6 anos de idade. Neste
estudo, pacientes menores de 6 anos e maiores de 2 anos de idade cuja PIO não foi
controlada com monoterapia receberam cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol.
Nesses pacientes cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol foi geralmente bem
tolerado.
Uso em idosos: do número total de pacientes dos estudos clínicos com cloridrato de
dorzolamida+maleato de timolol, 49% tinham 65 anos ou mais e 13% tinham 75 anos ou
mais.
No geral, nenhuma diferença na eficácia ou no perfil de segurança foi observada entre esses
pacientes e pacientes mais novos, mas o aumento da sensibilidade individual em alguns
idosos não pode ser desconsiderado.
Dirigir ou operar máquinas: existem efeitos adversos associados ao uso de
dorzolamida+timolol que podem afetar a capacidade em alguns pacientes de dirigir e/ou
operar máquinas (veja 9. REAÇÕES ADVERSAS).
Não foram realizados estudos de interações medicamentosas específicos com cloridrato de
dorzolamida+maleato de timolol.
Em estudos clínicos, cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol foi usado
concomitantemente com as seguintes medicações sistêmicas, sem evidência de interações
adversas:
inibidores da ECA, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos, anti-inflamatórios não
esteroidais, incluindo ácido acetilsalicílico e hormônios (por exemplo, estrogênio, insulina,
tiroxina).
Entretanto, é possível que ocorram efeitos aditivos, hipotensão e/ou bradicardia acentuada
quando a solução oftálmica de maleato de timolol for administrada concomitantemente com
bloqueadores dos canais de cálcio, medicações depletoras de catecolamina, antiarrítmicos,
parassimpatomiméticos ou bloqueadores beta-adrenérgicos por via oral.
Há relato de potencialização de bloqueio beta-adrenérgico sistêmico (por exemplo,
diminuição da frequência cardíaca, depressão) durante tratamento concomitante com
inibidores da CYP2D6 (por exemplo: quinidina, inibidores da recaptação de serotonina) e
timolol.
O componente dorzolamida deste medicamento é um inibidor da anidrase carbônica e,
embora administrado por via tópica, é absorvido por via sistêmica. Em estudos clínicos, a
solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida não foi associada a distúrbios ácido-base.
Entretanto, esses distúrbios foram relatados com inibidores orais da anidrase carbônica e,
algumas vezes, resultaram em interações medicamentosas (por exemplo, toxicidade
associada ao tratamento com altas doses de salicilato). Portanto, a possibilidade de tais
interações medicamentosas deve ser considerada em pacientes que estejam recebendo
dorzolamida+timolol.
Os agentes bloqueadores beta-adrenérgicos orais podem exacerbar a hipertensão de rebote
que pode ocorrer após a suspensão de clonidina.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Validade após aberto: válido por 28 dias.
Características físicas e organolépticas: Solução oftálmica estéril, incolor ou quase
incolor levemente viscosa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose é de uma gota de dorzolamida+timolol no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia.
Quando dorzolamida+timolol for substituir outro(s) agente(s) oftálmico(s)
antiglaucomatoso(s), descontinue o(s) outro(s) agente(s) após a administração apropriada
em um dia, e comece a administrar dorzolamida+timolol no dia seguinte.
Se outro agente oftálmico tópico estiver sendo usado, dorzolamida+timolol e o outro agente
devem ser administrados com um intervalo de, pelo menos, 10 minutos.
Quando se utiliza a oclusão nasolacrimal ou se fecha as pálpebras, durante 2 minutos, a
absorção sistêmica é reduzida. Isso pode resultar em aumento da atividade local.
Instruções de uso:
Cuidados de utilização:
1-Retire a tampa do frasco; 2-Incline a cabeça para trás e puxe a pálpebra inferior
levemente, formando uma bolsa entre a pálpebra e o olho; 3-Incline o frasco a 90° (posição
vertical); 4-Aperte levemente o frasco plástico, para gotejar o produto; 5-Goteje a
quantidade recomendada e feche o frasco após o uso; 6-Após o uso de todas as doses, ainda
restará um pouco de dorzolamida+timolol no frasco. Não se preocupe, pois foi adicionada
uma quantidade extra do medicamento para que não faltasse nenhuma dose prescrita;
portanto, não tente remover esse excesso do frasco.
A ponta gotejadora foi projetada para liberar uma única gota; portanto, NÃO alargue o furo
da ponta gotejadora.
NÃO TOQUE A PONTA DO FRASCO NOS OLHOS OU NAS PÁLPEBRAS.
Se manuseados inadequadamente, os medicamentos oftálmicos podem ser contaminados
por bactérias comuns, conhecidas por causar infecções oculares. O uso de medicamentos
oftálmicos contaminados pode causar lesões oculares graves e perda da visão. Se você
suspeitar que seu medicamento possa estar contaminado ou se você desenvolver uma
infecção ocular, contate seu médico imediatamente.
Após o uso de dorzolamida+timolol, pressione com o dedo o canto do seu olho próximo ao
nariz (conforme demonstrado na figura abaixo) por 2 minutos. Isso ajuda a manter o
produto no seu olho.
NÃO AGITAR ANTES DE USAR.
Repita os passos descritos acima para aplicar o medicamento no outro olho, se esta tiver
sido a recomendação do seu médico.
Nos estudos clínicos para cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol as reações
adversas observadas são consistentes com aquelas relatadas previamente com cloridrato de
dorzolamida e/ou maleato de timolol. Durante os estudos clínicos, 1.035 pacientes foram
tratados com cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol. Aproximadamente 2,4% de
todos os pacientes descontinuaram a terapia com cloridrato de dorzolamida+maleato de
timolol devido a reações adversas oculares locais e, aproximadamente 1,2% de todos os
pacientes descontinuaram devido a reações adversas locais sugestivas de alergia ou
hipersensibilidade (como inflamação palpebral e conjuntivite). Como outros medicamentos
oftálmicos aplicados topicamente, timolol é absorvido na circulação sistêmica. Isso pode
causar reações adversas semelhantes aos agentes betabloqueadores sistêmicos. A incidência
de reações adversas sistêmicas após a administração oftálmica tópica é menor que
administração sistêmica.
As seguintes reações adversas foram relatadas com cloridrato de dorzolamida+maleato de
timolol ou um de seus componentes durante os estudos clínicos ou durante a experiência
pós-comercialização:
Muito comum: (≥ 1/10), comum: (≥ 1/100 a < 1/10), incomum: (≥ 1/1.000 a < 1/100) e
rara: (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) e desconhecida** (não pode ser calculada a partir dos dados
disponíveis).
Distúrbios do sistema imunológico:
-cloridrato de dorzolamida+maleato de timolol:
Rara: sinais e sintomas de reações alérgicas sistêmicas incluindo angioedema, urticária,
prurido, erupção cutânea, anafilaxia.
-maleato de timolol colírio, solução:
Rara: sinais e sintomas de reações alérgicas incluindo angioedema, urticária, prurido,
erupção cutânea localizada e generalizada, anafilaxia.
Desconhecido: prurido.
Distúrbios do metabolismo e nutrição:
Desconhecido: hipoglicemia.
Distúrbios psiquiátricos:
Incomum: depressão*.
Rara: insônia*, pesadelos*, perda de memória.
Distúrbios do sistema nervoso:
-cloridrato de dorzolamida colírio, solução:
Comum: cefaleia*.
Rara: tontura*, parestesia*.
Incomum: tontura*, síncope*.
Rara: parestesia*, aumento dos sinais e sintomas de miastenia grave, redução da libido*,
acidente vascular cerebral*, isquemia cerebral.
Distúrbios oculares:
Muito comum: queimação e ardência.
Comum: injeção conjuntival, visão turva, erosão corneana, coceira ocular, lacrimação.
Comum: inflamação palpebral*, irritação palpebral*.
Incomum: iridociclite*.
Rara: irritação, incluindo vermelhidão* e dor*, crosta palpebral*, miopia transitória
(solucionada com a descontinuação da terapia), edema corneano*, hipotonia ocular*,
descolamento coroidal (após cirurgia de filtração)*.
Comum: sinais e sintomas de irritação ocular, incluindo blefarite*, ceratite*, redução da
sensibilidade corneana e olhos secos*.
Incomum: distúrbios visuais, incluindo alterações de refração (em alguns casos, devido à
descontinuação da terapia miótica)*.
Rara: ptose, diplopia, descolamento coroidal (após cirurgia de filtração)*.
Desconhecido: coceira, lacrimejamento, vermelhidão, visão turva, erosão da córnea.
Distúrbios do ouvido e labirinto:
Rara: zumbido*.
Distúrbios cardíacos:
Incomum: bradicardia*.
Rara: dor torácica*, palpitação*, edema*, arritmia*, insuficiência cardíaca congestiva*,
bloqueio cardíaco*, parada cardíaca*.
Desconhecido: bloqueio atrioventricular, insuficiência cardíaca.
Distúrbios vasculares:
Rara: hipotensão*, claudicação, fenômeno de Raynaud, mão e pés frios.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:
Comum: sinusite.
Rara: falta de ar, insuficiência respiratória, rinite, raramente broncoespasmo.
Rara: epistaxe*.
Incomum: dispneia*.
Rara: broncoespasmo (predominantemente em pacientes com doença broncoespástica
preexistente)*, insuficiência respiratória, tosse*.
Distúrbios gastrintestinais:
Muito comum: disgeusia.
Comum: náusea*.
Rara: irritação da garganta, boca seca*.
Incomum: náusea*, dispepsia*.
Rara: diarreia, boca seca*.
Desconhecido: disgeusia, dor abdominal, vômito.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:
Rara: dermatite de contato, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica.
Rara: erupção cutânea*.
Rara: alopecia*, erupção cutânea psoriasiforme ou exacerbação da psoríase*.
Desconhecido: erupção cutânea.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:
Rara: lúpus eritematoso sistêmico.
Desconhecido: mialgia.
Distúrbios renais e urinários:
Incomum: urolitíase.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama:
Rara: doença de Peyronie*, diminuição da libido.
Desconhecido: disfunção sexual.
Distúrbios gerais e condições no local de administração:
Comum: astenia/fadiga*.
Incomum: astenia/fadiga*.
*Essas reações adversas também foram observadas com cloridrato de dorzolamida+maleato
de timolol durante a experiência pós-comercialização.
** Reações adversas adicionais foram observadas com betabloqueadores oftálmicos e
podem potencialmente ocorrer com este medicamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há dados disponíveis a respeito da superdose em humanos por ingestão acidental ou
proposital de dorzolamida+timolol.
Há relatos de superdose acidental com solução oftálmica de maleato de timolol, a qual
resultou em efeitos sistêmicos semelhantes aos observados com bloqueadores beta-
adrenérgicos sistêmicos, tais como tontura, cefaleia, falta de ar, bradicardia, broncoespasmo
e parada cardíaca. Os sinais e sintomas mais comuns que podem ocorrer com a
superdosagem de dorzolamida são desequilíbrio eletrolítico, desenvolvimento de estado
acidótico e, possivelmente, efeitos no sistema nervoso central.
O tratamento deve ser sintomático e de suporte. Os níveis séricos de eletrólitos
(particularmente potássio) e o pH sanguíneo devem ser monitorados. Estudos têm mostrado
que o timolol não é dializado prontamente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.