Bula do Cloridrato de Memantina produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de memantina
Comprimido revestido 10mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 14, 15, 28, 30, 56, 60, 200 e 500 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de 10mg contém:
cloridrato de memantina (equivalente a 8,31mg de memantina).................................... 10mg
Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, amido, celulose microcristalina, talco, dióxido de silício,
croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio,
álcool etílico e água de osmose reversa.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O cloridrato de memantina é indicado para o tratamento da doença de Alzheimer moderada
a grave.
Estudos em Animais
Em estudos de curto prazo em ratos a memantina, tal como outros antagonistas do NMDA,
induziu vacuolização e necrose neuronal (lesões de Olney) apenas quando tomada em doses
que conduzem a concentrações séricas máximas muito elevadas. A ataxia e outros sinais
pré-clínicos precederam a vacuolização e necrose. Uma vez que os efeitos nunca foram
observados em estudos em longo prazo em roedores ou não roedores, a relevância clínica
destas evidências é desconhecida.
Foram observadas, inconsistentemente, alterações oculares em estudos de toxicidade
repetida em roedores e cães, mas não em macacos. Os exames oftalmológicos específicos
nos estudos clínicos com a memantina não revelaram alterações oculares.
Em roedores foram observados fosfolipídios nos macrófagos pulmonares devido à
acumulação de memantina nos lisossomas. Este efeito é reconhecido em outras substâncias
ativas com propriedades anfifílicas catiônicas. Existe uma relação possível entre esta
acumulação e a vacuolização observada nos pulmões. Este efeito apenas foi observado com
doses elevadas em roedores. A relevância clínica destes achados é desconhecida.
Não existem indícios de carcinogenicidade em estudos de longo prazo em ratinhos e ratos. A
memantina não foi teratogênica em ratos e coelhos, mesmo em doses maternas tóxicas, e
não foram observados efeitos adversos na fertilidade. Nos ratos, foi observada redução do
crescimento do feto, com níveis de exposição idênticos ou ligeiramente superiores aos níveis
humanos.
Estudos em Humanos
Num teste piloto de utilização da memantina em monoterapia em uma população de
pacientes com doença de Alzheimer moderadamente a grave (pontuação inicial no mini
exame do estado mental (MMSE) compreendida entre 3 e 14) foi incluído um total de 252
pacientes ambulatoriais. O estudo demonstrou efeitos benéficos da memantina em
comparação com o placebo após 6 meses (análise dos casos observados pela Impressão de
Mudança Baseada na Entrevista com o Clínico (CIBIC-Plus): p=0,025; Estudo Cooperativo
da Doença de Alzheimer – Atividades da Vida Diária (ADCS-ADLsev): p= 0,003; Bateria
de Comprometimento Grave (SIB): p=0,002)1
.
Um estudo piloto de utilização da memantina em monoterapia no tratamento da doença de
Alzheimer leve a moderada (pontuação inicial no MMSE entre 10 e 22) incluiu 403
pacientes. Os pacientes tratados com mentantina apresentaram um efeito estatisticamente
significativo melhor do que os pacientes que receberam placebo, em relação às medidas
primárias: Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer (ADAS-cog) (p=0,003) e CIBIC-
plus (p=0,001) na semana 24 com base na última observação levada adiante (LOCF)2
. Num
outro estudo em monoterapia na doenla de Alzheimer leve a moderada foi randomizado um
total de 470 pacientes (pontuação incial no MMSE de 11 a 23). Na análise primária definida
prospectivamente não se observou significado estatístico na medida de eficácia primária na
semana 243
Uma meta-análise de dados de estudo com pacientes com doença de Alzheimer moderada a
grave (pontuação inicial no MMSE abaixo de 20), que incluiu 6 estudos clínicos de fase III,
placebo-controlados, de 6 meses de duração (incluiu estudos em monoterapia e estudos nos
quais os pacientes recebiam uma dose fixa de um inibidor de acetilcolinesterase)
demonstrou a existência de um efeito estatisticamente significativo a favor do tratamento
com memantina nos domínios cognitivo, global e funcional4
. Nos casos em que os pacientes
apresentavam uma piora simultânea nos três domínios, os resultados mostraram um benfício
estatisticamente significativo da memantina na prevenção desta piora uma vez que 2 vezes
mais pacientes no grupo placebo apresentaram piora nos três domínios do que no grupo da
memantina (21% vs 11%, p<0,0001)5
Referências bibliográficas
1.Reisberg B, Dooby R, Stöffler A, Schimitt F, Ferris S, Möbius HJ. Memantine in
moderate-to-severe Alzheimer’s disease. N Engl J Med 2003; 348: 1333-41.
2.Peskind ER, Potkin SG, Pomara N, OttBR, Graham SM. Olin JT, McDonald S.
Memantine treatment in mild to moderate Alzheimer disease: a 24-week randomized,
controlled trail. Am J Geriatr Psychiatry. 2006 Aug: 14 (8): 704-15.
3. Bakchine S, Loft H. Memantine treatment in patients with mild to moderate Alzheimer's
disease: results of a randomised, double-blind, placebo-controlled 6-month study. J
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4. Bengt Winblad; Roy W. Jones; Yvonne Wirth; Albrecht Stöffler; Hans Jörg Möbius.
Memantine in Moderate to Severe Alzheimer’s Disease: a Meta-Analysis of Randomised
Clinical Trials. Dement Geriatr Cogn Disord 2007; 24:20-27.
5.Wilkinson D, Andersen HF Analysis of the effect of memantine in reducing the worsening
of clinical symptoms in patients with moderate to severe Alzheimer's disease. Dement
Geriatr Cogn Disord. 2007; 24(2):138-45.
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação: Existem cada vez mais evidências de que disfunções na
neurotransmissão glutamatérgica, especialmente nos receptores NMDA, contribuem para a
expressão dos sintomas e para a evolução da doença na demência neurodegenerativa.
A memantina é um antagonista não-competitivo dos receptores NMDA, de afinidade
moderada e dependente de voltagem. Modula os efeitos dos níveis tônicos patologicamente
elevados do glutamato que poderão levar à disfunção neuronal.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: A memantina tem uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 100%.
O tmax situa-se entre 3 e 8 horas. Não existem indicações de que os alimentos influenciem a
absorção da memantina.
Distribuição: Doses diárias de 20mg resultam em concentrações plasmáticas de memantina
no estado de equilíbrio entre 70 e 150ng/mL (0,5-1µmol) com grandes variações
interindividuais. Quando da administração de doses diárias de 5 a 30 mg, foi calculada uma
taxa média líquido cefalorraquidiano (LCR)/Soro de 0,52. O volume de distribuição é
próximo de 10L/kg. Cerca de 45% da memantina encontra-se ligada a proteínas plasmáticas.
Biotransformação: No ser humano, cerca de 80% das substâncias relacionadas à memantina
circulantes estão presentes na forma do composto original. Os metabólitos principais no ser
humano são o N-3,5-dimetil-gludantano, a mistura isomérica de 4- e 6-hidroxi-memantina e
o 1-nitroso-3,5-dimetil-adamantano. Nenhum destes metabólitos exibe atividade como
antagonista do receptor NMDA. Não foi detectado metabolismo catalisado pelo citocromo
P450 in vitro.
Num estudo com 14
C-memantina administrada por via oral, foi recuperada uma média de
84% da dose no intervalo de 20 dias, 99% dos quais por excreção renal.
Eliminação: A memantina é eliminada de forma monoexponencial com t½ terminal de 60 a
100 horas. Em voluntários com função renal normal, a depuração total (Cltot) tem o valor de
170mL/min/1,73m2
e parte da depuração renal total é efetuada por secreção tubular.
A passagem renal também envolve reabsorção tubular, provavelmente mediada por
proteínas de transporte de cátions. A taxa de depuração renal da memantina em condições de
urina alcalina poderá ser reduzida por um fator de 7 a 9 (ver ADVERTÊNCIAS). A
alcalinização da urina pode resultar de mudanças drásticas na dieta, por exemplo, uma
mudança de dieta carnívora para vegetariana, ou pela ingestão de grande quantidade de
tampões gástricos alcalinizantes.
Linearidade: Estudos em voluntários demonstraram farmacocinética linear no intervalo de
doses de 10 a 40mg.
Relação farmacocinética/farmacodinâmica
Para uma dose de memantina de 20mg por dia, os níveis no LCR correspondem ao valor ki
(ki = constante de inibição) da memantina, o qual é de 0,5µmol no córtex frontal humano.
Este medicamento é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa
ou a qualquer um dos excipientes.
Uso durante a gravidez e a lactação
Categoria de risco B: Não existem dados clínicos sobre administração de memantina a
grávidas. Estudos em animais indicam potencialidade para a redução do crescimento
intrauterino a níveis de exposição idênticos ou ligeiramente superiores aos níveis humanos
(ver RESULTADOS DE EFICÁCIA). O risco potencial para o ser humano é desconhecido.
A memantina não deve ser utilizada durante a gravidez, a menos que seja absolutamente
necessária.
Não se sabe se a memantina é excretada no leite humano, porém, considerando-se a lipofilia
da substância, é provável que esta excreção ocorra. Mulheres que tomem memantina não
devem amamentar.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião-dentista.
É recomendada precaução em pacientes com epilepsia, com antecedentes de episódios
convulsivos ou com fatores predisponentes para epilepsia.
A utilização concomitante de antagonistas do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), tais
como a amantadina, cetamina ou o dextrometorfano, deverá ser evitada. Estas substâncias
atuam no mesmo sistema receptor que a memantina e, por essa razão, as reações adversas
principalmente relacionadas com o sistema nervoso central (SNC) poderão ser mais
frequentes ou mais acentuadas (ver também INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Alguns fatores que podem elevar o pH da urina (ver FARMACOCINÉTICA) demandarão
um monitoramento cuidadoso do paciente. Estes fatores incluem mudanças drásticas na dieta,
por exemplo, uma mudança de dieta carnívora para vegetariana, ou a tomada em grande
quantidade de produtos gástricos tipo tampão, com efeito alcalinizante. Além disso, o pH da
urina pode ser elevado por episódios de acidose tubular renal (ATR) ou infecções graves das
vias urinárias provocadas por batérias Proteus.
Na maioria dos estudos clínicos, foram excluídos de participar os pacientes com infarto do
miocárdio recente, comprometimento cardíaco congestivo descompensado (NYHA III-IV)
ou com hipertensão não controlada. Consequentemente, os dados disponíveis são limitados e
os pacientes nestas condições devem ser supervisionados cuidadosamente.
Os comprimidos de cloridrato de memantina contêm LACTOSE.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A doença de Alzheimer moderada a grave geralmente provoca perturbações na capacidade de
conduzir e utilizar máquinas. Os pacientes ambulatoriais devem ser avisados para terem
cuidados especiais, pois a memantina tem uma influência pequena ou moderada sobre a
capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Durante o tratamento, o paciente precisa ter especial atenção ao dirigir carros ou
operar máquinas, pois a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco.
Interações farmacodinâmicas e farmacocinéticas
Devido aos efeitos farmacológicos e ao mecanismo de ação da memantina, poderão ocorrer
as seguintes interações:
-O modo de ação sugere que os efeitos da L-dopa, dos agonistas dopaminérgicos e dos
anticolinérgicos poderão ser amplificados pelo tratamento concomitante com antagonistas
NMDA, como a memantina. Os efeitos de barbitúricos e neurolépticos poderão ser
reduzidos. A administração concomitante de memantina e dos agentes antiespasmódicos,
dantroleno ou baclofeno, pode alterar os efeitos destes medicamentos, podendo ser
necessário um ajuste da dose.
-A utilização concomitante da memantina e amantadina deverá ser evitada, devido ao risco
de psicose farmacotóxica. Ambas substâncias são, quimicamente, antagonistas NMDA. A
mesma recomendação poderá aplicar-se para a cetamina e o dextrometorfano (ver também
ADVERTÊNCIAS). Existe um relato de caso clínico publicado sobre um possível risco da
combinação da memantina com a fenitoína.
-Outras substâncias ativas como cimetidina, ranitidina, procaínamida, quinidina, quinina e
nicotina, que utilizam o mesmo sistema de transporte renal de cátions que a amantadina,
também poderão interagir com a memantina levando a um risco potencial de aumento dos
seus níveis séricos.
-É possível que haja uma redução dos níveis séricos da hidroclorotiazida (HCT) quando esta
ou qualquer combinação contendo hidroclorotiazida é administrada concomitantemente com
a memantina.
-Na experiência pós-comercialização foram notificados casos isolados de aumento da relação
normalizada internacional (RNI) em pacientes tratados concomitantemente com varfarina.
Embora não tenha sido comprovada a existência de uma relação causal, aconselha-se uma
monitoração rigorosa do tempo de protrombina ou da INR em pacientes que estejam em uso
simultâneo de anticoagulantes orais.
Em estudos farmacocinéticos (PK) de dose única realizados em sujeitos jovens e saudáveis,
não se observou qualquer interação relevante à substância ativa da memantina com
gliburida/metformina ou com donepezila.
Num estudo clínico em indivíduos jovens e saudáveis não se observou qualquer efeito
relevante da memantina na farmacocinética da galantamina.
A memantina não inibiu as CYP 1A2, 2A6, 2C9, 2D6, 2E1, 3A, flavina contendo
monoxigenase, epóxido hidrolase ou a sulfatação in vitro.
Interação da memantina com o álcool
Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre a memantina e o
álcool. Entretanto, assim como os outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso
Central, a combinação com álcool não é recomendada.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas: Os comprimidos de cloridrato de memantina são
revestidos oblongo de cor branca. Os comprimidos de cloridrato de memantina não
apresentam características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em
relação a outros comprimidos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções de uso
O cloridrato de memantina deve ser administrado por via oral, preferencialmente com água.
Para obter o maior benefício do seu medicamento, deve tomá-lo todos os dias, à mesma hora
do dia, com ou sem alimentos. Os comprimidos não devem ser mastigados.
O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência no
diagnóstico e tratamento da demência de Alzheimer. A terapêutica só deve ser iniciada se
estiver disponível um cuidador para monitorizar regularmente a tomada do medicamento
pelo paciente. O diagnóstico deve ser realizado de acordo com as diretrizes atuais.
A tolerância e a dosagem da memantina devem ser reavaliadas regularmente. Inicialmente,
avaliar após os 3 primeiros meses de tratamento. Depois disso, os benefícios clínicos e a
tolerância do paciente ao tratamento devem ser reavaliados regularmente de acordo com as
diretrizes clínicas atuais. O tratamento deve ser continuado enquanto o benefício terapêutico
for favorável e o paciente mantiver a tolerância à memantina. A descontinuação do
tratamento com a memantina deve ser considerada quando o paciente não mais apresentar
evidências do benefício terapêutico ou não tolerar o tratamento.
Posologia
Titulação da dose
A dose máxima diária é de 20mg/dia. Para minimizar o risco de efeitos adversos
indesejáveis, a dose de manutenção é atingida através de uma titulação de dose. A dose
inicial recomendada é de 5mg/dia, que deverá ser aumentada em 5mg por semana nas 3
semanas subsequentes, seguindo o esquema abaixo:
O tratamento deve ser iniciado com 5mg diários (meio comprimido) durante a primeira
semana. Na segunda semana, 10mg por dia (meio comprimido, duas vezes por dia) e na
terceira semana é recomendada a dose de 15mg por dia (um comprimido de manhã e meio
comprimido à tarde). A partir da quarta semana, o tratamento pode ser continuado com a
dose de manutenção recomendada de 20mg por dia (um comprimido, duas vezes por dia).
Dose de manutenção
A dose de manutenção recomendada é de 20mg por dia.
Idosos
Com base nos estudos clínicos, a dose recomendada para pacientes de idade superior a 65
anos é de 20mg por dia, tal como descrito anteriormente.
Crianças e adolescentes (<18 anos)
Não é recomendada a utilização da memantina em crianças e adolescentes com menos de 18
anos devido à inexistência de dados de segurança e eficácia nesta população.
Este medicamento não é recomendado para crianças.
Comprometimento renal
Em pacientes com a função renal ligeiramente alterada (depuração da creatinina 50-
80mL/min) não é necessário ajuste de dose. Em pacientes com comprometimento renal
moderado (depuração da creatinina de 30-49mL/min) a dose diária deverá ser 10mg por dia.
Se bem tolerada após pelo menos 7 dias de tratamento, a dose poderá ser aumentada até
20mg/dia de acordo com o esquema de titulação padrão. Em pacientes com
comprometimento renal grave (depuração da creatinina 5-29mL/min) a dose diária deverá ser
de 10mg por dia.
Comprometimento hepático
Em pacientes com comprometimento hepático leve a moderado (Child-Pugh A e Child-Pugh
B) não há necessidade de ajuste de dose. Não estão disponíveis dados de utilização da
memantina em pacientes com comprometimento hepático grave. A administração do
cloridrato de memantina não é recomendada a pacientes com comprometimento hepático
grave.
Nos estudos clínicos sobre demência leve a grave, envolvendo 1.784 pacientes tratados com
memantina e 1.595 pacientes tratados com placebo, os índices globais de incidência de
reações adversas com memantina não foram diferentes dos do tratamento com placebo; as
reações adversas foram normalmente de intensidade leve a moderada. As reações adversas
mais frequentes e que registraram uma maior incidência no grupo da memantina do que no
grupo placebo foram tonturas (6,3% vs 5,6%, respectivamente), cefaleias (5,2% vs 3,9%),
constipação (4,6% vs 2,6%), sonolência (3,4% vs 2,2%) e hipertensão (4,1% vs 2,8%).
A tabela seguinte lista todas as reações adversas registradas durante os estudos clínicos com
memantina e desde que foi introduzido no mercado. Os efeitos indesejáveis são apresentados
por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
As reações adversas são classificadas de acordo com as classes de sistemas de órgãos, usando
a seguinte convenção: muito comum (>1/10), comum (>1/100 a ≤1/10), incomum (>1/1000 e
≤1/100), raro (>1/10000 e ≤1/1000), muito raro (≤1/10000), desconhecido (não pode ser
estimado com os dados atuais).
Infecções e infestações Incomum Infecções fúngicas
Distúrbios do sistema
imunológico
Comum Hipersensibilidade ao medicamento
Comum Sonolência
Incomum Confusão/ Alucinações1
Distúrbios Psiquiátricos
Desconhecido Reações psicóticas2
Comum Tonturas/ Distúrbios de equilíbrio
Incomum Alterações na marcha
Doenças do sistema nervoso
Muito raros Convulsões
Distúrbios cardíacos Incomum Falência cardíaca
Comum HipertensãoVasculopatias
Incomum Trombose venosa/ Tromboembolia
Distúrbios respiratórios,
torácicos e mediastinos
Comum Dispneia
Comum Testes de função hepática elevadosDistúrbios hepatobiliares
Desconhecido Hepatite
Comum Constipação
Incomum Vômitos
Distúrbios gastrintestinais
Desconhecido Pancreatite2
Comum CefaleiaDistúrbios gerais e alterações no
local de administração Incomum Fadiga
1
As alucinações foram essencialmente observadas em pacientes com doença de Alzheimer
grave.
2
Casos isolados notificados no âmbito da experiência pós-comercialização.
A doença de Alzheimer tem sido associada a depressão, pensamentos suicidas e suicídio. Na
fase de experiência pós-comercialização estes efeitos foram notificados em pacientes tratados
com o cloridrato de memantina
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.