Bula do Cloridrato de Metformina produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de metformina
Comprimido 500mg e Comprimido 850mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Comprimido 500mg
Embalagens contendo 10, 30, 50, 60, 90, 120 300 comprimidos.
Comprimido 850mg
Embalagens contendo 10, 30, 50, 60, 90, 150, 200 e 500 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 500mg contém:
cloridrato de metformina............................................................................................... 500mg
Excipiente q.s.p.................................................................................................. 1 comprimido
Excipientes: celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio, álcool
etílico, povidona, óleo vegetal hidrogenado, talco e água de osmose reversa.
Cada comprimido de 850mg contém:
cloridrato de metformina................................................................................................850mg
Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cloridrato de metformina é um agente antidiabético, associado ao regime alimentar, para o
tratamento de:
- Diabetes tipo 2, não dependente de insulina (diabetes da maturidade, diabetes do obeso,
diabetes em adultos de peso normal), isoladamente ou complementando a ação de outros
antidiabéticos (como as sulfonilureias): em adultos e crianças acima de 10 anos;
- Diabetes tipo 1, dependente de insulina, como complemento da insulinoterapia em casos
de diabetes instável ou insulinorresistente (ver Advertências e precauções).
Também indicado na Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal).
O estudo prospectivo randomizado “United Kingdom Prospective Diabetes Study”
(UKPDS) estabeleceu os benefícios a longo prazo de um controle intensivo da glicemia em
pacientes adultos com diabetes tipo 2. A análise dos resultados para pacientes com excesso
de peso tratados com metformina após insucesso de uma dieta isolada revelou:
− redução significativa do risco absoluto de qualquer complicação relacionada ao diabetes
no grupo tratado com metformina (29,8 eventos / 1.000 pacientes-ano) em comparação com
o grupo em dieta isolada (43.3 eventos / 1.000 pacientes-ano), p= 0,0023, e em comparação
aos grupos de sulfonilureia combinada e de monoterapia com insulina (40,1 eventos / 1.000
pacientes-ano), p= 0,0034.
− redução significativa do risco absoluto de mortalidade relacionada ao diabetes:
metformina 7,5 eventos / 1.000 pacientes-ano, dieta isolada 12,7 eventos / 1.000 pacientes-
ano, p= 0,017;
− redução significativa do risco absoluto de mortalidade global: metformina 13,5 eventos /
1000 pacientes-ano em comparação com dieta isolada 20,6 eventos / 1.000 pacientes-ano
(p= 0,011), e em comparação com grupos recebendo sulfonilureia combinada e
monoterapia de insulina 18,9 eventos / 1.000 pacientes-ano (p= 0,021);
− redução significativa do risco absoluto de infarto do miocárdio: metformina 11 eventos /
1000 pacientes-ano, dieta isolada 18 eventos / 1.000 pacientes-ano (p= 0,01).
Para metformina utilizada como terapia de segunda linha em combinação com
sulfonilureia, os benefícios relacionados aos resultados clínicos não foram demonstrados.
Em diabetes tipo 1, a combinação de metformina e insulina foi utilizada em um grupo
selecionado de pacientes, mas o benefício clínico desta combinação não foi formalmente
estabelecido.
Referência: UK Prospective diabetes study (UKPDS) group. Effect of intensive blood-
glucose control with metformin on complications in overweight patient with type 2 diabetes
mellitus (UKPDS 34). Lancet 1998; 52:854-865.
Propriedades farmacodinâmicas
A metformina é um fármaco antidiabético da família das biguanidas com efeitos anti-
hiperglicêmicos, reduzindo a glicose plasmática pós-prandial e basal. A metformina não
estimula a secreção de insulina, não tendo, por isso, ação hipoglicemiante em pessoas não
diabéticas.
Em diabéticos, a metformina reduz a hiperglicemia, sem o risco de causar hipoglicemia,
exceto em caso de jejum ou de associação com insulina ou sulfonilureias. A metformina
pode agir através de três mecanismos:
1. na redução da produção da glicose hepática através da inibição da gliconeogênese e
glicogenólise;
2. no músculo, através do aumento da sensibilidade à insulina, melhorando a captação e
utilização da glicose periférica;
3. no retardo da absorção intestinal da glicose.
A metformina estimula a síntese de glicogênio intracelular atuando na síntese de glicogênio
e aumenta a capacidade de transporte de todos os tipos de transportadores de glicose de
membrana (GLUTs) conhecidos até hoje. Em humanos, independentemente de sua ação na
glicemia, a metformina exerce efeito favorável sobre o metabolismo lipídico. Tal efeito tem
sido demonstrado com doses terapêuticas em estudos clínicos controlados de média a longa
duração, com a metformina reduzindo os níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos.
De acordo com o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS), estudo
multicêntrico, randomizado, que acompanhou per cerca de 10 anos mais de 7.000 pacientes
submetidos a diversos tratamentos para controle do diabetes tipo 2, a metformina reduziu,
de maneira significativa, as complicações e mortalidade associadas com a doença.
Estudos clínicos controlados realizados numa população pediátrica limitada, com faixa
etária de 10-16 anos, tratada durante um ano, evidenciaram uma resposta idêntica no
controle da glicemia àquela observada em adultos.
Tem sido demonstrada uma redução de complicações diabéticas em pacientes adultos com
diabetes tipo 2, tratados com cloridrato de metformina como terapia de primeira linha após
a dietoterapia. Em estudos clínicos, o uso de metformina está associado à estabilização do
peso corporal ou a uma modesta perda de peso.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: após uma dose administrada por via oral o Cmax é atingido em 2,5 horas
(Tmax).
A biodisponibilidade absoluta de um comprimido de metformina 500mg ou 850mg é de
aproximadamente 50-60% em indivíduos saudáveis. Após uma dose oral, a fração não
absorvida recuperada nas fezes foi de 20-30%. Após administração oral, a absorção de
metformina é saturável e incompleta. É assumido que a farmacocinética da absorção de
metformina é não linear. Nas doses e esquemas posológicos recomendados, as
concentrações plasmáticas de metformina em estado estacionário são atingidas no prazo de
24 a 48 horas, sendo geralmente inferiores a 1micrograma/mL. Em estudos clínicos
controlados, os níveis plasmáticos máximos de metformina (Cmax) não excederam
4microgramas/mL, inclusive nas doses mais elevadas. A ingestão de alimentos reduz a
quantidade de metformina absorvida e retardam ligeiramente sua absorção. Após
administração de uma dose de 850mg observou-se concentração plasmática máxima 40%
menor, redução de 25% na AUC (área sob a curva) e um prolongamento de 35 minutos no
tempo para atingir a concentração plasmática máxima.
Desconhece-se a importância clínica destas reduções.
Distribuição: a ligação às proteínas plasmáticas é negligenciável. A metformina é
distribuída pelos eritrócitos. A concentração máxima sanguínea é mais baixa do que a
concentração máxima plasmática, ocorrendo aproximadamente ao mesmo tempo. Os
glóbulos vermelhos representam, provavelmente, um compartimento secundário de
distribuição. O volume de distribuição médio (Vd) encontra-se na faixa 63-276 l.
Metabolismo: a metformina é excretada na urina sob forma inalterada. Não foram
identificados metabolitos em humanos.
Eliminação: a depuração renal (clearance) da metformina é superior a 400mL/min, o que
indica que a eliminação se dá por filtração glomerular e secreção tubular. Após uma dose
oral, a meia-vida de eliminação terminal aparente é de aproximadamente 6,5 horas. Quando
a função renal estiver prejudicada, a depuração renal diminui proporcionalmente à
depuração da creatinina e, assim, a meia-vida de eliminação é prolongada, levando ao
aumento dos níveis plasmáticos de metformina.
Crianças e adolescentes: estudo de dose única: após doses únicas de 500mg de metformina,
pacientes pediátricos mostraram perfil farmacocinético idêntico ao observado em adultos
saudáveis. Estudo de dose múltipla: os dados referem-se a um só estudo. Após doses
repetidas de 500mg duas vezes por dia durante 7 dias em pacientes pediátricos, a
concentração plasmática máxima (Cmax) e a exposição sistêmica (AUC0-t) foram
reduzidas em aproximadamente 33% e 40% respectivamente, quando comparado com
adultos diabéticos tratados com doses repetidas de 500mg duas vezes por dia durante 14
dias. Considerando-se que a dose é titulada individualmente e baseada no controle da
glicemia, a relevância clínica é limitada.
Dados de segurança pré-clínica
Dados pré-clínicos não evidenciaram nenhum risco especial em humanos, com base em
estudos convencionais de segurança, farmacologia, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade na reprodução.
Hipersensibilidade à metformina ou a qualquer dos excipientes. Cetoacidose diabética, pré-
coma diabético. Insuficiência ou disfunção renal (depuração da creatinina inferior a
60mL/min). Situações agudas com potencial para alterar a função renal, tais como:
desidratação, febre, infecção grave, choque, administração intravascular de contrastes
iodados. Doenças agudas ou crônicas, capazes de provocar hipóxia tecidular, tais como
insuficiência cardíaca ou respiratória, infarto recente de miocárdio, choque. Insuficiência
hepática, intoxicação alcoólica aguda, alcoolismo. Cirurgia eletiva de grande porte.
Acidose lática
A acidose lática é uma complicação metabólica rara, porém grave (com elevada
mortalidade caso não se proceda a um tratamento imediato), que pode ocorrer devido à
acumulação de metformina. Foram descritos casos de acidose lática em pacientes
submetidos a tratamento com metformina, principalmente em diabéticos com insuficiência
renal significativa. É possível e recomendável que a incidência de acidose lática seja
reduzida determinando-se outros fatores de risco associados, tais como diabetes mal
controlada, cetose, jejum prolongado, consumo excessivo de álcool, insuficiência hepática e
qualquer condição associada com hipóxia. Diagnóstico: o risco de acidose lática deve ser
considerado no caso de aparecimento de sinais inespecíficos como cãibras musculares com
perturbações digestivas, tais como dores abdominais e astenia grave. Pode ser seguida de
dispneia acidótica, hipotermia e coma. Os resultados das análises laboratoriais revelam uma
queda no pH sanguíneo, níveis de lactato no plasma acima de 5mmol/L, e um aumento do
gap aniônico e da relação lactato/piruvato. Caso se suspeite de acidose metabólica, a
administração do metformina deverá ser suspensa e o paciente imediatamente
hospitalizado.
Função renal
Uma vez que a metformina é excretada pelo rim, recomenda-se que sejam determinados os
níveis de creatinina sérica e a depuração de creatinina antes de se dar início ao tratamento e,
posteriormente, de forma regular (pelo menos anualmente, em pacientes com função renal
normal; pelo menos duas a quatro vezes por ano, em pacientes com depuração de creatinina
no limite inferior da normalidade e em idosos). Diminuição da função renal em idosos é
frequente e assintomática. Deve-se ter especial cuidado em situações nas quais a função
renal possa ser afetada, tais como início de tratamento com anti-hipertensivos, diuréticos ou
anti-inflamatórios não esteroidais.
Administração de contrastes iodados
Considerar que a administração intravascular de contrastes iodados em exames radiológicos
pode ocasionar insuficiência renal, podendo induzir o acúmulo de metformina, que pode
expor a acidose lática, dependendo da função renal. O uso de metformina tem que ser
interrompido 48 horas antes ou na ocasião do exame, somente podendo ser reiniciado após
48 horas da realização do mesmo, e apenas depois da função renal ter sido reavaliada e se
apresentar normalizada.
Cirurgia
O uso de metformina terá que ser interrompido 48 horas antes de cirurgias eletivas maiores,
podendo ser reiniciado não antes de 48 horas após a cirurgia, e somente após a função renal
ter sido reavaliada como normal.
Gravidez e lactação
Categoria de risco B. O diabetes sem controle durante a gravidez (gestacional ou
permanente) é associado com aumento do risco de anomalias congênitas e mortalidade
perinatal. Uma quantidade limitada de dados sobre a utilização de metformina em mulheres
grávidas não indica um risco aumentado de anomalias congênitas. Estudos em animais não
indicam efeitos prejudiciais à gestação, desenvolvimento embrionário ou fetal, parturição
ou desenvolvimento pós-natal. Entretanto, ao planejar uma gravidez e durante o período
gestacional, o diabetes não deve ser tratado com metformina, devendo-se utilizar insulina
para manter os níveis glicêmicos o mais próximo dos valores normais, de forma a reduzir o
risco de malformações fetais associadas a níveis anormais da glicemia. Foi observado que a
metformina é excretada no leite humano. Nenhum efeito adverso foi observado em recém-
nascidos amamentados. No entanto, como os dados disponíveis são limitados, a
amamentação não é recomendada durante o tratamento com metformina. Deve-se decidir
entre interromper a lactação ou descontinuar o tratamento com metformina, levando-se em
conta os benefícios do aleitamento materno, a importância do medicamento para a mãe e o
risco potencial de efeitos adversos no lactente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Efeito na habilidade de dirigir e operar máquinas
A metformina como monoterapia não causa hipoglicemia e, portanto, não tem efeito na
habilidade de dirigir ou operar máquinas. Entretanto, pacientes devem ser alertados para o
risco de hipoglicemia quando a metformina é utilizada em combinação com outro agente
antidiabético (sulfonilureia, insulina, meglitinida).
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Idosos: uma vez que o envelhecimento está associado com redução da função renal e a
metformina é eliminada, fundamentalmente pelos rins, o produto deve ser usado com
cautela em pacientes idosos. A dose de metformina deve ser ajustada com base na função
renal. Em geral, pacientes idosos não devem receber a dose máxima do produto.
Crianças e adolescentes: o diagnóstico do diabetes mellitus tipo 2 deve ser confirmado
antes de se iniciar o tratamento com metformina. Durante estudos clínicos controlados com
a duração de um ano, não foram observados efeitos sobre o crescimento e puberdade, não
havendo, contudo, informação disponível a longo prazo nestes pontos específicos. Por isso,
recomenda-se acompanhamento cuidadoso destes parâmetros em crianças tratadas com
metformina, especialmente na pré-puberdade.
Crianças com idades compreendidas entre 10 e 12 anos: Somente 15 crianças com idade
compreendida entre 10 e 12 anos foram incluídas nos estudos clínicos controlados
conduzidos em crianças e adolescentes. Embora a eficácia e segurança da metformina
nestas crianças não difiram daquelas em crianças mais velhas e adolescentes, recomenda-se
um cuidado especial na prescrição a crianças com idades compreendidas entre 10 e 12 anos.
Este medicamento não é indicado para crianças abaixo de 10 anos.
Outras precauções
Todos os pacientes devem prosseguir em sua dieta, com distribuição regular de consumo de
carboidratos ao longo do dia. Pacientes com excesso de peso devem continuar com dieta de
restrição calórica. As análises laboratoriais habituais para controle do diabetes devem ser
realizadas regularmente. A metformina, utilizada isoladamente, não causa hipoglicemia,
embora se recomende precaução ao utilizá-la em associação com insulina ou outros
antidiabéticos orais (ex. sulfonilureias ou meglitinidas). A metformina, em associação com
a insulina, tem sido utilizada no tratamento do diabetes Tipo 1, em pacientes selecionados;
Associações contraindicadas
Meios de contraste iodados: dependendo da função renal, a metformina tem que ser
interrompida 48 horas antes do exame, ou na ocasião do exame, não devendo ser reiniciada
antes de 48 horas.
Associações não recomendadas
Álcool: aumento do risco de acidose lática no caso de intoxicação alcoólica aguda,
especialmente em situações de: jejum ou má-nutrição, insuficiência hepática. Deve-se
evitar o consumo de álcool e a utilização de medicamentos contendo álcool.
Associações a serem empregadas com cautela
Medicamentos com atividade hiperglicêmica intrínseca, como glicocorticoides,
tetracosactida (vias sistêmica e local), agonistas beta-2, danazol, clorpromazina em altas
doses de 100mg ao dia, diuréticos: pode ser necessário um controle mais frequente da
glicose sanguínea, notadamente no início do tratamento. Caso necessário, ajustar a dose de
metformina durante tratamento com o outro medicamento e após sua interrupção.
Diuréticos, especialmente os de alça: podem aumentar o risco de acidose lática devido ao
seu potencial para diminuir a função renal.
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (inibidores da ECA): podem provocar
uma redução nos níveis de glicose no sangue. Desta forma, o ajuste da dose de metformina
poderá ser necessário durante e após a adição ou interrupção destes medicamentos.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas:
Os comprimidos de cloridrato de metformina 500mg são circulares de cor branca.
Os comprimidos de cloridrato de metformina 850mg são oblongos de cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Não existe regime posológico fixo para o tratamento da hiperglicemia no diabetes mellitus
com a metformina ou qualquer outro agente farmacológico. A posologia do cloridrato de
metformina deve ser individualizada, tomando como bases a eficácia e a tolerância ao
produto. Não deve ser excedida a dose máxima recomendada que é de 2.550mg. Em
crianças acima de 10 anos a dose máxima diária de metformina não deve exceder 2.000mg.
O produto deve ser administrado de forma fracionada, junto com as refeições, iniciando-se
o tratamento com doses pequenas, gradualmente aumentadas. Isto permite reduzir a
ocorrência de efeitos colaterais gastrointestinais e identificar a dose mínima necessária ao
controle adequado da glicemia do paciente. No início do tratamento devem-se medir os
níveis plasmáticos de glicose, em jejum, para avaliar a resposta terapêutica à metformina e
determinar a dose mínima eficaz para o paciente. Posteriormente, deve-se medir a
hemoglobina glicosilada a cada três meses. As metas terapêuticas devem ser a redução dos
níveis de glicose plasmática em jejum e de hemoglobina glicosilada, para níveis normais,
ou próximos dos normais, utilizando a menor dose eficaz de metformina, isoladamente ou
em combinação com outros agentes.
Posologia
Comprimidos de 500mg
A dose inicial é de um comprimido duas vezes ao dia (no café da manhã e no jantar), em
adultos. Se necessário a dose será aumentada, semanalmente, de um comprimido até chegar
ao máximo de cinco comprimidos diários, equivalentes a 2.500mg de metformina (dois no
café da manhã, um no almoço e dois no jantar). Em crianças acima de 10 anos a dose inicial
é de um comprimido ao dia e a dose máxima diária de metformina não deve exceder
2.000mg.
Comprimidos de 850mg
A dose terapêutica inicial é de um comprimido no café da manhã, em adultos e crianças
acima de 10 anos. Conforme a necessidade, a dose será aumentada, a cada duas semanas,
de um comprimido, até chegar ao máximo de três comprimidos, equivalentes a 2.550mg de
metformina (um no café da manhã, um no almoço e um no jantar). Em crianças acima de
10 anos a dose máxima diária de metformina não deve exceder 2.000mg.
Comprimidos de 1g
Em pacientes fazendo uso de doses altas de metformina, é possível substituir dois
comprimidos de 500mg por um comprimido de 1g. Em crianças acima de 10 anos a dose
máxima diária de metformina não deve exceder 2.000mg.
Pacientes diabéticos tipo 2 (não dependentes de insulina)
A metformina pode ser usada isoladamente ou em combinação com outros agentes
antidiabéticos, como as sulfonilureias. Se a metformina for usada em substituição ao
tratamento com outros hipoglicemiantes orais (exceto a clorpropamida), a troca pode ser
feita imediatamente. Não há necessidade de redução prévia das doses do hipoglicemiante
oral, nem de intervalo de tempo entre o fim do tratamento com o hipoglicemiante oral e o
início do tratamento com a metformina. Se o agente hipoglicemiante usado for a
clorpropamida, na passagem para a metformina, durante duas semanas, deve-se estar atento
à possibilidade de reações hipoglicêmicas, devido à retenção prolongada da clorpropamida
no organismo.
Metformina e insulina podem ser usadas em combinação para que seja alcançado um
melhor controle da glicemia. A metformina é administrada na dose inicial usual de um
comprimido de 500mg duas a três vezes ao dia, ou um comprimido de 850mg ao dia,
enquanto que a dose de insulina é ajustada com base nas determinações da glicemia.
Pacientes diabéticos tipo 1 (dependentes de insulina)
A metformina e a insulina podem ser utilizadas em associação, no sentido de se obter um
melhor controle da glicemia. A metformina é administrada na dose inicial usual de 500mg
ou 850mg 2 a 3 vezes por dia, enquanto que a dose de insulina deve ser ajustada com base
nos valores da glicemia.
Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal)
A posologia é de, usualmente, 1.000 a 1.500mg por dia (2 ou 3 comprimidos de 500mg)
divididos em 2 ou 3 tomadas. Aconselha-se iniciar o tratamento com dose baixa (1
comprimido de 500mg/dia) e aumentar gradualmente a dose (1 comprimido de 500mg a
cada semana) até atingir a posologia desejada. Em alguns casos, pode ser necessário o uso
de 1 comprimido de 850mg 2 a 3 vezes ao dia (1.700 a 2.250mg/dia). Para a apresentação
de 1g, recomenda-se o uso de 1 a 2 comprimidos ao dia.
Doses perdidas
Não se deve dobrar a dose seguinte caso haja esquecimento de uma das doses. Deve-se
tomar a próxima dose normalmente.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir (as frequências são definidas em
muito comuns (> 1/10); comuns (>1/100 e < 1/10); incomuns (> 1/1.000 e < 1/100); raras
(> 1/10.000 e < 1/1.000); muito raras (< 1/10.000).
Metabolismo e nutrição
Muito raras: acidose láctica (ver Advertências e precauções). Diminuição da absorção de
vitamina B12, com redução dos níveis séricos durante tratamento a longo prazo com
metformina. Recomenda-se levar em consideração tal etiologia caso o paciente apresente-se
com anemia megaloblástica.
Sistema nervoso central:
Comuns: distúrbios do paladar.
Distúrbios gastrintestinais:
Muito comuns: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e inapetência. Estas reações
ocorrem mais frequentemente durante o início do tratamento e regridem espontaneamente
na maioria das vezes. Para preveni-las, recomenda-se que o produto seja administrado em 2
ou 3 tomadas diárias, durante ou após as refeições. Um aumento gradual da dose também
pode melhorar a tolerabilidade gastrintestinal.
Pele e tecido subcutâneo:
Muito raras: reações cutâneas como eritema, prurido e urticária.
Distúrbios hepatobiliares:
Muito raros: casos isolados de alterações nos testes da função hepática ou hepatite, que
regridem com descontinuação do tratamento.
Nos dados provenientes da literatura, da farmacovigilância e de estudos clínicos
controlados com população pediátrica limitada (com idade entre 10 e 16 anos e tratada
durante um ano), as reações adversas relatadas foram similares, em natureza e gravidade,
àquelas reportadas em adultos.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não se observou hipoglicemia com doses de até 85g, embora tenha ocorrido acidose lática
em tais circunstâncias. Superdose elevada de metformina ou riscos concomitantes podem
conduzir à acidose lática. A acidose lática é uma emergência médica e deve ser tratada em
ambiente hospitalar. O método mais eficaz para remoção do lactato e da metformina é a
hemodiálise.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.