Bula do Cloridrato de Metformina para o Profissional

Bula do Cloridrato de Metformina produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cloridrato de Metformina
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE METFORMINA PARA O PROFISSIONAL

cloridrato de metformina

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

comprimido revestido

500 mg, 850 mg e 1g

Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de 500 mg e 850 mg: embalagens com 30 e 60 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 1 g: embalagem com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de metformina.....500 mg......1 comprimido (correspondente a 390 mg de metformina)

cloridrato de metformina.....850 mg..... 1 comprimido (correspondente a 663 mg de metformina)

cloridrato de metformina.....1 g.............1 comprimido (correspondente a 780 mg de metformina)

excipientes q.s.p.....................................1 comprimido

(celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, povidona,

hipromelose, dióxido de titânio e macrogol)

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Como agente antidiabético, associado ao regime alimentar, para o tratamento de:

- Diabetes tipo 2, não dependente de insulina (diabetes da maturidade, diabetes do obeso,

diabetes em adultos de peso normal), isoladamente ou complementando a ação de outros

antidiabéticos (como as sulfonilureias): em adultos e crianças acima de 10 anos;

- Diabetes tipo 1, dependente de insulina, como complemento da insulinoterapia em casos de

diabetes instável ou insulino-resistente (ver Advertências e Precauções).

Também indicado na Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O estudo prospectivo randomizado “United Kingdom Prospective Diabetes Study” (UKPDS)

estabeleceu os benefícios em longo prazo de um controle intensivo da glicemia em pacientes

adultos com diabetes tipo 2. A análise dos resultados para pacientes com excesso de peso

tratados com metformina após insucesso de uma dieta isolada revelou:

− redução significativa do risco absoluto de qualquer complicação relacionada ao diabetes no

grupo tratado com metformina (29,8 eventos / 1.000 pacientes-ano) em comparação com o

grupo em dieta isolada (43,3 eventos / 1.000 pacientes-ano), p = 0,0023, e em comparação aos

grupos de sulfonilureia combinada e de monoterapia com insulina (40,1 eventos / 1.000

pacientes-ano), p = 0,0034;

− redução significativa do risco absoluto de mortalidade relacionada ao diabetes: metformina

7,5 eventos / 1.000 pacientes-ano, dieta isolada 12,7 eventos / 1.000 pacientes-ano, p = 0,017;

− redução significativa do risco absoluto de mortalidade global: metformina 13,5 eventos / 1000

pacientes-ano em comparação com dieta isolada 20,6 eventos / 1.000 pacientes-ano (p = 0,011),

e em comparação com grupos recebendo sulfonilureia combinada e monoterapia de insulina

18,9 eventos / 1.000 pacientes-ano (p = 0,021);

− redução significativa do risco absoluto de infarto do miocárdio: metformina 11 eventos / 1000

pacientes-ano, dieta isolada 18 eventos / 1.000 pacientes-ano (p = 0,01).

Para metformina utilizada como terapia de segunda linha em combinação com sulfonilureia, os

benefícios relacionados aos resultados clínicos não foram demonstrados. Em diabetes tipo 1, a

combinação de metformina e insulina foi utilizada em um grupo selecionado de pacientes, mas

o benefício clínico desta combinação não foi formalmente estabelecido.

Referência: UK Prospective diabetes study (UKPDS) group. Effect of intensive blood-glucose

control with metformin on complications in overweight patient with type 2 diabetes mellitus

(UKPDS 34). Lancet 1998; 52:854-865.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A metformina é um fármaco antidiabético da família das biguanidas com efeitos anti-

hiperglicêmicos, reduzindo a glicose plasmática pós-prandial e basal. A metformina não

estimula a secreção de insulina, não tendo, por isso, ação hipoglicemiante em pessoas não

diabéticas. Em diabéticos, a metformina reduz a hiperglicemia, sem o risco de causar

hipoglicemia, exceto em caso de jejum ou de associação com insulina ou sulfonilureias. A

metformina pode agir através de três mecanismos:

1. na redução da produção da glicose hepática através da inibição da gliconeogênese e

glicogenólise;

2. no músculo, através do aumento da sensibilidade à insulina, melhorando a captação e

utilização da glicose periférica;

3. no retardo da absorção intestinal da glicose.

A metformina estimula a síntese de glicogênio intracelular atuando na síntese de glicogênio e

aumenta a capacidade de transporte de todos os tipos de transportadores de glicose de

membrana (GLUTs) conhecidos até hoje. Em humanos, independentemente de sua ação na

glicemia, a metformina exerce efeito favorável sobre o metabolismo lipídico. Tal efeito tem sido

demonstrado com doses terapêuticas em estudos clínicos controlados de média a longa duração,

com a metformina reduzindo os níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos.

De acordo com o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS), estudo multicêntrico,

randomizado, que acompanhou por cerca de 10 anos mais de 7.000 pacientes submetidos a

diversos tratamentos para controle do diabetes tipo 2, a metformina reduziu, de maneira

significativa, as complicações e mortalidade associadas com a doença.

Estudos clínicos controlados realizados numa população pediátrica limitada, com faixa etária de

10-16 anos, tratada durante um ano, evidenciaram uma resposta idêntica no controle da glicemia

àquela observada em adultos.

Tem sido demonstrada uma redução de complicações diabéticas em pacientes adultos com

diabetes tipo 2, tratados com metformina como terapia de primeira linha após a dietoterapia. Em

estudos clínicos, o uso de metformina está associado à estabilização do peso corporal ou a uma

modesta perda de peso.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção: após uma dose administrada por via oral o Cmax é atingido em 2,5 horas (Tmax). A

biodisponibilidade absoluta de um comprimido de metformina 500 mg ou 850 mg é de

aproximadamente 50-60% em indivíduos saudáveis. Após uma dose oral, a fração não

absorvida recuperada nas fezes foi de 20-30%. Após administração oral, a absorção de

metformina é saturável e incompleta. É assumido que a farmacocinética da absorção de

metformina é não linear. Nas doses e esquemas posológicos recomendados, as concentrações

plasmáticas de metformina em estado estacionário são atingidas no prazo de 24 a 48 horas,

sendo geralmente inferiores a 1 micrograma/mL. Em estudos clínicos controlados, os níveis

plasmáticos máximos de metformina (Cmax) não excederam 4 microgramas/mL, inclusive nas

doses mais elevadas. A ingestão de alimentos reduz a quantidade de metformina absorvida e

retardam ligeiramente sua absorção. Após administração de uma dose de 850 mg observou-se

concentração plasmática máxima 40% menor, redução de 25% na AUC (área sob a curva) e um

prolongamento de 35 minutos no tempo para atingir a concentração plasmática máxima.

Desconhece-se a importância clínica destas reduções.

Distribuição: a ligação às proteínas plasmáticas é negligenciável. A metformina é distribuída

pelos eritrócitos. A concentração máxima sanguínea é mais baixa do que a concentração

máxima plasmática, ocorrendo aproximadamente ao mesmo tempo. Os glóbulos vermelhos

representam, provavelmente, um compartimento secundário de distribuição. O volume de

distribuição médio (Vd) encontra-se na faixa 63-276 L.

Metabolismo: a metformina é excretada na urina sob a forma inalterada. Não foram

identificados metabólitos em humanos.

Eliminação: a depuração renal (clearance) da metformina é superior a 400 mL/min, o que indica

que a eliminação se dá por filtração glomerular e secreção tubular. Após uma dose oral, a meia-

vida de eliminação terminal aparente é de aproximadamente 6,5 horas. Quando a função renal

estiver prejudicada, a depuração renal diminui proporcionalmente à depuração da creatinina e,

assim, a meia-vida de eliminação é prolongada, levando ao aumento dos níveis plasmáticos de

metformina.

Crianças e adolescentes: estudo de dose única: após doses únicas de 500 mg de metformina,

pacientes pediátricos mostraram perfil farmacocinético idêntico ao observado em adultos

saudáveis. Estudo de dose múltipla: os dados referem-se a um só estudo. Após doses repetidas

de 500 mg duas vezes por dia durante 7 dias em pacientes pediátricos, a concentração

plasmática máxima (Cmax) e a exposição sistêmica (AUC0-t) foram reduzidas em

aproximadamente 33% e 40% respectivamente, quando comparado com adultos diabéticos

tratados com doses repetidas de 500 mg duas vezes por dia durante 14 dias. Considerando-se

que a dose é titulada individualmente e baseada no controle da glicemia, a relevância clínica é

limitada.

Dados de segurança pré-clínica

Dados pré-clínicos não evidenciaram nenhum risco especial em humanos, com base em estudos

convencionais de segurança, farmacologia, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade,

potencial carcinogênico e toxicidade na reprodução.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade à metformina ou a qualquer dos excipientes. Cetoacidose diabética, pré-

coma diabético. Insuficiência ou disfunção renal (depuração da creatinina inferior a 60 ml/min).

Situações agudas com potencial para alterar a função renal, tais como: desidratação, febre,

infecção grave, choque, administração intravascular de contrastes iodados. Doenças agudas ou

crônicas, capazes de provocar hipóxia tecidular, tais como insuficiência cardíaca ou respiratória,

infarto recente de miocárdio, choque. Insuficiência hepática, intoxicação alcoólica aguda,

alcoolismo. Cirurgia eletiva de grande porte.

Categoria de risco B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento não é indicado para menores de 10 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Acidose lática

A acidose lática é uma complicação metabólica rara, porém grave (com elevada mortalidade

caso não se proceda a um tratamento imediato), que pode ocorrer devido à acumulação de

metformina. Foram descritos casos de acidose lática em pacientes submetidos a tratamento com

metformina, principalmente em diabéticos com insuficiência renal significativa. É possível e

recomendável que a incidência de acidose lática seja reduzida determinando-se outros fatores de

risco associados, tais como diabetes mal controlada, cetose, jejum prolongado, consumo

excessivo de álcool, insuficiência hepática e qualquer condição associada com hipóxia.

Diagnóstico: o risco de acidose lática deve ser considerado no caso de aparecimento de sinais

inespecíficos como cãibras musculares com perturbações digestivas, tais como dores

abdominais e astenia grave. Pode ser seguida de dispneia acidótica, hipotermia e coma. Os

resultados das análises laboratoriais revelam uma queda no pH sanguíneo, níveis de lactato no

plasma acima de 5 mmol/l, e um aumento do gap aniônico e da relação lactato/piruvato. Caso se

suspeite de acidose metabólica, a administração do metformina deverá ser suspensa e o paciente

imediatamente hospitalizado.

Função renal

Uma vez que a metformina é excretada pelo rim, recomenda-se que sejam determinados os

níveis de creatinina sérica e a depuração de creatinina antes de se dar início ao tratamento e,

posteriormente, de forma regular (pelo menos anualmente, em pacientes com função renal

normal; pelo menos duas a quatro vezes por ano, em pacientes com depuração de creatinina no

limite inferior da normalidade e em idosos). Diminuição da função renal em idosos é frequente e

assintomática. Deve-se ter especial cuidado em situações nas quais a função renal possa ser

afetada, tais como início de tratamento com anti-hipertensivos, diuréticos ou anti-inflamatórios

não esteroidais.

Administração de contrastes iodados

Considerar que a administração intravascular de contrastes iodados em exames radiológicos

pode ocasionar insuficiência renal, podendo induzir o acúmulo de metformina, que pode expor a

acidose lática, dependendo da função renal. O uso de metformina tem que ser interrompido 48

horas antes ou na ocasião do exame, somente podendo ser reiniciado após 48 horas da

realização do mesmo, e apenas depois da função renal ter sido reavaliada e se apresentar

normalizada.

Cirurgia

O uso de metformina terá que ser interrompido 48 horas antes de cirurgias eletivas maiores,

podendo ser reiniciado não antes de 48 horas após a cirurgia, e somente após a função renal ter

sido reavaliada como normal.

Gravidez e lactação

O diabetes sem controle durante a gravidez (gestacional ou permanente) é associado com

aumento do risco de anomalias congênitas e mortalidade perinatal. Uma quantidade limitada de

dados sobre a utilização de metformina em mulheres grávidas não indica um risco aumentado de

anomalias congênitas. Estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais à gestação,

desenvolvimento embrionário ou fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Entretanto, ao

planejar uma gravidez e durante o período gestacional, o diabetes não deve ser tratado com

metformina, devendo-se utilizar insulina para manter os níveis glicêmicos o mais próximo dos

valores normais, de forma a reduzir o risco de malformações fetais associadas a níveis anormais

da glicemia. Foi observado que a metformina é excretada no leite humano. Nenhum efeito

adverso foi observado em recém-nascidos amamentados. No entanto, como os dados

disponíveis são limitados, a amamentação não é recomendada durante o tratamento com

metformina. Deve-se decidir entre interromper a lactação ou descontinuar o tratamento com

metformina, levando-se em conta os benefícios do aleitamento materno, a importância do

medicamento para a mãe e o risco potencial de efeitos adversos no lactente.

Categoria de risco B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

A metformina como monoterapia não causa hipoglicemia e, portanto, não tem efeito na

habilidade de dirigir ou operar máquinas. Entretanto, pacientes devem ser alertados para o risco

de hipoglicemia quando a metformina é utilizada em combinação com outro agente

antidiabético (sulfonilureia, insulina, meglitinida).

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Idosos: uma vez que o envelhecimento está associado com redução da função renal e a

metformina é eliminada, fundamentalmente pelos rins, o produto deve ser usado com cautela em

pacientes idosos. A dose de metformina deve ser ajustada com base na função renal. Em geral,

pacientes idosos não devem receber a dose máxima do produto.

Crianças e adolescentes: o diagnóstico da diabetes mellitus tipo 2 deve ser confirmado antes de

se iniciar o tratamento com metformina. Durante estudos clínicos controlados com a duração de

um ano, não foram observados efeitos sobre o crescimento e puberdade, não havendo, contudo,

informação disponível em longo prazo nestes pontos específicos. Por isso, recomenda-se

acompanhamento cuidadoso destes parâmetros em crianças tratadas com metformina,

especialmente na pré-puberdade.

Crianças com idades compreendidas entre 10 e 12 anos: Somente 15 crianças com idade

compreendida entre 10 e 12 anos foram incluídas nos estudos clínicos controlados conduzidos

em crianças e adolescentes. Embora a eficácia e segurança da metformina nestas crianças não

difiram daquelas em crianças mais velhas e adolescentes, recomenda-se um cuidado especial na

prescrição a crianças com idades compreendidas entre 10 e 12 anos.

Este medicamento não é indicado para menores de 10 anos.

Outras precauções

Todos os pacientes devem prosseguir em sua dieta, com distribuição regular de consumo de

carboidratos ao longo do dia. Pacientes com excesso de peso devem continuar com dieta de

restrição calórica. As análises laboratoriais habituais para controle do diabetes devem ser

realizadas regularmente. A metformina, utilizada isoladamente, não causa hipoglicemia, embora

se recomende precaução ao utilizá-la em associação com insulina ou outros antidiabéticos orais

(ex. sulfonilureias ou meglitinidas). A metformina, em associação com a insulina, tem sido

utilizada no tratamento do diabetes Tipo 1, em pacientes selecionados; os benefícios clínicos

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Associações contraindicadas

Meios de contraste iodados: dependendo da função renal, a metformina tem que ser

interrompida 48 horas antes do exame, ou na ocasião do exame, não devendo ser reiniciada

antes de 48 horas.

Associações não recomendadas

Álcool: aumento do risco de acidose lática no caso de intoxicação alcoólica aguda,

especialmente em situações de: jejum ou má-nutrição, insuficiência hepática. Deve-se evitar o

consumo de álcool e a utilização de medicamentos contendo álcool.

Associações a serem empregadas com cautela

Medicamentos com atividade hiperglicêmica intrínseca, como glicocorticoides, tetracosactida

(vias sistêmica e local), agonistas beta-2, danazol, clorpromazina em altas doses de 100 mg ao

dia, diuréticos: pode ser necessário um controle mais frequente da glicose sanguínea,

notadamente no início do tratamento. Caso necessário, ajustar a dose de metformina durante

tratamento com o outro medicamento e após sua interrupção.

Diuréticos, especialmente os de alça: podem aumentar o risco de acidose lática devido ao seu

potencial para diminuir a função renal.

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (inibidores da ECA): podem provocar uma

redução nos níveis de glicose no sangue. Desta forma, o ajuste da dose de metformina poderá

ser necessário durante e após a adição ou interrupção destes medicamentos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Os comprimidos revestidos de cloridrato de metformina de 500 mg, 850 mg e 1 g devem ser

mantidos em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características do medicamento

Este medicamento se apresenta na forma de:

- cloridrato de metformina 500 mg: comprimido revestido, circular, convexo, branco e liso nas

duas faces.

- cloridrato de metformina 850 mg: comprimido revestido, oblongo, branco, sulcado em uma

das faces e com gravação “Medley” na outra.

- cloridrato de metformina 1 g: comprimido revestido, oblongo, branco, sulcado em uma das

faces e com gravação “Medley” na outra.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Não existe regime posológico fixo para o tratamento da hiperglicemia no diabetes mellitus com

a metformina ou qualquer outro agente farmacológico. A posologia da metformina deve ser

individualizada, tomando como bases a eficácia e a tolerância ao produto. Não deve ser

excedida a dose máxima recomendada que é de 2.550 mg. Em crianças acima de 10 anos a dose

máxima diária de metformina não deve exceder 2.000 mg. O produto deve ser administrado de

forma fracionada, junto com as refeições, iniciando-se o tratamento com doses pequenas,

gradualmente aumentadas. Isto permite reduzir a ocorrência de efeitos colaterais

gastrointestinais e identificar a dose mínima necessária ao controle adequado da glicemia do

paciente. No início do tratamento devem-se medir os níveis plasmáticos de glicose, em jejum,

para avaliar a resposta terapêutica à metformina e determinar a dose mínima eficaz para o

paciente. Posteriormente, deve-se medir a hemoglobina glicosilada a cada três meses. As metas

terapêuticas devem ser a redução dos níveis de glicose plasmática em jejum e de hemoglobina

glicosilada, para níveis normais, ou próximos dos normais, utilizando a menor dose eficaz de

metformina, isoladamente ou em combinação com outros agentes.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Posologia

Comprimidos de 500 mg

A dose inicial é de um comprimido duas vezes ao dia (no café da manhã e no jantar), em

adultos. Se necessário a dose será aumentada, semanalmente, de um comprimido até chegar ao

máximo de cinco comprimidos diários, equivalentes a 2.500 mg de metformina (dois no café da

manhã, um no almoço e dois no jantar). Em crianças acima de 10 anos a dose inicial é de um

comprimido ao dia e a dose máxima diária de metformina não deve exceder 2.000 mg.

Comprimidos de 850 mg

A dose terapêutica inicial é de um comprimido no café da manhã, em adultos e crianças acima

de 10 anos. Conforme a necessidade, a dose será aumentada, a cada duas semanas, de um

comprimido, até chegar ao máximo de três comprimidos, equivalentes a 2.550 mg de

metformina (um no café da manhã, um no almoço e um no jantar). Em crianças acima de 10

anos a dose máxima diária de metformina não deve exceder 2.000 mg.

Comprimidos de 1 g

Em pacientes fazendo uso de doses altas de metformina, é possível substituir dois comprimidos

de 500 mg por um comprimido de 1 g. Em crianças acima de 10 anos a dose máxima diária de

metformina não deve exceder 2.000 mg.

Pacientes diabéticos tipo 2 (não-dependentes de insulina)

A metformina pode ser usada isoladamente ou em combinação com outros agentes

antidiabéticos, como as sulfonilureias. Se a metformina for usada em substituição ao tratamento

com outros hipoglicemiantes orais (exceto a clorpropamida), a troca pode ser feita

imediatamente. Não há necessidade de redução prévia das doses do hipoglicemiante oral, nem

de intervalo de tempo entre o fim do tratamento com o hipoglicemiante oral e o início do

tratamento com a metformina. Se o agente hipoglicemiante usado for a clorpropamida, na

passagem para a metformina, durante duas semanas, deve-se estar atento à possibilidade de

reações hipoglicêmicas, devido à retenção prolongada da clorpropamida no organismo. A

Metformina e insulina podem ser usadas em combinação para que seja alcançado um melhor

controle da glicemia. A metformina é administrada na dose inicial usual de um comprimido de

500 mg duas a três vezes ao dia, ou um comprimido de 850 mg ao dia, enquanto que a dose de

insulina é ajustada com base nas determinações da glicemia.

Pacientes diabéticos tipo 1 (dependentes de insulina)

A metformina e a insulina podem ser utilizadas em associação, no sentido de se obter um

melhor controle da glicemia. A metformina é administrada na dose inicial usual de 500 mg ou

850 mg 2 a 3 vezes por dia, enquanto que a dose de insulina deve ser ajustada com base nos

valores da glicemia.

Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal)

A posologia é de, usualmente, 1.000 a 1.500 mg por dia (2 ou 3 comprimidos de 500 mg)

divididos em 2 ou 3 tomadas. Aconselha-se iniciar o tratamento com dose baixa (1 comprimido

de 500 mg/dia) e aumentar gradualmente a dose (1 comprimido de 500 mg a cada semana) até

atingir a posologia desejada. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de 1 comprimido de

850 mg 2 a 3 vezes ao dia (1.700 a 2.250 mg/dia). Para a apresentação de 1g, recomenda-se o

uso de 1 a 2 comprimidos ao dia.

Doses perdidas

Não se deve dobrar a dose seguinte caso haja esquecimento de uma das doses. Deve-se tomar a

próxima dose normalmente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir (as frequências são definidas em muito

comuns (> 1/10); comuns (> 1/100 e ≤ 1/10); incomuns (> 1/1.000 e ≤ 1/100); raras (> 1/10.000

e ≤1/1.000); muito raras (≤ 1/10.000).

Metabolismo e nutrição

Muito raras: acidose láctica (ver Advertências e Precauções). Diminuição da absorção de

vitamina B12, com redução dos níveis séricos durante tratamento em longo prazo com

metformina. Recomenda-se levar em consideração tal etiologia caso o paciente apresente-se

com anemia megaloblástica.

Sistema nervoso central

Comuns: distúrbios do paladar.

Distúrbios gastrointestinais

Muito comuns: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e inapetência. Estas reações ocorrem

mais frequentemente durante o início do tratamento e regridem espontaneamente na maioria das

vezes. Para preveni-las, recomenda-se que o produto seja administrado em 2 ou 3 tomadas

diárias, durante ou após as refeições. Um aumento gradual da dose também pode melhorar a

tolerabilidade gastrointestinal.

Pele e tecido subcutâneo

Muito raras: reações cutâneas como eritema, prurido e urticária.

Distúrbios hepatobiliares

Muito raros: casos isolados de alterações nos testes da função hepática ou hepatite, que

regridem com descontinuação do tratamento.

Nos dados provenientes da literatura, da farmacovigilância e de estudos clínicos controlados

com população pediátrica limitada (com idade entre 10 e 16 anos e tratada durante um ano), as

reações adversas relatadas foram similares, em natureza e gravidade, àquelas reportadas em

adultos.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou

para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Não se observou hipoglicemia com doses de até 85 g, embora tenha ocorrido acidose lática em

tais circunstâncias. Superdose elevada de metformina ou riscos concomitantes podem conduzir à

acidose lática. A acidose lática é uma emergência médica e deve ser tratada em ambiente

hospitalar. O método mais eficaz para remoção do lactato e da metformina é a hemodiálise.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.