Bula do Cloridrato de Nebivolol produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de nebivolol
Comprimidos – 5 mg
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 5 mg: embalagem contendo 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de cloridrato de nebivolol 5 mg contém:
cloridrato de nebivolol............................................................................................5,45 mg
(equivalente a 5 mg de nebivolol: 2,5 mg de d-nebivolol e 2,5 mg de l-nebivolol)
Excipientes: lactose monoidratada, amido, croscarmelose sódica, hipromelose, celulose
microcristalina, dióxido de silício (coloidal) e estearato de magnésio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hipertensão
Tratamento da hipertensão arterial (hipertensão em todos os estágios).
Insuficiência cardíaca (IC)
Tratamento da insuficiência cardíaca, em associação com as terapêuticas padronizadas em pacientes
idosos com idade ≥ 70 anos e com fração de ejeção ≤ 35%.
Os efeitos hemodinâmicos do nebivolol foram avaliados em voluntários saudáveis e em pacientes com
hipertensão.
O cloridrato de nebivolol aumentou significativamente a fração de ejeção ventricular esquerda, volume
sistólico, débito cardíaco e volume diastólico final. O cloridrato de nebivolol diminuiu a resistência
periférica e manteve o débito cardíaco por um volume sistólico aumentado.1,2
O cloridrato de nebivolol possui um perfil exclusivo de tolerabilidade, caracterizado por um efeito
modesto sobre a frequência cardíaca e sem efeito prejudicial sobre o desempenho ventricular
esquerdo.3,4
O cloridrato de nebivolol possui uma ótima razão vale-pico, possibilitando um efetivo controle da
pressão arterial com dose única em 24 horas. A razão vale-pico do nebivolol é de 0,90, demonstrando
que a maior parte do efeito hipotensivo ainda está presente 24 horas após a dose. O efeito hipotensivo
do nebivolol segue o ritmo circadiano de pressão arterial, conforme monitorado por medidas
ambulatoriais de pressão arterial.5, 6
O cloridrato de nebivolol reduz a pressão arterial diastólica e sistólica e a hipertrofia ventricular
esquerda (LHV). 7
Estudos em pacientes com insuficiência cardíaca crônica ou hipertrofia ventricular
esquerda demonstram melhora no desempenho ventricular esquerdo sistólico e diastólico e aumento da
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capacidade de exercício. O nebivolol causa melhora hemodinâmica, tanto em pacientes hipertensos
com insuficiência cardíaca diastólica, quanto em pacientes com cardiomiopatia dilatada.8,9
A ação vasodilatadora de nebivolol é dependente de óxido nítrico, que pode ser responsável também
pela melhora na capacidade de exercício.10
Efeitos benéficos do nebivolol nos parâmetros hemodinâmicos foram obtidos também em pacientes
com cardiomiopatia dilatada, independente da classe funcional. Nebivolol reduziu a frequência
cardíaca e aumentou significativamente o volume sistólico e a fração de ejeção, ao passo que o débito
cardíaco foi mantido.11
O estudo SENIORS (Estudo dos Efeitos da Intervenção com nebivolol nos Desfechos e Re-
hospitalização em Idosos com Insuficiência Cardíaca) avaliou o efeito do nebivolol na mortalidade e
morbidade em pacientes idosos com insuficiência cardíaca independentemente da fração de ejeção.
Nebivolol prolongou significantemente o tempo de ocorrência de mortes ou hospitalizações por
motivos cardiovasculares.12
1- De Cree J, Geukens H, Verhaegen H. Non invasive cardiac haemodynamics of nebivolol. An
overview. Drug Invest 1991; 3:40-50.
2- Eichstadt H, Kaiser W, Mockel M et al. Haemodynamic measurements in patients under the β1
receptor blocker nebivolol. Perfusion 1997; 12:449-54.
3- Kamp O, Sieswerda GT, Visser CA. Comparison of effects on systolic and diastolic left
ventricular function of nebivolol versus atenolol in patients with uncomplicated essential
hypertension. Am J Cardiol 2003; 92:344-8.
4- Schnaper H, Jackson D, Sit SP. Nebivolol a new generation of β-blockers in hypertension. Am J
Hypert 1991; 4:23A.
5- Sieben G, Van Nueten L, Symoens J. Nebivolol in hypertension. Drug Invest.1991; 3(1):190-2.
6- Van Nueten L, Dupont A, Vertommen GC. A dose response trial of nebivolol in essential
hypertension J Human Hypert.1997; 11:139-44.
7- Liu GS, Wang LY, van Nueten L et al. The effect of nebivolol on left ventricular hypertrophy in
hypertension. Cardiovasc Drugs Ther 1999; 13:549-51.
8- Lechat PH et al. Pilot study of cardiovascular effects of nebivolol in congestive heart failure. Drug
Invest 1991; 3:69-81.
9- Rousseau MF, Chapelle F, Van Eyll C et al. Medium-term effects of beta-blockade on left
ventricular mechanics: A double-blind, placebo-controlled comparison of nebivolol and atenolol
in patients with ischemic left ventricular dysfunction. J Cardiac Failure 1996; 2:15-23.
10- Wisenbaugh T et al. Long term (3 months) effect of a new b-blocker (nebivolol) on cardiac
performance in dilated cardiomyopathy. J Am Coll Cardiol 1993; 21:1094-1100
11- Nodari S, Metra M, Dei Cas L. Beta blocker treatment of patients with diastolic heart failure and
arterial hypertension. A prospective, randomized, comparison of the long-term effects of atenolol
vs nebivolol. Eur J Heart Failure 2003; 5:621-7.
12- Flather MD, Shibata MC, Coats AJ, Van Veldhuisen DJ, Parkhomenko A, Borbola J, Cohen-Solal
A, Dumitrascu D, Ferrari R, Lechat P, Soler-Soler J, Tavazzi L, Spinarova L, Toman J, Bohm M,
Anker SD, Thompson SG, Poole-Wilson PA; SENIORS Investigators. Randomized trial to
determine the effect of nebivolol on mortality and cardiovascular hospital admission in elderly
patients with heart failure (SENIORS). Eur Heart J 2005; 26(3):215-25.
3. CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
O cloridrato de nebivolol contém o princípio ativo nebivolol, um medicamento com atividade
cardiovascular que apresenta um duplo mecanismo de ação: é um β-bloqueador de terceira geração,
combinando um bloqueio seletivo de receptor β1-adrenérgico com uma propriedade vasodilatadora,
mediada pela L-arginina /NO (óxido nítrico).
O nebivolol é um racemato de dois enantiômeros, d-nebivolol (ou SRRR-nebivolol) e l-nebivolol (ou
RSSS-nebivolol). É um fármaco que alia duas atividades farmacológicas:
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- é um antagonista β-receptor competitivo e seletivo: este efeito é atribuído ao d-enantiômero.
- tem propriedades vasodilatadoras rápidas, devidas a uma interação com a via L-arginina/óxido
nitrico (NO).
Doses únicas e repetidas de nebivolol reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial em repouso e
durante o exercício, tanto em indivíduos normotensos como em pacientes hipertensos. O efeito anti-
hipertensivo é mantido durante o tratamento crônico.
Em doses terapêuticas, o nebivolol é desprovido de antagonismo alfa-adrenérgico.
Durante o tratamento agudo e crônico com nebivolol em pacientes hipertensos, a resistência vascular
sistêmica é diminuída. Apesar da redução da frequência cardíaca, a redução do débito cardíaco durante
o repouso e o exercício pode ser limitada devido a um aumento do volume de ejeção. A relevância
clínica destas diferenças hemodinâmicas, quando comparadas com outros antagonistas dos receptores
β1, não está completamente estabelecida.
Em pacientes hipertensos, o nebivolol aumenta a resposta vascular mediada pelo NO (óxido nítrico) à
acetilcolina (ACh) que é reduzida em pacientes com disfunção endotelial.
Nebivolol difere dos β-bloqueadores clássicos devido à sua alta seletividade por β1-adrenoceptores.
Nebivolol é um agente β1-bloqueador competitivo e altamente seletivo. A cardiosseletividade do
nebivolol foi avaliada in vitro por estudos de ligação à β1 e β2 em comparação com outros agentes β-
bloqueadores. A seletividade por β1 reside no d-enantiômero, ao passo que o l-enantiômero mostrou a
mais baixa afinidade e nenhuma seletividade pelos β1-receptores. A alta seletividade pelos receptores
β1- adrenérgicos do nebivolol foi também demonstrada pela relação de ligação de receptores β2/β1,
muito maior do que para muitos outros agentes β–bloqueadores. No miocárdio humano, a seletividade
por β1 do nebivolol foi superior ao do bisoprolol, metoprolol e carvedilol. No miocárdio ventricular
esquerdo humano deficiente, a potência inotrópica negativa do nebivolol foi menor do que a do
metoprolol e carvedilol.
Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que o nebivolol não tem atividade
simpaticomimética intrínseca.
Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que em doses farmacológicas o nebivolol
não apresenta ação estabilizadora da membrana.
Em voluntários saudáveis, o nebivolol não diminui a capacidade de exercício, um conhecido efeito
colateral dos β-bloqueadores que pode alterar a qualidade de vida.
A elevada β1-seletividade do nebivolol é responsável por seus efeitos desprezíveis na resistência das
vias aéreas em seres humanos.
Nebivolol possui efeito vasodilatador mediado pelo óxido nítrico; isto foi demonstrado “in vitro” e “in
vivo”, em voluntários saudáveis e pacientes hipertensos. Nebivolol influi favoravelmente na
complacência arterial e possui efeito positivo sobre a pressão de pulso. A administração oral de
nebivolol leva a uma vasodilatação dependente do endotélio em indivíduos saudáveis (estudo clínico)
e em pacientes com hipertensão essencial, condição clínica caracterizada por disfunção endotelial com
disponibilidade de NO basal reduzida e estimulada. A vasodilatação induzida por nebivolol também
foi demonstrada pela diminuição na resistência vascular sistêmica observada em diversos estudos
hemodinâmicos em pacientes com hipertensão ou doença cardíaca.
Propriedades farmacocinéticas
Ambos os enantiômeros do nebivolol são rapidamente absorvidos após administração oral, atingindo
concentração plasmática de pico no período de ½ -2 horas após a ingestão. A absorção de nebivolol
não é afetada pelos alimentos; o nebivolol pode ser dado durante ou fora das refeições.
O nebivolol é extensamente metabolizado, parcialmente em hidroxi-metabólitos ativos. O nebivolol é
metabolizado através de hidroxilação alicíclica e aromática, N-desalquilação e glucuronidação; além
disso, formam-se glucuronidos dos hidroxi-metabólitos. O metabolismo do nebivolol por hidroxilação
aromática é condicionado pelo CYP450 2D6 (CYP2D6) dependente do polimorfismo genético
oxidativo. A biodisponibilidade oral do nebivolol é, em média, de 12% nos metabolizadores
extensivos ou normais (MEs) e é virtualmente completa (100%) nos metabolizadores pobres (MPs).
Nebivolol é extensamente metabolizado no fígado, particularmente para um hidróxi-metabólito ativo;
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a hidroxilação aromática é deficiente nos MPs e ativa nos EMs. No regime estacionário e para a
mesma dose, o pico da concentração plasmática do nebivolol inalterado é cerca de 23 vezes mais
elevado nos metabolizadores fracos do que nos metabolizadores extensos. Quando se considera o
fármaco inalterado e os metabólitos ativos, a diferença dos picos das concentrações plasmáticas é de
1,3 a 1,4 vezes.
Apesar das diferenças farmacocinéticas entre os fenótipos, farmacodinâmica e efeitos terapêuticos
similares são observados. Portanto não é necessário recomendação de dose especial para baixos
metabolizadores.
Nos metabolizadores extensivos ou normais, a meia-vida de eliminação dos enantiômeros do nebivolol
é em média 10 horas. Nos metabolizadores pobres é cerca de 3-5 vezes mais longa. Nos
metabolizadores extensivos, os níveis plasmáticos do enantiômero RSSS são ligeiramente mais
elevados do que os do enantiômero SRRR.
Nos metabolizadores pobres esta diferença é maior. Nos metabolizadores extensivos ou normais a
meia-vida de eliminação dos hidroxi-metabólitos de ambos os enantiômeros é, em média, 20 horas e é
duas vezes mais longa nos metabolizadores lentos.
Na maioria dos indivíduos (metabolizadores extensivos ou normais) o regime estacionário dos níveis
plasmáticos é atingido em 24 horas para o nebivolol e em poucos dias para os hidroxi-metabólitos. As
concentrações plasmáticas são proporcionais às doses entre 5 e 30 mg. A farmacocinética do nebivolol
não é afetada pela idade.
No plasma, ambos os enantiômeros do nebivolol estão predominantemente ligados à albumina. A
ligação às proteínas plasmáticas é de 98,1% para o SRRR-nebivolol e de 97,9% para o RSSS-
nebivolol.
Uma semana após a administração de 15 g de nebivolol, 38% da dose é excretada pela urina e 48%
pelas fezes. A excreção urinária de nebivolol inalterado é inferior a 0,5% da dose, tanto em
metabolizadores extensivos quanto nos pobres.
A farmacocinética de medicamento inalterado em pacientes com doença renal moderada-severa foi
semelhante àquela em sujeitos de pesquisa saudáveis; entretanto, o aumento da concentração
plasmática dos enantiômeros mais os metabólitos hidroxilados sugerem limitar a dose a 2,5 mg uma
vez ao dia.
- Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a algum dos excipientes;
- Insuficiência hepática ou função hepática diminuída;
- Insuficiência cardíaca aguda, choque cardiogênico ou episódios de descompensação da
insuficiência cardíaca a requerer terapêutica inotrópica por via i.v..
Adicionalmente, tal como outros agentes ß-bloqueadores, cloridrato de nebivolol está contraindicado
nas seguintes situações:
- Doença do nódulo sinusal, incluindo o bloqueio sino-auricular;
- Bloqueio cardíaco do segundo e terceiro grau (sem marcapasso);
- História de broncoespasmo e asma brônquica;
- Feocromocitoma não tratado;
- Acidose metabólica;
- Bradicardia (frequência cardíaca < 60 b.p.m. antes do início do tratamento);
- Hipotensão arterial (pressão arterial sistólica < 90 mmHg);
- Perturbações circulatórias periféricas graves.
As advertências e precauções recomendadas são as geralmente aplicáveis aos antagonistas β-
adrenérgicos.
Anestesia:
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A manutenção do bloqueio β reduz o risco de arritmias durante a indução e intubação. Quando se
decide interromper um bloqueio β na preparação para uma cirurgia, a terapêutica com um antagonista
β-adrenérgico deve ser interrompida pelo menos 24 horas antes.
Devem ser tomadas precauções no uso de certos fármacos anestésicos que causem depressão do
miocárdio. O paciente pode ser protegido contra reações vagais por administração intravenosa de
atropina.
Cardiovascular:
Em geral, os antagonistas β-adrenérgicos não devem ser administrados a pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva não tratada, a não ser que a sua situação tenha sido estabilizada.
Nos pacientes com doença cardíaca isquêmica, o tratamento com um antagonista β-adrenérgico deve
ser interrompido gradualmente, isto é, durante 1 - 2 semanas. Se for necessária uma terapêutica de
substituição, esta deverá ser iniciada ao mesmo tempo para evitar exacerbação de angina de peito.
Os antagonistas β-adrenérgicos podem induzir bradicardia: se a frequência cardíaca diminuir para
menos de 50-55 batimentos por minuto em repouso e/ou o paciente apresentar sintomas sugestivos de
bradicardia, a posologia deve ser reduzida.
Os antagonistas β-adrenérgicos devem ser usados com precaução:
- em pacientes com perturbações circulatórias periféricas (doença ou síndrome de Raynaud,
claudicação intermitente) porque pode ocorrer agravamento dessas perturbações;
- em pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau, devido ao efeito negativo dos β-
bloqueadores sobre o tempo de condução;
- em pacientes com angina de Prinzmetal devida à vasoconstrição da artéria coronária mediada pelo
receptor α: os antagonistas β-adrenérgicos podem aumentar o número e a duração dos ataques
anginosos.
A associação de nebivolol com antagonistas dos canais de cálcio do tipo verapamil e diltiazem, com
medicamentos antiarrítmicos de classe I e com medicamentos anti-hipertensores de ação central não é
geralmente recomendada.
Metabólico / Endocrinológico:
O cloridrato de nebivolol não interfere com os níveis de glicose em pacientes diabéticos. Contudo,
deve usar-se com precaução em pacientes diabéticos, porque o nebivolol pode mascarar certos
sintomas de hipoglicemia (taquicardia, palpitações).
Os β-bloqueadores podem mascarar os sintomas de taquicardia no hipertireoidismo. A suspensão
abrupta pode intensificar os sintomas.
Respiratório:
Em pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas, os antagonistas β-adrenérgicos devem ser
usados com precaução, porque a constrição das vias respiratórias pode ser agravada.
Outros:
- Pacientes com história de psoríase só devem tomar antagonistas β-adrenérgicos após cuidadosa
ponderação.
- Os antagonistas β-adrenérgicos podem aumentar a sensibilidade aos alérgenos e a gravidade das
reações anafiláticas.
O início do tratamento da insuficiência cardíaca crônica com nebivolol necessita de uma
monitorização regular. A descontinuação do tratamento não deve ser feita abruptamente a não ser que
claramente indicada.
Este medicamento contém lactose. Os pacientes com situações hereditárias raras de intolerância à
galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose-galactose não devem tomar este
medicamento.
Este medicamento contém LACTOSE.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
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Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir e de usar máquinas. Estudos
farmacodinâmicos mostraram que cloridrato de nebivolol não afeta a função psicomotora. Os
pacientes que conduzam veículos ou trabalhem com máquinas devem ter em consideração que,
ocasionalmente, podem ocorrer tonturas e fadiga.
Este medicamento deve ser administrado somente pela via recomendada para evitar riscos
desnecessários.
Gravidez:
O nebivolol apresenta efeitos farmacológicos que podem causar efeitos prejudiciais na gravidez e/ou
no feto/recém-nascido. Em geral, os β-bloqueadores reduzem a perfusão placentária, fato que pode
estar associado com o atraso de crescimento, morte intra-uterina, aborto ou parto prematuro. Podem
ainda ocorrer efeitos adversos (como hipoglicemia e bradicardia) no feto ou no recém-nascido. Se o
tratamento com β-bloqueadores for necessário, é preferível selecionar os bloqueadores β-adrenérgicos
β1–seletivos. Nebivolol não deve ser usado durante a gravidez, a não ser quando for claramente
necessário. Se o tratamento com nebivolol for considerado necessário, o fluxo uteroplacentário e o
crescimento do feto devem ser monitorados. Em caso de efeitos prejudiciais na gravidez ou no feto,
deve ser considerado um tratamento alternativo. Os recém-nascidos devem ser cuidadosamente
monitorados. Geralmente, podem ser esperados sintomas de hipoglicemia e bradicardia nos primeiros
três dias.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação:
Estudos efetuados em animais mostraram que o nebivolol é excretado no leite materno. Desconhece-se
se o nebivolol é excretado no leite humano. A maioria dos β-bloqueadores, especialmente os
compostos lipofílicos como o nebivolol e os respectivos metabolitos ativos, passam ao leite, numa
percentagem variável.
Portanto, a amamentação não é recomendada durante a administração de nebivolol.
Pediatria – Não existem estudos específicos em crianças e adolescentes. Portanto não se recomenda o
seu uso em crianças e adolescentes.
Geriatria (idosos) – Em pacientes idosos pode ser necessário o ajuste da dose. – vide item
“Posologia”
Insuficiência renal - Em pacientes com insuficiência renal pode ser necessário o ajuste da dose. –
vide item “Posologia”
Insuficiência hepática – A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática ou com
função hepática diminuída é limitada. Por isso, o uso de cloridrato de nebivolol nestes pacientes está
contraindicado.
As interações seguintes são as geralmente aplicáveis aos antagonistas β-adrenérgicos.
Associações não recomendadas
- Antiarrítmicos de classe I (quinidina, hidroquinidina, cibenzolina, flecaínida, disopiramida,
lidocaína, mexiletina, propafenona): o efeito no tempo da condução atrioventricular pode ser
potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.
- Antagonistas dos canais de cálcio tipo verapamil/diltiazem: influência negativa na contratilidade e
condução aurículo-ventricular. A administração intravenosa de verapamil em pacientes tratados
com β-bloqueadores pode levar a uma hipotensão profunda e bloqueio atrioventricular.
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- Anti-hipertensores de ação central (clonidina, guanfacina, moxonidina, metildopa, rilmenidina): o
uso concomitante de medicamentos anti-hipertensores de ação central pode agravar a insuficiência
cardíaca devido a uma diminuição do tônus simpático central (redução da frequência cardíaca e
débito cardíaco, vasodilatação). A suspensão abrupta, principalmente se for anterior à
descontinuação do β-bloqueador, pode aumentar o risco de hipertensão reativa.
Associações que devem ser utilizadas com precaução
- Antiarrítmicos de classe III (amiodarona): o efeito no tempo da condução atrioventricular pode ser
potencializado.
- Anestésicos-halogenados voláteis: o uso concomitante de antagonistas β-adrenérgicos e de
fármacos anestésicos pode reduzir a taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. Como
regra geral, evitar a interrupção brusca do tratamento com o β-bloqueador. O anestesista deve ser
informado sempre que o paciente estiver tomando cloridrato de nebivolol.
- Fentanil: o uso concomitante com bloqueadores beta-adrenérgicos pode resultar em hipotensão
severa.
- Insulina e antidiabéticos orais: embora o nebivolol não afete os níveis de glicose, o uso
concomitante pode mascarar certos sintomas de hipoglicemia (palpitações, taquicardia).
- Baclofeno (antiespástico), amifostina (antineoplásico): o uso concomitante de anti-hipertensivos
pode aumentar a queda da pressão arterial; desta forma a dose do anti-hipertensivo deve ser
ajustada adequadamente.
Associações a serem consideradas
- Glicosídeos digitálicos: o uso concomitante pode aumentar o tempo da condução atrioventricular.
Ensaios clínicos com nebivolol não mostraram evidência clínica de interação. O nebivolol não
influencia a cinética da digoxina.
- Antagonistas do cálcio do tipo dihidropiridina (anlodipino, felodipino, lacidipino, nifedipino,
nicardipino, nimodipino, nitrendipino): o uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão, e
não pode ser excluído um aumento do risco de uma posterior deterioração da bomba ventricular
em pacientes com insuficiência cardíaca.
- Antipsicóticos, antidepressivos (tricíclicos, barbitúricos e fenotiazinas): o uso concomitante pode
potencializar o efeito hipotensor dos beta-bloqueadores (efeito aditivo).
- Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): não produzem efeito na diminuição da
pressão arterial produzida pelo nebivolol.
- Agentes simpaticomiméticos: o uso concomitante pode neutralizar o efeito dos antagonistas β-
adrenérgicos. Os agentes β-adrenérgicos podem conduzir a uma atividade α-adrenérgica não
oposta dos agentes simpaticomiméticos com efeitos α e β-adrenérgicos (risco de hipertensão,
bradicardia grave e bloqueio cardíaco).
Apesar de estudo pré-clínico demonstrar que o inibidor da fosfodiestarase tipo 5 sildenafila não
potencializa as propriedades vasodilatadoras de nebivolol, até o momento recomenda-se que o uso
concomitante deve ser evitado, porque pode resultar na redução da concentração do sildenafila no
sangue e maior risco de hipotensão.
Interações farmacocinéticas:
Uma vez que o metabolismo do nebivolol envolve a isoenzima CYP2D6, a coadministração de
substâncias inibidoras desta enzima, nomeadamente a paroxetina, fluoxetina, tioridazina e quinidina,
podem levar a um aumento dos níveis plasmáticos de nebivolol associado a um risco acrescido de
bradicardia excessiva e de efeitos adversos.
A coadministração de cimetidina aumenta os níveis plasmáticos de nebivolol, sem alterar o efeito
clínico. A coadministração de ranitidina não afeta a farmacocinética do nebivolol. Desde que
cloridrato de nebivolol seja tomado com a refeição e os antiácidos entre as refeições, ambos os
tratamentos podem ser prescritos simultaneamente.
A associação de nebivolol com nicardipina aumenta ligeiramente os níveis plasmáticos de ambos os
fármacos, sem alterar o efeito clínico. A coadministração de álcool, furosemida ou hidroclorotiazida
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não afetou a farmacocinética do nebivolol. O nebivolol não tem efeito sobre a farmacocinética e a
farmacodinâmica da varfarina.
Principais interações com alimentos:
O cloridrato de nebivolol pode ser tomado com comida ou com o estômago vazio, mas é melhor tomar
o comprimido com um pouco de água.
Principais interações com testes laboratoriais:
Não há relatos de relevância clínica do efeito do uso de nebivolol nos exames laboratoriais e eletrólitos
no sangue.
Em estudos clínicos o nebivolol foi associado a alguns casos de aumento de ácido úrico, porém sem
relevância clínica ou estatística.
Notavelmente, não houve alterações da glicemia.
Em estudos clínicos o nebivolol mostrou não causar qualquer alteração significativa dos triglicerídeos
e do HDL, e em alguns estudos foram relatados uma redução dos triglicerídeos.
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 36
meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O cloridrato de nebivolol 5 mg: comprimido branco a quase branco, redondo, biconvexo, sulcado em
cruz em um dos lados e liso do outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos devem ser administrados por via oral, com um pouco de água.
Hipertensão
Adultos:
A dose recomendada é de 1 comprimido (5 mg) ao dia, de preferência à mesma hora do dia. Os
comprimidos podem ser tomados junto com as refeições.
A redução da pressão arterial é evidente após 1-2 semanas de tratamento. Ocasionalmente, o efeito
ótimo só é atingido no final de 4 semanas.
Associação com outros agentes anti-hipertensivos:
Os β-bloqueadores podem ser utilizados isolados ou em associação com outros agentes anti-
hipertensivos. Até à data apenas foi observado um efeito anti-hipertensor aditivo quando se
associaram 5 mg de cloridrato de nebivolol com 12,5 - 25 mg de hidroclorotiazida.
Pacientes com insuficiência renal:
Nos pacientes com insuficiência renal, a dose inicial recomendada é 2,5 mg por dia. Se necessário, a
dose diária pode ser aumentada até 5 mg.
Pacientes com insuficiência hepática:
A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática ou com função hepática
diminuída é limitada. Por isso, o uso de cloridrato de nebivolol nestes pacientes está contraindicado.
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Idosos:
Nos pacientes com mais de 65 anos, a dose inicial recomendada é de 2,5 mg por dia. Se necessário a
dose diária pode ser aumentada para 5 mg. Contudo, face à pouca experiência em pacientes com idade
superior a 75 anos, devem ser tomadas precauções e proceder uma monitorização rigorosa destes
pacientes.
Crianças e adolescentes:
Não existem estudos específicos em crianças e adolescentes. Portanto, não se recomenda o seu uso em
crianças e adolescentes.
Insuficiência cardíaca (IC)
O tratamento da insuficiência cardíaca tem de ser iniciado com um ajustamento posológico gradual até
que a dose ótima individual de manutenção seja alcançada.
Os pacientes devem ter insuficiência cardíaca estabelecida sem manifestação de insuficiência cardíaca
aguda nas últimas seis semanas. É recomendável que o médico tenha experiência no tratamento da
insuficiência cardíaca.
Para os pacientes já medicados com terapêutica cardiovascular incluindo diuréticos e/ou digoxina e/ou
inibidores da ECA e/ou antagonistas da angiotensina II, a dose destes fármacos deve ser estabilizada
duas semanas antes de se iniciar o tratamento com cloridrato de nebivolol.
O ajustamento posológico inicial deve ser estabelecido por fases, com intervalos de uma a duas
semanas, de acordo com a tolerabilidade do paciente:
1,25 mg de nebivolol uma vez ao dia aumentando para 2,5 mg uma vez ao dia, depois para 5 mg uma
vez ao dia e posteriormente para 10 mg uma vez ao dia.
A dose máxima recomendada é de 10 mg de nebivolol uma vez por dia.
O início do tratamento e cada aumento da dose devem ser monitorizados por médico, durante pelo
menos 2 horas, a fim de assegurar que o estado clínico do paciente se mantém estável (sobretudo a
respeito à pressão arterial, frequência cardíaca, distúrbios da condução, sinais de agravamento de
insuficiência cardíaca).
A ocorrência de efeitos adversos pode impedir que todos os pacientes possam ser tratados com a dose
máxima recomendada. Se necessário, a dose alcançada pode ser diminuída passo a passo e
reintroduzida se for adequado.
Durante a fase de ajustamento posológico, em caso de agravamento da insuficiência cardíaca ou
intolerância, recomenda-se em primeiro lugar a redução da dose de nebivolol ou a suspensão imediata,
se for necessária (em caso de hipotensão severa, agravamento da insuficiência cardíaca com edema
pulmonar agudo, choque cardiogênico, bradicardia sintomática ou bloqueio atrioventricular).
O tratamento da insuficiência cardíaca com o nebivolol é geralmente um tratamento de longa duração.
Não é recomendável suspender abruptamente o tratamento com nebivolol uma vez que pode originar
um agravamento transitório da insuficiência cardíaca. No caso de ser aconselhável a descontinuação
do tratamento, a dose deve ser gradualmente diminuída para metade, semana a semana.
Os comprimidos podem ser tomados com as refeições.
Não é necessário ajustamento posológico em presença de insuficiência renal leve a moderada, uma vez
que a dose máxima tolerada é ajustada individualmente.
Não há experiência em pacientes com insuficiência renal grave (creatinina sérica ≥ 250 µmol/L), pelo
que não se recomenda a utilização de nebivolol nestes pacientes.
A informação disponível relativa a pacientes com insuficiência hepática é limitada. Por isso, o uso de
cloridrato de nebivololnestes pacientes está contraindicado.
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Não é necessário ajustamento posológico uma vez que a dose máxima tolerada é ajustada
individualmente.
Não existem estudos específicos em crianças e adolescentes. Por isso, não se recomenda o seu uso em
O cloridrato de nebivolol 5mg pode ser partido. Este medicamento não pode ser mastigado.
As reações adversas estão listadas em separado para a hipertensão e para a IC devido às diferenças
existentes nas doenças subjacentes.
Hipertensão
As reações adversas relatadas, que são na maioria dos casos de intensidade leve a moderada estão
sumarizadas no seguinte Quadro e ordenadas pela sua frequência:
Classes de Sistemas de
órgãos
Comum
(≥1/100 a
<1/10)
Incomum
(≥1/1000 a ≤
1/100)
Muito rara
(≤ 1/10.000)
Desconhecido
Doenças do sistema
imunológico
edema
angioneurótico,
hipersensibilidade
Doenças psiquiátricas
pesadelos,
depressão
nervoso
cefaleias,
tonturas,
parestesia.
síncope
Afecções oculares
diminuição da
visão
Cardiopatias
bradicardia,
insuficiência
cardíaca, redução
da condução
AV/bloqueio AV
Vasculopatias
hipotensão,
claudicação
intermitente
Doenças respiratórias,
torácicas e do
mediastino
dispneia broncoespasmo
Doenças gastrintestinais
obstipação,
náusea e
diarreia
dispepsia,
flatulência,
vômitos
Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutâneos
prurido, erupção
eritematosa
agravamento
da psoríase
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Doenças dos órgãos
genitais e da mama
impotência
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
fadiga, edema
Com alguns antagonistas β-adrenérgicos foram ainda relatadas as seguintes reações adversas:
alucinações, psicose, confusão, extremidades frias/cianóticas, fenômeno de Raynaud, olhos secos e
toxicidade óculo-mucocutânea.
Insuficiência cardíaca
A informação disponível sobre as reações adversas em pacientes com IC provém de um ensaio clínico
controlado com placebo que envolveu 1067 pacientes medicados com nebivolol e 1061 pacientes
recebendo placebo. Neste estudo, 449 pacientes medicados com nebivolol (42,1%) relataram reações
adversas possivelmente relacionadas com a terapêutica, comparativamente com 334 pacientes tratados
com placebo (31,5%). As reações adversas mais frequentes nos pacientes medicados com nebivolol
foram bradicardia e tonturas, ocorrendo ambas em aproximadamente 11% dos pacientes. A frequência
das reações nos pacientes que receberam placebo foi aproximadamente 2% e 7%, respectivamente.
Foram relatadas as seguintes incidências para reações adversas (possivelmente relacionadas com o
medicamento) e que são consideradas especificamente relevantes no tratamento da insuficiência
cardíaca:
- O agravamento da insuficiência cardíaca ocorreu em 5,8% de pacientes que tomaram nebivolol
contra 5,2% de pacientes que tomaram placebo.
- A hipotensão postural foi relatada em 2,1% de pacientes que tomaram nebivolol contra 1,0% de
pacientes que tomaram placebo.
- A intolerância ao medicamento ocorreu em 1,6% de pacientes que tomaram nebivolol contra 0,8%
de pacientes que tomaram placebo.
- Bloqueio atrioventricular de primeiro grau ocorreu em 1,4% de pacientes que tomaram nebivolol
contra 0,9% de pacientes que tomaram placebo.
- Edema dos membros inferiores foi relatado em 1,0% de pacientes que tomaram nebivolol contra
0,2% de pacientes que tomaram placebo.
Os seguintes efeitos adversos foram identificados através de notificação espontâneas sem estimar sua
frequência ou estabelecer uma relação causal com o uso de cloridrato de nebivolol: função hepática
anormal (incluindo aumento de TGO, TGP e bilirrubina), edema pulmonar agudo, insuficiência renal
aguda, infarto do miocárdio, sonolência e trombocitopenia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.