Bula do Cloridrato de Prometazina produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de prometazina
Comprimido revestido 25mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 20, 200 e 500 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
cloridrato de prometazina (equivalente a 25mg de prometazina)...............................28,21mg
Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, dióxido de sílicio,
croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose/macrogol, dióxido de titânio,
água de osmose reversa, corante amarelo 10 laca, corante vermelho 40 laca e álcool etílico.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cloridrato de prometazina é indicado no tratamento sintomático de todos os distúrbios
incluídos no grupo das reações anafiláticas e alérgicas. Graças à sua atividade antiemética,
é utilizado também na prevenção de vômitos do pós-operatório e das náuseas de viagens.
Pode ser utilizado, ainda, na pré-anestesia e na potencialização de analgésicos, devido à sua
ação sedativa.
Estudo randomizado, duplo-cego avaliou a eficácia da prometazina e ondansetrona
utilizadas por via endovenosa em casos agudos de náuseas e vômitos. A prometazina
demonstrou ação com 30 minutos após ser aplicada por via endovenosa e foi eficaz na
redução de náuseas e vômitos (Braude, Crandall, 2008). A prometazina é considerada uma
medicação adequada quando se deseja melhora da náusea e vômito associada a uma
sedação do paciente (Patanwala et al. 2009).
A prometazina tem sido utilizada, por vezes em associação com outros medicamentos,
como um medicamento para sedação em diferentes situações. Estudo realizado por Huf et
al (2007) demonstrou que o uso da prometazina associada ao haloperidol mostrou-se
superior ao haloperidol isolado para causar uma rápida sedação em pacientes com
distúrbios psiquiátricos. O uso da prometazina como medicação pré-anestésica mostrou-se
segura e efetiva quando associado a um opióide para uma sedo-analagesia em pacientes
submetidos a ressecção transuretral de próstata com anestesia local (Chander, 2000). O uso
da prometazina também tem sido descrita com boa ação em pacientes sob cuidados
paliativos (Rosengarten, 2009) e como medicação associada ao hidrato de cloral para
sedação em pacientes submetidos a tratamento dentário (Dallman, 2001).
A prometazina tem sido demonstrada como uma medicação eficaz na inibição das vias da
dor e tem sido utilizada como uma medicação pré-anestésica. Estudo realizado por Chia et
al (2004) demonstrou em um estudo duplo-cego, randomizado, com mulheres submetidas a
histerectomia abdominal total, que o uso pré-operatório da prometazina reduziu o consumo
pós-operatório de morfina, comparado aos pacientes que receberam placebo.
Além disso, os pacientes do grupo da prometazina apresentaram, nas 24 horas iniciais, uma
incidência menor de náuseas e vômitos pós-operatórios.
A prometazina é um anti-histamínico de uso sistêmico que age em nível do sistema
respiratório, do sistema nervoso e da pele. A prometazina é um derivado fenotiazínico de
cadeia lateral alifática, que possui atividade anti-histamínica, sedativa, antiemética e efeito
anticolinérgico. A ação geralmente dura de quatro a seis horas.
Como um anti-histamínico, ele age por antagonismo competitivo, mas não bloqueia a
liberação de histamina.
A prometazina se caracteriza por apresentar:
-Efeito sedativo acentuado de origem histaminérgica e adrenolítica central, nas doses
habituais;
-Efeito anticolinérgico que explica o aparecimento dos efeitos indesejáveis periféricos;
-Efeito adrenolítico periférico, que pode interferir na hemodinâmica (risco de hipotensão
ortostática).
Os anti-histamínicos apresentam em comum a propriedade de se opor, por antagonismo
competitivo mais ou menos reversível, aos efeitos da histamina, principalmente sobre a
pele, os vasos e as mucosas conjuntival, nasal, brônquica e intestinal.
Farmacocinética
A biodisponibilidade da prometazina está compreendida entre 13% e 49%. O tempo para
atingir a concentração plasmática máxima é de 1h 30 min. a 3 horas. O volume de
distribuição é elevado em razão da lipossolubilidade da molécula, de cerca de 15L/kg.
Liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (entre 75% e 80%); sua meia-vida plasmática
está compreendida entre 10 e 15 horas após administração oral. Concentra-se nos órgãos de
eliminação: fígado, rins e intestinos. O metabolismo consiste em sulfoxidação seguida de
desmetilação. A depuração renal representa menos de 1% da depuração total, e, em média
1% da quantidade de prometazina administrada é recuperada sob a forma inalterada na
urina. Os metabólitos encontrados na urina, principalmente o sulfóxido, representam cerca
de 20% da dose. A prometazina atravessa a barreira hematoencefálica e a barreira
placentária. Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, ocorre risco de acúmulo dos
anti-histamínicos.
Cloridrato de prometazina comprimido é contraindicado para pacientes com
hipersensibilidade conhecida à prometazina ou outros derivados fenotiazínicos ou a
qualquer componente da fórmula, por portadores de discrasias sanguíneas ou com
antecedentes de agranulocitose com outros fenotiazínicos, por pacientes com risco de
retenção urinária ligado a distúrbios uretroprostáticos e por pacientes com glaucoma, de
ângulo fechado.
Cloridrato de prometazina comprimido não deve ser utilizado em associação ao álcool e
sultoprida. (Ver item Interações Medicamentosas). Cloridrato de prometazina comprimido
está contraindicado durante a amamentação. (Ver item Advertências e Precauções).
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
Advertências
Considerando os efeitos fotossensibilizantes das fenotiazinas, a exposição à luz solar ou à
luz artificial é desaconselhada durante o tratamento.
Em caso de persistência ou de agravamento dos sintomas alérgicos (dispneia, edema, lesões
cutâneas, etc.) ou de sinais associados de infecção viral, deve-se reavaliar o paciente e as
condutas adotadas. Deve-se, se possível, identificar a causa de insônia e de possíveis fatores
subjacentes tratados. A persistência de insônia depois de 5 dias de tratamento pode indicar
uma doença subjacente e o tratamento deve ser reavaliado.
Precauções
Cloridrato de prometazina deve ser usado com precaução em pacientes que estejam em
tratamento com tranquilizantes ou barbitúricos, pois poderá ocorrer potencialização da
atividade sedativa.
A vigilância clínica e, eventualmente, eletroencefalográfica, deve ser reforçada em
pacientes epilépticos devido à possibilidade de diminuição do limiar epileptogênico dos
fenotiazínicos.
Cloridrato de prometazina comprimido deve ser utilizado com cautela nas seguintes
situações:
-Indivíduos (especialmente os idosos) com sensibilidade aumentada à sedação, à hipotensão
ortostática, e às vertigens;
-Em pacientes com constipação crônica por causa do risco de íleo paralítico;
-Em eventual hipertrofia prostática;
-Em indivíduos portadores de determinadas afecções cardiovasculares, por causa dos
efeitos taquicardizantes e hipotensores das fenotiazinas;
-Em casos de insuficiência hepática e/ou insuficiência renal grave por causa do risco de
acúmulo;
-Como as demais drogas sedativas ou depressoras do SNC, cloridrato de prometazina
comprimido deve ser evitado em pacientes com história de apneia noturna;
-Bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool devem ser evitados durante tratamento
com cloridrato de prometazina comprimido.
Gravidez e amamentação
Não há dados suficientes sobre a teratogênese da prometazina em animais. Não foram
observados efeitos fetotóxicos nem malformações em recém-nascidos de mães que
receberam o produto, em um pequeno número de mulheres, até o momento. No entanto
seriam necessários estudos complementares para avaliar as consequências da administração
da prometazina durante a gestação. Nos recém-nascidos de mães tratadas com doses
elevadas de anti-histamínicos anticolinérgicos tal como a prometazina, foram descritos
raramente sinais digestivos ligados às propriedades atropínicas das fenotiazinas (distensão
abdominal, íleo paralítico, atraso na eliminação de mecônio, dificuldade para se alimentar,
taquicardia, efeitos neurológicos, etc). Por isso, durante a gravidez cloridrato de
prometazina só deve ser usado apenas sob orientação médica, avaliando-se sempre a
relação riscobenefício.
Um ligeiro aumento do risco de malformações cardiovasculares tem sido colocado em
evidência na espécie humana. Por consequência, recomenda-se que não seja utilizado
durante os três primeiros meses de gestação.
No final da gestação, em casos de tratamento materno prolongado, há possibilidade de
ocorrer sonolência ou hiperexcitabilidade no recém-nascido. Considera-se justificável
manter o recém-nascido em observação quanto às funções neurológicas e digestivas, em
caso de administração da prometazina à mãe no final da gestação.
Não se sabe se a prometazina é excretada no leite humano. Considerando a possibilidade de
sedação ou de excitação paradoxal do recém-nascido, e também dos riscos de apneia do
sono causadas pelos fenotiazínicos, o uso deste medicamento é desaconselhado durante a
amamentação.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica.
Populações especiais
Idosos: os pacientes idosos, em razão das funções hepática e renal reduzidas, podem se
mostrar mais suscetíveis a apresentar reações adversas, particularmente sintomas
extrapiramidais, falta de coordenação motora e tremores, e por isso, recomenda-se cautela
na administração de cloridrato de prometazina comprimido em idosos.
Crianças e adolescentes: a prometazina não deve ser utilizada em crianças menores de dois
anos devido ao risco de depressão respiratória fatal.
O uso de prometazina deve ser evitado em crianças e adolescentes com sinais e sintomas
sugestivos da Síndrome de Reye.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua
habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Medicamento-álcool
Associações desaconselhadas:
A associação com álcool aumenta os efeitos sedativos dos anti-histamínicos H1. A alteração
da vigilância pode tornar perigosa a condução de veículos e operação de máquinas. Por isso
recomenda-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo álcool
durante o tratamento.
Medicamento-medicamento
A associação com sultoprida apresenta um risco maior de alterações do ritmo cardíaco
ventricular, por adição dos efeitos eletrofisiológicos.
Associações a serem consideradas:
A ação sedativa da prometazina é aditiva aos efeitos de outros depressores do SNC, como
derivados morfínicos (analgésicos narcóticos e antitussígenos), metadona, clonidina e
compostos semelhantes, sedativos, hipnóticos, antidepressivos tricíclicos e tranquilizantes.
Portanto, estes agentes devem ser evitados ou, então, administrados em doses reduzidas a
pacientes em uso de prometazina.
A associação com atropina e outras substâncias atropínicas (antidepressivos imipramínicos,
antiparkinsonianos, anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida,
neurolépticos fenotiazínicos) pode resultar em efeitos aditivos dos efeitos indesejáveis
atropínicos como a retenção urinária, constipação intestinal e secura da boca. Evitar o uso
com IMAO, pois estes prolongam e intensificam os efeitos anticolinérgicos da prometazina.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas: Comprimido revestido, circular de cor amarela.
Características Organolépticas: Os comprimidos de cloridrato de prometazina não
apresentam características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em
relação a outros comprimidos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose recomendada de cloridrato de prometazina comprimido é: 2 a 6 comprimidos por
dia.
Esta dose deve ser dividida em duas, três ou quatro vezes, reservando-se a maior fração
para a noite.
O comprimido de cloridrato de prometazina deve ser administrado com líquido, por via
oral.
Não há estudos dos efeitos de cloridrato de prometazina comprimido administrado por vias
não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a
administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Reação muito comum (> 1/10)
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)
Reação rara (> 1/10.000 e ≤1/1.000)
Reação muito rara (≤ 1/10.000)
As reações adversas são originadas das propriedades farmacológicas da prometazina e
podem, ou não, estar relacionadas com a dose administrada.
Efeitos neurovegetativos:
-Sedação ou sonolência, mais acentuada no início do tratamento.
-Efeitos anticolinérgicos do tipo secura da boca e de outras mucosas, constipação,
alterações da acomodação visual, midríase, palpitações, risco de retenção urinária.
-Bradicardia ou taquicardia, aumento ou diminuição da pressão arterial (mais comum com a
forma injetável), hipotensão ortostática.
-Alterações do equilíbrio, vertigens, diminuição de memória ou da concentração.
-Sintomas extrapiramidais. Falta de coordenação motora, tremores (mais frequentemente no
indivíduo idoso).
-Raramente foram descritos casos de discinesia tardia após administração prolongada de
certos anti-histamínicos.
-Tontura. Confusão mental e alucinações.
-Mais raramente, efeitos do tipo de excitação: agitação, nervosismo, insônia.
-Raramente náuseas e vômitos.
Reações de sensibilização:
-Eritema, eczema, púrpura.
-Edema, mais raramente edema de Quincke.
-Choque anafilático.
-Fotossensibilização.
-Foram relatados casos muito raros de reações alérgicas, incluindo urticária, erupções
cutâneas, prurido e anafilaxia.
Efeitos hematológicos:
-Leucopenia, neutropenia, e excepcionalmente agranulocitose.
-Trombocitopenia.
-Anemia hemolítica.
Recomenda-se um controle regular da crase sanguínea nos 3 ou 4 primeiros meses de
tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
O quadro clínico resultante da superdose com este medicamento vai desde leve depressão
do SNC e sistema cardiovascular, até profunda hipotensão, depressão respiratória e perda
da consciência. Pode ocorrer agitação, especialmente em pacientes geriátricos. Convulsões
raramente ocorrem. Sinais e sintomas do tipo atropínico, como boca seca, pupilas fixas e
dilatadas, rubor e sintomas gastrintestinais também podem ocorrer.
O tratamento é essencialmente sintomático e de suporte. Lavagem gástrica deve ser feita o
mais precocemente possível. Somente em casos extremos torna-se necessária a
monitorização dos sinais vitais. A naloxona reverte alguns dos efeitos depressivos, mas não
todos. Hipotensão severa, em geral, responde à administração de norepinefrina ou
fenilefrina. Epinefrina não deve ser utilizada, já que seu uso em pacientes com bloqueio
adrenérgico parcial pode abaixar ainda mais a pressão arterial. Experiências limitadas com
diálise indicam que ela não é útil nestes casos.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.