Bula do Cloridrato de Propranolol produzido pelo laboratorio Laboratórios Osório Moraes Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Cloridrato de
propranolol
Laboratórios Osório de Moraes Ltda.
Comprimido
40 mg
cloridrato de propranolol
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 40 mg em embalagens com 300 blísteres de 20 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO*
*Vide Posologia
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de cloridrato de propranolol 40 mg contém 40 mg de cloridrato de
propranolol.
Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício e
estearato de magnésio.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cloridrato de propranolol é um betabloqueador indicado para: controle de hipertensão;
controle de angina pectoris; controle das arritmias cardíacas; profilaxia da enxaqueca;
controle do tremor essencial; controle da ansiedade e taquicardia por ansiedade;
controle adjuvante da tireotoxicose e crise tireotóxica; controle da cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva; controle de feocromocitoma. Neste caso, o tratamento com
cloridrato de propranolol deve apenas ser iniciado na presença de um bloqueio alfa
efetivo.
Hipertensão arterial
Há amplas evidências que demonstram que os antagonistas do adrenoceptor beta
diminuem a pressão arterial e são úteis no manejo da hipertensão. O grau de redução na
pressão arterial depende dos níveis iniciais. Os pacientes com uma pressão arterial
inicial de 180/100 mmHg apresentam uma queda de 12 a 20 mmHg na pressão sistólica
e de 6-12 mmHg na diastólica [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C Therapeutic
Drugs, 1991; 2: P272-8]. O propranolol é eficaz em 70 a 90 % dos pacientes com
hipertensão arterial [Ahlquist RP. Am Heart J 1979; 97 (2): 137-40]. Aumentando-se a
dosagem, não há um aumento correspondente na redução de pressão arterial [Conway J
& Amery A. Central Action of Drugs in Blood Pressure 1975; 277-89].
Arritmia cardíaca
O propranolol reduziu a incidência de batimentos ventriculares prematuros em 76%
[Kubik MM & Dawes PM. Curr Med Res Op 1986;10(4): 215-20]. Em outro estudo, o
número médio de complexos ventriculares prematuros (VCP/h) foi reduzido em 70% de
71% dos pacientes que fizeram uso de propranolol [Aronow WS et al. Am J of Cardiol
1995; 75(7): 514-6].
Enxaqueca
O propranolol demonstrou ser uma medicação efetiva para a prevenção de enxaqueca:
72% dos pacientes responderam ao seu uso e, a longo prazo, 46% mantiveram a
melhora apesar da descontinuação do tratamento [Diamond S et al. Headache 1982;
22(6): 268-71].
Angina pectoris
Após o uso do propranolol, os pacientes apresentaram maior tolerância ao exercício,
sendo que 50% destes apresentaram angina induzida por exercício físico [Santamaria F
et al. Minerva Cardioangiol 1993; 41(4): 139-45].
Ansiedade
O propranolol demonstrou ser eficaz no manejo das síndromes de ansiedade,
controlando tanto os sintomas somáticos (palpitações, temor e taquicardia) como os
psíquicos [Suzman MM. Postgrad Med J 1976; 52(suppl.4): 168-74].
Tremor essencial
Um estudo que avaliou a adição de propranolol à terapia do tremor essencial
demonstrou redução desta desordem pela sua ação bloqueadora nos receptores
periféricos [Murrray TJ. CMA J 1972; 18 (107): 984-6].
Tireotoxicose
O propranolol reduz a taquicardia e o aumento de débito cardíaco presentes na
tireotoxicose [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C Therapeutic Drugs 1991; 2:
P272-8].
Feocromocitoma
O propranolol inibe a taquicardia e a taquiarritmia causada pelo excesso de
catecolaminas circulantes, podendo ser usado no período pré-operatório diariamente por
três dias e, diariamente, na dosagem de 30 mg nos tratamentos a longo prazo. O
propranolol deve ser usado concomitantemente às drogas alfa-bloqueadoras uma vez
que elas também inibem os efeitos beta-2 vasodilatadores [propranolol (hydrochloride).
In: Dollery C Therapeutic Drugs 1991;2: P272-8].
Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica
O propranolol inibe o efeito inotrópico da estimulação simpática e pode reduzir o
gradiente de pressão intraventricular [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C
Therapeutic Drugs 1991; 2: P272-8].
Propriedades Farmacodinâmicas
O propranolol é um antagonista competitivo dos receptores adrenérgicos beta-1 e beta-
2. Não possui atividade agonista no receptor beta-adrenérgico, mas possui atividade
estabilizadora de membrana em concentrações que excedam 1-3 mg/L, embora tais
concentrações são raramente alcançadas durante tratamento oral. O bloqueio
competitivo do receptor beta-adrenérgico foi demonstrado no homem através de um
deslocamento paralelo para a direita da curva de resposta da frequência cardíaca aos
beta-agonistas versus dose, tal como a isoprenalina.
O propranolol, assim como outros betabloqueadores, possui efeitos inotrópicos
negativos e, portanto, é contraindicado na insuficiência cardíaca descompensada.
Cloridrato de propranolol é uma mistura racêmica cuja forma ativa é o isômero S(-)-
propranolol. Com exceção da inibição da conversão da tiroxina à triiodotironina, é
improvável que qualquer propriedade adicional inerente ao isômero R(+) do propranolol
desencadeie efeitos terapêuticos diferentes, em comparação com a mistura racêmica.
Cloridrato de propranolol é eficaz e bem tolerado na maioria das populações étnicas,
apesar da resposta poder ser menor em pacientes negros.
Propriedades Farmacocinéticas
O propranolol é completamente absorvido após administração oral, e as concentrações
plasmáticas máximas ocorrem entre 1 e 2 horas após a administração em pacientes em
jejum. O fígado remove até 90% de uma dose oral, com uma meia-vida de eliminação
de 3 a 6 horas. O propranolol é ampla e rapidamente distribuído pelo corpo, sendo que
concentrações mais altas ocorrem nos pulmões, fígado, rins, cérebro e coração. O
propranolol apresenta um alto índice de ligação às proteínas plasmáticas (80-95%).
Cloridrato de propranolol, assim como outros betabloqueadores, não deve ser utilizado
em pacientes nas seguintes situações: conhecida hipersensibilidade ao propranolol e aos
outros componentes da fórmula; hipotensão; bradicardia; distúrbios graves da circulação
arterial periférica; síndrome do nó sino-atrial; feocromocitoma não tratado (com um
antagonista do receptor alfa-adrenérgico); insuficiência cardíaca descompensada; angina
de Prinzmetal; choque cardiogênico; acidose metabólica; após jejum prolongado;
bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau; histórico de asma brônquica ou
broncoespasmo.
O broncoespasmo pode normalmente ser revertido com broncodilatadores agonistas
beta-2, por exemplo, salbutamol. Altas doses de broncodilatadores agonistas beta-2
podem ser necessárias para superar o bloqueio beta produzido pelo propranolol e a dose
deve ser titulada de acordo com a resposta clínica. Tanto a administração intravenosa
quanto a inalatória devem ser consideradas. O uso de aminofilina intravenosa e/ou o uso
de ipratrópio (administrado por nebulizador) podem também ser considerados. Também
foi relatado que o glucagon (1 a 2 mg administrados intravenosamente) produz um
efeito broncodilatador em pacientes asmáticos. Em casos graves, podem ser necessários
oxigênio ou ventilação artificial.
Cloridrato de propranolol não deve ser utilizado por pacientes com predisposição à
hipoglicemia, isto é, pacientes após jejum prolongado ou pacientes com reservas
contraregulatórias restritas.
Embora contraindicado em insuficiência cardíaca descompensada (ver
contraindicações), cloridrato de propranolol pode ser usado em pacientes cujos sinais de
insuficiência cardíaca foram controlados. Deve-se tomar cuidados especiais em
pacientes com reserva cardíaca diminuída. Embora contraindicado em distúrbios graves
da circulação arterial periférica (ver contraindicações), cloridrato de propranolol pode
também agravar distúrbios circulatórios arteriais periféricos menos graves.
Devido ao seu efeito negativo no tempo de condução, cloridrato de propranolol deve ser
administrado com cautela em pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau.
Cloridrato de propranolol pode bloquear/modificar os sinais e sintomas da hipoglicemia
(especialmente taquicardia).
Cloridrato de propranolol ocasionalmente causa hipoglicemia, mesmo em pacientes
não-diabéticos, como, por exemplo, neonatos, lactentes, crianças, pacientes idosos,
pacientes submetidos à hemodiálise ou pacientes com doença hepática crônica e
pacientes com superdosagem. A hipoglicemia grave associada ao cloridrato de
propranolol tem-se apresentado raramente com convulsões e/ou coma em pacientes
isolados. Deve-se ter cuidado ao administrar cloridrato de propranolol
concomitantemente com terapia hipoglicêmica em pacientes diabéticos. Cloridrato de
propranolol pode prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina.
Cloridrato de propranolol pode mascarar os sinais da tireotoxicose.
Uma das ações farmacológicas dos betabloqueadores é a redução da frequência
cardíaca. Nos raros casos em que o paciente desenvolver sintomas que possam ser
atribuídos a uma baixa frequência cardíaca, a dose pode ser reduzida.
Em pacientes que sofrem de doença cardíaca isquêmica, assim como ocorre com outros
betabloqueadores, o tratamento com cloridrato de propranolol não deve ser
descontinuado abruptamente. Neste caso ou pode-se substituir o tratamento com
cloridrato de propranolol por doses equivalentes de um outro betabloqueador ou
suspende-se gradualmente o tratamento.
Cloridrato de propranolol pode causar uma reação mais grave a uma variedade de
alérgenos, quando administrado a pacientes com história de reação anafilática a tais
alérgenos. Esses pacientes podem não responder às doses usuais de adrenalina utilizadas
no tratamento das reações alérgicas.
Cloridrato de propranolol deve ser utilizado com cautela em pacientes com cirrose
descompensada.
Em pacientes com hipertensão portal pode haver deterioração da função hepática e
desenvolvimento de encefalopatia hepática. Houve relatos sugerindo que o tratamento
com propranolol pode aumentar o risco de desenvolvimento de encefalopatia hepática.
A insuficiência cardíaca ocasionada por tireotoxicose frequentemente responde ao
cloridrato de propranolol isoladamente, mas, se outros fatores adversos coexistirem, a
contractilidade do miocárdio deve ser mantida, e os sinais de insuficiência devem ser
controlados com diuréticos e digitálicos.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir automóveis e operar máquinas: O uso de
cloridrato de propranolol provavelmente não resultará em comprometimento da
capacidade dos pacientes em dirigir automóveis ou operar máquinas. Entretanto, deve
ser levado em consideração que ocasionalmente vertigem e fadiga podem ocorrer.
Uso durante a gravidez e lactação
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica.
Como ocorre com todos os medicamentos, cloridrato de propranolol não deve ser
administrado durante a gravidez, a menos que seu uso seja essencial. Não há evidência
de teratogenicidade com o uso de cloridrato de propranolol.
Entretanto, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária o que pode resultar em
morte fetal intrauterina, partos imaturos e prematuros. Além disso, podem ocorrer
eventos adversos, especialmente hipoglicemia e bradicardia no neonato e bradicardia no
feto. Há um risco aumentado de complicações cardíacas e pulmonares no neonato no
período pós-natal.
Lactação
A maioria dos betabloqueadores, principalmente compostos lipofílicos, passará para o
leite materno embora em quantidades variáveis. Portanto, a amamentação não é
recomendada após a administração desses compostos.
Cloridrato de propranolol modifica a taquicardia da hipoglicemia. Deve-se tomar
cuidado ao se instituir o uso de cloridrato de propranolol concomitantemente ao
tratamento hipoglicêmico em pacientes diabéticos. O propranolol pode prolongar a
resposta hipoglicêmica à insulina (ver Contraindicações e Advertências e Precauções).
A administração simultânea de rizatriptana e propranolol pode causar um aumento de
aproximadamente 70-80% na AUC e Cmax da rizatriptana. Presume-se que a exposição
aumentada à rizatriptana deve ser causada pela inibição do metabolismo de primeira
passagem da rizatriptana através da inibição da monoaminoxidase-A. Caso planeje-se
usar ambos os fármacos, uma dose de 5 mg rizatriptana tem sido recomendada.
Antiarrítmicos Classe I (por exemplo, disopiramida) e amiodarona podem apresentar
efeito potencializado no tempo de condução atrial e induzir efeito inotrópico negativo.
A associação entre glicosídeos digitálicos e betabloqueadores pode aumentar o tempo
de condução atrioventricular.
O uso combinado de betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio com efeitos
inotrópicos negativos, como, por exemplo, verapamil e diltiazem, pode levar a um
aumento desses efeitos, particularmente em pacientes com a função ventricular
prejudicada e/ou com anormalidades de condução sino-atrial ou atrioventricular. Isto
pode resultar em hipotensão grave, bradicardia e insuficiência cardíaca. Nenhum destes
medicamentos deve ser administrado por via intravenosa antes da descontinuação do
outro por 48 horas.
A terapia concomitante com bloqueadores de canais de cálcio diidropiridínicos, por
exemplo, nifedipino, pode aumentar o risco de hipotensão e, em pacientes com
insuficiência cardíaca latente, pode ocorrer insuficiência cardíaca.
O uso concomitante de agentes simpatomiméticos, como, por exemplo, adrenalina, pode
neutralizar o efeito dos betabloqueadores. Deve-se tomar cuidado na administração
parenteral de preparações que contenham adrenalina a pacientes em tratamento com
betabloqueadores, uma vez que, em raros casos, pode resultar em vasoconstrição,
hipertensão e bradicardia.
A administração de cloridrato de propranolol durante infusão de lidocaína pode
aumentar a concentração plasmática de lidocaína em aproximadamente 30%. Pacientes
que já estejam recebendo propranolol tendem a apresentar níveis mais altos de lidocaína
do que pacientes-controle. Esta associação deve ser evitada.
O uso concomitante de cimetidina ou hidralazina aumenta os níveis plasmáticos de
propranolol. O uso concomitante de álcool também pode aumentar os níveis
plasmáticos de propranolol.
Os betabloqueadores podem exacerbar a hipertensão de rebote que pode se seguir à
retirada da clonidina. Se os dois medicamentos forem coadministrados, o
betabloqueador deve ser retirado vários dias antes da clonidina. Em caso de substituição
da clonidina por terapia betabloqueadora, a introdução do betabloqueador deve ser feita
vários dias após a interrupção do tratamento com clonidina.
Deve-se tomar cuidado em caso de administração de ergotamina, diidroergotamina ou
substâncias relacionadas em associação ao cloridrato de propranolol, pois foram
relatadas reações vasospásticas em alguns pacientes.
O uso concomitante de inibidores da prostaglandina sintetase (por exemplo:
indometacina e ibuprofeno) pode diminuir os efeitos hipotensores de cloridrato de
propranolol. A administração concomitante de propranolol e clorpromazina pode
resultar em um aumento dos níveis plasmáticos de ambos os fármacos. Isto pode levar a
um maior efeito antipsicótico da clorpromazina e a um maior efeito anti-hipertensivo do
propranolol.
Deve-se tomar cuidado ao utilizar agentes anestésicos com cloridrato de propranolol. O
anestesista deve ser informado e deve-se optar pelo agente anestésico com a menor
atividade inotrópica negativa possível. O uso de betabloqueadores com anestésicos pode
resultar na atenuação da taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. Os
anestésicos que causam depressão miocárdica devem ser evitados. Estudos
farmacocinéticos têm mostrado que os seguintes fármacos podem interagir com o
propranolol, devido aos efeitos nos sistemas enzimáticos do fígado que metabolizam o
propranolol e estes agentes. São eles: quinidina, propafenona, rifampicina, teofilina,
varfarina, tioridazina e bloqueadores de canais de cálcio diidropiridínicos, tais como
nifedipino, nisoldipino, nicardipino, isradipina e lacidipina.Levando-se em conta que as
concentrações plasmáticas de qualquer um destes agentes podem ser afetadas, ajustes de
doses podem ser necessários a critério médico (ver também as interações apresentadas
acima referentes ao uso concomitante com bloqueadores de canais de cálcio
diidropiridínicos).
Cloridrato de propranolol deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30°C).
Proteger da luz e umidade.
Cloridrato de propranolol tem validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Cloridrato de propranolol 40 mg é comprimido branco, redondo, plano e sulcado em
uma face.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Os comprimidos de cloridrato de propranolol devem ser administrados por via oral,
engolidos inteiros com água.
Posologia
Adultos
Hipertensão
Dose inicial de 80 mg, duas vezes ao dia, que pode ser aumentada em intervalos
semanais, de acordo com a resposta. A dose usual está na faixa de 160-320 mg por dia.
Com administração concomitante de diuréticos ou outros medicamentos anti-
hipertensivos obtém-se uma redução adicional da pressão arterial.
O limite máximo diário de administração de cloridrato de propranolol para o tratamento
da pressão alta é de 640 mg
Angina, ansiedade, enxaqueca e tremor essencial
Dose inicial de 40 mg, duas ou três vezes ao dia, que pode ser aumentada em igual
quantidade, em intervalos semanais, de acordo com a resposta do paciente. Uma
resposta adequada para ansiedade, enxaqueca e tremor essencial é geralmente observada
na faixa de 80-160 mg/dia e, para angina, na faixa de 120-240 mg/dia. A mínima dose
diária para tremor essencial pode ser de 40 mg.
O limite máximo diário de administração de cloridrato de propranolol para cada um dos
tratamentos listados abaixo é de:
- Angina pectoris: 480 mg
- Ansiedade: 160 mg
- Enxaqueca: 240 mg
- Tremor: 160 mg
Arritmia, taquicardia por ansiedade, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e
tireotoxicose
Uma faixa de dose de 10 a 40 mg, três ou quatro vezes ao dia, geralmente atinge a
resposta desejada.
- Arritmia: 240 mg
- Taquicardia por ansiedade: 160 mg
- Cardiomiopatia: 160 mg
- Tireotoxicose: 160 mg
Feocromocitoma (Cloridrato de propranolol deve ser usado apenas na presença de
efetivo bloqueio alfa)
Pré-operatório: recomendam-se 60 mg diários, por três dias.
Casos malignos inoperáveis: 30 mg diários.
do feocromocitoma é de 60 mg para pré-operatório e de 30 mg para casos malignos
inoperáveis.
Tabela – Resumo das doses de cloridrato de propranolol - Adultos (em doses
divididas)
Mínima/dia Máxima/dia
Hipertensão 160 mg 640 mg
Angina pectoris 80 mg 480 mg
Arritmias 30 mg 240 mg
Enxaqueca 80 mg 240 mg
Tremor 40 mg 160 mg
Ansiedade 80 mg 160 mg
Taquicardia por ansiedade 30 mg 160 mg
Tireotoxicose 30 mg 160 mg
Cardiomiopatia 30 mg 160 mg
Feocromocitoma 60 mg (pré-operatório)
30 mg (manutenção)
60 mg
30 mg
Pacientes idosos
Evidência referente à relação entre nível sanguíneo e idade é conflitante. Com relação
aos pacientes idosos, a dose ótima deve ser determinada individualmente, de acordo
com a resposta clínica.
Crianças
A dose deve ser determinada individualmente. As doses recomendadas são:
Arritmias, feocromocitoma, tireotoxicose
Dose de 0,25 a 0,50 mg/kg, três ou quatro vezes ao dia, como for necessário.
Enxaqueca
Abaixo de 12 anos: 20 mg, duas ou três vezes ao dia.
Acima de 12 anos: a mesma dose de adultos.
Insuficiência hepática ou renal
Uma vez que a meia-vida pode ser aumentada em pacientes com insuficiência hepática
ou renal significativa, deve-se ter cuidado quando estiver iniciando o tratamento e
selecionando a dose inicial nestes pacientes.
Caso o paciente se esqueça de tomar uma dose ele deve ser orientado a tomá-la assim
que possível. Não é recomendável tomar duas doses ao mesmo tempo.
Cloridrato de propranolol é geralmente bem tolerado. Em estudos clínicos, as possíveis
reações adversas relatadas são geralmente atribuíveis às ações farmacológicas do
propranolol.
As seguintes reações adversas têm sido relatadas com cloridrato de propranolol:
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10):
Geral: fadiga e/ou lassitude (frequentemente transitória).
Cardiovascular: bradicardia, extremidades frias, fenômeno de Raynaud.
Sistema Nervoso Central: distúrbios do sono e pesadelos.
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100):
Gastrointestinal: distúrbios gastrointestinais, assim como náuseas, vômito e diarréias.
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000):
Geral: vertigem
Sangue: trombocitopenia
Cardiovascular: piora da insuficiência cardíaca, precipitação do bloqueio cardíaco,
hipotensão postural que pode estar associada com síncope e exacerbação de claudicação
intermitente.
Sistema Nervoso Central: alucinações, psicoses, alterações de humor, confusão.
Pele: púrpura, alopecia, reações cutâneas psoriasiformes, agravamento da psoríase,
exantema.
Neurológico: parestesia.
Olhos: olhos secos, distúrbios visuais.
Respiratório: pode ocorrer broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou
história de queixas asmáticas (algumas vezes com resultado fatal).
Reação muito rara (< 1/10.000):
Sistema endócrino: foi relatada hipoglicemia em neonatos, lactentes, crianças, pacientes
idosos, pacientes submetidos a hemodiálise, pacientes em terapia antidiabética
concomitante, pacientes em jejum prolongado e pacientes com doença hepática crônica.
Investigações: aumento dos anticorpos antinucleares (ANA), entretanto, a relevância
clínica deste evento não está clara.
Sistema Nervoso Central: síndrome do tipo miastenia grave ou exacerbação da
miastenia grave.
A descontinuação do tratamento deve ser considerada se, a critério médico, o bem-estar
do paciente estiver sendo afetado por qualquer uma das reações acima. A interrupção do
tratamento com um betabloqueador deve ser gradual. Na rara possibilidade de
intolerância, manifestada como bradicardia e hipotensão, o fármaco deve ser suspenso e,
se necessário, deve-se instituir tratamento para superdosagem.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.