Bula do Cloridrato de Propranolol para o Profissional

Bula do Cloridrato de Propranolol produzido pelo laboratorio Laboratórios Osório Moraes Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cloridrato de Propranolol
Laboratórios Osório Moraes Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE PROPRANOLOL PARA O PROFISSIONAL

Cloridrato de

propranolol

Laboratórios Osório de Moraes Ltda.

Comprimido

40 mg

cloridrato de propranolol

Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 40 mg em embalagens com 300 blísteres de 20 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO*

*Vide Posologia

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de cloridrato de propranolol 40 mg contém 40 mg de cloridrato de

propranolol.

Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício e

estearato de magnésio.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Cloridrato de propranolol é um betabloqueador indicado para: controle de hipertensão;

controle de angina pectoris; controle das arritmias cardíacas; profilaxia da enxaqueca;

controle do tremor essencial; controle da ansiedade e taquicardia por ansiedade;

controle adjuvante da tireotoxicose e crise tireotóxica; controle da cardiomiopatia

hipertrófica obstrutiva; controle de feocromocitoma. Neste caso, o tratamento com

cloridrato de propranolol deve apenas ser iniciado na presença de um bloqueio alfa

efetivo.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Hipertensão arterial

Há amplas evidências que demonstram que os antagonistas do adrenoceptor beta

diminuem a pressão arterial e são úteis no manejo da hipertensão. O grau de redução na

pressão arterial depende dos níveis iniciais. Os pacientes com uma pressão arterial

inicial de 180/100 mmHg apresentam uma queda de 12 a 20 mmHg na pressão sistólica

e de 6-12 mmHg na diastólica [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C Therapeutic

Drugs, 1991; 2: P272-8]. O propranolol é eficaz em 70 a 90 % dos pacientes com

hipertensão arterial [Ahlquist RP. Am Heart J 1979; 97 (2): 137-40]. Aumentando-se a

dosagem, não há um aumento correspondente na redução de pressão arterial [Conway J

& Amery A. Central Action of Drugs in Blood Pressure 1975; 277-89].

Arritmia cardíaca

O propranolol reduziu a incidência de batimentos ventriculares prematuros em 76%

[Kubik MM & Dawes PM. Curr Med Res Op 1986;10(4): 215-20]. Em outro estudo, o

número médio de complexos ventriculares prematuros (VCP/h) foi reduzido em 70% de

71% dos pacientes que fizeram uso de propranolol [Aronow WS et al. Am J of Cardiol

1995; 75(7): 514-6].

Enxaqueca

O propranolol demonstrou ser uma medicação efetiva para a prevenção de enxaqueca:

72% dos pacientes responderam ao seu uso e, a longo prazo, 46% mantiveram a

melhora apesar da descontinuação do tratamento [Diamond S et al. Headache 1982;

22(6): 268-71].

Angina pectoris

Após o uso do propranolol, os pacientes apresentaram maior tolerância ao exercício,

sendo que 50% destes apresentaram angina induzida por exercício físico [Santamaria F

et al. Minerva Cardioangiol 1993; 41(4): 139-45].

Ansiedade

O propranolol demonstrou ser eficaz no manejo das síndromes de ansiedade,

controlando tanto os sintomas somáticos (palpitações, temor e taquicardia) como os

psíquicos [Suzman MM. Postgrad Med J 1976; 52(suppl.4): 168-74].

Tremor essencial

Um estudo que avaliou a adição de propranolol à terapia do tremor essencial

demonstrou redução desta desordem pela sua ação bloqueadora nos receptores

periféricos [Murrray TJ. CMA J 1972; 18 (107): 984-6].

Tireotoxicose

O propranolol reduz a taquicardia e o aumento de débito cardíaco presentes na

tireotoxicose [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C Therapeutic Drugs 1991; 2:

P272-8].

Feocromocitoma

O propranolol inibe a taquicardia e a taquiarritmia causada pelo excesso de

catecolaminas circulantes, podendo ser usado no período pré-operatório diariamente por

três dias e, diariamente, na dosagem de 30 mg nos tratamentos a longo prazo. O

propranolol deve ser usado concomitantemente às drogas alfa-bloqueadoras uma vez

que elas também inibem os efeitos beta-2 vasodilatadores [propranolol (hydrochloride).

In: Dollery C Therapeutic Drugs 1991;2: P272-8].

Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica

O propranolol inibe o efeito inotrópico da estimulação simpática e pode reduzir o

gradiente de pressão intraventricular [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C

Therapeutic Drugs 1991; 2: P272-8].

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O propranolol é um antagonista competitivo dos receptores adrenérgicos beta-1 e beta-

2. Não possui atividade agonista no receptor beta-adrenérgico, mas possui atividade

estabilizadora de membrana em concentrações que excedam 1-3 mg/L, embora tais

concentrações são raramente alcançadas durante tratamento oral. O bloqueio

competitivo do receptor beta-adrenérgico foi demonstrado no homem através de um

deslocamento paralelo para a direita da curva de resposta da frequência cardíaca aos

beta-agonistas versus dose, tal como a isoprenalina.

O propranolol, assim como outros betabloqueadores, possui efeitos inotrópicos

negativos e, portanto, é contraindicado na insuficiência cardíaca descompensada.

Cloridrato de propranolol é uma mistura racêmica cuja forma ativa é o isômero S(-)-

propranolol. Com exceção da inibição da conversão da tiroxina à triiodotironina, é

improvável que qualquer propriedade adicional inerente ao isômero R(+) do propranolol

desencadeie efeitos terapêuticos diferentes, em comparação com a mistura racêmica.

Cloridrato de propranolol é eficaz e bem tolerado na maioria das populações étnicas,

apesar da resposta poder ser menor em pacientes negros.

Propriedades Farmacocinéticas

O propranolol é completamente absorvido após administração oral, e as concentrações

plasmáticas máximas ocorrem entre 1 e 2 horas após a administração em pacientes em

jejum. O fígado remove até 90% de uma dose oral, com uma meia-vida de eliminação

de 3 a 6 horas. O propranolol é ampla e rapidamente distribuído pelo corpo, sendo que

concentrações mais altas ocorrem nos pulmões, fígado, rins, cérebro e coração. O

propranolol apresenta um alto índice de ligação às proteínas plasmáticas (80-95%).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Cloridrato de propranolol, assim como outros betabloqueadores, não deve ser utilizado

em pacientes nas seguintes situações: conhecida hipersensibilidade ao propranolol e aos

outros componentes da fórmula; hipotensão; bradicardia; distúrbios graves da circulação

arterial periférica; síndrome do nó sino-atrial; feocromocitoma não tratado (com um

antagonista do receptor alfa-adrenérgico); insuficiência cardíaca descompensada; angina

de Prinzmetal; choque cardiogênico; acidose metabólica; após jejum prolongado;

bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau; histórico de asma brônquica ou

broncoespasmo.

O broncoespasmo pode normalmente ser revertido com broncodilatadores agonistas

beta-2, por exemplo, salbutamol. Altas doses de broncodilatadores agonistas beta-2

podem ser necessárias para superar o bloqueio beta produzido pelo propranolol e a dose

deve ser titulada de acordo com a resposta clínica. Tanto a administração intravenosa

quanto a inalatória devem ser consideradas. O uso de aminofilina intravenosa e/ou o uso

de ipratrópio (administrado por nebulizador) podem também ser considerados. Também

foi relatado que o glucagon (1 a 2 mg administrados intravenosamente) produz um

efeito broncodilatador em pacientes asmáticos. Em casos graves, podem ser necessários

oxigênio ou ventilação artificial.

Cloridrato de propranolol não deve ser utilizado por pacientes com predisposição à

hipoglicemia, isto é, pacientes após jejum prolongado ou pacientes com reservas

contraregulatórias restritas.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Embora contraindicado em insuficiência cardíaca descompensada (ver

contraindicações), cloridrato de propranolol pode ser usado em pacientes cujos sinais de

insuficiência cardíaca foram controlados. Deve-se tomar cuidados especiais em

pacientes com reserva cardíaca diminuída. Embora contraindicado em distúrbios graves

da circulação arterial periférica (ver contraindicações), cloridrato de propranolol pode

também agravar distúrbios circulatórios arteriais periféricos menos graves.

Devido ao seu efeito negativo no tempo de condução, cloridrato de propranolol deve ser

administrado com cautela em pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau.

Cloridrato de propranolol pode bloquear/modificar os sinais e sintomas da hipoglicemia

(especialmente taquicardia).

Cloridrato de propranolol ocasionalmente causa hipoglicemia, mesmo em pacientes

não-diabéticos, como, por exemplo, neonatos, lactentes, crianças, pacientes idosos,

pacientes submetidos à hemodiálise ou pacientes com doença hepática crônica e

pacientes com superdosagem. A hipoglicemia grave associada ao cloridrato de

propranolol tem-se apresentado raramente com convulsões e/ou coma em pacientes

isolados. Deve-se ter cuidado ao administrar cloridrato de propranolol

concomitantemente com terapia hipoglicêmica em pacientes diabéticos. Cloridrato de

propranolol pode prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina.

Cloridrato de propranolol pode mascarar os sinais da tireotoxicose.

Uma das ações farmacológicas dos betabloqueadores é a redução da frequência

cardíaca. Nos raros casos em que o paciente desenvolver sintomas que possam ser

atribuídos a uma baixa frequência cardíaca, a dose pode ser reduzida.

Em pacientes que sofrem de doença cardíaca isquêmica, assim como ocorre com outros

betabloqueadores, o tratamento com cloridrato de propranolol não deve ser

descontinuado abruptamente. Neste caso ou pode-se substituir o tratamento com

cloridrato de propranolol por doses equivalentes de um outro betabloqueador ou

suspende-se gradualmente o tratamento.

Cloridrato de propranolol pode causar uma reação mais grave a uma variedade de

alérgenos, quando administrado a pacientes com história de reação anafilática a tais

alérgenos. Esses pacientes podem não responder às doses usuais de adrenalina utilizadas

no tratamento das reações alérgicas.

Cloridrato de propranolol deve ser utilizado com cautela em pacientes com cirrose

descompensada.

Em pacientes com hipertensão portal pode haver deterioração da função hepática e

desenvolvimento de encefalopatia hepática. Houve relatos sugerindo que o tratamento

com propranolol pode aumentar o risco de desenvolvimento de encefalopatia hepática.

A insuficiência cardíaca ocasionada por tireotoxicose frequentemente responde ao

cloridrato de propranolol isoladamente, mas, se outros fatores adversos coexistirem, a

contractilidade do miocárdio deve ser mantida, e os sinais de insuficiência devem ser

controlados com diuréticos e digitálicos.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir automóveis e operar máquinas: O uso de

cloridrato de propranolol provavelmente não resultará em comprometimento da

capacidade dos pacientes em dirigir automóveis ou operar máquinas. Entretanto, deve

ser levado em consideração que ocasionalmente vertigem e fadiga podem ocorrer.

Uso durante a gravidez e lactação

Gravidez

Categoria de risco na gravidez: C

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica.

Como ocorre com todos os medicamentos, cloridrato de propranolol não deve ser

administrado durante a gravidez, a menos que seu uso seja essencial. Não há evidência

de teratogenicidade com o uso de cloridrato de propranolol.

Entretanto, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária o que pode resultar em

morte fetal intrauterina, partos imaturos e prematuros. Além disso, podem ocorrer

eventos adversos, especialmente hipoglicemia e bradicardia no neonato e bradicardia no

feto. Há um risco aumentado de complicações cardíacas e pulmonares no neonato no

período pós-natal.

Lactação

A maioria dos betabloqueadores, principalmente compostos lipofílicos, passará para o

leite materno embora em quantidades variáveis. Portanto, a amamentação não é

recomendada após a administração desses compostos.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Cloridrato de propranolol modifica a taquicardia da hipoglicemia. Deve-se tomar

cuidado ao se instituir o uso de cloridrato de propranolol concomitantemente ao

tratamento hipoglicêmico em pacientes diabéticos. O propranolol pode prolongar a

resposta hipoglicêmica à insulina (ver Contraindicações e Advertências e Precauções).

A administração simultânea de rizatriptana e propranolol pode causar um aumento de

aproximadamente 70-80% na AUC e Cmax da rizatriptana. Presume-se que a exposição

aumentada à rizatriptana deve ser causada pela inibição do metabolismo de primeira

passagem da rizatriptana através da inibição da monoaminoxidase-A. Caso planeje-se

usar ambos os fármacos, uma dose de 5 mg rizatriptana tem sido recomendada.

Antiarrítmicos Classe I (por exemplo, disopiramida) e amiodarona podem apresentar

efeito potencializado no tempo de condução atrial e induzir efeito inotrópico negativo.

A associação entre glicosídeos digitálicos e betabloqueadores pode aumentar o tempo

de condução atrioventricular.

O uso combinado de betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio com efeitos

inotrópicos negativos, como, por exemplo, verapamil e diltiazem, pode levar a um

aumento desses efeitos, particularmente em pacientes com a função ventricular

prejudicada e/ou com anormalidades de condução sino-atrial ou atrioventricular. Isto

pode resultar em hipotensão grave, bradicardia e insuficiência cardíaca. Nenhum destes

medicamentos deve ser administrado por via intravenosa antes da descontinuação do

outro por 48 horas.

A terapia concomitante com bloqueadores de canais de cálcio diidropiridínicos, por

exemplo, nifedipino, pode aumentar o risco de hipotensão e, em pacientes com

insuficiência cardíaca latente, pode ocorrer insuficiência cardíaca.

O uso concomitante de agentes simpatomiméticos, como, por exemplo, adrenalina, pode

neutralizar o efeito dos betabloqueadores. Deve-se tomar cuidado na administração

parenteral de preparações que contenham adrenalina a pacientes em tratamento com

betabloqueadores, uma vez que, em raros casos, pode resultar em vasoconstrição,

hipertensão e bradicardia.

A administração de cloridrato de propranolol durante infusão de lidocaína pode

aumentar a concentração plasmática de lidocaína em aproximadamente 30%. Pacientes

que já estejam recebendo propranolol tendem a apresentar níveis mais altos de lidocaína

do que pacientes-controle. Esta associação deve ser evitada.

O uso concomitante de cimetidina ou hidralazina aumenta os níveis plasmáticos de

propranolol. O uso concomitante de álcool também pode aumentar os níveis

plasmáticos de propranolol.

Os betabloqueadores podem exacerbar a hipertensão de rebote que pode se seguir à

retirada da clonidina. Se os dois medicamentos forem coadministrados, o

betabloqueador deve ser retirado vários dias antes da clonidina. Em caso de substituição

da clonidina por terapia betabloqueadora, a introdução do betabloqueador deve ser feita

vários dias após a interrupção do tratamento com clonidina.

Deve-se tomar cuidado em caso de administração de ergotamina, diidroergotamina ou

substâncias relacionadas em associação ao cloridrato de propranolol, pois foram

relatadas reações vasospásticas em alguns pacientes.

O uso concomitante de inibidores da prostaglandina sintetase (por exemplo:

indometacina e ibuprofeno) pode diminuir os efeitos hipotensores de cloridrato de

propranolol. A administração concomitante de propranolol e clorpromazina pode

resultar em um aumento dos níveis plasmáticos de ambos os fármacos. Isto pode levar a

um maior efeito antipsicótico da clorpromazina e a um maior efeito anti-hipertensivo do

propranolol.

Deve-se tomar cuidado ao utilizar agentes anestésicos com cloridrato de propranolol. O

anestesista deve ser informado e deve-se optar pelo agente anestésico com a menor

atividade inotrópica negativa possível. O uso de betabloqueadores com anestésicos pode

resultar na atenuação da taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. Os

anestésicos que causam depressão miocárdica devem ser evitados. Estudos

farmacocinéticos têm mostrado que os seguintes fármacos podem interagir com o

propranolol, devido aos efeitos nos sistemas enzimáticos do fígado que metabolizam o

propranolol e estes agentes. São eles: quinidina, propafenona, rifampicina, teofilina,

varfarina, tioridazina e bloqueadores de canais de cálcio diidropiridínicos, tais como

nifedipino, nisoldipino, nicardipino, isradipina e lacidipina.Levando-se em conta que as

concentrações plasmáticas de qualquer um destes agentes podem ser afetadas, ajustes de

doses podem ser necessários a critério médico (ver também as interações apresentadas

acima referentes ao uso concomitante com bloqueadores de canais de cálcio

diidropiridínicos).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cloridrato de propranolol deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30°C).

Proteger da luz e umidade.

Cloridrato de propranolol tem validade de 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.

Cloridrato de propranolol 40 mg é comprimido branco, redondo, plano e sulcado em

uma face.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Os comprimidos de cloridrato de propranolol devem ser administrados por via oral,

engolidos inteiros com água.

Posologia

Adultos

Hipertensão

Dose inicial de 80 mg, duas vezes ao dia, que pode ser aumentada em intervalos

semanais, de acordo com a resposta. A dose usual está na faixa de 160-320 mg por dia.

Com administração concomitante de diuréticos ou outros medicamentos anti-

hipertensivos obtém-se uma redução adicional da pressão arterial.

O limite máximo diário de administração de cloridrato de propranolol para o tratamento

da pressão alta é de 640 mg

Angina, ansiedade, enxaqueca e tremor essencial

Dose inicial de 40 mg, duas ou três vezes ao dia, que pode ser aumentada em igual

quantidade, em intervalos semanais, de acordo com a resposta do paciente. Uma

resposta adequada para ansiedade, enxaqueca e tremor essencial é geralmente observada

na faixa de 80-160 mg/dia e, para angina, na faixa de 120-240 mg/dia. A mínima dose

diária para tremor essencial pode ser de 40 mg.

O limite máximo diário de administração de cloridrato de propranolol para cada um dos

tratamentos listados abaixo é de:

- Angina pectoris: 480 mg

- Ansiedade: 160 mg

- Enxaqueca: 240 mg

- Tremor: 160 mg

Arritmia, taquicardia por ansiedade, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e

tireotoxicose

Uma faixa de dose de 10 a 40 mg, três ou quatro vezes ao dia, geralmente atinge a

resposta desejada.

- Arritmia: 240 mg

- Taquicardia por ansiedade: 160 mg

- Cardiomiopatia: 160 mg

- Tireotoxicose: 160 mg

Feocromocitoma (Cloridrato de propranolol deve ser usado apenas na presença de

efetivo bloqueio alfa)

Pré-operatório: recomendam-se 60 mg diários, por três dias.

Casos malignos inoperáveis: 30 mg diários.

do feocromocitoma é de 60 mg para pré-operatório e de 30 mg para casos malignos

inoperáveis.

Tabela – Resumo das doses de cloridrato de propranolol - Adultos (em doses

divididas)

Mínima/dia Máxima/dia

Hipertensão 160 mg 640 mg

Angina pectoris 80 mg 480 mg

Arritmias 30 mg 240 mg

Enxaqueca 80 mg 240 mg

Tremor 40 mg 160 mg

Ansiedade 80 mg 160 mg

Taquicardia por ansiedade 30 mg 160 mg

Tireotoxicose 30 mg 160 mg

Cardiomiopatia 30 mg 160 mg

Feocromocitoma 60 mg (pré-operatório)

30 mg (manutenção)

60 mg

30 mg

Pacientes idosos

Evidência referente à relação entre nível sanguíneo e idade é conflitante. Com relação

aos pacientes idosos, a dose ótima deve ser determinada individualmente, de acordo

com a resposta clínica.

Crianças

A dose deve ser determinada individualmente. As doses recomendadas são:

Arritmias, feocromocitoma, tireotoxicose

Dose de 0,25 a 0,50 mg/kg, três ou quatro vezes ao dia, como for necessário.

Enxaqueca

Abaixo de 12 anos: 20 mg, duas ou três vezes ao dia.

Acima de 12 anos: a mesma dose de adultos.

Insuficiência hepática ou renal

Uma vez que a meia-vida pode ser aumentada em pacientes com insuficiência hepática

ou renal significativa, deve-se ter cuidado quando estiver iniciando o tratamento e

selecionando a dose inicial nestes pacientes.

Caso o paciente se esqueça de tomar uma dose ele deve ser orientado a tomá-la assim

que possível. Não é recomendável tomar duas doses ao mesmo tempo.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Cloridrato de propranolol é geralmente bem tolerado. Em estudos clínicos, as possíveis

reações adversas relatadas são geralmente atribuíveis às ações farmacológicas do

propranolol.

As seguintes reações adversas têm sido relatadas com cloridrato de propranolol:

Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10):

Geral: fadiga e/ou lassitude (frequentemente transitória).

Cardiovascular: bradicardia, extremidades frias, fenômeno de Raynaud.

Sistema Nervoso Central: distúrbios do sono e pesadelos.

Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100):

Gastrointestinal: distúrbios gastrointestinais, assim como náuseas, vômito e diarréias.

Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000):

Geral: vertigem

Sangue: trombocitopenia

Cardiovascular: piora da insuficiência cardíaca, precipitação do bloqueio cardíaco,

hipotensão postural que pode estar associada com síncope e exacerbação de claudicação

intermitente.

Sistema Nervoso Central: alucinações, psicoses, alterações de humor, confusão.

Pele: púrpura, alopecia, reações cutâneas psoriasiformes, agravamento da psoríase,

exantema.

Neurológico: parestesia.

Olhos: olhos secos, distúrbios visuais.

Respiratório: pode ocorrer broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou

história de queixas asmáticas (algumas vezes com resultado fatal).

Reação muito rara (< 1/10.000):

Sistema endócrino: foi relatada hipoglicemia em neonatos, lactentes, crianças, pacientes

idosos, pacientes submetidos a hemodiálise, pacientes em terapia antidiabética

concomitante, pacientes em jejum prolongado e pacientes com doença hepática crônica.

Investigações: aumento dos anticorpos antinucleares (ANA), entretanto, a relevância

clínica deste evento não está clara.

Sistema Nervoso Central: síndrome do tipo miastenia grave ou exacerbação da

miastenia grave.

A descontinuação do tratamento deve ser considerada se, a critério médico, o bem-estar

do paciente estiver sendo afetado por qualquer uma das reações acima. A interrupção do

tratamento com um betabloqueador deve ser gradual. Na rara possibilidade de

intolerância, manifestada como bradicardia e hipotensão, o fármaco deve ser suspenso e,

se necessário, deve-se instituir tratamento para superdosagem.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.