Bula do Cloridrato de Sertralina produzido pelo laboratorio Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Limitada
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de Bula para Profissionais de Saúde
cloridrato de sertralina
Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
50mg e 100mg
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Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
cloridrato de sertralina comprimidos revestidos de 50mg em embalagens contendo 28, 140, 280 e 560 comprimidos revestidos.
cloridrato de sertralina comprimidos revestidos de 100mg em embalagem contendo 14 comprimidos revestidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO* ACIMA DE 6 ANOS DE IDADE
*apenas para o tratamento do transtorno obsessivo compulsivo.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de cloridrato de sertralina contém:
cloridrato de sertralina............................ 56mg*
*Equivalente a 50 mg de sertralina.
Excipientes q.s.p...........1 comprimido revestido
Excipientes: fosfato de cálcio dibásicodi-hidratado, hiprolose, estearato demagnésio,celulose microcristalina, amidoglicolato de
sódio, água purificada, opadry branco OY-S-7355 (hipromelose, polietilenoglicol, dióxido de titânio E171 e polissorbato 80).
cloridrato de sertralina............................ 112mg*
*Equivalente a 100 mg de sertralina.
Excipientes: fosfato de cálcio dibásicodi-hidratado, hiprolose, estearato de magnésio, celulose microcristalina, amidoglicolato de
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
2. RESULTADOS DE EFICÁCEA
Depressão (Transtorno Depressivo Maior)
A eficácia de cloridrato de sertralina no tratamento da depressão maior foi estabelecida em 2 estudos clínicos, placebo-controlados,
em pacientes adultos ambulatoriais que preenchiam o critério do DSM-III para o transtorno depressivo maior. O Estudo 1 foi de 8
semanas, de doses flexíveis, cloridrato de sertralina de 50 a 200 mg/dia. A dose média para os pacientes que completaram o estudo
foi de 145 mg/dia. O Estudo 2 foi de dose fixa, teve a duração de 6 semanas e incluiu doses de cloridrato de sertralina 50, 100, e 200
mg/dia. De uma forma geral estes estudos clínicos demonstraram que cloridrato de sertralina foi superior ao placebo na melhora do
escore nas escalas de depressão de Hamilton (HAM-D), escala de Impressão Clínica Global de Gravidade da doença (ICG-G) e de
Melhora (ICG-M). O Estudo 2 não foi prontamente interpretável no que se refere à relação dose-resposta para a demonstração da
eficácia do tratamento.
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O Estudo 3 envolveu pacientes ambulatoriais com depressão, que haviam apresentado melhora ao final de 8 semanas de tratamento
com cloridrato de sertralina, de forma aberta, na dose de 50 a 200 mg/dia. Estes pacientes (n=295) foram randomizados para
continuar o tratamento com cloridrato de sertralina na dose de 50 a 200 mg/dia ou placebo por um período de observação duplo-
cego de 44 semanas. Um menor número, estatisticamente significativo, de recaídas foi observado no grupo de pacientes que
receberam cloridrato de sertralina, quando comparado ao grupo placebo. A dose média para os pacientes que completaram o estudo
clínico foi de 70 mg/dia.
As análises para diferenciação de efeitos com relação ao gênero não sugeriram diferença entre os resultados de eficácia entre o
grupo de homens e o de mulheres.
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
A eficácia de cloridrato de sertralina no tratamento do TOC foi demonstrada em 3 estudos clínicos multicêntricos, placebo-
controlados, realizados com pacientes adultos ambulatoriais (Estudos 1-3). Os pacientes em todos os estudos clínicos apresentavam
TOC de intensidade moderada a grave (segundo os critérios do DSM-III ou DSM-III-R). Apresentavam ainda, na linha de base, um
escore de 23 a 25, quando avaliados pela escala de sintomas obsessivo-compulsivos de Yale-Brown (YBOCS).
O Estudo 1 teve a duração de 8 semanas e utilizou doses flexíveis de cloridrato de sertralina (50 a 200 mg/dia). A dose média para
os pacientes que completaram o estudo clínico foi de 186 mg/dia. Os pacientes que foram tratados com cloridrato de sertralina
apresentaram uma redução de aproximadamente 4 pontos no escore total da escala YBOCS, o que foi significativamente maior do
que a redução média de 2 pontos, obtidos no grupo de pacientes tratados com placebo.
O Estudo 2, realizado com doses fixas, de 12 semanas de duração, utilizou cloridrato de sertralina nas doses de 50, 100 e 200
mg/dia. Os pacientes que receberam doses de cloridrato de sertralina de 50 e 200 mg/dia apresentaram, no desfecho, reduções
médias de aproximadamente 6 pontos no escore da escala YBOCS, o que foi significativamente maior do que a redução de 3 pontos
de redução obtidos pelo grupo de pacientes tratados com placebo.
O Estudo 3, de 12 semanas de tratamento, de doses flexíveis, com doses variando entre 50 mg/dia e 200 mg/dia e com dose média
dos pacientes que completaram o estudo de 185 mg/dia, demonstrou que cloridrato de sertralina foi capaz de reduzir em
aproximadamente 7 pontos o escore médio da escala YBOCS, resultado significativamente maior do que a redução média de
aproximadamente 4 pontos, obtido pelo grupo de pacientes tratados com placebo.
A eficácia de cloridrato de sertralina para o tratamento do TOC também foi demonstrada em pacientes ambulatoriais pediátricos
(crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos), por meio de um estudo clínico multicêntrico, de 12 semanas, placebo-
controlado e de grupos paralelos. Os pacientes que receberam cloridrato de sertralina neste estudo clínico iniciaram o tratamento em
uma dose de 25 mg/dia (crianças de 6 a 12 anos de idade) ou 50 mg/dia (adolescentes, com idade entre 13 e 17 anos), e a seguir
foram titulados nas 4 semanas seguintes do estudo clínico até uma dose máxima de 200 mg/dia, conforme a tolerabilidade. A dose
média para os pacientes que completaram o estudo clínico foi de 178 mg/dia. A dose foi administrada uma vez ao dia, de manhã ou
à noite.
Os pacientes neste estudo clínico apresentaram TOC de intensidade moderada a grave (DSM-III-R), segundo Children's Yale-Brown
Obsessive-CompulsiveScale (escala CYBOCS, para crianças) cujo score total é de 22. Os pacientes que receberam cloridrato de
sertralina apresentaram uma redução média de aproximadamente 7 pontos (escala CYBOCS), redução significativamente maior do
que os 3 pontos de redução obtidos no grupo tratado com placebo.
As análises de subgrupo, tais como idade, raça ou sexo, não indicaram qualquer diferença nos resultados do tratamento.
Em um estudo clínico de longo-prazo, pacientes com TOC (DSM-III-R) que haviam apresentado resposta ao tratamento em um
estudo clínico prévio de 52 semanas, de desenho mono-cego com cloridrato de sertralina na dose de 50 a 200 mg/dia (n=224), foram
randomizados para a continuidade de tratamento com cloridrato de sertralina ou para substituição do placebo por até 28 semanas de
observação para a descontinuação em decorrência da recaída ou pela insuficiência da resposta clínica. A resposta durante a fase
mono-cega foi definida como uma diminuição do escore da escala YBOCS de ≥ 25% quando comparado à linha de base e um
escore da escala de ICG-M de 1 (muito melhor), 2 (melhor) ou 3 (discretamente melhor). A recaída durante a fase duplo-cega foi
definida pelas seguintes condições (encontradas em 3 visitas consecutivas, na visita 1, 2 e 3, para a condição 3): (1) escore da escala
YBOCS aumentado de ≥ 5 pontos, para um mínimo de 20, na linha de base; (2) ICG-M aumentado de ≥ 1 ponto e (3) piora da
condição do paciente, no parecer do investigador do estudo clínico, que justificasse tratamento alternativo. Resposta clínica
insuficiente indicava uma piora das condições do paciente que resultavam na descontinuação do estudo, avaliado pelo investigador.
Os pacientes que receberam cloridrato de sertralina de forma contínua apresentaram uma taxa significativamente menor de
descontinuação devido à recaída ou resposta clínica insuficiente, durante as 28 semanas subsequentes, quando comparados com o
grupo placebo. Esse padrão foi demonstrado em homens e mulheres.
Transtorno de Pânico
A eficácia de cloridrato de sertralina no tratamento do transtorno de pânico foi demonstrada em 3 estudos clínicos duplo-cegos,
placebo-controlados (Estudos 1-3), em pacientes adultos ambulatoriais, com diagnóstico primário de transtorno de pânico (DSM-III-
R), com ou sem agorafobia.
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Os Estudos 1 e 2 apresentavam tratamentos de dose flexível, com a duração de 10 semanas. Cloridrato de sertralina foi iniciado na
dose de 25 mg/dia, para a primeira semana e a partir da segunda semana os pacientes receberam doses de 50 mg /dia a 200 mg/dia,
conforme a tolerabilidade e resposta clínica. A dose média de cloridrato de sertralina para os pacientes que completaram as 10
semanas foi de 131 mg/dia e 144 mg/dia, respectivamente, para os Estudos 1 e 2. Nestes estudos, cloridrato de sertralina demonstrou
ser significativamente melhor do que o placebo no tratamento dos sintomas do transtorno de pânico para reduzir a frequência dos
ataques de pânico e melhorar os escores da escala de ICG-G e da escala de ICG-M. A diferença entre cloridrato de sertralina e
placebo na redução do número de ataques de pânico em relação à linha de base foi de aproximadamente 2 ataques de pânico por
semana em ambos os estudos.
O Estudo 3, de dose fixa, de 12 semanas, com cloridrato de sertralina nas doses de 50, 100 e 200 mg/dia também foi realizado. Os
pacientes que foram tratados com cloridrato de sertralina apresentaram uma maior e significativa redução nos ataques de pânico, em
relação ao grupo placebo. O Estudo 3 não foi prontamente interpretável no que se refere à relação dose-resposta para a
demonstração da efetividade do medicamento.
grupo de homens e o de mulheres, bem como para a idade ou a raça.
Em um estudo clínico de longo prazo, pacientes com transtorno de pânico (pelo DSM-III-R) e que tinham apresentado resposta ao
tratamento durante um estudo clínico aberto de 52 semanas com cloridrato de sertralina, com doses de 50 mg/dia a 200 mg/dia
(n=183), foram randomizados para continuarem o tratamento com cloridrato de sertralina ou para substituição do placebo por até 28
semanas de observação para a avaliação de descontinuação por recaída ou falta de resposta clínica adequada ao tratamento. A
resposta durante a fase aberta foi definida com um escore ICG-M de 1 (muito melhor) ou 2 (melhor). Recaídas durante o tratamento
na fase duplo-cega foi definida pelas seguintes condições encontradas em 3 visitas consecutivas: (1) ICG-M ≥ a 3; (2) encaixa-se
nos critérios do DSM-III-R para o transtorno de pânico; (3) número de ataques de pânico maior do que o basal. A resposta clínica
insuficiente indicava uma piora da condição clínica do paciente que resultou na descontinuação do estudo, como avaliado pelo
investigador. Os pacientes que receberam cloridrato de sertralina apresentaram uma taxa significativamente mais baixa de
descontinuação devido à recaída ou resposta clínica insuficiente do que os pacientes do grupo placebo durante as 28 semanas de
avaliação do estudo. Esse padrão foi demonstrado em homens e mulheres.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
A eficácia de cloridrato de sertralina no tratamento do TEPT foi estabelecida em dois estudos clínicos multicêntricos, placebo
controlados, com pacientes adultos ambulatoriais (Estudos 1 e 2) que estavam dentro dos critérios DSM-III-R para TEPT. A
duração média do TEPT para estes pacientes foi de 12 anos (Estudos 1 e 2 combinados) e 44% dos pacientes (169 dos 385 pacientes
tratados) apresentavam transtorno depressivo secundário.
Os Estudos 1 e 2 com duração de 12 semanas, utilizaram doses flexíveis de cloridrato de sertralina. Cloridrato de sertralina foi
iniciado na dose de 25 mg/dia para a primeira semana e, a partir da segunda semana, os pacientes receberam doses entre 50 mg/dia a
200 mg/dia com base na eficácia clínica e tolerabilidade apresentados. A dose média de cloridrato de sertralina para os pacientes que
completaram os Estudos 1 e 2 foi de 146 mg/dia e 151 mg/dia, respectivamente. O desfecho do estudo foi avaliado pela 2ª parte da
Escala de TEPT Administrado pelo Clínico (ETAC), que é um instrumento que mede os três complexos de sintomas do TEPT: re-
experiência/pensamentos intrusos, comportamento evitativo/entorpecimento e hipervigilância e também pela Escala de Impacto do
Evento, ranqueado pelo paciente (EIE), que mede os sintomas de pensamentos intrusos e comportamento evitativo. Cloridrato de
sertralina mostrou ser significativamente mais eficaz do que placebo na mudança da ETAC, EIE e sobre a Impressão Global Clínica
(IGC) da escala de gravidade da doença e de melhora global.
Em dois estudos clínicos adicionais placebo-controlados sobre o TEPT, a diferença na resposta do tratamento entre os pacientes
recebendo cloridrato de sertralina versus placebo não foi estatisticamente significativa. Um destes estudos adicionais foi conduzido
em pacientes similares àqueles dos Estudos 1 e 2, enquanto o segundo estudo adicional foi conduzido predominantemente em
homens veteranos de guerra. Como o TEPT é uma desordem mais comum em mulheres do que em homens, a maioria dos pacientes
(76%) nestes estudos eram mulheres (152 e 139 mulheres tratadas com cloridrato de sertralina e placebo, respectivamente versus 39
e 55 homens tratados com cloridrato de sertralina e placebo, respectivamente - Estudos 1 e 2 combinados). Análises investigativas
post hoc revelaram uma diferença significativa entre cloridrato de sertralina e placebo com relação aos escores da ETAC, EIE e IGC
em mulheres independentemente do diagnóstico de transtorno depressivo na linha de base (co-morbidade) mas, basicamente,
nenhum efeito no número relativamente menor de homens foi observado nestes estudos. O significado clínico desta aparente relação
com o gênero masculino ou feminino não é conhecido. Houve informações insuficientes para determinar o efeito da raça e gênero
sobre o resultado.
Em um estudo clínico de longo prazo, os pacientes com TEPT (DSM-III-R) que responderam a um tratamento aberto de 24 semanas
com cloridrato de sertralina nas doses de 50 mg/dia a 200 mg/dia (n=96) foram randomizados para continuar o tratamento com
cloridrato de sertralina ou para substituir o mesmo por placebo por até 28 semanas, para a observação de recaídas. A resposta clínica
durante a fase aberta foi definida como uma ICG-M de 1 (muito melhor) ou 2 (melhor), e uma diminuição no escore da ETAC-2 de
≥ 30% comparado com a linha de base. A recaída durante a fase duplo-cega foi definida como as seguintes condições encontradas
em duas visitas consecutivas: (1) ICG-M ≥3; (2) escore da ETAC-2 aumentado de ≥ 30% e de ≥ 15 pontos em relação à linha de
base e (3) piora da condição do paciente, segundo a avaliação do investigador. Os pacientes que receberam tratamento continuado
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com cloridrato de sertralina apresentaram taxas de recaídas significativamente mais baixas nas 28 semanas subsequentes de
tratamento do que aqueles pacientes tratados com placebo. Este padrão foi observado em homens e mulheres.
Tensão pré-menstrual - transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)
A eficácia de cloridrato de sertralina para o tratamento do TDPM foi estabelecida em dois estudos clínicos duplo-cegos, placebo-
controlados e de doses flexíveis (Estudos 1 e 2), que foram conduzidos ao longo de 3 ciclos menstruais. As pacientes do Estudo 1
apresentavam diagnóstico de transtorno disfórico de fase lútea tardia ou TDFLT (DSM-III-R), uma síndrome de tensão pré-
menstrual agora referida como TDPM (DSM-IV). As pacientes do Estudo 2 apresentavam critérios para TDPM (DSM-IV). O
Estudo 1 utilizou doses diárias ao longo da pesquisa, enquanto o Estudo 2 utilizou a dose diária de cloridrato de sertralina na fase
lútea, duas semanas antes do início da menstruação. A duração média dos sintomas pré-menstruais destas pacientes foi de
aproximadamente 10,5 anos em ambos os estudos. As pacientes em uso de contraceptivos orais foram excluídas destes estudos;
portanto, a eficácia de sertralina em combinação de contraceptivos orais para o tratamento do TDPM, é desconhecida. A eficácia do
tratamento foi avaliada por meio do diário de registro da intensidade dos problemas (DRSP), um instrumento preenchido pela
paciente que espelha o critério diagnóstico do TDPM como estabelecido no DSM-IV, e inclui a avaliação de sintomas como
alteração do humor, sintomas físicos e outros. Outras medidas de eficácia incluíram a escala de depressão de Hamilton (HAMD-17)
e a escala de ICG-G e escala de ICG-M.
No Estudo 1, que envolveu 251 pacientes randomizadas, cloridrato de sertralina foi iniciado na dose de 50 mg/dia e administrado
diariamente ao longo do ciclo menstrual. Nos ciclos subsequentes, houve ajuste de dose para o intervalo de 50-150 mg/dia com base
na resposta clínica e tolerabilidade da paciente. A dose média para as pacientes que completaram o tratamento foi de 102 mg/dia.
Cloridrato de sertralina administrado diariamente ao longo do ciclo menstrual foi significativamente mais eficaz do que o placebo na
mudança do escore dos desfechos da DRSP total, HAMD-17 total e da ICG-G e ICG-M, em relação à linha de base.
No Estudo 2 que envolveu 281 pacientes randomizadas, o tratamento com cloridrato de sertralina foi iniciado com 50 mg/dia na fase
lútea tardia (últimas 2 semanas) de cada ciclo menstrual, sendo descontinuado com o início da menstruação. Nos ciclos
subsequentes, as pacientes foram tratadas com 50 - 100 mg/dia de cloridrato de sertralina durante a fase lútea de cada ciclo,
dependendo da resposta clínica e tolerabilidade apresentada. As pacientes que foram tituladas para 100 mg/dia receberam 50 mg/dia
para os 3 dias iniciais do ciclo, sendo posteriormente aumentada a dose para 100 mg/dia para o restante do ciclo. A dose média de
cloridrato de sertralina para as pacientes que completaram o estudo foi de 74 mg/dia. Cloridrato de sertralina administrado na fase
lútea do ciclo menstrual foi significativamente mais eficaz do que o placebo para a mudança dos parâmetros: escore da DRSP total,
ICG-G e ICG-M no desfecho, em relação à linha de base.
Havia informação insuficiente para determinar o efeito da raça ou idade sobre a eficácia nestes estudos.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
A eficácia de cloridrato de sertralina no tratamento da fobia social (transtorno de ansiedade social) foi estabelecida em dois estudos
clínicos (Estudos 1 e 2) multicêntricos, placebo-controlados, em pacientes ambulatoriais com diagnóstico de fobia social (transtorno
de ansiedade social, segundo o DSM-IV).
O Estudo 1 multicêntrico, de 12 semanas, de doses flexíveis, comparou cloridrato de sertralina, nas doses de 50 mg/dia a 200
mg/dia, ao placebo. O tratamento foi iniciado com 25 mg/dia de cloridrato de sertralina na primeira semana. Os parâmetros de
eficácia foram avaliados por meio de: (a) Escala de Ansiedade Social de Liebowitz (LSAS) e pela proporção de pacientes que
responderam ao tratamento definido pela escala de ICG-M ≤ 2 (1 = muito melhor ou 2 = melhor). Cloridrato de sertralina foi
significativamente mais eficaz, do ponto de vista estatístico, do que o placebo, pela análise dos resultados do escore da LSAS e da
porcentagem de pacientes que responderam ao tratamento.
O Estudo 2 multicêntrico, de 20 semanas, de doses flexíveis, comparou cloridrato de sertralina nas doses de 50 mg/dia a 200 mg/dia
ao placebo. As avaliações de eficácia deste estudo incluíram: (a) Escala de Fobia Social de Duke (BSPS), (b) Subescala de Medo do
questionário Marks de Fobia Social (FQ-SPS) e (c) porcentagem de pacientes que responderam ao tratamento definido como ICG-M
≤ 2. Cloridrato de sertralina foi significativamente mais eficaz, do ponto de vista estatístico, que o placebo, a partir da análise do
escore total da BSPS e também do escore total da FQ-SPS, obtidos no desfecho e quando comparados com a linha de base. Além
disso, mais pacientes tratados com cloridrato de sertralina apresentaram resposta ao tratamento (definido pelo ICG-M).
A análise de subgrupos não sugeriu diferenças no tratamento com relação ao gênero e não havia informação suficiente para
determinar o efeito da raça ou idade sobre as medidas de eficácia.
Nos estudos clínicos de longo prazo, pacientes com fobia social que haviam respondido ao tratamento com cloridrato de sertralina
(ICG-M de 1 ou 2) durante um estudo de 20 semanas de duração, na dose de 50 a 200 mg/dia, foram randomizados para continuar o
tratamento com o cloridrato de sertralina, ou para substituí-lo por placebo, por até 24 semanas, para a avaliação de recaída. A
recaída foi definida como um aumento ≥ 2 pontos no escore de ICG-G, quando comparado à linha de base ou descontinuação devido
à falta de eficácia. Os pacientes tratados com cloridrato de sertralina apresentaram um número estatisticamente menor de recaídas do
que os pacientes que continuaram com placebo, nestas 24 semanas de observação.
Cloridrato de sertralina é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à sertralina ou a outros componentes da
fórmula.
O uso concomitante de cloridrato de sertralina em pacientes utilizando inibidores da monoaminoxidase (IMAO) é contraindicado
(vide item 5. Advertências e Precauções).
O uso concomitante de cloridrato de sertralina em pacientes utilizando pimozida é contraindicado (vide item 6. Interações
Medicamentosas).
Cloridrato de sertralina 50 mg e 100 mg devem ser conservados em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegidos da luz e
umidade e podem ser utilizados por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas: cloridrato de sertralina 50 mg e 100 mg são comprimidos revestidos, em formato oval, de
cor branca e com um sulco em um dos lados dos comprimidos.
Cloridrato de sertralina deve ser administrado em dose única diária, pela manhã ou à noite. Cloridrato de sertralina comprimidos
revestidos, via oral, pode ser administrado com ou sem alimentos.
A dose máxima recomendada de cloridrato de sertralina é de 200 mg/dia.
Tratamento Inicial
Depressão e TOC: o tratamento com cloridrato de sertralina deve ser feito com uma dose de 50 mg/dia.
Transtorno do Pânico, Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) e Fobia Social: o tratamento deve ser iniciado com 25
mg/dia, aumentando para 50 mg/dia após uma semana. Este regime de dosagem demonstrou reduzir a frequência de efeitos
colaterais emergentes no início do tratamento, característicos do transtorno do pânico.
Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (STPM) e/ou Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM): o tratamento deve ser
iniciado com 50 mg/dia, podendo-se adotar o tratamento contínuo (durante todo o ciclo menstrual) ou apenas durante a fase lútea do
ciclo, de acordo com orientação médica.
Titulação
Depressão, TOC, Transtorno do Pânico, Transtorno do Estresse Pós–Traumático e Fobia Social: os pacientes que não
responderem à dose de 50 mg, podem ser beneficiados com um aumento da dose. As alterações nas doses devem ser realizadas com
um intervalo mínimo de 1 semana, até a dose máxima recomendada de sertralina, que é de 200 mg/dia. Alterações nas doses não
devem ser feitas mais que 1 vez por semana devido à meia-vida de eliminação da sertralina de 24 horas.
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O início dos efeitos terapêuticos pode ocorrer dentro de 7 dias. Entretanto, períodos maiores são geralmente necessários,
especialmente no tratamento de TOC.
Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (STPM) e Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM): uma vez que a relação entre
dose e efeito ainda não foi estabelecida para o tratamento dos sintomas da Síndrome da Tensão Pré-Menstrual e/ou Transtorno
Disfórico Pré-Menstrual, as pacientes que participaram dos estudos clínicos foram tratadas com doses variando entre 50-150 mg/dia,
com aumentos de dose a cada novo ciclo menstrual. As pacientes que não estiverem obtendo resultados com a dose de 50 mg/dia
podem ser beneficiadas com aumentos de dose (incrementos de 50 mg a cada ciclo menstrual), até um máximo de 150 mg/dia
quando administrado diariamente durante todo o ciclo menstrual, ou até um máximo de 100 mg/dia quando administrado somente
durante a fase lútea do ciclo. Se a dose de 100 mg/dia for estabelecida para a fase lútea, titulações equivalentes a 50 mg/dia, por 3
dias, devem ser utilizadas no início do tratamento de cada fase lútea do ciclo.
Manutenção: a dose de cloridrato de sertralina durante a terapia de manutenção prolongada deve ser mantida com a menor dose
eficaz, com subsequentes ajustes dependendo da resposta terapêutica.
Uso em Crianças
Tratamento do TOC: a segurança e a eficácia do uso da sertralina foi estabelecida para pacientes pediátricos (com idades variando
entre 6 e 17 anos) apenas para o tratamento do TOC. A administração de sertralina em pacientes pediátricos com idades variando
entre 13 e 17 anos deve começar com 50 mg/dia. O tratamento de pacientes pediátricos com idades variando entre 6 e 12 anos deve
começar com 25 mg/dia e aumentar para 50 mg/dia após uma semana. No caso de ausência de resposta clínica, a dose pode ser
subsequentemente aumentada em incrementos de 50 mg/dia, até 200 mg/dia, se necessário. Em um estudo clínico com pacientes
com idades variando entre 6 e 17 anos, com depressão ou TOC, a sertralina mostrou um perfil farmacocinético similar àquele
observado em adultos. Entretanto, o menor peso corpóreo de uma criança, quando comparado ao de um adulto, deve ser considerado
quando se pensar em aumentar a dose de 50 mg.
Titulação em Crianças e Adolescentes: uma vez que a meia-vida de eliminação da sertralina é de aproximadamente 24 horas, as
mudanças de dosagem não devem ocorrer em intervalos menores que uma semana.
Uso em Idosos
A mesma dosagem indicada para pacientes mais jovens pode ser utilizada em pacientes idosos. Mais de 700 pacientes idosos (idade
superior a 65 anos) participaram de estudos clínicos que demonstraram a eficácia da sertralina nesta população de pacientes. O
padrão e incidências de reações adversas nos idosos foram similares aos observados em pacientes mais jovens.
Uso na Insuficiência Hepática
O uso da sertralina em pacientes com doença hepática deve ser feito com cuidado. Uma dose menor ou menos frequente deve ser
considerada para pacientes com insuficiência hepática (vide item 5. Advertências e Precauções).
Uso na Insuficiência Renal
A sertralina é extensamente metabolizada. A excreção do fármaco inalterado na urina é uma via de eliminação pouco significativa.
De acordo com a baixa excreção renal da sertralina, as doses de sertralina não precisam ser ajustadas com base no grau de
insuficiência renal (vide item 5. Advertências e Precauções).
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar cloridrato de sertralina no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima.
Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
O perfil de efeito adverso normalmente observado em estudos duplo-cegos, placebo-controlados em pacientes com Transtorno
Obsessivo Compulsivo (TOC), transtorno do pânico, Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) e fobia social foi semelhante
ao observado em experiências clínicas em pacientes com depressão.
Tabela de Reações Adversas
Classe de
Sistema de
Órgãos
Muito
(Comum ≥
1/10)
Comum (≥
1/100 a ˂ 1/10)
Incomum (≥ 1/1000 a ˂
1/100)
Raro (≥ 1/10000 a
˂ 1/1000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
13
dados
disponíveis)
Distúrbios no
sangue s sistema
linfático
Leucopenia*§
,
trombocitopenia*§
Distúrbios do
sistema imune
Hipersensibilidade* Reação
anafilactoide *
Distúrbios
endócrinos
Hipotireoidismo * Secreção
inapropriada de
hormônio
antidiurético*§
hiperprolactinemia
*§
metabolismo e
nutrição
Diminuição do
apetite, aumento
do apetite*
Diabetes mellitus*,
hiponatremia*§,
hipoglicemia*,
hiperglicemia *§
psiquiátricos
Insônia Sintomas de
depressão*,
diminuição da
libido*,
agitação*,
ansiedade*
Alucinação*, agressão*,
humor eufórico*,
confusional state*,
bruxismo*
Distúrbio
psicótico*§,
pesadelo*§
sistema nervoso
Sonolência,
tontura, dor de
cabeça*
Parestesia*,
hipertonia*,
tremor,
contrações
musculares
involuntárias*
Coma*, convulsões*,
síncope*, distúrbios
extrapiramidais*,
hipercinesia*, acatisia*,
enxaqueca*, hipoestesia*
Síndrome de
serotonina*§
distonia*§
oculares
deficiência
visual*
midríase*, edema
periorbital*
ouvido e do
labirinto
Zumbido*
cardíacos
Palpitações* Taquicardia* Torsade de
Pointes*§
vasculares
Rubor* Hemorragia*, hipertensão* Vasoconstrição
cerebral*§
(incluindo
síndrome da
vasoconstrição
cerebral reversível e
síndrome de Call
Fleming)
respiratórios,
torácicos e do
mediastino
Bocejo* Broncoespasmo*, epistaxe*
gastroinstestinais
Diarreia, Boca
seca, náusea
Vômito*, dor
abdominal*,
constipação*,
dispepsia
Hemorragia
gastrointestinal*
Pancreatite*§
hepatobiliares
Lesão hepática*§
Distúrbios da pele
e tecido
subcutâneo
Rash*,
hiperidrose
Urticária*, púrpura*,
prurido*, alopecia*
Necrólise
epidérmica
tóxica*§
, síndrome
de Stevens-
14
Johnson*§
angioedema*§
, rash
esfoliativo*, reação
de
fotossensibilidade
na pele*§
músculo –
esqueléticos, do
tecido conjuntivo
e dos ossos
Atralgia* Espasmos musculares*
urinários e renais
Retenção urinária *,
incontinência urinária*
Hematúria*,
enurese*§
sistema
reprodutivo e da
mama
Distúrbios da
ejaculação
Disfunção
sexual,
menstruação
irregular*
Priapismo*,
galactorreia*,
ginecomastia*§
Distúrbios gerais
e condições no
local da
administração:
Fadiga* Dor no peito*,
mal- estar*
distúrbios da marcha*,
edema facial*, edema
periférico*, pirexia*,
astenia*
abstinência
medicamentosa*§
Investigações Aumento da alanina
aminotransferase*,
aumento da
aspartatoaminotransferase*,
diminuição do peso*,
aumento do peso* exames
laboratoriais anormais*
Intervalo QT no
eletrocardiograma
prolongado*§
, teste
de função
plaquetária
anormal*§
colesterol
sanguíneo
aumentado*
Lesões,
envenenamento e
complicações
processuais
Fratura*
* - Reações Adversas identificadas pós-comercialização
§
- Frequências das Reações Adversas estimadas através da “Regra de 3/n”
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Cloridrato de sertralina tem margem de segurança dependente da população de paciente e/ou medicações concomitantes.
Também foram relatadas mortes envolvendo superdose com cloridrato de sertralina, isolado ou em associação a outros fármacos
e/ou álcool. Portanto, qualquer superdose deve ser tratada rigorosamente. Os sintomas de superdose incluem: efeitos adversos
mediados pela serotonina, tais como prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma torsade de pointes, sonolência,
distúrbios gastrintestinais (como náusea e vômito), taquicardia, tremor, agitação e tontura. O coma foi reportado com menor
frequência.
Não existem antídotos específicos para sertralina. Se necessário, estabeleça e mantenha respiração assistida, assegure ventilação e
oxigenação adequadas, se necessário. Carvão ativado, pode ser utilizado com um agente catártico, pode ser tão ou mais eficaz do
que a lavagem e deve ser considerado no tratamento da superdose. A indução de emese não é recomendada. Monitoração cardíaca e
dos sinais vitais são recomendadas juntamente com o controle dos sintomas e medidas gerais de suporte. Devido ao amplo volume
de distribuição da sertralina, diurese forçada, diálise, hemoperfusão e transfusões de sangue provavelmente não trarão benefícios.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
III-DIZERES LEGAIS
M.S. - 1.5167.0027
15
Farmacêutico Responsável: Paulo Fernando Bertachini - CRF-GO nº 3.506
Fabricado por:
Aurobindo Pharma Limited
Hyderabad – Telangana State – Índia
Importado por:
Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.
Via Principal 06E, Qd. 09, Md. 12-15, DAIA
Anápolis-Goiás
CNPJ: 04.301.884/0001-75
Indústria Brasileira
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.
P1510338
Modelo de Bula para Profissionais de Saúde
Histórico de alteração para a bula
Dados da Submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
N° expediente Assunto Data do
N° Do
Assunto Data de
aprovação
Itens de Bula Versões
(VP/VPS)
Apresentações
relacionadas
22/11/2013 0981173137
10459 –
GENÉRICO –
Inclusão Inicial
de Texto de Bula
– RDC 60/12
Inclusão
Inicial de
Texto de Bula
02/09/2013
Atualização de texto de bula conforme bula
padrão publicada no bulário.
Submissão eletrônica para disponibilização do
texto de bula no Bulário eletrônico da ANVISA.
VPS
Comprimidos
50 mg e 100 mg
20/12/2013 1070827138
10452 –
GENÉRICO
– Notificação de
Alteração de
Texto de
Bula – RDC
60/12
– Notificação
de
20/12/2013
III) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE