Bula do Cloridrato de Tramadol (Port 344/98 - Lista A2) produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de tramadol
Solução injetável 50mg/mL e 100mg/mL
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Solução injetável 50mg/mL
Embalagens contendo 6 e 100 ampolas com 1mL.
Solução injetável 100mg/2mL
Embalagens contendo 6 e 100 ampolas com 2mL.
USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO
USO ADULTO ACIMA DE 16 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável de 50mg/mL contém:
cloridrato de tramadol.......................................................................................................50mg
Veículo q.s.p...................................................................................................................... 1mL
Excipientes: acetato de sódio anidro e água para injetáveis.
Cada 2mL da solução injetável 100mg/2mL contém:
cloridrato de tramadol.....................................................................................................100mg
Veículo q.s.p.......................................................................................................................2mL
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O cloridrato de tramadol solução injetável é indicado para dor de intensidade moderada a
grave, de caráter agudo, subagudo e crônico.
Estudos Clínicos
O tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100mg a pacientes com dores
geradas após procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados).
Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da
dor foi alcançado com doses de 50 e 75mg de tramadol. A dose de 100mg de tramadol tende
a promover analgesia superior à de 60mg de sulfato de codeína, mas não foi tão efetiva
como a combinação de 650mg de ácido acetilsalicílico com 60mg de fosfato de codeína.
O tramadol foi estudado em três estudos clínicos controlados, em longo prazo, envolvendo
um total de 820 pacientes, onde 530 deles receberam tramadol. Pacientes com uma
variedade de condições de dor crônica foram estudados em um estudo clínico duplo-cego
com duração de um a três meses. Doses diárias médias de aproximadamente 250mg de
tramadol em doses divididas, foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300mg
de paracetamol com 30mg de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325mg de ácido
acetilsalicílico com 30mg de fosfato de codeína ou a duas ou três doses diárias de 500mg de
paracetamol com 5mg de cloridrato de oxicodona.
Propriedades Farmacodinâmicas
O tramadol é um analgésico opioide de ação central. É um agonista puro não seletivo dos
receptores opioides µ (mi), δ (delta) e κ (kappa), com uma afinidade maior pelo receptor µ
(mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito analgésico de tramadol são a inibição
da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da liberação de serotonina.
O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, de uma maneira geral,
doses analgésicas de tramadol não apresentam efeito depressor sobre sistema respiratório. A
motilidade gastrintestinal também não é afetada. Os efeitos no sistema cardiovascular
tendem a ser leves. Foi relatado que a potência de tramadol é 1/10 a 1/6 da potência da
morfina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intramuscular em humanos, tramadol é rápida e completamente
absorvido: o pico médio de concentração sérica (Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a
biodisponibilidade é quase 100%. Mais de 90% de tramadol é absorvido após administração
oral em humanos (cápsulas). A meia-vida de absorção é de 0,38 ± 0,18 h.
Uma comparação das áreas sob as curvas das concentrações séricas de tramadol (AUC) após
administração oral e I.V. mostra uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para tramadol
cápsulas. Comparado com outros analgésicos opioides a biodisponibilidade absoluta de
tramadol cápsulas é extremamente alta.
Os picos de concentrações séricas são alcançados após 2h após administração de tramadol
cápsulas. Após administração de tramadol Retard, o pico de concentração plasmática Cmáx
é de 141 ± 40 ng/mL após 4,9 horas.
A farmacocinética de tramadol comprimidos e solução oral não são significativamente
diferentes de tramadol cápsulas em relação à extensão da biodisponibilidade medida pela
AUC. Houve uma diferença de 10% na Cmáx entre tramadol cápsulas e tramadol
comprimidos. O tempo para alcançar a Cmáx foi de 1 hora para tramadol solução oral, 1,5
horas para tramadol comprimidos e 2,2 horas para tramadol cápsulas refletindo a rápida
absorção das formas líquidas orais.
O tramadol apresenta uma alta afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20%
liga-se às proteínas plasmáticas.
O tramadol atravessa as barreiras placentárias e hematoencefálica. Pequenas quantidades de
tramadol e do derivado O-desmetil são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02% da dose
aplicada, respectivamente).
A inibição das isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidos na biotransformação de
tramadol pode afetar a concentração plasmática de tramadol ou seus metabólitos ativos. Até
o momento, não foram observadas interações clinicamente relevantes.
O tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. A excreção
urinária cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada. A meia-vida de
eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6 horas, independentemente da via de
administração. Em pacientes acima de 75 anos de idade, a meia-vida de eliminação pode ser
prolongada por um fator de aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as
meias-vidas de eliminação são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ± 4,9 h (O-
desmetiltramadol); em um caso extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h, respectivamente. Em
pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 5 mL/minuto), os valores foram
11 ± 3,2 h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h, respectivamente.
Em humanos, o tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e
conjugação dos produtos da O-desmetilação com ácido glicurônico. Somente o O-
desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há diferenças quantitativas interindividuais
consideráveis entre os outros metabólitos. Até o momento, onze metabólitos foram
detectados na urina. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol é 2-4
vezes mais potente do que o fármaco inalterado. A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é
de 7,9 h (5,4 – 9,6 h), bastante similar à meia-vida de tramadol.
O tramadol tem um perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica. A
relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico é dose-dependente, mas varia
consideravelmente em casos isolados. Uma concentração sérica de 100-300ng/mL é
usualmente eficaz.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Após a administração repetida oral e parenteral de tramadol por 6-26 semanas em ratos e
cães, e após administração oral por 12 meses em cães, testes hematológicos, clínico-
químicos e histológicos não demonstraram evidências de alterações relacionadas à
substância. Somente ocorreram manifestações no sistema nervoso central após doses altas,
consideravelmente acima da dose terapêutica (agitação, salivação, convulsão e redução do
ganho de peso). Ratos e cães toleraram doses orais de 20mg/kg e 10 mg/kg de peso
corpóreo, respectivamente, e cães toleraram doses retais de 20mg/kg de peso corpóreo, sem
qualquer reação.
Em ratos, doses de no mínimo 50mg/kg/dia de tramadol causaram toxicidade materna e
aumento da mortalidade neonatal. Os problemas com a prole foram distúrbios de ossificação
e retardo na abertura vaginal e dos olhos. A fertilidade masculina não foi afetada. Após
doses elevadas (mínimo de 50mg/kg/dia), as fêmeas sofreram redução na ocorrência de
gravidez. Em coelhos, foi relatada toxicidade materna em doses superiores a 125mg/kg e
anomalias esqueléticas na prole.
Em alguns testes in vitro, houve evidência de efeitos mutagênicos. Estudos in vivo não
demonstraram tais efeitos. Até o momento, tramadol pode ser classificado como não
mutagênico.
Foram realizados estudos quanto ao potencial tumorigênico do cloridrato de tramadol em
ratos e camundongos.
O estudo em ratos, não demonstrou evidência de aumento na incidência de tumores devido a
essa substância. No estudo em camundongos, houve uma incidência aumentada de
adenomas de células hepáticas em animais machos (aumento dose-dependente, não
significativo a partir de 15mg/kg) e um aumento nos tumores pulmonares em fêmeas de
todos os grupos de doses (significativo, mas não dose-dependente).
O cloridrato de tramadol é contraindicado:
- a pacientes que apresentam hipersensibilidade a tramadol ou a qualquer componente da
fórmula;
- nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, opioides e outros
psicotrópicos;
- a pacientes em tratamento com inibidores da MAO, ou pacientes que foram tratados com
esses fármacos nos últimos 14 dias (vide item 6. Interações Medicamentosas);
- a pacientes com epilepsia não controlada adequadamente com tratamento;
- para tratamento de abstinência de narcóticos.
O tramadol deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos opioides;
ferimentos na cabeça; choque, distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida,
pacientes com distúrbios da função respiratória ou do centro respiratório; pressão
intracraniana aumentada.
O tramadol deve somente ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses recomendadas. O
risco pode aumentar quando as doses de tramadol excederem a dose diária máxima
recomendada (400 mg). O cloridrato de tramadol pode elevar o risco de convulsões em
pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para crises
convulsivas (vide item 6. Interações Medicamentosas). Pacientes com epilepsia, ou aqueles
susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob circunstâncias
inevitáveis.
O tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se
desenvolver tolerância e dependência física e psíquica. Pacientes com tendência à
dependência ou ao abuso de medicamentos, só devem utilizar tramadol por períodos curtos e
sob supervisão médica rigorosa.
O cloridrato de tramadol não é indicado como substituto em pacientes dependentes de
opioides. Embora o tramadol seja um agonista opioide, tramadol não pode suprimir os
sintomas da síndrome de abstinência da morfina.
Efeitos na Habilidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas
Mesmo quando administrado de acordo com as instruções da bula, tramadol pode causar
efeitos tais como sonolência e tontura e, portanto, pode prejudicar as reações do paciente ao
dirigir veículos ou operar máquinas.
Esse fato diz respeito particularmente ao uso concomitante de bebidas alcoólicas ou
substâncias psicotrópicas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois
sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Uso durante a Gravidez
Estudos em animais revelaram que o tramadol, em doses muito altas, afeta o
desenvolvimento dos órgãos, ossificação e a taxa de mortalidade neonatal. O tramadol
atravessa a barreira placentária. Como não estão disponíveis evidências adequadas na
segurança de tramadol em mulheres grávidas, tramadol não deve ser utilizado durante a
gravidez.
O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade
uterina. Em neonatos, pode induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de
importância clínica não relevante. O uso crônico durante a gravidez pode levar a sintomas
de abstinência neonatal.
O cloridrato de tramadol é um medicamento classificado na categoria C de risco de
gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
Durante a lactação deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose de tramadol é secretada no
leite materno.
Este medicamento não deve ser administrado a lactantes. Geralmente, não há necessidade de
O cloridrato de tramadol não deve ser combinado com inibidores da MAO (vide item 4.
Contraindicações).
Foram observadas interações medicamentosas sérias com inibidores da MAO, com risco de
vida com repercussão sobre o sistema nervoso central, função respiratória e cardiovascular
quando houve pré-medicação de inibidores da MAO nos últimos 14 dias antes do uso do
opioide petidina. As mesmas interações não podem ser descartadas durante o tratamento
com tramadol.
A administração concomitante de tramadol com outros fármacos depressores do sistema
nervoso central (SNC), incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC (vide item 9.
Reações Adversas).
Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que a
administração prévia ou concomitante de cimetidina (inibidor enzimático) não é comum
ocorrer interações clinicamente relevantes.
Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o
efeito analgésico e a duração da ação.
O tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial de inibidores seletivos da
recaptação de serotonina, inibidores da receptação de serotonina e norepinefrina,
antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e outros fármacos que diminuem o limiar para
crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol).
O uso terapêutico concomitante de tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores
seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina,
inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e mirtazapina podem causar toxicidade de
serotonina. A síndrome da serotonina é possível quando um dos seguintes é observado:
- clônus espontâneo
- clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese
- tremor e hiperreflexia
- hipertonia e temperatura corporal > 38°C e clônus induzível ou ocular.
Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora
rápida. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas.
O tratamento com tramadol concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser
cuidadosamente monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de protrombina (INR)
com risco de sangramento e de equimoses em alguns pacientes.
Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem
inibir o metabolismo do tramadol (N-demetilação) e do metabólito ativo O-demetilado. A
importância clínica de tal interação não é conhecida (vide item 9. Reações Adversas).
Em um número limitado de estudos pré- ou pós-operatório de um antiemético agonista 5-
HT3 ondansetron aumentou a exigência de tramadol em pacientes com dor pós-operatória.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO
CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE
(15 A 30°C). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Atenção: O número de lote e data de validade gravados na ampola podem se tornar ilegíveis
ou até serem perdidos caso a embalagem entre em contato com algum tipo de solução
alcoólica.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas: Solução límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando-a a intensidade da
dor e sensibilidade individual do paciente.
O esquema posológico recomendado serve como regra geral. A princípio, deve ser
selecionada a menor dose analgésica eficaz. O tratamento da dor crônica exige um esquema
fixo de dosagem.
As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos
pacientes, embora existam casos que necessitam de doses mais elevadas.
Adultos e jovens com mais de 16 anos de idade:
Forma
Farmacêutica
Dose única Dose diária Modo de uso
tramadol 50mg
solução injetável
1 a 2 ampolas IV
1 a 2 ampolas IM
até 8 ampolas Por via intravenosa: por
injeção lenta (1mL/min),
ou em solução por
gotejamento.
tramadol 100mg
1 ampola IV
1 ampola IM
até 4 ampolas Por via intravenosa: por
gotejamento
Se o alívio da dor for insuficiente, a dose pode ser aumentada até 150mg ou 200mg 2
vezes/dia de tramadol.
Este medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
Se após administração de dose única de 50mg de tramadol (1 ampola de 50mg) o alívio da
dor não for alcançado dentro de 30-60 minutos, uma segunda dose única de 50mg pode ser
administrada.
Em caso de dor grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de tramadol (100mg de
tramadol) pode ser considerada para dose inicial, a critério médico.
Dependendo da intensidade da dor, o efeito dura 4 – 8 horas. Normalmente não se devem
exceder doses de 400mg/dia (8 ampolas de 50 mg ou 4 ampolas de 100 mg).
Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor e na dor pós-operatória grave,
podem ser necessárias doses mais elevadas, sempre a critério médico.
Para o tratamento da dor aguda pós-operatória doses ainda maiores podem ser necessárias
para a analgesia pretendida no período imediatamente pós-operatório. Geralmente, as
necessidades após 24 horas não são maiores que a administração normal.
Após a abertura da ampola de tramadol 50 ou tramadol 100 solução injetável, qualquer
solução não utilizada deve ser devidamente descartada.
Cálculo do volume de injeção
1) Calcular a dose total de cloridrato de tramadol (mg) requerida: peso corporal (kg) x dose
(mg/kg)
2) Calcular o volume (mL) da solução diluída a ser injetada: dividir a dose total (mg) por
uma concentração apropriada da solução diluída (mg/ml; ver tabela abaixo).
Tabela: Diluição de tramadol solução para injeção
tramadol 50mg solução para
injeção + diluente
adicionado
tramadol 100mg solução
para injeção + diluente
Concentração da solução
diluída para injeção (mg de
cloridrato de tramadol/mL)
1mL + 1mL 2 mL + 2mL 25,0mg/mL
1mL + 2mL 2 mL + 4mL 16,7mg/mL
1mL + 3mL 2 mL + 6mL 12,5mg/mL
1mL + 4mL 2 mL + 8mL 10,0mg/mL
1mL + 5mL 2 mL + 10mL 8,3mg/mL
1mL + 6mL 2 mL + 12mL 7,1mg/mL
1mL + 7mL 2 mL + 14mL 6,3mg/mL
1mL + 8mL 2 mL + 16mL 5,6mg/mL
1mL + 9mL 2 mL + 18mL 5,0mg/mL
De acordo com os seus cálculos, diluir os conteúdos da ampola de tramadol adicionando um
diluente adequado, misturar e administrar o volume calculado da solução diluída. Descartar
o excesso de solução para injeção.
Incompatibilidades
O cloridrato de tramadol solução injetável demonstrou ser incompatível (imiscível) com
soluções injetáveis de diclofenaco, indometacina, fenilbutazona, diazepam, flunitrazepam,
midazolam e trinitrato de glicerol.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal e/ou Hepática
A eliminação de tramadol é retardada em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática.
Nesses pacientes, o prolongamento dos intervalos entre as doses deve ser considerado de
acordo com a necessidade do paciente.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos (até 75 anos) sem manifestação clínica
hepática ou insuficiência renal. Em pacientes idosos (acima de 75 anos) a eliminação pode
ser prolongada. Portanto, se necessário, o intervalo da dose deve ser aumentado de acordo
com as necessidades do paciente.
Duração do Tratamento
O tratamento com tramadol deve ser efetuado apenas pelo período de tempo necessário. Se
for necessário tratamento prolongado da dor devido à natureza e gravidade da doença, deve-
se estabelecer sua duração e dosagem, exercendo monitoramento regular e cuidadoso, e
fazer algumas interrupções (pausas) na administração do fármaco se necessário.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça-se de utilizar tramadol no horário estabelecido, deve fazê-lo assim
que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar
a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose
duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a
eficácia do tratamento.
As reações adversas mais comumente relatadas são náusea e tontura, ambas ocorrendo em
mais que 10% dos pacientes.
As frequências são definidas a seguir:
Muito comum: ≥1/10
Comum: ≥1/100, <1/10
Incomum: ≥1/1000, <1/100
Raro: ≥1/10.000, <1/1000
Muito raro: <1/10.000
Não conhecido: não pode ser estimado dos dados disponíveis
Transtornos cardíacos
Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia). Estas reações adversas podem
ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que estão
fisicamente estressados.
Rara: bradicardia.
Investigações
Rara: aumento na pressão sanguínea
Transtornos vasculares
Incomum: regulação cardiovascular (hipotensão postural ou colapso cardiovascular). Estas
reações adversas podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em
pacientes que estão fisicamente estressados.
Transtornos de metabolismo e nutrição
Rara: alterações no apetite.
Transtornos respiratórios, torácicos e do mediastino
Rara: depressão respiratória, dispneia.
Se as doses recomendadas forem excedidas consideravelmente e outras substâncias
depressoras centrais forem administradas concomitantemente, depressão respiratória pode
ocorrer.
Foi relatada piora de asma, embora não tenha sido estabelecida uma relação causal.
Transtornos do sistema nervoso
Muito comum: tontura.
Comum: dor de cabeça, sonolência.
Rara: transtornos da fala, parestesia, tremor, convulsão epileptiforme, contrações
musculares involuntárias, coordenação anormal, síncope.
Convulsão ocorreu principalmente após a administração de altas doses de tramadol ou após
o tratamento concomitante com fármacos que podem diminuir o limiar para crise
convulsiva.
Transtornos psiquiátricos
Rara: alucinação, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos.
As reações adversas psíquicas podem ocorrer após administração de tramadol que varia
individualmente em intensidade e natureza (dependendo da personalidade do paciente e
duração do tratamento). Esses efeitos incluem alteração no humor (geralmente euforia,
ocasionalmente disforia), alterações em atividade (geralmente supressão, ocasionalmente
elevação) e alterações na capacidade cognitiva e sensorial (por ex.: comportamento de
decisão, problemas de percepção). Pode ocorrer dependência da droga.
Os sintomas das reações de abstinência, similares àquelas ocorrendo durante a retirada de
opiáceos, podem ocorrer como segue: agitação, ansiedade, nervosismo, insônia,
hipercinesia, tremor e sintomas gastrointestinais.
Outros sintomas que foram vistos muito raramente com a descontinuação de tramadol
incluem: ataques de pânico, ansiedade grave, alucinações, parestesia, zumbido e sintomas
não usuais do SNC (como confusão, ilusões, despersonalização, desrealização, paranoia).
Transtornos do olho
Rara: miose, midríase, visão turva.
Transtornos gastrintestinais
Muito comum: náusea.
Comum: constipação, boca seca, vômito.
Incomum: ânsia de vômito, desconforto gastrintestinal (uma sensação de pressão no
estômago, distensão abdominal), diarreia.
Transtornos da pele e tecidos subcutâneos
Comum: hiperidrose.
Incomum: reações dérmicas (por ex.: prurido, rash, urticária).
Transtornos musculoesqueléticos e tecidos conectivos
Rara: fraqueza motora.
Transtornos hepatobiliares
Em poucos casos isolados foi relatado aumento nos valores das enzimas hepáticas em
associação temporal com uso terapêutico de tramadol.
Transtornos do trato urinário e renal
Rara: distúrbios de micção (disúria e retenção urinária).
Transtornos do sistema imune
Rara: reações alérgicas (como dispneia, broncoespasmo, tosse, edema angioneurótico) e
anafilaxia.
Transtornos gerais e condições do local de administração
Comum: fadiga
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.