Bula do Colpatrin produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Colpatrin®
Creme vaginal 100mg/g + 20.000UI/g
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
metronidazol
nistatina
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 1 e 50 bisnagas com 50g + 10 e 500 aplicadores descartáveis.
USO GINECOLÓGICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada 5 gramas do creme contém:
metronidazol...................................................................................................................500mg
nistatina..................................................................................................................100.000UI*
*(equivalente a 17,45mg de nistatina)
Excipiente q.s.p.....................................................................................................................5g
Excipientes: metilparabeno, propilparabeno, polissorbato 80, propilenoglicol, trolamina,
cera autoemulsionante não iônica e água de osmose reversa.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Colpatrin®
é indicado para o tratamento de vaginites específicas por Trichomonas
vaginalis, Cândida albicans ou por associação de ambos.
A eficácia do metronidazol mais nistatina pode ser confirmada no estudo de Topete et al.
que em seu estudo longitudinal prospectivo duplo cego envolvendo 70 pacientes portadoras
de candidíase vaginal, após tratamento de 7 dias, 100% se apresentaram curadas,
posteriormente, ao final do estudo (TOPETE, 2004).
Somera et al. publicaram um estudo multicêntrico confirmando a eficácia de metronidazol e
nistatina no tratamento da tricomoníase e candidíase vaginal, onde 1498 pacientes foram
envolvidas com um índice de cura de 96,5% (SOMERA, 1987).
Lapointe publicou um estudo envolvendo também 20 pacientes portadoras de tricomoníase
e candidíase vaginal, que foram tratadas com metronidazol mais Nistatina por 10 dias
consecutivos (LAPOINTE, 1976).
Pulkkinen et al. publicou estudo randomizado em 2 grupos, envolvendo 66 mulheres,
pacientes estas portadoras de tricomoníase e candidíase vaginal entre outras patologias,
sendo que o grupo tratado com metronidazol mais nistatina apresentou índice de cura de
97% (PULKKINEN, 1994).
Propriedades farmacodinâmicas
Metronidazol
O metronidazol é um anti-infeccioso de uso local do grupo dos nitro-5-imidazóis. O
espectro antimicrobiano do metronidazol é o seguinte:
-Espécies habitualmente sensíveis (MIC ≤ 4 µg/mL) (mais do que 90% das cepas da
espécie são sensíveis): Peptostreptococcus, Clostridium perfringens, Clostridium difficile,
Clostridium sp, Bacteroides sp, Bacteroides fragilis, Prevotella, Fusobacterium,
Veillonella.
-Espécies com sensibilidade variável: a porcentagem de resistência adquirida é variável. A
sensibilidade é imprevisível na ausência de antibiograma: Bifidobacterium, Eubacterium.
-Espécies habitualmente resistentes (pelo menos 50% das cepas da espécie são resistentes):
Propionibacterium, Actinomyces, Mobiluncus.
Atividade antiparasitária: Entamoeba histolytica, Trichomonas vaginalis, Giardia
intestinalis.
Nistatina
A nistatina é um antibiótico antifungíco polieno que interfere na permeabilidade da
membrana celular de fungos sensíveis, ligando-se a esterois específicos, ergosterol
principalmente, que são encontrados somente nas membranas plasmáticas de fungos. Esta
ligação causa a formação de poros ou canais na membrana que permitem o extravasamento
de substâncias vitais à célula. A principal ação de nistatina é contra Candida spp.
Propriedades farmacocinéticas
A absorção máxima ocorre entre 8 e 12 horas.
Após administração por via vaginal, a passagem sistêmica é pequena. A meia-vida
plasmática é de 8 a 10 horas e a ligação às proteínas plasmáticas é baixa, inferior a 20%. A
distribuição é rápida e importante nos pulmões, rins, fígado, bile, líquor, pele, saliva e
secreções vaginais.
O metronidazol atravessa a barreira placentária e é excretado através do leite materno. Seu
metabolismo é principalmente hepático: são formados dois metabólitos óxidos ativos não
conjugados (atividade de 5 a 30%).
A excreção é principalmente urinária: o metronidazol e seus metabólitos óxidos, excretados
através da urina, representam aproximadamente 35 a 65% da dose absorvida.
A nistatina não é absorvida através da pele ou membranas mucosas quando utilizada
topicamente.
Colpatrin®
é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade ao
metronidazol ou outro derivado imidazólico, à nistatina e/ou aos demais componentes do
produto.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
O uso de Colpatrin®
em tratamento com duração prolongada deve ser cuidadosamente
avaliado.
Caso o tratamento com metronidazol, por razões especiais, necessite de uma duração maior
do que a geralmente recomendada, devem-se realizar testes hematológicos regularmente,
principalmente contagem leucocitária, e a paciente deve ser monitorizada quanto ao
aparecimento de reações adversas, como neuropatia central ou periférica, por exemplo:
parestesia, ataxia, vertigem e crises convulsivas.
As pacientes devem ser alertadas que os metabólitos do metronidazol podem provocar
escurecimento da urina.
Durante a menstruação, o tratamento com Colpatrin®
não é afetado. Se houver previsão de
início do próximo ciclo menstrual antes do término do tratamento prescrito pelo médico,
recomenda-se, quando possível, postergar o início do tratamento para o dia seguinte ao
término do ciclo menstrual. Caso o tratamento não esteja no início, complete-o até o seu
término.
As pacientes devem ser aconselhadas a não ingerir bebidas alcoólicas ou medicamentos que
contenham álcool em sua formulação, durante e no mínimo 1 dia após o tratamento com
metronidazol , devido à possibilidade de reação do tipo dissulfiram (efeito antabuse).
A nistatina pode danificar preservativos de látex e, por isso, precauções contraceptivas
adicionais são necessárias durante o tratamento.
Populações especiais
Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento
em pacientes idosas.
Colpatrin®
deve ser administrado com cautela em pacientes com encefalopatia hepática.
deve ser utilizado com cautela em pacientes com doença severa do sistema
nervoso central e periférico, aguda ou crônica, devido ao risco de agravamento do quadro
neurológico.
Gravidez e lactação
O uso de metronidazol durante a gravidez deve ser cuidadosamente avaliado visto que
atravessa a barreira placentária e seus efeitos sobre a organogênese fetal humana ainda são
desconhecidos.
Visto que o metronidazol é excretado no leite materno, a exposição desnecessária ao
medicamento deve ser evitada.
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
As pacientes devem ser alertadas sobre a possibilidade de confusão, vertigem, alucinações,
convulsões ou alterações visuais e aconselhadas a não dirigir veículos ou operar máquinas
caso estes sintomas ocorram (vide REAÇÕES ADVERSAS).
Carcinogenicidade
O metronidazol mostrou ser carcinogênico em camundongos e ratos. Contudo, estudos
semelhantes em hamsters mostraram resultados negativos e estudos epidemiológicos em
humanos não mostraram nenhuma evidência de aumento do risco carcinogênico em
humanos. Portanto, o uso de Colpatrin®
em tratamento com duração prolongada deve ser
cuidadosamente avaliado
Mutagenicidade
O metronidazol mostrou ser mutagênico em bactérias in vitro. Em estudos conduzidos em
células de mamíferos in vitro, assim como em roedores ou humanos in vivo, houve
evidência inadequada de efeito mutagênico do metronidazol, com alguns estudos
reportando efeitos mutagênicos, enquanto outros não.
Portanto, o uso de Colpatrin®
Álcool: bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool não devem ser ingeridos
durante o tratamento com metronidazol e no mínimo 1 dia após o mesmo, devido à
possibilidade de reação do tipo dissulfiram (efeito antabuse), com aparecimento de rubor,
vômito e taquicardia.
Dissulfiram: foram relatadas reações psicóticas em pacientes utilizando
concomitantemente metronidazol e dissulfiram.
Terapia com anticoagulante oral (tipo varfarina): potencialização do efeito
anticoagulante e aumento do risco hemorrágico, causado pela diminuição do catabolismo
hepático. Em caso de administração concomitante, deve-se monitorar o tempo de
protrombina com maior frequência e realizar ajuste posológico da terapia anticoagulante
durante o tratamento com metronidazol.
Lítio: os níveis plasmáticos de lítio podem ser aumentados pelo metronidazol. Deve-se,
portanto, monitorar as concentrações plasmáticas de lítio, creatinina e eletrólitos em
pacientes recebendo tratamento com lítio, enquanto durar o tratamento com metronidazol.
Ciclosporina: risco de aumento dos níveis plasmáticos de ciclosporina. Os níveis
plasmáticos de ciclosporina e creatinina devem ser rigorosamente monitorizados quando a
administração concomitante é necessária.
Fenitoína ou fenobarbital: aumento da eliminação de metronidazol, resultando em níveis
plasmáticos reduzidos.
5-fluorouracil: diminuição do clearance do 5-fluorouracil, resultando em aumento da
toxicidade do mesmo.
Bussulfano: os níveis plasmáticos de bussulfano podem ser aumentados pelo metronidazol,
o que pode levar a uma severa toxicidade do bussulfano.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Aspectos físicos e características organolépticas: Creme homogêneo de coloração
amarelada a creme com odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de Aplicação
1. Remover a tampa da bisnaga e rosqueá-la no aplicador (calibrado para 5 gramas).
2. Pressionar a base da bisnaga até encher completamente o aplicador; excedendo apenas
um pouco na ponta, para facilitar a aplicação.
3. Retirar a bisnaga e fechá-la novamente.
4. Introduzir o aplicador profundamente na cavidade vaginal e empurrar o êmbolo até
esvaziar completamente o aplicador. Para facilitar a aplicação, recomenda-se que a paciente
esteja deitada, com as pernas elevadas.
Após a aplicação o aplicador deve ser imediatamente descartado.
Posologia:
Fazer 1 aplicação de preferência à noite, ao deitar-se, durante 10 dias Cada aplicação (5g de
creme vaginal) contém 500mg de metronidazol e 17,45mg (100.000UI) de nistatina.
Não há estudos dos efeitos de Colpatrin®
administrado por vias não recomendadas.
Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, seu uso deve ser somente
ginecológico.
Reação muito comum (> 1/10).
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10).
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100).
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1.000).
Reação muito rara (≤ 1/10.000).
-Reações adversas atribuídas ao metronidazol
Distúrbios gastrintestinais: dor epigástrica, náusea, vômito, diarreia, mucosite oral,
alterações no paladar incluindo gosto metálico, anorexia casos reversíveis de pancreatite,
descoloração da língua/língua peluda (devido ao crescimento de fungos, por exemplo).
Distúrbios no sistema imunológico: angioedema, choque anafilático, foram relatados
raros casos de dermatite alérgica de contato devido à nistatina.
Distúrbios no sistema nervoso: neuropatia sensorial periférica, cefaleia, convulsões,
vertigem, relatos de encefalopatia (por exemplo, confusão) e síndrome cerebelar subaguda
(por exemplo, ataxia, disartria, alteração da marcha, nistagmo e tremor), que podem ser
resolvidos com a descontinuação do medicamento, meningite asséptica.
Distúrbios psiquiátricos: alterações psicóticas incluindo confusão e alucinações, humor
depressivo.
Distúrbios visuais: alterações visuais transitórias como diplopia e miopia, visão borrada,
diminuição da acuidade visual, alteração da visualização de cores, neuropatia
óptica/neurite.
Distúrbios no sangue e sistema linfático: foram relatados casos de agranulocitose,
neutropenia e trombocitopenia.
Distúrbios hepatobiliares:
-foram relatados casos de aumento das enzimas hepáticas (AST, ALT, fosfatase alcalina),
hepatite colestática ou mista e lesão hepatocelular, algumas vezes com icterícia.
-foram relatados casos de falência hepática necessitando de transplante hepático em
pacientes tratados com metronidazol em associação com outras drogas antibióticas.
Distúrbios na pele e tecido subcutâneo: rash, prurido, rubor, urticária, erupções
pustulosas, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica.
Distúrbios gerais: febre.
-Reações adversas atribuídas à nistatina
Reações dermatológicas:
-foram relatados vários tipos de erupções cutâneas;
-pode ocorrer ocasionalmente irritação cutânea de grau moderado a severo após a
administração tópica de nistatina;
-foi relatado caso de Síndrome de Stevens-Johnson após o uso de nistatina pomada.
Sistema geniturinário: foram relatados raros casos de vaginites como irritação e dor na
área vulvovaginal após o uso intravaginal.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Apesar de a correta via de administração de Colpatrin®
ser vaginal e, não se dispor de
informações sobre casos de superdosagem por esta via, cabe informar que foram relatadas
ingestões orais únicas de doses de até 12g de metronidazol em tentativas de suicídio e
superdoses acidentais.Os sintomas ficaram limitados a vômito, ataxia e desorientação leve.
Não existe antídoto específico para superdoses com metronidazol. Em caso de suspeita de
superdoses maciças, deve-se instituir tratamento sintomático e de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.