Bula do Concor Hct produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CONCOR®
HCT
hemifumarato de bisoprolol
hidroclorotiazida
Merck S/A
Comprimidos revestidos
5/12,5 mg; 10/25 mg
Concor®
hemifumarato de bisoprol, hidroclorotiazida
APRESENTAÇÕES
HCT 5/12,5 mg; Concor®
HCT 10/25 mg
Embalagens contendo 30 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
HCT 5/12,5 mg
hemifumarato de bisoprolol ................................... 5 mg
hidroclorotiazida ................................................... 12,5 mg
Excipientes: dióxido de silício, estearato de magnésio, celulose microcristalina, amido de
milho, fosfato de cálcio dibásico anidro, óxido férrico, óxido de ferro negro, dimeticona,
macrogol, dióxido de titânio, hipromelose.
hemifumarato de bisoprolol .................................. 10 mg
hidroclorotiazida ................................................... 25 mg
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Na hipertensão arterial, em pacientes cuja pressão arterial não é adequadamente controlada
isoladamente com bisoprolol ou hidroclorotiazida.
Em um estudo aberto de doze meses investigou-se a eficácia e segurança de tratamento com a
associação de bisoprolol (10 mg) e hidroclorotiazida (25 mg) administrada uma vez ao dia em
pacientes hipertensos masculinos e femininos. Este estudo seguiu-se diretamente a outro, de
curto prazo, duplo-cego (com até doze semanas de duração), sobre a eficácia e segurança de
tratamento com bisoprolol (10 mg ao dia) ou hidroclorotiazida (25 mg ao dia) em
monoterapias comparadas ao tratamento com a associação. Cento e noventa e um pacientes
participaram da fase de longa duração do estudo, com os resultados provenientes de todos os
pacientes sendo incluídos na avaliação de segurança, e de cento e setenta e um pacientes
sendo incluídos na avaliação de eficácia. Durante o estudo de doze meses, a associação
provou ser eficaz no tratamento da hipertensão de moderada à grave. Foram mantidas as
reduções observadas nas pressões diastólica e sistólica, medidas tanto na posição sentada
quanto em pé durante o estudo inicial de doze semanas. Houve uma baixa incidência de
reações adversas (31%), sendo a maioria de natureza leve à moderada. Aqueles pacientes cuja
pressão sanguínea não havia sido adequadamente controlada pelos tratamentos de
monoterapia com bisoprolol e hidroclorotiazida apresentaram posteriormente reduções tanto
na pressão diastólica quanto sistólica, que foram mantidas pelo período de doze meses.
(Kennedy GE, Hosie J, Warnock J et al. Long-term follow-up treatment with bisoprolol and
hydrochlorothiazide (10mg + 25mg) in moderate-to-severe hypertension. Int. Clin. Pract.
Series 1994; 6: 63-76).
Realizou-se estudo de longa duração (doze meses) sobre a eficácia e segurança de tratamento
com associação de bisoprolol (5 mg) e hidroclorotiazida (12,5 mg) administrada uma vez ao
dia em pacientes hipertensos masculinos e femininos. Este estudo seguiu-se diretamente a
outro, de curto prazo, duplo-cego (com até doze semanas de duração), sobre a eficácia e
segurança de tratamento de dose única diária com bisoprolol (5 mg) ou hidroclorotiazida
(12,5 mg) em monoterapias comparadas ao tratamento com a associação. Um total de
duzentos e sete pacientes participaram da fase de longa duração do estudo, com os resultados
provenientes de todos os pacientes sendo incluídos na avaliação de segurança, e de cento e
noventa e oito pacientes sendo incluídos na avaliação de eficácia. Durante o estudo de doze
meses, a associação provou ser eficaz no tratamento da hipertensão de leve à moderada.
Foram mantidas as reduções observadas nas pressões diastólica e sistólica, medidas tanto na
posição sentada quanto em pé durante o estudo inicial de doze semanas, com uma baixa
incidência de reações adversas (24%), sendo a maioria de natureza leve à moderada. Aqueles
pacientes cuja pressão sanguínea não havia sido adequadamente controlada pelos tratamentos
de monoterapia com bisoprolol e hidroclorotiazida apresentaram posteriormente reduções
tanto na pressão diastólica quanto sistólica, que foram mantidas pelo período de doze meses
(Pender J, Hosie J, Korlipara K et al. Long-term follow-up treatment with bisoprolol plus
hydrochlorothiazide (5mg + 12.5mg) in mild-to-moderate hypertension. Int Clin Pract Series
1994; 6: 27-42).
Concor®
HCT consiste na associação do bisoprolol com a hidroclorotiazida. O bisoprolol é
um betabloqueador beta-1 altamente seletivo sem atividade simpaticomimética intrínseca e
sem atividade estabilizadora de membrana significativa. A hidroclorotiazida é um diurético
tiazídico com atividade anti-hipertensiva. Seu efeito diurético deve-se à inibição do transporte
ativo de Na+
dos túbulos renais para o sangue, afetando a reabsorção de Na+
.
Farmacodinâmica do bisoprolol
O bisoprolol é um betabloqueador que ocupa posição intermediária no que diz respeito à
lipofilia/hidrofilia. É altamente beta-1 seletivo (cardiosseletivo), destituído de atividade
simpaticomimética intrínseca e sem qualquer efeito clinicamente relevante de estabilização da
membrana. Através do bloqueio dos beta-receptores cardíacos, o bisoprolol diminui a resposta
à atividade simpaticoadrenérgica. Isto provoca uma diminuição na frequência cardíaca e na
contratilidade, reduzindo o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Farmacodinâmica da hidroclorotiazida
A hidroclorotiazida é um derivado benzotiadizínico que aumenta primariamente a excreção de
eletrólitos e secundariamente melhora o fluxo urinário por retenção osmótica de água. A
hidroclorotiazida inibe predominantemente a absorção de sódio no túbulo distal, de modo que
um máximo de cerca de 15% de sódio que sofre filtração glomerular pode ser excretado. A
extensão da excreção de cloreto corresponde aproximadamente à de sódio excretado. A
hidroclorotiazida também provoca um aumento na excreção de potássio, que é essencialmente
determinada pela excreção de potássio no túbulo distal e no tubo coletor (troca aumentada
entre os ions sódio e potássio). O efeito salurético ou diurético da hidroclorotiazida não é
influenciado de modo apreciável pela acidose ou alcalose. A taxa de filtração glomerular é
inicialmente diminuída a uma ligeira extensão. Durante a terapêutica de longo prazo com
hidroclorotiazida, a excreção renal de cálcio é reduzida, o que pode originar hipercalcemia. A
hidroclorotiazida reduz a resistência periférica através do relaxamento da musculatura lisa
vascular. Em pacientes com insuficiência renal crônica (depuração da creatinina inferior a 30
ml/min e/ou creatinina sérica acima de 1,8 mg/100 ml) a hidroclorotiazida é praticamente
ineficaz. Em pacientes com diabetes insípida renal e diabetes insípida sensível à vasopressina
(ADH) a hidroclorotiazida tem efeito antidiurético.
Farmacocinética do bisoprolol
Devido à variação farmacológica individual, o Tmax de absorção varia de 1 a 4 horas. A
biodisponibilidade do bisoprolol na forma de comprimidos revestidos é de cerca de 90%. O
bisoprolol é absorvido quase completamente (> 90%) a partir do trato gastrointestinal. A
conjugação com um efeito de primeira passagem muito pequeno no fígado (< 10%) resulta em
uma biodisponibilidade absoluta de 88%. O bisoprolol pode ser tomado com o estômago
vazio ou com o desjejum, sem qualquer alteração na absorção ou na biodisponibilidade. A
ligação do bisoprolol às proteínas plasmáticas é de cerca de 30%. As alterações
fisiopatológicas nas proteínas plasmáticas, tais como as glicoproteínas a1, não produzem
efeito na farmacocinética do bisoprolol. As concentrações plasmáticas máximas são
normalmente medidas 1-3 horas após a administração. O bisoprolol é apenas moderadamente
lipofílico e, desta forma, liga-se fracamente às proteínas plasmáticas, sendo o seu volume de
distribuição de 226 ± 11 l (x ± EPM). O bisoprolol é removido do organismo por duas vias de
depuração igualmente eficazes: metade é transformada no fígado em metabólitos inativos,
com excreção desses metabólitos pelos rins, e a outra metade é excretada inalterada pelos rins.
A meia-vida de eliminação plasmática é 10-12 horas. A Cmax e os valores de AUC do
bisoprolol no estado estacionário são bioequivalentes na associação fixa com a
hidroclorotiazida e na formulação como monodroga.
Farmacocinética da hidroclorotiazida
Após administração oral, cerca de 80% da hidroclorotiazida é absorvida através do trato
gastrointestinal. A disponibilidade sistêmica é de 71 ± 15%. A ligação da hidroclorotiazida às
proteínas plasmáticas é de 64%; o volume relativo de distribuição é de 0,5-1,1 l/kg. Em
humanos saudáveis, mais de 95% da hidroclorotiazida é excretada inalterada pelos rins. Com
função renal normal, a meia-vida de eliminação é de 2,5 horas. As concentrações plasmáticas
máximas são medidas normalmente após 2-5 horas. Este período de tempo aumenta quando a
função renal está alterada, sendo de cerca de 20 horas em pacientes com insuficiência renal
terminal. O efeito diurético verifica-se em 1-2 horas e dura 10-12 horas, dependendo da dose;
o efeito anti-hipertensivo dura mais de 24 horas.
Dados de segurança pré-clínica
O bisoprolol ou a hidroclorotiazida não demonstraram ser prejudiciais em humanos de acordo
com os testes padrão de toxicidade pré-clínica (toxicidade de longo prazo, mutagenicidade,
genotoxicidade e carcinogenicidade). Tal como outros betabloqueadores, o bisoprolol em
doses elevadas demonstrou, em modelos animais, causar efeitos tóxicos na mãe (diminuição
da ingestão de alimentos e aumento de peso corporal) e no embrião/feto (aumento da
reabsorção tardia, diminuição do peso da cria ao nascimento, atraso no desenvolvimento
físico até ao fim do aleitamento). No entanto, tanto o bisoprolol como a hidroclorotiazida não
foram teratogênicos. Não houve aumento na toxicidade quando ambos os fármacos foram
dados em associação.
hipersensibilidade ao bisoprolol, à hidroclorotiazida, outras tiazidas, sulfonamidas ou a
qualquer dos excipientes;
insuficiência cardíaca aguda ou durante episódios de descompensação da insuficiência
cardíaca que requeiram terapêutica inotrópica intravenosa;
choque cardiogênico;
bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau (sem marca-passo);
síndrome do nó sinusal;
bloqueio sinoatrial;
bradicardia sintomática;
asma brônquica grave;
formas graves de doença arterial oclusiva periférica ou formas graves da Síndrome de
Raynaud;
feocromocitoma não tratado;
insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 30 mL/min);
insuficiência hepática grave;
acidose metabólica;
hipopotassemia refratária;
hiponatremia grave;
hipercalcemia;
gota;
glomerulonefrite aguda.
Este medicamento é contraindicado em crianças de qualquer faixa etária.
Tratamento com bisoprolol não deve ser interrompido abruptamente a menos que claramente
indicado, pois a interrupção abrupta do bisoprolol pode ocasionar deterioração aguda da
condição do paciente, em particular naqueles com doença cardíaca isquêmica.
Concor®
HCT deve ser utilizado com cautela em pacientes com:
insuficiência cardíaca concomitante;
diabetes mellitus apresentando grandes flutuações nos níveis da glicemia; sintomas de
hipoglicemia (como taquicardia, palpitações ou sudorese) podem ser mascarados;
jejum rigoroso;
bloqueio AV de primeiro grau;
angina de Prinzmetal;
doença arterial obstrutiva periférica (pode ocorrer agravamento dos sintomas, em especial
no início do tratamento);
hipovolemia;
função hepática prejudicada.
Como outros betabloqueadores, o bisoprolol pode aumentar tanto a sensibilização relacionada
a alérgenos quanto a severidade das reações anafiláticas. Isto também se aplica à terapia de
dessensibilização. Tratamento com epinefrina nem sempre pode produzir o efeito terapêutico
esperado.
Pacientes com psoríase ou com histórico de psoríase deverão somente fazer uso de
betabloqueadores (como o bisoprolol) após cuidadoso balanço risco contra benefício.
Sintomas de tireotoxicose podem ser mascarados pelo tratamento com bisoprolol.
Em pacientes com feocromocitoma, o bisoprolol somente pode ser administrado após
bloqueio dos alfa-receptores.
Em pacientes submetidos à anestesia geral, o betabloqueio reduz a incidência de arritmias e
isquemia do miocárdio durante a indução e intubação, e no período pós-operatório. É
correntemente recomendado que o betabloqueio seja continuado no período peri-operatório. O
anestesista deve estar ciente do betabloqueio por causa do potencial para interações com
outros medicamentos, resultando em bradiarritmias, atenuação da taquicardia reflexa e da
diminuição da capacidade reflexa para compensar a perda de sangue. Caso seja considerado
necessário suspender o tratamento com betabloqueador antes da cirurgia, a retirada deve ser
feita gradualmente e concluída cerca de 48 horas antes da anestesia.
Embora betabloqueadores cardiosseletivos (beta1) possam apresentar menos efeitos sobre a
função pulmonar do que os betabloqueadores não-seletivos, como acontece com todos os
betabloqueadores, estes devem ser evitados em pacientes com doenças obstrutivas das vias
aéreas, a menos que existam razões clínicas relevantes para seu uso. Nessas situações,
HCT pode ser usado com cautela. Na asma brônquica ou em outras doenças
pulmonares obstrutivas crônicas, que podem se mostrar sintomáticas, recomenda-se terapia
broncodilatadora concomitante. Pode ocorrer aumento ocasional na resistência das vias aéreas
em pacientes asmáticos, requerendo assim uma dose maior de estimulantes beta2.
Reações de fotossensibilidade podem ocorrer com diuréticos tiazídicos. Caso ocorram reações
de fotossensibilidade, recomenda-se a proteção das áreas expostas ao sol ou à luz UVA
artificial. Em casos graves, pode ser necessário suspender o tratamento.
Administração contínua de longo prazo de hidroclorotiazida pode provocar distúrbios
hidroeletrolíticos, em particular hipopotassemia e hiponatremia, como também
hipomagnesemia, hipocloremia e hipocalcemia. Hipopotassemia facilita o desenvolvimento
de arritmias graves, particularmente torsade de pointes, que pode ser fatal.
Durante terapia de longa duração com Concor®
HCT, recomenda-se monitorar eletrólitos
séricos (especialmente potássio, sódio, cálcio), creatinina e ureia, lipídeos séricos (colesterol e
triglicerídeos) e ácido úrico, assim como a glicemia.
Em pacientes com hiperuricemia, o risco de ataques de gota pode estar aumentado.
A alcalose metabólica pode piorar devido a distúrbios da homeostase hidroeletrolítica.
Em pacientes com colelitíase aguda tem sido relatada colecistite.
A hidroclorotiazida, uma sulfonamida, pode provocar uma reação idiossincrática resultando
em miopia transitória aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado. Os sintomas incluem
diminuição aguda da acuidade visual ou dor ocular, ocorrendo normalmente no período de
horas a semanas após o início do tratamento. O glaucoma agudo de ângulo fechado não
tratado pode levar à perda permanente da visão. O tratamento primário é a descontinuação da
hidroclorotiazida o mais rapidamente possível. Poderá ser necessário tratamento médico ou
cirúrgico imediato se a pressão intraocular permanecer fora de controle. Os fatores de risco
para o desenvolvimento de glaucoma agudo de ângulo fechado podem incluir história de
alergia à penicilina ou às sulfonamidas.
Gravidez e lactação
Gravidez
Categoria de risco C. O uso de Concor®
HCT não é recomendado durante a gravidez.
O bisoprolol apresenta ações farmacológicas que podem causar efeitos nocivos sobre a
gravidez e/ou no feto/recém-nascido. Em geral, os betabloqueadores reduzem a perfusão
placentária, o que tem sido associado com retardo de crescimento, morte intrauterina, aborto
ou parto prematuro. Os efeitos adversos (por exemplo, hipoglicemia e bradicardia) podem
ocorrer no feto e no recém-nascido. Se o tratamento com betabloqueadores é necessário, deve-
se dar preferência aos bloqueadores adrenérgicos beta1 seletivos.
Diuréticos podem dar origem à isquemia fetoplacentária com o risco de hipotrofia fetal. A
hidroclorotiazida é suspeita de causar trombocitopenia no recém-nascido.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião-dentista.
Lactação
O uso de Concor®
HCT não é recomendado em mulheres que estejam amamentando, uma vez
que a hidroclorotiazida é excretada no leite materno em quantidades mínimas e o bisoprolol
também pode ser. A hidroclorotiazida pode inibir a produção de leite.
Fertilidade
Não são conhecidos dados sobre a fertilidade para a associação do produto. O bisoprolol ou a
hidroclorotiazida não apresentaram influência sobre a fertilidade ou sobre o desempenho geral
de reprodução em estudos com animais.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Em geral, Concor®
HCT possui pouca ou nenhuma influência na habilidade de dirigir e operar
máquinas. Entretanto, dependendo da resposta individual do paciente ao tratamento, a
habilidade de dirigir veículos ou de operar máquinas pode estar prejudicada. Isso deve ser
considerado particularmente no início do tratamento, no caso de troca da medicação, assim
como na administração concomitante com o álcool.
Associações não recomendadas
Lítio: Concor®
HCT pode intensificar os efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio
através da redução da excreção do mesmo.
Antagonistas de cálcio do tipo verapamil e, em menor grau, do tipo diltiazem: efeito
negativo na contratilidade e na condução atrioventricular. A administração intravenosa de
verapamil em pacientes sob tratamento com betabloqueadores pode levar à hipotensão
profunda e bloqueio atrioventricular.
Agentes anti-hipertensivos com ação central (como clonidina, metildopa, moxonodina,
rilmenidina): o uso concomitante pode levar a uma redução da frequência cardíaca e do
débito cardíaco, assim como à vasodilatação. A retirada abrupta, especialmente se anterior
à descontinuação do betabloqueador, pode aumentar o risco de hipertensão de rebote.
Associações a serem empregadas com cautela
Antagonistas de cálcio do tipo di-hidropiridinas (como nifedipino, anlodipino): o uso
concomitante pode aumentar o risco de hipotensão. Não se pode excluir um aumento do
risco de deterioração da função de bombeamento ventricular em pacientes com
insuficiência cardíaca.
Agentes anti-hipertensivos: o uso concomitante com outros medicamentos anti-
hipertensivos, bem como com outros fármacos com potencial para redução da pressão
arterial (como antidepressivos tricíclicos, barbitúricos, fenotiazinas), pode aumentar o
risco de hipotensão.
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina - ECA (como captopril, enalapril),
antagonistas de angiotensina II: risco de queda acentuada da pressão arterial e/ou
insuficiência renal aguda durante o início de tratamento com inibidores da ECA em
pacientes com depleção de sódio pré-existente (particularmente em pacientes com
estenose da artéria renal). Caso terapia diurética anterior tenha produzido depleção de
sódio, deve-se interromper o diurético três dias antes de se iniciar o tratamento com
inibidores da ECA ou iniciar o tratamento com inibidores da ECA em baixas doses.
Antiarrítmicos classe I (como quinidina, disopiramida, lidocaína, fenitoína, flecainida,
propafenona): o efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser
potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.
Agentes antiarrítmicos classe III (como amiodarona): o efeito sobre o tempo de condução
atrioventricular pode ser potencializado.
Agentes antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (Classe IA, como quinidina,
hidroquinidina, disopiramida, e Classe III, como. amiodarona, sotalol, dofetilida,
ibutilida): hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsades de pointes.
Agentes não antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (como astemizol,
eritromicina IV, halofantrina, pentamidina, esparfloxacino, terfenadina, vincamina):
hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsade de pointes.
Agentes parassimpatomiméticos: uso concomitante pode aumentar o efeito sobre o tempo
de condução atrioventricular e o risco de bradicardia.
Betabloqueadores tópicos (como colírios para tratamento de glaucoma): podem aumentar
os efeitos sistêmicos do bisoprolol.
Insulina e antidiabéticos orais: aumento do efeito hipoglicemiante. O bloqueio dos beta-
adrenoreceptores pode mascarar os sintomas de hipoglicemia.
Anestésicos: atenuação da taquicardia reflexa e aumento do risco de hipotensão.
Glicosídeos cardíacos (digitálicos): aumento no tempo de condução atrioventricular,
redução da frequência cardíaca. Se ocorrer hipopotassemia e/ou hipomagnesemia durante
o tratamento com Concor®
HCT, o miocárdio pode demonstrar sensibilidade aumentada
aos glicosídeos cardíacos, levando a um efeito aumentado e a eventos adversos dos
glicosídeos.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): podem reduzir o efeito hipotensor do
bisoprolol. Em pacientes que desenvolvem hipovolemia, a administração concomitante de
AINEs pode desencadear insuficiência renal aguda.
Agentes beta-simpatomiméticos como isoprenalina, dobutamina): a associação com o
bisoprolol pode reduzir o efeito de ambos os fármacos.
Agentes simpaticomiméticos que ativam adrenorreceptores alfa e beta (como
norepinefrina, epinefrina): a associação de bisoprolol pode desmascarar os efeitos
vasoconstritores mediados pelos alfa-adrenorreceptores destes medicamentos,
ocasionando aumento da pressão arterial e exacerbação da claudicação intermitente. Tais
interações são consideradas mais prováveis com betabloqueadores não seletivos.
Medicamentos espoliadores de potássio (corticosteroides, ACTH-hormônio
adrenocorticotrópico, carbenoxolona, anfotericina B, furosemida, laxantes): uso
concomitante pode resultar no aumento da perda de potássio.
Metildopa: hemólise devido à formação de anticorpos para hidroclorotiazida foi descrita
em casos isolados.
Agentes redutores de ácido úrico: seus efeitos podem ser atenuados com administração
concomitante de Concor®
HCT.
Colestiramina, colestipol: reduzem a absorção da hidroclorotiazida.
Associações a serem consideradas
Mefloquina: aumento do risco de bradicardia.
Corticosteroides: efeito anti-hipertensivo reduzido (retenção de água e sódio induzida por
corticosteroides).
Inibidores de monoamina oxidase (exceto inibidores MAO-B): podem potencializar o
efeito hipotensivo dos betabloqueadores, mas também o risco de crise hipertensiva.
Rifampicina: redução leve da meia-vida do bisoprolol possivelmente devida à indução de
enzimas hepáticas que metabolizam o medicamento. Normalmente não há necessidade de
ajuste da dose.
Derivados da ergotamina: exacerbação dos distúrbios circulatórios periféricos.
Salicilatos: na administração de altas doses de salicilatos, o efeito tóxico dos salicilatos no
sistema nervoso central pode ser intensificado.
Interações medicamento-exame laboratorial e não laboratorial
Vide “REAÇÕES ADVERSAS - Exames de diagnóstico”.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da umidade. Prazo de
validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Características do medicamento:
Concor®
HCT 5/12,5 mg: comprimidos revestidos, biconvexos, em forma de coração, rosa-
claros e sulcados em ambas as faces.
HCT 10/25 mg: comprimidos revestidos, biconvexos, em forma de coração, na cor
lilás e sulcados em ambas as faces.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, com algum líquido, pela manhã, com ou sem
alimento.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A combinação em dose fixa Concor®
HCT pode ser administrada em pacientes cuja pressão
arterial não esteja sendo adequadamente controlada com doses equivalentes de hemifumarato
de bisoprolol ou de hidroclotiazida isoladamente. A titulação individual de dose com cada um
dos componentes pode ser recomendada. Quando clinicamente apropriado, pode ser
considerada a alteração direta da monoterapia para a combinação em dose fixa.
Duração do tratamento
O tratamento com Concor®
HCT é geralmente de longa duração. Recomenda-se a
descontinuação gradativa do tratamento com bisoprolol, pois a interrupção abrupta pode
ocasionar deterioração aguda da condição do paciente, em particular naqueles com doença
cardíaca isquêmica.
Orientações para populações especiais
Uso em presença de insuficiência renal: na insuficiência renal de leve à moderada, a
eliminação de hidroclorotiazida (componente de Concor®
HCT) encontra-se reduzida;
desta forma, deve ser dada preferência à administração da concentração mais baixa (5
mg/12.5 mg).
Uso em idosos: normalmente não é necessário ajuste de dose em idosos.
Uso pediátrico: não há experiência com o uso pediátrico do Concor®
HCT; desta forma, o
emprego em crianças não pode ser recomendado
Doses perdidas
Caso uma tomada seja esquecida, esta deve ser realizada tão logo possível no mesmo dia.
Caso contrário, tomar a próxima dose no dia seguinte, no horário habitual.
Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir. As frequências são definidas em
muito comuns (> 1/10); comuns (1/100 e < 1/10); incomuns (> 1/1.000 e < 1/100); raras
(> 1/10.000 e < 1/1.000); muito raras (< 1/10.000), frequência não conhecida (não pode ser
estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Raros: leucopenia, trombocitopenia.
Muito raros: agranulocitose.
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Comuns: hiperglicemia, hiperuricemia, distúrbios hidroeletrolíticos (particularmente
hipopotassemia e hiponatremia, como também hipomagnesemia, hipocloremia e
hipercalcemia).
Incomuns: perda de apetite.
Muito raros: alcalose metabólica.
Distúrbios psiquiátricos
Incomuns: depressão, distúrbios do sono.
Raros: pesadelos, alucinações.
Distúrbios do sistema nervoso
Comuns: tontura*, cefaleia*.
Distúrbios oculares
Raros: fluxo lacrimal reduzido (a ser considerado em pacientes que usem lentes de contato),
distúrbios visuais.
Muito raros: conjuntivite.
Distúrbios do ouvido e labirinto
Raros: distúrbios da audição.
Distúrbios cardíacos
Incomuns: bradicardia, distúrbios da condução AV, agravamento de insuficiência cardíaca
pré-existente.
Distúrbios vasculares
Comuns: sensação de frio ou dormência nas extremidades.
Incomuns: hipotensão ortostática.
Raros: síncope.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Incomuns: broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou histórico de doença
obstrutiva das vias aéreas.
Raros: rinite alérgica.
Frequência não conhecida: doença pulmonar intersticial.
Distúrbios gastrointestinais
Comuns: queixas gastrointestinais como náusea, vômito, diarreia, constipação.
Incomuns: dores abdominais, pancreatite.
Distúrbios hepatobiliares
Raros: hepatite, icterícia.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Raros: reações de hipersensibilidade tais como prurido, rubor, erupções cutâneas,
fotodermatite, púrpura, urticária.
Muito raros: alopecia, lupus eritematoso cutâneo. Betabloqueadores podem provocar ou
piorar psoríase ou induzir erupções semelhantes à psoríase.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Incomuns: fraqueza muscular, cãibras musculares.
Distúrbios da mama e sistema reprodutivo
Raros: distúrbios da potência.
Distúrbios gerais
Comuns: fadiga*.
Incomuns: astenia.
Muito raros: dor torácica.
Exames de diagnóstico
Comuns: níveis aumentados de triglicerídeos e colesterol, glicosúria.
Incomuns; aumento dos níveis de amilase, aumento reversível da creatina e ureia séricas.
Raros: aumento das enzimas hepáticas (TGO, TGP).
*Estes sintomas ocorrem, especialmente, no início do tratamento. São geralmente leves e
desaparecem na maioria das vezes nas primeiras 1-2 semanas.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem
ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os
eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, dis-
ponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a Vigilância Sanitária Estadual
ou Municipal.
Sintomas
Os sinais mais comuns esperados com uma superdose de um betabloqueador são bradicardia,
hipotensão, broncoespasmo, insuficiência cardíaca aguda e hipoglicemia. A experiência com
superdose de bisoprolol é limitada, com apenas alguns casos tendo sido reportados.
Bradicardia e/ou hipotensão foram observadas. Todos os pacientes se recuperaram. Há uma
ampla variação interindividual na sensibilidade a uma única dose alta de bisoprolol, e os
pacientes com insuficiência cardíaca são provavelmente muito sensíveis.
O quadro clínico de superdose aguda ou crônica com hidroclorotiazida é caracterizado pela
extensão da perda de fluidos e eletrólitos. Os sinais mais comuns são: vertigens, náusea,
sonolência, hipovolemia, hipotensão e hipopotassemia.
Conduta
Em geral, se uma superdose ocorre, recomenda-se descontinuação de Concor®
HCT e
tratamento de suporte e sintomático.
Dados limitados sugerem que o bisoprolol é dificilmente dialisável. O grau em que a
hidroclorotiazida é removida por hemodiálise não foi estabelecido.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.