Bula do Coronar produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CORONAR®
mononitrato de isossorbida
Comprimido simples 20 mg
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
MODELO DE BULA
DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÃO
Comprimidos simples de 20mg – cartucho com 30 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de CORONAR®
contém:
mononitrato de isossorbida ........ 20 mg
Excipientes q.s.p. ....................... 1 comprimido
Excipientes: lactose, celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e crospovidona.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado:
- à terapia de ataque e de manutenção na insuficiência coronária.
- à terapia de ataque e de manutenção na insuficiência cardíaca aguda ou crônica, em associação aos
cardiotônicos, diuréticos e também aos inibidores da enzima conversora.
- durante a ocorrência de crises de angina ou em situações que possam desencadeá-las.
Também é destinado ao tratamento e prevenção da:
- Angina de esforço (angina secundária, angina estável ou angina crônica).
- Angina de repouso (angina primária, angina instável, angina de Prinzmetal ou angina vasoespástica).
- Angina pós-infarto.
A implicância clínica deste estudo é que o mononitrato de isossorbida pode ser empregado sem acarretar
alterações hemodinâmicas no Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ajudando na prevenção e controle da
angina pós-infarto, sem provocar a extensão da área de necrose, do infarto
Emprego do mononitrato-5 de isossorbida no infarto agudo do miocárdio. – Leopoldo Soares Piegas;
Sérgio Timerman; Ari Timerman; Carlos Gun; Rui Fernando Ramos; Edson Renato Romano; Helio
Maximiano de Magalhães; José Eduardo M.R. Sousa. - Arq. Bras. Cardiol. vol.52/3, págs. 167-172,
Março 1989.
Farmacodinâmica
CORONAR®
por possuir uma ação relaxante direta sobre a circulação coronária e circulação venosa, faz
com que haja um aumento do fluxo coronário e redução da pré-carga. Ao ocorrer a venodilatação, há uma
diminuição do retorno venoso, do volume cardíaco, da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo,
com consequente diminuição da pré-carga e do consumo de oxigênio. Reduzem-se também a pressão
capilar pulmonar e a pressão na artéria pulmonar, sendo este o mecanismo básico da melhora da
performance cardíaca.
Concomitantemente à ação no sistema venoso, ocorre uma vasodilatação no sistema arterial periférico,
induzindo à diminuição da resistência vascular sistêmica, da pressão arterial, da pressão sistólica
intraventricular e resistência à ejeção ventricular, fazendo com que ocorra um aumento da fração de
ejeção, diminuição da pós-carga e do consumo de oxigênio.
Ambos os mecanismos, diminuição da pré-carga e da pós-carga, além de responsáveis pelo efeito
favorável do mononitrato de isossorbida na insuficiência cardíaca, são também importantes, juntamente
com o mecanismo abaixo descrito, para seu efeito antianginoso. Desta forma, no que se refere à
insuficiência coronária, é importante frisar-se, além dos mecanismos citados, a dilatação do sistema
coronário e suas colaterais, com redução da resistência coronária, aumento do fluxo sanguíneo,
diminuição da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo, inibição do espasmo, aumento e melhora
da distribuição da perfusão a nível subendocárdico, sede mais sensível dos episódios isquêmicos, com
consequente aumento da oferta de oxigênio. Quanto à dilatação dos grandes ramos coronários, não se tem
um sequestro sanguíneo, mas uma redistribuição favorável da perfusão, com preferência pela zona
isquêmica, por aumento do fluxo colateral. Estudos cinecoronariográficos, com opacificação seletiva dos
vasos coronários, antes e após a administração de nitratos, permitiram observar o diâmetro do calibre das
artérias e seu melhor enchimento, tanto em vasos normais como em pacientes com aterosclerose.
Farmacocinética
, é rápida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal após administração oral, sem
sofrer “efeito de primeira passagem” no fígado, como ocorre com o dinitrato de isossorbida. Em
consequência, a biodisponibilidade é praticamente 100%, a concentração sanguínea obtida por via oral é
semelhante à obtida após a aplicação intravenosa de dose igual. Pela via oral, sua ação é gradual, tendo
início 20 minutos após administração, atingindo concentração sanguínea máxima em 1 a 2 horas.
CORONAR®
não deve ser utilizado por pacientes com hipersensibilidade ao mononitrato de
isossorbida ou a qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que apresentam hipotensão arterial
grave.
Embora os nitratos não devam ser administrados de rotina no infarto do miocárdio, deve-se reservar seu
uso para os casos complicados com insuficiência cardíaca, hipertensão arterial ou dor persistente, onde a
sub-oclusão da artéria responsável pelo infarto, espasmo ou lesões críticas em outras artérias permanecem
inalterados.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista. (Categoria de risco na gravidez: categoria C)
Como com todos os nitratos, recomenda-se cautela quando administrado a pacientes com glaucoma,
hipertireoidismo, anemia severa, traumatismo craniano recente, hemorragia cerebral.
CORONAR®
pode ser usado por pessoas acima de 65 anos de idade, desde que observadas as precauções
do produto.
Não há estudos dos efeitos de CORONAR®
administrado por vias não recomendadas, portanto, para
segurança e eficácia do produto, utilize o medicamento pela via oral.
Não foram efetuados estudos com CORONAR®
O uso concomitante com acetilcolina, anti-histamínicos ou anti-hipertensivos aumenta o efeito hipotensor
ortostático dos nitratos; com simpaticomiméticos, pode ter reduzido o seu efeito antianginoso.
O uso concomitante de medicamentos para disfunção erétil como sildenafila ou tadalafila pode causar
hipotensão grave e colocar em risco pacientes cardiopatas.