Bula do Dacarb para o Profissional

Bula do Dacarb produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Dacarb
Eurofarma Laboratórios S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO DACARB PARA O PROFISSIONAL

Dacarb

Bula para profissional da saúde

Pó liófilo injetável

200 mg

Versão 02 da RDC 47- esta versão altera Versão 01

Dacarb_V2_VPS

dacarbazina

®

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:

Embalagem com 10 frascos-ampola contendo 200 mg de dacarbazina.

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco-ampola de Dacarb®

dacarbazina............................................................................. 200 mg

(dacarbazina) 200 mg contém:

excipientes* q.s.p..................................................................... 1 frasco-ampola

*Excipientes: ácido cítrico, manitol.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

DACARB® (dacarbazina) é indicado no tratamento de melanoma maligno metastático. Além disto, DACARB®

(dacarbazina) é indicado na doença de Hodgkin, como uma terapia de segunda linha, quando em combinação

com outros agentes eficazes.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

• Melanoma maligno

A eficácia da dacarbazina no tratamento do melanoma metastático foi avaliada em vários estudos clínicos.

Segundo a revisão de Serrone e cols1

No estudo de Middleton e cols.

, a monoterapia com dacarbazina determina uma taxa de resposta objetiva

de aproximadamente 20%, com uma duração de resposta mediana de 5 (cinco) a 6 (seis) meses e taxas de

resposta completa de 5%.

2

, a dacarbazina na dose inicial de 250 mg/m2

Vários estudos avaliaram regimes de quimioterapia, ou bioquimioterapia, contendo dacarbazina. Legha e cols.

/dia durante 5 (cinco) dias a cada 21

(vinte e um) dias foi administrada a 149 (cento e quarenta e nove) pacientes ≥ 18 (dezoito) anos de idade

portadores de melanoma metastático avançado cirurgicamente irresecável. Os pacientes deveriam ter doença

mensurável e performance status (OMS) ≤ 2. Foram excluídos pacientes que já haviam recebido tratamento

prévio para doença metastática (exceto radioterapia local), ou que apresentavam metástases em sistema nervoso

central (SNC). Na população com intenção de tratamento (ITT), o tempo de sobrevida mediano foi de 6,4 meses

e o tempo de sobrevida livre de progressão mediano foi de 1,5 meses. Resposta completa (RC), parcial (RP) e

estabilização da doença foram observadas, respectivamente, em 2,7%, 9,4% e 15,8% dos pacientes tratados.

Dentre os pacientes respondedores (RC e RP), o tempo de sobrevida global mediano foi de 20 (vinte) meses.

3

analisaram a atividade antitumoral e a toxicidade do regime, contendo cisplatina (20 mg/m2

/d por 4 (quatro)

dias), vinblastina (1,6 mg/m2

/d por 4 (quatro) dias) e dacarbazina (800 mg/m2

IV no dia 1 (um)) em combinação

com interferon alfa (5 x 106

U/m2

/d SC por 5 dias) e interleucina-2 (9 x 106

UI/m2

/d IV por infusão contínua, por

4 (quatro) dias), repetidos a intervalos de 21 (vinte e um) dias, em 53 (cinquenta e três) pacientes portadores de

melanoma metastático com lesões mensuráveis, performance status (ECOG) ≤ 2 e sem metástases sintomáticas

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em SNC. A resposta foi avaliada após dois ciclos, e os pacientes que responderam continuaram o tratamento até

um total de seis ciclos. Onze pacientes (21%) alcançaram RC e 23 (vinte e três) pacientes (43%) alcançaram RP,

totalizando 64% de resposta objetiva global, a qual teve duração mediana de 6,5 meses. Considerando-se todos

os pacientes, o tempo mediano para progressão da doença foi de 5 (cinco) meses e a sobrevida mediana foi de

11,8 meses.

Eton e cols.4

realizaram um estudo clínico de fase III para comparar os efeitos da quimioterapia com cisplatina,

na dose de 20 mg/m2

, nos dias 1- 4 e 22-25, vinblastina na dose de 2 mg/m2

nos dias 1-4 e 22-25 e dacarbazina

800 mg/m2

nos dias 1 e 22 (CVD), com aqueles da bioquimioterapia sequencial, que consistia no regime CVD

(com vinblastina na dose de 1,5 mg/m2

) mais interleucina-2 administrada como infusão contínua em 24 (vinte e

quatro) horas, na dose de 9 MUI/m2

, nos dias 5-8, 17-20 e 26-29 e interferon alfa-2b, na dose de 5 MU/m2

Atkins e cols.

SC,

nos dias 5-9, 17-21 e 26-30. Cada curso de tratamento consistia de dois ciclos de 21 (vinte e um) dias de

quimioterapia dados em um período de 6 (seis) semanas. Os pacientes foram avaliados a cada 6 (seis) semanas e

aqueles com evidência de redução tumoral repetiam o tratamento. Dentre os 190 (cento e noventa) pacientes

incluídos, 91 (noventa e um) foram avaliáveis para o regime de bioquimioterapia e 92 (noventa e dois) para o

regime de quimioterapia. As taxas de resposta foram de 48% para a bioquimioterapia e 25% para a quimioterapia

(p=0,001), enquanto o tempo para progressão mediano foi de 4,9 e 2,4 meses, e a sobrevida mediana foi de 11,9

e 9,2 meses, respectivamente. Naqueles pacientes que apresentaram RC ou RP ao tratamento, a sobrevida

mediana foi de 18,7 meses no grupo que recebeu bioquimioterapia e 15,4 meses no grupo que recebeu

quimioterapia.

5

randomizaram 395 (trezentos e noventa e cinco) pacientes portadores de melanoma metastático

progressivo com doença mensurável e com performance status (ECOG) < 2 para receber o regime CVD

(cisplatina 20 mg/m2

/d nos dias 1-4; vinblastina 1,2 mg/m2

/d nos dias 1-4; dacarbazina 800 mg/m2

no dia 1;

n=195) isoladamente, ou em combinação com interleucina-2 (9 MUI/m2

nos dias 1-4) e interferon alfa-2b (5

MU/m2

nos dias 1-5, 8, 10 e 12; n=200) a cada 21 (vinte e um) dias por um máximo de quatro ciclos. A resposta

tumoral foi avaliada após os ciclos 2 (dois) e 4 (quatro) e, a seguir, a cada 3 (três) meses. A taxa de resposta foi

de 19,5% no grupo que recebeu bioquimioterapia, e 13,8% no grupo CVD (p =0,140). A sobrevida livre de

progressão mediana foi significativamente mais longa com o regime de bioquimioterapia que com o regime

CVD (4,8 versus 2,9 meses; p = 0,015), embora isso não tenha se traduzido em vantagem na sobrevida global

mediana (9,0 versus 8,7 meses), ou na porcentagem de pacientes vivos após 1 (um) ano (41% versus 36,9%).

• Doença de Hodgkin:

A eficácia da dacarbazina, como parte do regime ABVD, foi avaliada em vários estudos clínicos, no tratamento

da Doença de Hodgkin. Duggan e cols6

compararam o regime que alterna os esquemas MOPP (mecloretamina,

vincristina, procarbazina e prednisona) e ABV (MOPP/ABV) com o regime ABVD (doxorrubicina 25 mg/m2

,

bleomicina 10 mg/m2

, vinblastina 6 mg/m2

e dacarbazina 375 mg/m2

Straus e cols

nos dias 1 e 15) isoladamente em

portadores de Doença de Hodgkin avançada. Um total de 856 (oitocentos e cinqüenta e seis) pacientes com

doença histologicamente confirmada nos estádios III2A, IIIB, ou IV, ou que haviam experimentado recidiva

após radioterapia foram randomizados para uma das duas modalidades de tratamento. As taxas de remissão

completa (76% versus 80%), sobrevida livre de falência em 5 (cinco) anos (63% versus 66%) e sobrevida global

em 5 (cinco) anos (82% versus 81%) foram semelhantes entre os grupos ABVD e MOPP/ABV, respectivamente.

Uma vez que o regime MOPP/ABV foi associado com maior incidência de toxicidade aguda pulmonar e

hematológica (efeitos adversos de outras drogas antineoplásicas), síndrome mielodisplásica e leucemia, os

autores concluíram que o regime ABVD deveria ser considerado o regime padrão no tratamento da doença de

Hodgkin avançada.

7

Bonadonna e cols

tiveram como objetivo determinar se a combinação de quimioterapia e radioterapia (terapia

combinada) era superior à quimioterapia isoladamente em portadores de Doença de Hodgkin nos estádios IA, IB,

IIA, IIB e IIIA sem massa tumoral. Os pacientes foram randomizados para receber seis ciclos do regime ABVD

a cada 28 (vinte e oito) dias isoladamente ou seguido de radioterapia (3600 cGy). Dos 69 (sessenta e nove)

pacientes avaliáveis em cada grupo, 94% alcançaram remissão completa. Em 60 (sessenta) meses, a duração da

remissão completa e sobrevida global no grupo de terapia combinada versus ABVD isoladamente foram 91%

versus 87% e 97% versus 90%, respectivamente, não se evidenciando diferenças estatisticamente significativas

entre as duas modalidades de tratamento.

8

compararam o tratamento com quatro ciclos do regime ABVD seguido por irradiação nodal

subtotal, ou por radioterapia da área envolvida em 136 (cento e trinta e seis) pacientes, com doença de Hodgkin

nos estádios IA, IB e IIA. Remissão completa foi alcançada em 100% e 97% dos pacientes, e as taxas de

sobrevida global foram de 96% e 94%, respectivamente. Os autores concluíram que o regime ABVD seguido por

radioterapia da área envolvida pode ser considerado uma modalidade de tratamento efetiva e segura na Doença

de Hodgkin inicial.

Engert e cols9

compararam a terapia combinada (dois ciclos de ABVD seguidos por radioterapia estendida) com

a radioterapia estendida isoladamente em 650 (seiscentos e cinquenta) pacientes com Doença de Hodgkin recém-

diagnosticada nos estádios IA a IIB. Após um período de observação mediano de 87 (oitenta e sete) meses, não

houve diferenças entre os dois grupos de tratamento, na taxa de RC (95% e 94%, respectivamente) e na

sobrevida global (92% e 94%, respectivamente); porém, houve mais recidivas nos pacientes tratados apenas com

radioterapia (22%) em relação aos que receberam terapia combinada (3%), o que demonstrou que esta última é

mais eficaz que a radioterapia isolada.

Os resultados do tratamento para Linfoma de Hodgkin em pediatria com esquemas quimioterápicos que incluem

a dacarbazina tem se mostrado animadores.

Weiner et al10

Estudo retrospectivo brasileiro avaliou 69 crianças entre 2 e 18 anos (mediada de 11 anos) com doença de

Hodgkin. Até 1996, a terapia utilizada era adriamicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina / vincristina,

procarbazina, prednisona e adriamicina (ABVD/OPPA). Após 1996, a terapia utilizada foi ABVD. A sobrevida

global com resposta completa foi de 94,2%, a SLE foi de 87% e a duração mediana de seguimento de 82 meses

(12-332 meses)

conduziram um estudo randomizado empregando 8 ciclos de MOPP (mostarda nitrogenada,

vincristina, procarbazina e prednisona) e ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina),

associado ou não a radioterapia em baixas doses, em 183 crianças e adolescentes com estadio IIB, IIIA2, IIIB e

IV. A remissão completa foi obtida em 90% dos casos após o término dos oito ciclos de quimioterapia. A

sobrevida livre de eventos e a sobrevida global estimadas em 5 anos foi de 79% e 92%, respectivamente. A

sobrevida livre de eventos em 5 anos para o grupo que recebeu apenas quimioterapia foi de 79%, enquanto para

aqueles que receberam também radioterapia foi de 80%, sugerindo que, com o advento da quimioterapia MOPP-

ABVD, a radioterapia em baixas doses não melhora a SLE e a SG nesses pacientes.

A tabela abaixo compila os resultados do tratamento do linfoma de Hodgkin em pacientes pediátricos com

esquemas utilizando dacarbazina

11.

12

.

Tabela: Resultados do tratamento do linfoma de Hodgkin em pacientes pediátricos com

Quimioterapia Radioterapia Estadio

No.

Pacientes

Sobrevida

livre de

eventos

livre

de doença Sobrevida

Stanford

3 MOPP/3ABVD Sim I–IV 57 96% — 93%

St. Jude

4–5 COP(P)/3–4

ABVD

Sim II–IV 85 — 93% 93%

Pediatric

Oncology

Group

4 MOPP/4ABVD Sim IIB, IIIA2,

IIIB–IV

80 80% — 87%

IIIB, IV

62 77% — 91%

Children's

Cancer Group

6 ABVD Sim III–IV 54 87% — 90%

12 ABVD Sim III–IV 64 87% — 89%

SFOP MDH-82

4 ABVD Sim I–IIA 79 — 90% 92%

2 MOPP/2ABVD Sim I–IIA 67 — 87%

3 MOPP/3ABVD Sim I–II 31 — 89%

3 MOPP/3ABVD Sim III 40 — 82%

3 MOPP/3ABVD Sim IV 21 — 62%

Adaptado de Hudson MM, Onciu M e Donaldson SD. Hodgkin Disease. Pizzo PA, Poplack DG, (edis.).

Principles and practice of pediatric oncology. Philadelphia: Lippincott-Raven Publishers; 2010 acesso on line

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Embora o mecanismo de ação exato da dacarbazina seja desconhecido, existem três hipóteses prováveis:

Farmacodinâmica

1 - inibição da síntese de DNA pela ação como um análogo de purina;

2 - ação como um agente alquilante;

3 - interação com grupos SH.

• Farmacocinética

Após administração intravenosa de dacarbazina, o volume de distribuição excede o conteúdo total de água

corpórea, o que sugere a localização em alguns tecidos corpóreos, provavelmente o fígado. A curva de

desaparecimento no plasma é bifásica, com uma meia vida inicial de 19 (dezenove) minutos e uma meia-vida

terminal de 5 (cinco) horas. Em um paciente com disfunções hepática e renal, as meias-vidas foram aumentadas

para 55 (cinquenta e cinco) minutos e 7,2 horas, respectivamente.

A excreção cumulativa média de dacarbazina inalterada na urina é 40% da dose injetada em 6 (seis) horas. A

dacarbazina está mais sujeita à secreção tubular renal do que à filtração glomerular. Em concentrações

terapêuticas, a dacarbazina não se liga apreciavelmente às proteínas plasmáticas. No homem, a dacarbazina é

amplamente degradada. Além da dacarbazina inalterada, 5-aminoimidazol-4-carboxamida (AIC) é o maior

metabólito da dacarbazina excretado na urina.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade conhecida à dacarbazina e/ou aos

demais componentes da formulação.

Este medicamento é contra-indicado para menores de 2 anos de idade.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A depressão hematopoiética é a toxicidade mais comum com dacarbazina e envolve primariamente os leucócitos

e plaquetas, embora anemia possa ocorrer algumas vezes. Leucopenia e trombocitopenia podem ser

suficientemente graves, para causar a morte. Uma depressão da medula óssea requer cuidadosa monitorização

das contagens de leucócitos, eritrócitos e plaquetas.

A toxicidade hematopoiética pode justificar uma suspensão temporária, ou interrupção da terapia com

DACARB®

(dacarbazina). Toxicidade hepática acompanhada por trombose da veia hepática e necrose

hepatocelular, resultando em morte foi relatada. A incidência de tais reações foi baixa, aproximadamente 0,01%

Versão 02 da RDC 47- esta versão altera Versão 01

Dacarb_V2_VPS

dos pacientes tratados. Esta toxicidade foi observada principalmente quando a dacarbazina foi administrada

concomitantemente com outras medicações antineoplásicas; entretanto, foi também relatada em alguns pacientes

tratados somente com dacarbazina. Pode ocorrer anafilaxia após administração de DACARB®

Hospitalização não é sempre necessária; porém, exames laboratoriais adequados devem estar disponíveis. O

extravasamento subcutâneo da medicação durante a administração I.V. pode resultar em dano ao tecido e dor de

forte intensidade. Dor local, sensação de ardência e irritação no local de injeção podem ser aliviados por

aplicação local de compressa quente.

(dacarbazina).

A carcinogenicidade da dacarbazina foi estudada em ratos e camundongos. Lesões endocárdicas proliferativas,

incluindo fibrocarcinomas e sarcomas, foram induzidas pela dacarbazina em ratos. Em camundongos, a

administração de dacarbazina resultou na ocorrência de angiosarcomas do baço.

É recomendado que DACARB®

A dacarbazina demonstrou ser teratogênica em ratos quando administrada, em doses 20 (vinte) vezes a dose

diária humana no 12º dia de gestação. A dacarbazina quando administrada em doses 10 (dez) vezes superiores a

humana em ratos machos (2 (duas) vezes por semana por 9 (nove) semanas) não afetou a libido; contudo, as

fêmeas acasaladas tiveram maior incidência de reabsorção que os controles. Em coelhos, doses diárias de

dacarbazina 7 (sete) vezes a dose diária humana administrada nos 6º - 15º dias de gestação resultaram em

anormalidade no esqueleto do feto. Não existiram estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.

A dacarbazina somente deve ser usada durante a gravidez se o benefício justificar o risco potencial para o feto.

Não se sabe se este fármaco é excretado no leite humano. Devido a vários medicamentos serem excretados no

leite humano e ao potencial para tumorigenicidade demonstrada pela dacarbazina em estudos em animais, deve

ser tomada uma decisão entre continuar a amamentação, ou descontinuação do fármaco, levando-se em conta a

importância da medicação para a mãe.

(dacarbazina) seja administrado sob supervisão de um médico qualificado

com experiência, no uso de agentes quimioterápicos. No tratamento de cada paciente, o médico deve

estudar cuidadosamente a possibilidade de atingir o benefício terapêutico contra o risco de toxicidade.

Uso na gravidez

Categoria de risco D: O fármaco demonstrou evidências positivas de risco fetal humano; no entanto, os

benefícios potenciais para a mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em casos de

doenças graves, ou que ameaçam a vida, e para as quais não existam outros fármacos mais seguros.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Efeitos sob a capacidade de dirigir ou operar máquinas

A dacarbazina pode influenciar a habilidade de dirigir ou operar máquinas devido a seus efeitos sobre o sistema

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Existem relatos de que a dacarbazina, bem como outros antineoplásicos, podem afetar o comportamento de

vários fármacos, incluindo: digoxina, anticoagulantes orais, fenitoína, suxametônio, diminuição de resposta a

vacinas. A dacarbazina reduz os efeitos da levodopa. Por meio de efeito sinérgico, a dacarbazina aumenta o risco

de depressão da medula óssea, quando administrada concomitantemente com paclitaxel, teniposídeo, topotecana

e vinorelbina. Recomenda-se cautela quando dacarbazina for administrada com algum desses medicamentos. A

dacarbazina é metabolizada pelo citocromo P450 (CYP1A1, CYP1A2 e CYP2E1), o que deve ser levado em

consideração se outros fármacos metabolizados por essas enzimas hepáticas forem co-administrados. Também

deve ser evitado o consumo de erva de São João durante o tratamento com dacarbazina (pode causar

fotossensibilidade).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2º Ca 8ºC). A solução deve ser protegida da luz.

Após reconstituição com água para injeção, o produto se mantém estável durante 8 (oito) horas se armazenado

em temperatura ambiente (15ºC – 30ºC) e durante 36 (trinta e seis) horas se armazenado sob refrigeração (2ºC –

8ºC). A solução deve ser protegida da luz.

Após reconstituído, o produto poderá ser diluído em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%. Após diluição

com soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%, o produto se mantém estável por 8 (oito) horas se armazenado

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Dacarb_V2_VPS

em temperatura ambiente (15ºC – 30ºC) e durante 24 (vinte e quatro) horas se armazenado sob refrigeração (2ºC

– 8ºC). A solução deve ser protegida da luz.

O prazo de validade do medicamento é de 24 (vinte e quatro) meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Este produto apresenta-se sob a forma de pó liofilizado branco a levemente amarelado, isento de partículas

estranhas. Após reconstituição, apresenta-se sob a forma de solução límpida, incolor a levemente amarelada,

isenta de partículas estranhas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O frasco-ampola de 200 mg deve ser reconstituído com 19,7 ml de água para injeção USP (volume final de 20

mL). A solução resultante apresenta pH de 3 a 4 e contém dacarbazina na concentração de 10 mg/mL. A dose

calculada da solução é retirada com uma seringa e administrada somente por via intravenosa. A solução

reconstituída pode ser diluída posteriormente, com 200 a 500 mL de soro glicosado a 5% ou soro fisiológico

0,9% e administrada como uma infusão IV, durante um período de 30 (trinta) a 60 (sessenta) minutos. Infusões

rápidas podem causar irritação venosa. A concentração da solução de dacarbazina infundida não pode ser maior

do que 10 mg/mL.

Procedimento para o manuseio adequado e utilização de fármacos antineoplásicos devem ser considerados. A

solução de dacarbazina é quimicamente incompatível com heparina, hidrocortisona e L-cisteína.

A dacarbazina não deve ser administrada por via oral, subcutânea, ou intramuscular, pois pode causar lesões e

dor intensa nos locais de aplicação.

A reconstituição e o manuseio da dacarbazina devem ser feitos por pessoal especializado na manipulação de

fármacos antineoplásicos, que deverão usar vestimenta apropriada, como aventais, gorros, máscaras e luvas

descartáveis. Deverá ser designada uma área para reconstituição (preferivelmente sob um sistema de fluxo

laminar vertical) e a superfície de trabalho deverá ser protegida com papel absorvente descartável. Todos os itens

utilizados para reconstituição, administração ou limpeza deverão ser classificados de alto risco, devendo ser

colocados em sacolas fechadas e incinerados. Funcionárias grávidas deverão ser excluídas da manipulação com

este fármaco. Se houver contato do produto com a pele, lavar imediatamente com água e sabão. Se houver

contato com membranas mucosas, lavar a região com água.

Posologia

• Melanoma maligno:

A dosagem recomendada é de 2 a 4,5 mg/kg/dia IV por 10 dias. O tratamento pode ser repetido em intervalos de

4 (quatro) semanas. Uma dosagem recomendada alternativa é de 250 mg/m2

dia IV por 5 (cinco) dias. O

tratamento pode ser repetido a cada 3 (três) semanas.

• Doença de Hodgkin:

A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin é 150 mg/m2

por 5 (cinco) dias,

em combinação com outros fármacos eficazes. O tratamento pode ser repetido a cada 4 (quatro) semanas. Uma

dosagem recomendada alternativa é de 375 mg/m2

, em combinação com outras doses eficazes, nos dias 1e 15 do

curso de tratamento. O tratamento deve ser repetido a cada 4 (quatro) semanas, contando a partir do dia 1 de

tratamento.

Populações especiais:

Em pacientes com insuficiência renal ou hepática leves, não é necessário ajuste de dose. Em pacientes com

insuficiência renal e hepática combinadas, a eliminação da dacarbazina é prolongada; no entanto, não há

reduções de doses validadas.

Uso em pacientes idosos:

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DACARB® (dacarbazina) pode ser usada por pessoas acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade desde que

sejam observadas as precauções comuns ao produto.

Uso pediátrico (acima de 2 (dois) anos de idade)

A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin na população pediátrica é de 375

mg/m2

, em combinação com outras doses eficazes, nos dias 1e 15 do curso de tratamento. O tratamento deve ser

repetido a cada 4 (quatro) semanas, contando a partir do dia 1 de tratamento.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações tóxicas mais frequentemente observadas são sintomas de anorexia, náusea e vômito. Mais de 90%

dos pacientes são afetados com as doses iniciais. Os vômitos persistem por 1 (um) – 12 (doze) horas e são

atenuados com fenobarbital e/ou proclorperazina. Raramente, em casos de náusea, ou vômito, houve necessidade

de descontinuação da terapia. É muito rara a ocorrência de casos de diarreia. Propõe-se a restrição ao paciente da

ingestão de alimentos por 4 (quatro) – 6 (seis) horas, antes do tratamento. A rápida tolerância a esses sintomas

sugere que um mecanismo do SNC possa estar envolvido, e geralmente estes sintomas diminuem após o

primeiro, ou segundo dia. Alguns pacientes experimentam sintomas semelhantes à gripe, com febre a 39°C,

mialgias e mal-estar. Estes sintomas geralmente ocorrem após administração de uma dose única elevada; podem

persistir por vários dias e podem acontecer com tratamentos sucessivos. Alopécia, rubor facial e parestesia facial

foram observados. Foram relatados poucos casos de anormalidades nos testes de função renal (achado anormal

de exame químico do sangue, não especificado), ou hepática em seres humanos, após a administração de

DACARB®

(dacarbazina). Raramente, podem ocorrer reações de fotossensibilidade. Entretanto, estas

anormalidades foram constatadas mais frequentemente nos estudos em animais. Eritemas e exantema

urticariforme foram observados com menor frequência, após administração de DACARB®

(dacarbazina).

Os efeitos adversos da dacarbazina são apresentados em ordem de gravidade decrescente na tabela abaixo:

Frequência das Reações Adversas

Muito comuns

> 1/10 (> 10%)

Anorexia

Náuseas e vômitos

Comuns (frequentes)

> 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%)

Anemia, leucopenia, trombocitopenia

Incomuns (infrequentes)

> 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%)

Sintomas semelhantes a gripe (Febre com calafrios; Mialgia)

Alopecia

Hiperpigmentação

Fotosensibilidade

Raras

> 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%)

Irritação no local da aplicação

Eritema, exantema, urticária

Reações anafiláticas

Insuficiência renal

Elevação das enzimas hepáticas

Necrose hepática devido à doença venooclusiva do fígado

Diarreia

Rubor facial

Pancitopenia (Hipoplasia medular)

Agranulocitose

Cefaleia

Diminuição da acuidade visual

Letargia

Convulsões

Parestesia cutânea facial

Muito raras

< 1/10.000 (< 0,01%)

-

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Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.