Bula do Daunocin produzido pelo laboratorio Ucb Biopharma S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DAUNOCIN
Meizler UCB Biopharma S/A
Pó Liófilo Injetável
20mg
cloridrato de daunorrubicina
Pó liófilo injetável
LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÃO
DAUNOCIN apresenta-se sob forma de pó liófilo, de coloração vermelha, para administração intravenosa após reconstituição,
acondicionado em frascos-ampola contendo 20 mg de cloridrato de daunorrubicina. Caixas contendo 1 frasco-ampola.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
cloridrato de daunorrubicina ....................................................................................... 20 mg
excipientes: manitol.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DAUNOCIN (cloridrato de daunorrubicina) está indicado para:
• Leucemia aguda (linfocítica, mielocítica e eritrocitária);
• Carcinomas: tumores sólidos de crianças, tais como neuroblastoma;
• Linfomas, linfomas não-Hodgkin.
A utilização de daunorrubicina na terapia de indução de leucemias agudas foi investigada em estudo que comparou a utilização de
vincristina, prednisona e asparaginase com ou sem daunorrubicina. O esquema com as 4 drogas produziu 94% de resposta em
adultos jovens e é considerado o tratamento de escolha para LLA (Anon, 1993a). Entretanto, alguns investigadores recomendam ou
o regime 7+3 com citarabina e daunorubicina ou o esquema DAT (citarabina, daunorrubicina e tioguanina) com vincristina e
prednisona por causa das altas taxas de recidiva com vincristina, prednisona e daunorrubicina usadas isoladamente (Holleb et al,
1991a; Skeel, 1991a; Linker, 1990). Um estudo comparou o esquema convencional de indução com vincristina, prednisona e
asparaginase com ou sem daunorrubicina em adultos previamente não tratados com LLA. 53 pacientes receberam vincristina 2mg
D1, 8 e 15 e prednisona 40mg/m2
/dia do D1 ao D22. Do d22 ao D29, a dose de prednisona foi reduzida. Asparaginase 500
UI/Kg/dia foi administrado do D22 ao D32. 46 pacientes receberam o regime acima mais daunorrubicina 45mg/m2
no D1, D2, D3.
A adição de daunorrubicina aumentou o número de remissões completas (47% versus 83%). Os pacientes receberam também
radioterapia e injeção intratecal de metotrexato para profilaxia do sistema nervoso central e tratamento de manutenção com
mercaptopurina e metotrexato). Embora, a adição de daunorrubicina tenha aumentado o número de induções, não houve aumento na
duração mediana de respostas completas (Gottlieb et al, 1984a). A daunorrubicina é usada também no tratamento de linfomas
((Wollner et al, 1979; Tubergen et al, 1995; Anderson et al, 1993; Patte et al, 1992; Hvizdala et al, 1988.
Propriedades Farmacodinâmicas
DAUNOCIN é um agente antineoplásico que exerce seus efeitos citotóxicos/antiproliferativos através da interferência em um
número de funções bioquímicas e biológicas nas células-alvo. Embora o mecanismo de ação preciso não tenha sido completamente
elucidado, o fármaco parece inibir principalmente a síntese de DNA e de RNA DNA-dependente através da formação de um
complexo com o DNA, via intercalação entre os pares de bases nitrogenadas e desespiralização da hélice de DNA. A daunorrubicina
pode interferir também com a atividade da polimerase e da topoisomerase II, com a regulação da expressão de genes e com reações
de oxidação/redução (gerando radicais livres altamente reativos/altamente tóxicos). Supõe-se que também exista uma interação
direta entre a daunorrubicina e a membrana celular, levando a alterações na dupla camada da superfície celular. A daunorrubicina
tem atividade citotóxica máxima durante a fase S, mas o fármaco não é ciclo ou fase específico. Propriedades antibacterianas e
imunossupressoras também foram atribuídas à daunorrubicina.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
A daunorrubicina não é absorvida pelo trato gastrintestinal. Como o fármaco é extremamente irritante para os tecidos, ele deve ser
administrado por via IV: espera-se que por essa via a absorção seja completa (isto é, se não ocorrer extravasamento).
Distribuição
A daunorrubicina é extensamente distribuída pelos tecidos, com níveis mais elevados no baço, rins, pulmões e coração. O fármaco
penetra nas células e se liga aos componentes celulares, principalmente aos ácidos nucleicos. Não há evidências de que a
daunorrubicina atravesse a barreira hematoencefálica, mas o fármaco aparentemente atravessa a placenta.
Metabolismo
A daunorrubicina sofre rápida e extensa metabolização no fígado e outros tecidos, principalmente por aldo-cetoredutases
citoplasmáticas. Uma hora após a administração, a predominância no plasma é do metabólito ativo daunorrubicinol (13-OH
daunorrubicina). A metabolização posterior através da quebra da ligação glicosídica (redução) produz agliconas, que tem pequena
ou nenhuma atividade antiproliferativa e são desmetiladas e conjugadas via sulfato e glicuronídeo por enzimas microssomais.
Excreção
Após administração IV rápida, as concentrações plasmáticas totais de daunorrubicina e seus metabólitos declinam de forma trifásica,
enquanto as concentrações plasmáticas da daunorrubicina inalterada declinam de forma bifásica. A meia-vida média é de 45 minutos
na fase inicial e de 18,5 horas na fase terminal. A meia-vida do daunorrubicinol excede as 24 horas. A daunorrubicina e seus
metabólitos são excretados na urina e na bile (aproximadamente 40% da dose administrada). Relatou-se que a excreção urinária do
fármaco e seus metabólitos é de 14 a 23% da dose administrada, com a maior parte da excreção urinária ocorrendo dentro de 3 dias.
Após as primeiras 24 horas, o fármaco é excretado na urina principalmente como daunorrubicinol.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
A DL50 da daunorrubicina é de 17,3-20,0 e de 13,0-15,0 em camundongos e ratos, respectivamente, e cerca de 5,0 mg/kg em cães.
Os principais órgãos-alvo após dose única são o sistema hemolinfopoiético e, especialmente em cães, o trato gastrintestinal.
Os efeitos tóxicos em coelhos, cães e macacos foram investigados após administrações repetidas. Os principais órgãos-alvos da
daunorrubicina nessas espécies animais foram o sistema hemolinfopoiético, trato gastrintestinal, rins, fígado e órgãos reprodutores.
Estudos sub-agudos e de cardiotoxicidade indicam que a daunorrubicina é cardiotóxica em todos os animais de laboratório testados.
A daunorrubicina é genotóxica na maioria dos testes in vitro e in vivo realizados, tóxica para os órgãos reprodutores, embriotóxica
para ratos e coelhos e teratogênica em ratos. Não há informações disponíveis sobre a administração de daunorrubicina em animais
durante o período peri e pós-natal e não se sabe se a daunorrubicina é excretada no leite materno. A daunorrubicina, assim como as
outras antraciclinas e fármacos citotóxicos, é carcinogênica em ratos. Estudos de toxicidade mostram que o extravasamento do
fármaco causa necrose tecidual.
- hipersensibilidade à daunorrubicina, a outros componentes da fórmula ou a outras antraciclinas ou antracenedionas;
- mielossupressão persistente;
- presença de infecções graves/generalizadas;
- insuficiência hepática ou renal grave;
- história prévia ou atual de arritmia grave e insuficiência miocárdica;
- infarto do miocárdio recente;
- tratamento prévio com doses cumulativas máximas de daunorrubicina, outras antraciclinas e/ou antracenedionas (vide item 5 -
Advertências e Precauções);
- amamentação.
Geral
DAUNOCIN deve ser administrado somente sob a supervisão de um médico experiente no uso de terapia citotóxica.
Pacientes devem se recuperar de toxicidades agudas de tratamentos anteriores (tais como estomatites, neutropenia, trombocitopenia
e infecções generalizadas) antes de iniciar tratamento com DAUNOCIN.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.
Toxicidade Hematológica
É necessário avaliar a resposta com base no estado da celularidade da medula óssea para orientar o tratamento com DAUNOCIN:
mielossupressão ocorrerá em todos os pacientes que receberem doses terapêuticas do fármaco. Deve-se avaliar o perfil hematológico
antes e durante cada ciclo da terapia com DAUNOCIN, incluindo contagem diferencial de células brancas: pode-se esperar
citopenia grave, que requer controle cuidadoso.
O nadir da contagem de leucócitos e plaquetas geralmente ocorre de 10 a 14 dias após a administração do fármaco, mas geralmente
a contagem de células volta aos níveis pré-tratamento durante a terceira semana. Podem ocorrer também trombocitopenia e anemia.
As consequências clínicas da mielossupressão grave incluem febre, infecções, sepse/septicemia, choque séptico, hemorragias,
hipóxia tecidual ou morte. Durante o ciclo de tratamento, cuidado especial deve ser dispensado aos pacientes com neutropenia grave
e febre (neutropenia febril), uma condição que pode ser, possivelmente, seguida por septicemia e morte.
Leucemia Secundária
Foi relatada leucemia secundária com ou sem fase pré-leucêmica em pacientes tratados com antraciclinas incluindo DAUNOCIN.
Leucemia secundária é mais comum quando tais fármacos são administrados em combinação com agentes antineoplásicos que
causam dano ao DNA, em combinação com radioterapia, quando pacientes são pré-tratados intensivamente com fármacos
citotóxicos, ou quando doses de antraciclinas são aumentadas. Essas leucemias podem ter de 1 a 3 anos de períodos de latência.
Função Cardíaca
Cardiotoxicidade é um risco do tratamento com antraciclinas que pode se manifestar por eventos precoces (ou seja, agudo) ou
tardios.
Eventos precoces (ou seja, agudo): a cardiotoxicidade precoce de DAUNOCIN consiste principalmente de taquicardia sinusal e/ou
anormalidades do eletrocardiograma (ECG), tais como alterações não específicas das ondas ST-T. Foram relatados taquiarritmias,
incluindo contrações ventriculares prematuras, assim como bloqueio cardíaco. Esses efeitos geralmente não são preditivos de
desenvolvimento posterior de cardiotoxicidade tardia e raramente são de importância clínica e, geralmente, não são considerados
para descontinuação do tratamento com DAUNOCIN.
Eventos tardios: a cardiotoxicidade tardia geralmente se desenvolve tardiamente no curso da terapia com DAUNOCIN ou dentro de
2 a 3 meses após o término do tratamento, mas eventos mais tardios (vários meses a anos após o término do tratamento) também
foram relatados. Cardiomiopatia tardia manifesta-se pela redução da fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) e/ou sinais e
sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) tais como dispneia, edema pulmonar, edema gravitacional, cardiomegalia e
hepatomegalia, oligúria, ascite, efusão pleural e ritmo de galope. A insuficiência cardíaca congestiva com risco à vida é a forma
mais grave de cardiomiopatia induzida por antraciclina e representa uma toxicidade cumulativa dose-limitante do fármaco.
A função cardíaca deve ser avaliada antes dos pacientes receberem tratamento com DAUNOCIN e deve ser monitorada durante a
terapia para minimizar os riscos de incorrer em insuficiência cardíaca grave. O risco pode ser reduzido pelo monitoramento regular
da FEVE durante o tratamento com descontinuação imediata da DAUNOCIN ao primeiro sinal de função prejudicada. O método
quantitativo apropriado para avaliação repetida da função cardíaca (avaliação da FEVE) inclui angiografia por radionuclídeos multi-
gated (MUGA) ou ecocardiografia (ECO). A avaliação cardíaca basal com um ECG e com um MUGA ou um ECO é recomendado,
especialmente em pacientes com fatores de risco para aumento de cardiotoxicidade. Determinações de MUGA ou ECO repetidas de
FEVE devem ser executadas, particularmente com doses mais altas e cumulativas de antraciclinas. As técnicas usadas para
avaliação devem ser consistentes durante o período de acompanhamento.
O risco de desenvolver insuficiência cardíaca congestiva (ICC) aumenta – na ausência de outros fatores de risco cardíaco – quando a
dose cumulativa total de DAUNOCIN excede 500-600 mg/m2
em adultos, 300 mg/m2
em crianças com mais de 2 anos de idade, ou
10 mg/kg em crianças com menos de 2 anos de idade; essas doses somente devem ser excedidas com extrema cautela.
Fatores de risco para toxicidade cardíaca incluem doença cardiovascular latente ou ativa, radioterapia anterior ou concomitante na
área mediastínica/pericardíaca, terapia prévia com outras antraciclinas ou antracenedionas e uso concomitante de fármacos com a
habilidade para prejudicar a contratilidade cardíaca ou fármacos cardiotóxicos (exemplo: trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo
a daunorrubicina, não devem ser administradas em combinação com outros agentes cardiotóxicos, a menos que a função cardíaca do
paciente seja rigorosamente monitorada. Pacientes que recebem antraciclinas após suspensão do tratamento com outros agentes
cardiotóxicos, especialmente aqueles que apresentam longas meias-vidas como, por exemplo, o trastuzumabe, podem também
apresentar um risco aumentado de desenvolvimento de toxicidade cardíaca. Sob essas condições, uma dose cumulativa total de 400
mg/m2
em adultos somente pode ser excedida com extrema cautela. A função cardíaca deve ser cuidadosamente monitorada em
pacientes recebendo altas doses cumulativas e naqueles com fatores de risco. Contudo, cardiotoxicidade com DAUNOCIN pode
ocorrer com doses cumulativas mais baixas independente dos fatores de risco cardíacos estarem presentes.
Em lactentes e crianças, parece haver maior susceptibilidade à toxicidade cardíaca antraciclina-induzida, e deve-se realizar avaliação
periódica, à longo prazo, da função cardíaca.
É provável que a toxicidade de DAUNOCIN e outras antraciclinas ou antracenedionas seja aditiva.
Gastrintestinal
DAUNOCIN pode causar náusea e vômito. Vômitos e náuseas graves podem levar à desidratação. Náuseas e vômitos podem ser
prevenidos ou controlados pela administração de terapia antiemética apropriada.
Pode ocorrer mucosite (principalmente estomatite, menos frequentemente esofagite) em pacientes recebendo terapia com
DAUNOCIN. A mucosite/estomatite geralmente se manifesta logo após a administração do medicamento e, se grave, pode
progredir em poucos dias para ulcerações da mucosa. A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso por volta da terceira
semana de tratamento. Como a estomatite pode estar associada com desconforto considerável, os pacientes sob tratamento deverão
ser instruídos no sentido de uma higiene oral adequada.
Funções Hepática
A principal via de eliminação da daunorrubicina é o sistema hepatobiliar. A bilirrubina sérica total deve ser avaliada antes e durante
o tratamento com DAUNOCIN. Pacientes com níveis de bilirrubina elevada podem apresentar clearance mais lento do fármaco com
um aumento de toxicidade total. São recomendadas doses mais baixas nesses pacientes (vide item 8 - Posologia – Disfunção
Hepática). Pacientes com insuficiência hepática grave não devem receber DAUNOCIN (vide item 4 - Contraindicações).
Função Renal
A insuficiência renal também pode aumentar a toxicidade das doses recomendadas de DAUNOCIN e a função renal deve ser
avaliada antes do início do tratamento com DAUNOCIN (vide item 8 - Posologia).
Síndrome da Lise Tumoral
DAUNOCIN pode induzir a hiperuricemia em consequência do extenso catabolismo de purinas que acompanha a lise rápida de
células neoplásicas induzida pelo fármaco (síndrome da lise tumoral). Os níveis séricos de ácido úrico, potássio, fosfato de cálcio e
creatinina devem ser avaliados após o início do tratamento. Hidratação, alcalinização da urina e profilaxia com o alopurinol para
prevenir a hiperuricemia podem minimizar potenciais complicações decorrentes da síndrome da lise tumoral.
Efeitos no Local da Injeção
Fleboesclerose pode resultar de uma injeção em vasos pequenos ou de injeções repetidas na mesma veia. Seguindo os
procedimentos de administração recomendados, pode-se minimizar os riscos de flebite/tromboflebite no local de injeção (vide item
8 - Posologia).
Extravasamento
O extravasamento de daunorrubicina durante a injeção intravenosa pode produzir dor local, lesão grave do tecido (vesicação,
celulite grave) e necrose. Podem ocorrer sinais ou sintomas de extravasamento durante a administração intravenosa de
DAUNOCIN, a infusão do fármaco deve ser imediatamente interrompida.
Alopecia
Alopecia completa envolvendo crescimento da barba e do couro cabeludo, pêlos da axila e pubianos ocorre quase sempre com doses
plenas de DAUNOCIN. Este efeito colateral pode causar angústia aos pacientes, mas geralmente é reversível, com recrescimento
dos pêlos, que geralmente ocorre dentro de 2 ou 3 meses após o término da terapia.
Efeitos imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a infecções
A administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo
daunorrubicina, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes que
estejam recebendo daunorrubicina. Vacinas mortas ou inativas podem ser administradas, entretanto a resposta a estas vacinas pode
ser diminuída.
Uso durante a Gravidez e Lactação
Vide item 3 – Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínicos.
DAUNOCIN é classificado na categoria D de risco de gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico
em caso de suspeita de gravidez.
Fertilidade
DAUNOCIN pode induzir dano cromossômico em espermatozoides humanos. Homens recebendo tratamento com DAUNOCIN
devem utilizar métodos contraceptivos eficazes.
Gravidez
Assim como outros fármacos antineoplásicos, DAUNOCIN apresentou potencial teratogênico, mutagênico e carcinogênico em
animais. De acordo com dados experimentais, o fármaco deve ser considerado como uma causa potencial de malformação fetal
quando administrada a mulheres grávidas. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, embora as
poucas mulheres que receberam DAUNOCIN durante o segundo e terceiro trimestre de gravidez tenham gerado crianças
aparentemente normais.
Como regra geral, recomenda-se que DAUNOCIN não seja administrada a pacientes grávidas. Se o fármaco é usado durante a
gravidez, ou se a paciente engravidar durante o tratamento com o fármaco, a mulher deve ser informada do risco potencial para o
feto. Mulheres com potencial para engravidar e que vão receber DAUNOCIN, devem ser alertadas quanto ao perigo potencial para
o feto e devem ser aconselhadas a evitar a gravidez durante o tratamento. DAUNOCIN deve ser administrada durante a gravidez
somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.
Lactantes
Não se sabe se a daunorrubicina é excretada no leite humano. Como regra geral, recomenda-se que DAUNOCIN não seja
administrada a mães que estejam amamentando.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não há relatos relacionando, explicitamente, os efeitos do tratamento com DAUNOCIN sobre a habilidade de dirigir e operar
DAUNOCIN é administrado principalmente em combinação com outros fármacos citotóxicos. Pode ocorrer toxicidade aditiva
especialmente em relação aos efeitos na medula óssea/hematológicos e gastrintestinais (vide item 5 - Advertências e Precauções). O
uso de DAUNOCIN em associação com uma quimioterapia com outros fármacos potencialmente cardiotóxicos, assim como o uso
concomitante de outros compostos cardioativos (por ex.: bloqueadores do canal de cálcio), requerem monitoramento da função
cardíaca durante o tratamento. Alterações na função hepática ou renal induzidas por terapias concomitantes podem afetar o
metabolismo, a farmacocinética, a eficácia terapêutica e/ou toxicidade da DAUNOCIN.
DAUNOCIN apresenta interação com colchicina, probenecida e sulfinpirazona. DAUNOCIN pode aumentar a concentração de
ácido úrico sanguíneo, tornando necessário um ajuste dos agentes antigotosos para controlar a hiperuricemia e a gota; pode também
aumentar a quantidade de vírus vivos presente em vacinas, porque estando suprimidos os mecanismos de defesa normal, pode haver
potencialização da replicação do vírus vacinal, aumento dos efeitos adversos da vacina e diminuição na formação de anticorpos.
Tem sido descrita resistência cruzada entre daunorrubicina, dactinomicina e alcaloides da vinca. Para maiores informações, ver item
"Incompatibilidades".
Daunocin deve ser conservado em sua embalagem original, em temperatura entre 15 e 25°C, ao abrigo da luz e umidade excessiva.
A solução reconstituída deve ser protegida da luz.
Descartar devidamente qualquer solução não utilizada após a reconstituição.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Características físicas e organolépticas: DAUNOCIN apresenta-se sob forma de pó liófilo, de coloração vermelha, para
administração intravenosa após reconstituição.
DAUNOCIN deve ser administrada apenas por injeção intravenosa (IV).
Devido ao risco de necrose tecidual local grave no caso de extravasamento do fármaco, recomenda-se injetar Daunocin pelo tubo de
borracha do equipo de infusão IV de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de glicose a 5%. A duração da infusão pode variar de 2-3
minutos até 30-45 minutos. Não é recomendada a administração por punção direta da veia (push) devido ao risco de
extravasamento, que pode ocorrer mesmo na presença de retorno sanguíneo adequado com a aspiração da agulha (vide item 5 -
Advertências e Precauções).
A dose de DAUNOCIN é normalmente baseada na área de superfície corporal do paciente (m2
), mas, em crianças abaixo de 2 anos
de idade (ou com uma área de superfície corporal menor que 0,5 m2
), sugere-se que a dose seja calculada pelo peso corporal (kg) ao
invés da área de superfície corporal.
A dose de DAUNOCIN a ser administrada por ciclo pode variar de acordo com diversos parâmetros, incluindo:
- o objetivo terapêutico (por exemplo, indução de remissão ou manutenção);
- o uso como agente único ou em combinação com outros fármacos citotóxicos ou radioterapia;
- a idade do paciente a ser tratado (crianças, adultos ou idosos);
- a tolerabilidade do paciente.
Uso em Crianças
DAUNOCIN é administrada em tratamentos combinados na faixa de doses de 0,5-1,5 mg/kg/dia (25 a 45 mg/m2
/dia), com
frequência de administração dependendo do regime empregado.
Uso em Adultos
A dose diária recomendada de DAUNOCIN como agente único para o primeiro esquema da indução de remissão em pacientes
adultos é de 60 mg/m2
a ser repetido em 3 dias sucessivos. Para os esquemas subsequentes de indução (a ser administrado a cada 3-4
semanas de acordo com a situação da medula óssea e contagem de células sanguíneas), DAUNOCIN é recomendado na mesma
dose diária, mas por somente 2 dias consecutivos. Em tratamentos combinados padrão, a dose diária recomendada de DAUNOCIN
é de 45 mg/m2
a ser administrada de acordo com o esquema descrito acima. Em pacientes idosos (> 65 anos de idade), pode ser
necessário reduzir a dose de DAUNOCIN para 45 mg/m2
quando administrada como agente único e para 30 mg/m2
em esquemas
combinados.
Modificação da dose
Disfunção Hepática
São recomendadas reduções da dose em pacientes com os seguintes valores da bioquímica sérica:
Bilirrubina 1,2 a 3 mg/dL: metade da dose inicial recomendada.
Bilirrubina > 3 mg/dL: um quarto da dose inicial recomendada.
Daunocin não deve ser administrada a pacientes com insuficiência hepática grave (vide item 4 - Contraindicações).
Disfunção Renal
Se creatinina sérica estiver acima de 3,0 mg/dL, a dose de DAUNOCIN deve ser reduzida pela metade.
Preparo da solução
DAUNOCIN deve ser reconstituído com diluente. A solução obtida após reconstituição contém 2 mg de daunorrubicina por mL. O
conteúdo no frasco-ampola está sob pressão negativa a fim de reduzir a formação de aerossol durante a reconstituição. Deve-se
exercer especial cautela quando a agulha é inserida: deve-se evitar a inalação de qualquer aerossol produzido durante a
reconstituição. O frasco-ampola deve ser agitado suavemente até a dissolução completa do medicamento.
Administração intravenosa
A dose necessária da solução reconstituída deve ser retirada para uma seringa contendo 10 a 15 mL de solução de cloreto de sódio a
0,9% e lentamente injetada no tubo do equipo onde corre uma solução para infusão IV de cloreto de sódio a 0,9% ou dextrose a 5%,
a fim de minimizar o risco de extravasamento do fármaco e assegurar que a veia seja lavada após a administração do fármaco.
Cuidados na administração
Recomendam-se as seguintes medidas de proteção, devido à natureza tóxica do composto:
- As pessoas devem ser treinadas nas boas práticas para reconstituição e manipulação;
- Mulheres grávidas não devem trabalhar com este medicamento;
- As pessoas que manipulam DAUNOCIN devem utilizar roupas protetoras (óculos de proteção, avental, máscaras e luvas
descartáveis);
- Deve-se delimitar uma área para reconstituição (de preferência sob um sistema de fluxo laminar). A superfície de trabalho deve ser
protegida por papel absorvente descartável, recoberto com plástico na parte posterior;
- Todos os materiais utilizados na reconstituição, administração ou limpeza, incluindo luvas, devem ser descartados em sacos para
resíduos de alto risco e destinados à incineração em altas temperaturas;
- Respingos ou vazamentos devem ser tratados com solução diluída de hipoclorito de sódio (1% de cloro disponível), de preferência
por adsorção, e depois com água;
- Todos os materiais de limpeza devem ser descartados como indicado previamente;
- O contato acidental com pele ou olhos deve ser tratado imediatamente através de lavagens abundantes com água ou água e sabão
ou solução de bicarbonato de sódio. Deve-se buscar atenção médica;
- Sempre lavar as mãos após remoção das luvas;
- O fármaco deve ser usado dentro de 24 horas após a primeira penetração no batoque de borracha. Qualquer solução restante não
utilizada deve ser descartada.
Incompatibilidades
Relatou-se incompatibilidade de DAUNOCIN com heparina sódica, que pode causar precipitação do fármaco na solução e com
alumínio. Também se relatou incompatibilidade quando uma solução de cloridrato de daunorrubicina foi misturada com uma
solução de fosfato sódico de dexametasona, aztreonam, alopurinol sódico, fludarabina, piperacilina/tazobactam e aminofilina.
DAUNOCIN pode ser usada em combinação com outros agentes antitumorais, mas não se recomenda que seja misturada com
outros fármacos na mesma seringa.
Dose Omitida
Como DAUNOCIN é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que
acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a programação do tratamento.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
As reações adversas estão relacionadas por grupo sistêmico, categoria de frequência e grau de gravidade. As categorias de
frequência são definidas como: muito comuns (≥ 1/10), comuns (≥ 1/100 a <1/10), incomuns (≥ 1/1.000 a <1/100), raras (≥ 1/10.000
a <1/1.000), muito raras (<1/1.000), desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis). (Ver também item 5 –
Advertências e Precauções).
Grupo Sistêmico Frequência Efeitos Indesejáveis
Infecções e Infestações
Muito comum
sepse/septicemia;
infecção
Desconhecida choque séptico
Neoplasias benignas e malignas e
inespecíficas (incluindo cistos e pólipos)
Incomum leucemia mielóide aguda
Desconhecida síndrome mielodisplásica
Distúrbios do sangue e do sistema
linfático
insuficiência da medula óssea;
leucopenia;
granulocitopenia;
neutropenia;
trombocitopenia;
anemia
Distúrbios do Sistema Imunológico Desconhecida reação anafilática/anafilactóide
Distúrbios do Metabolismo e Nutrição Desconhecida
desidratação;
hiperuricemia agudaa
Distúrbios Cardíacos
cardiomiopatia (clinicamente
manifestada por dispneia, cianose, edema
gravitacional, hepatomegalia, ascite,
efusão pleural e insuficiência cardíaca
congestiva)
Incomum infarto do miocárdio
Desconhecida
isquemia miocárdica (angina pectoris);
fibrose endomiocárdica;
pericardite/miocardite;
taquiarritmias supraventriculares (como
taquicardia sinusal, estrasístoles
ventriculares, bloqueio atrioventricular)
Distúrbios Vasculares
Muito comum hemorragia
rubor;
choque;
tromboflebite;
fleboescleroseb
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e
Mediastinais
Desconhecida hipóxia
Distúrbios Gastrointestinais
náusea/vômito;
diarreia;
esofagite;
mucosite/estomatitec
Comum dor abdominal
Desconhecida colite
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo
alopecia;
eritema;
rash
dermatite de contato;
fenômeno de hipersensibilidade;
prurido;
hiperpigmentação da pele e pigmentação
da unha;
urticária
Distúrbios Renais e Urinários Desconhecida cromatúriad
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e da
Mama
amenorreia;
azoospermia
Distúrbios Gerais e Condições do Local
da Administração
pirexia;
dor
a – Co
pré-trat
b – A e
c – Dor
d – Uri
e – Dor
Em ca
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10. SUP
Superd
tóxicos
DAUN
oferece
por até
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III – D
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C.N.P.J
030201
Investigaç
m possibilidade
tamento.
esclerose venosa p
r ou sensação de
ina de cor vermel
r no local da infu
asos de eventos a
www.anvisa.gov
PERDOSE
dosagem aguda co
s gastrintestinais
NOCIN causem d
er tratamento de
6 meses após um
ca, instituir o trata
so de intoxicação
DIZERES LEGA
A SOB PRESCR
RESTRITO A HO
.2361.0025
cêutica Responsáv
A. Alves Gnochi
ado por: Cipla Lim
, S-103 to S-105
Indl. Estate, Vern
dia
ado e Distribuído
r UCB Biopharm
da Araguaia, 383
06455-000 - Bar
J.: 64.711.500/00
13008 R5 Setemb
ções
de insuficiência
pode resultar da i
queimação, eritem
ha por 1 ou 2 dia
são/sensação de q
adversos, notifiq
v.br/hotsite/notiv
om DAUNOCIN
(principalmente m
degeneração mioc
suporte para o p
ma superdosagem
amento convencio
o ligue para 080
AIS
RIÇÃO MÉDIC
OSPITAIS
vel:
i CRF-SP: 14.054
mited
& S-107 to S-112
na, Salcette
o por:
ma S/A.
3 - Tamboré
rueri - SP
001-14
bro 2014
renal, especialme
injeção do medica
ma, úlcera, hemo
s após administra
queimação, celuli
que ao Sistema
visa/index.htm, o
N resultará em mie
mucosite) e comp
cárdica aguda (de
aciente durante e
m. Os pacientes d
onal.
0 722 6001, se vo
CA
4
2
Comum
ente na presença
amento em um pe
orragia, infecção.
ação.
ite, ulceração de p
de Notificações
ou para a Vigilân
elossupressão gra
plicações cardíac
entro de 24 horas
esse período. Insu
devem ser observ
ocê precisar de m
a de contagem ele
equeno vaso ou d
pele e necrose.
em Vigilância
ncia Sanitária E
ave (principalmen
cas agudas. Esper
) e mielossupress
uficiência cardíac
vados cuidadosam
mais orientações
flebite no
m
hipe
extravasamento
ca
aumento da bi
aumento de aspar
fosfatase alcalina
anormalidades n
(alteração n
eletrocardiogram
complexo QRS
anormalida
eletroc
evada das células
de repetidas injeçõ
Sanitária - NOT
stadual ou Muni
nte leucopenia e t
ra-se que doses ú
são grave (dentro
ca tardia foi obse
mente. Se surgirem
s sobre como pro
local da infusão
morte;
erpirexia;
o no local da infu
alafrios
ilirrubina sanguín
rtato aminotransf
a no sangue aume
no eletrocardiogr
na onda ST-T do
ma, anormalidade
do eletrocardiogr
ades na onda T do
cardiograma)
s brancas do san
ões na mesma ve
TIVISA, dispon
icipal.
trombocitopenia)
únicas muito elev
o de 10-14 dias).
ervada com antra
m sinais de insuf
oceder.
sãoe
;
nea;
ferase;
entada
rama
es no
rama,
o
ngue no
ia.
nível em
), efeitos
vadas de
Deve-se
aciclinas
ficiência
Histórico de alteração para bula20
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
No.
Assunto Data do
N° do
Assunto Data de
aprovação
Itens de bula21
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EU ME
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USA ESTE