Bula do Deslanol para o Paciente

Bula do Deslanol produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Deslanol
União Química Farmacêutica Nacional S/a - Paciente

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BULA COMPLETA DO DESLANOL PARA O PACIENTE

DESLANOL®

(deslanosídeo)

União Química Farmacêutica Nacional S.A

Solução injetável

0,2 mg/mL

deslanosídeo

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Solução injetável 0,2 mg/mL: embalagem contendo 50 ampolas de 2 mL.

VIA ENDOVENOSA/INTRAMUSCULAR (EV/IM)

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Composição:

Cada mL contém:

deslanosídeo ..........................................................................................0,2 mg

Veículo: ácido cítrico, fosfato de sódio dibásico, álcool etílico, glicerol e água para injetáveis.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

DESLANOL é indicado para tratamento de insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade de o coração

efetuar suas funções adequadamente) aguda e crônica de todos os tipos, qualquer que seja sua fase,

especialmente as associadas com fibrilação (contrações desordenadas do coração) ou flutter

supraventricular (batimento cardíaco rápido com ritmo irregular) e aumento da frequência cardíaca em

pacientes de todas as idades. Também é indicado para o tratamento da taquicardia paroxística

supraventricular (batimento cardíaco muito rápido em ritmo regular).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

DESLANOL contém deslanosídeo, uma substância classificada como glicosídeo, que vem da planta

Digitalis lanata. O deslanosídeo atua no sistema cardíaco aumentando a contração do coração, diminuindo

a frequência cardíaca e aliviando os sintomas da insuficiência cardíaca (incapacidade de o coração efetuar

suas funções adequadamente), como congestão venosa (aumento do volume de sangue em alguns vasos) e

edema periférico (inchaço nos pés, pernas, abdome e braços).

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

DESLANOL não deve ser utilizado caso você já tenha apresentado hipersensibilidade ao deslanosídeo ou

aos demais componentes da fórmula. Também não deve ser utilizado caso você tenha bloqueio

atrioventricular completo (bloqueio completo da condução do impulso dos átrios para os ventrículos) e

bloqueio atrioventricular de 2º grau (bloqueio parcial da condução do impulso dos átrios para os

ventrículos), parada sinusal (parada súbita da atividade automática do coração), ou bradicardia sinusal

excessiva (batimentos do coração abaixo de 60 bpm).

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Durante o tratamento com essa classe de medicamento, os digitálicos, o paciente deve ser mantido sob

controle, a fim de evitar efeitos secundários devido a uma dosagem excessiva.

Não se deve administrar cálcio por via parenteral (injetável) a pacientes que utilizem esse tipo de

medicamento.

Na presença de cor pulmonale crônico (insuficiência do lado direito do coração devido a um distúrbio

respiratório), insuficiência coronariana (insuficiência no aporte de sangue e nutrientes ao coração),

distúrbios eletrolíticos (distúrbios nas quantidades de sódio, potássio e cálcio principalmente), insuficiência

renal (diminuição da função dos rins) ou insuficiência hepática (diminuição da função do fígado), a

posologia deve ser reduzida. Isto implica em um ajuste cuidadoso da posologia também em pacientes

idosos, nos quais uma ou mais destas doenças podem estar presentes.

Durante o tratamento com digitálicos o paciente deve ser mantido sob controle, a fim de evitar efeitos

secundários devido a uma dosagem excessiva.

Gravidez e lactação

Estudos demonstraram que deslanosídeo exerce efeitos teratogênico (má formação do feto) em animais,

entretanto não existe estudo controlado em mulheres.

Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe

ao seu médico se esta amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Pacientes idosos

Para pacientes idosos, em casos de incidência de cor pulmonale crônico, insuficiência coronariana,

distúrbios eletrolíticos, insuficiência renal ou hepática, um ajuste cuidadoso da posologia deve ser

realizado. O nível sérico de creatinina pode ser normal, mesmo nestes pacientes com insuficiência renal,

devido a massa muscular reduzida e a baixa produção de creatinina.

Interações medicamentosas

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação

nova. O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando suas ações, ou da outra; isso se

chama interação medicamentosa.

Os digitálicos podem interagir com o cálcio, medicamentos psicotrópicos (que agem no Sistema Nervoso

Central), incluindo o lítio e medicamentos simpatomiméticos (que mimetizam o Sistema Nervoso

Simpático), e essa interação pode aumentar o risco de arritmias cardíacas (alteração da frequência ou ritmo

do coração). Portanto, estes medicamentos devem ser administrados com cautela. Em casos de medicação

concomitante, a dose de glicosídeos cardíacos deve ser reduzida.

A digoxina, um digitálico semelhante ao deslanosídeo, também pode interagir com quinidina, antagonistas

de cálcio (em especial verapamil), amiodarona, espironolactona e triantereno, levando a um aumento na

concentração da digoxina.

Os antibióticos, como a eritromicina e a tetraciclina, podem, indiretamente, causar um aumento na

concentração, alterando a flora intestinal e, desta forma, interferindo no metabolismo do medicamento.

Os diuréticos depletores de potássio (que diminuem o potássio), corticosteroides e a anfotericina B podem

contribuir para a intoxicação digitálica (excesso de digitálicos no organismo), interferindo no balanço

eletrolítico (balanço de eletrólitos), como hipopotassemia (diminuição do potássio).

Também pode haver interação com a espironolactona, que pode influenciar na concentração de digoxina,

alterando resultados de avaliação de digoxina; portanto, os mesmos devem ser interpretados com cautela.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C);

proteger da luz.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Aspecto físico: solução límpida incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você

observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Assim como todos os glicosídeos cardíacos, a posologia deve ser cuidadosamente adaptada às necessidades

individuais do paciente. As injeções por via endovenosa devem ser administradas lentamente.

Adultos

- Digitalização rápida (24 horas) em casos de urgência: EV ou IM: 0,8 – 16 mg = 4 – 8 mL= 2 – 4 ampolas

(em 1 – 4 doses fracionadas).

- Digitalização lenta (3 – 5 dias): EV ou IM: 0,6 – 0,8 mg diariamente = 3 – 4 mL = 1 ½ - 2 ampolas (pode

ser fracionada).

- Terapia de manutenção: (dose diária média + variação nas doses): IM (EV é possível): 0,4 mg (0,2 - 0,6

mg) = 2 mL (1 – 3 mL = ½ a 1 ½ ampolas).

- Dosagem máxima: a dose de 2 mg/dia não deve ser excedida.

Crianças

Crianças, e especialmente as pequenas (lactentes), requerem de modo geral doses maiores que os adultos,

em relação ao peso corpóreo. Todavia existem diferenças consideráveis entre os pacientes, e a seguinte

dose é fornecida para orientação:

- Digitalização rápida (24 horas) em casos de urgência: EV ou IM: 0,02 – 0,04 mg/kg diariamente em 1 – 3

doses fracionadas.

Posologia em casos especiais

Na presença de cor pulmonale crônico, insuficiência coronariana, distúrbios eletrolíticos, insuficiência

renal ou hepática, a posologia deve ser reduzida. Isso implica em um ajuste cuidadoso da posologia também

em paciente idosos, nos quais uma ou mais destas doenças podem estar presentes. Apesar de insuficiência

renal nestes pacientes, o nível sérico de creatinina pode ser normal, devido a massa muscular reduzida e a

baixa produção de creatinina.

Como na insuficiência renal a farmacocinética pode ser alterada, o ajuste da posologia deve ser feito através

da dosagem dos níveis séricos da digoxina. Quando isto não for possível, os seguintes conselhos podem ser

úteis: de modo geral a dose deve ser reduzida para cerca da mesma porcentagem que a redução no

clearance (depuração) de creatinina. Caso o clearance (depuração) de creatinina não tenha sido

determinado, pode ser estimado em homens pela determinação da concentração de creatinina sérica (Ser),

aplicando-se a fórmula (140 – idade) / Ser. Para mulheres, o resultado deve ser multiplicado por 0,85. Na

insuficiência renal grave o nível sérico de digoxina deve ser determinado a intervalos de cerca de 2

semanas, ao menos durante o período inicial do tratamento.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Seu médico saberá quando deverá ser aplicada a próxima dose de DESLANOL.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.