Bula do Desogestrel produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de Bula ao Profissional RDC 47/09
DESO_V.3
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desogestrel
Medicamento genérico Lei 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos contendo 75 mcg de desogestrel. Embalagens com 28 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 75 mcg de desogestrel
Excipientes: lactose monoidratada, amido, povidona, ácido esteárico, racealfatocoferol, dióxido de silício, estearato de
magnésio, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Anticoncepção.
Em um estudo durante dois ciclos, utilizando a definição de ovulação como um nível de progesterona acima de 16
nmol/L durante cinco dias consecutivos, a incidência de ovulação encontrada foi de 1% (1/103) (IC95% de 0,02% -
5,29%) no grupo com intenção de tratar (ITT) (usuária e falhas de método). A inibição da ovulação foi atingida a partir
do primeiro ciclo de uso. Nesse estudo, quando desogestrel foi descontinuado após dois ciclos (56 dias consecutivos), a
ovulação ocorreu em média após 17 dias (variação de sete a 30 dias).
Em um ensaio comparativo de eficácia (que permitiu um tempo máximo de três horas para pílulas esquecidas), o índice
de Pearl total na população com intenção de tratar (ITT) para desogestrel foi de 0,4 (IC95% de 0,09 – 1,20), comparado
a 1,6 (IC95% de 0,42 – 3,96) para 30 mcg de levonorgestrel.
O índice de Pearl para desogestrel é comparável àquele historicamente encontrado para os anticoncepcionais orais
combinados em populações usando anticoncepcionais orais em geral. O tratamento com desogestrel leva a uma redução
do nível de estradiol a níveis correspondentes aos da fase folicular inicial. Não foram observados efeitos clinicamente
relevantes no metabolismo de carboidratos, metabolismo lipídico e hemostasia.
Referências bibliográficas
- Korver T, Klippingb C., Heger-Mahnc D., Duijkersb I., van Ostad G., Diebena T. Maintenance of ovulation inhibition
with the 75- lg desogestrel-only contraceptive pill (CerazetteR) after scheduled 12-h delays in tablet intake.
Contraception, 2005; 71:8 –13.
- Collaborative Study Group - Desogestrel-containing Progestogen-only Pil. A double-blind study comparing the
contraceptive efficacy, acceptability and safety of two progestogen-only pills containing desogestrel 75 pg/day or
levonorgestrel 30 pg/day. Eur. J. Contracept. Repr. Health Care, 1998;3:169-178.
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: anticoncepcionais hormonais de uso sistêmico, código ATC: G03A C09.
Este medicamento contém apenas um progestagênio, o desogestrel. Como outras pílulas só com progestagênio, o
desogestrel é mais adequado para uso durante a amamentação e para mulheres que não podem ou não querem usar
estrogênios.
Ao contrário das pílulas tradicionais só com progestagênio, o principal efeito anticonceptivo de desogestrel é a inibição
da ovulação. Outros efeitos incluem aumento da viscosidade do muco cervical.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: após uma dose oral, o desogestrel (DSG) é rapidamente absorvido e convertido em etonogestrel (ENG), seu
metabólito biologicamente ativo. Em condições de estado de equilíbrio, os picos dos níveis séricos são atingidos 1,8
horas após ingestão do comprimido e a biodisponibilidade absoluta do ENG é de cerca de 70%.
Distribuição: 95,5% a 99% do ENG ligam-se a proteínas séricas, predominantemente à albumina e em menor extensão à
SHBG.
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Metabolismo: o DSG é convertido ao metabólito ativo ENG por hidroxilação e desidrogenação e é metabolizado por
conjugação em sulfato e glicuronídeo.
Eliminação: o ENG é eliminado com uma meia-vida de aproximadamente 30 horas, sem diferença entre dose múltipla e
única. Os níveis de estado de equilíbrio no plasma são atingidos após quatro a cinco dias. A depuração sérica após a
administração intravenosa (IV) de ENG é de aproximadamente 10 litros por hora. A excreção de ENG e seus
metabólitos, como esteroide livre ou conjugados, é feita pela urina e fezes (1,5:1). Em lactantes, o ENG é excretado no
leite com uma relação leite/soro de 0,37 a 0,55. Baseado nesses dados e numa ingestão estimada de leite de 150
mL/kg/dia, 0,01 a 0,05 mcg de etonogestrel podem ser ingeridos pela criança.
Dados pré-clínicos de segurança: estudos toxicológicos não revelaram quaisquer efeitos a não serem aqueles
devidos às propriedades hormonais do desogestrel.
Anticoncepcionais só com progestagênio não devem ser usados na presença de qualquer das condições relacionadas a
seguir.
Se alguma dessas condições ocorrer pela primeira vez durante o uso deste medicamento, o tratamento deve ser
descontinuado imediatamente.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres nas seguintes condições:
Hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes.
Distúrbio tromboembólico venoso ativo.
Presença ou história de doença hepática grave, enquanto os valores dos testes de função hepática não retornarem ao
normal.
Doença maligna sensível a esteroides sexuais, conhecida ou suspeita.
Sangramento vaginal não diagnosticado.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou que suspeitam que possam estar grávidas.
Estudos em animais mostraram que doses muito altas de progestagênios podem causar masculinização de fetos
femininos.
Estudos epidemiológicos extensos mostraram que não há um aumento do risco de malformações nas crianças de mães
que utilizaram anticoncepcionais orais antes da gravidez, nem efeitos teratogênicos quando os anticoncepcionais orais
foram administrados inadvertidamente no início da gestação. Dados de farmacovigilância coletados com vários AHCOs
contendo desogestrel também não indicam um aumento do risco.
Se quaisquer dos fatores de risco/condições mencionados a seguir estiverem presentes, os benefícios do uso de
progestagênios devem ser avaliados individualmente contra possíveis riscos e discutidos com a mulher antes que a
mesma decida usar este medicamento.
No caso de agravamento, exacerbação ou ocorrência pela primeira vez de quaisquer dessas condições, a mulher deve
contatar o seu médico, que deve, então, decidir se o uso deste medicamento deverá ser descontinuado.
O risco de câncer de mama aumenta, em geral, com o aumento da idade. Durante o uso de anticoncepcionais hormonais
orais combinados (AHCOs), o risco de câncer de mama diagnosticado aumenta levemente. Esse aumento de risco
desaparece gradualmente em 10 anos após a descontinuação do uso de um anticoncepcional oral e não está relacionado
ao tempo de uso, mas à idade da mulher quando utilizava o AHCO. O número esperado de casos diagnosticados por
10.000 mulheres que usam anticoncepcionais hormonais orais combinados (AHCOs) (até 10 anos após a descontinuação
do tratamento) em relação às que nunca usaram durante o mesmo período foi calculado para os respectivos grupos etários
e são apresentados no quadro a seguir.
Faixa etária Casos esperados em usuárias de AHCOs Casos esperados em não usuárias
16-19 anos 4,5 4
20-24 anos 17,5 16
25-29 anos 48,7 44
30-34 anos 110 100
35-39 anos 180 160
40-44 anos 260 230
O risco em usuárias de anticoncepcionais só de progestagênio, tais como desogestrel, possivelmente é de magnitude
semelhante àquele associado com AHCOs.
Entretanto, para esses anticoncepcionais só de progestagênio, a evidência é menos conclusiva. Comparado ao risco de se
ter câncer de mama em algum momento da vida, o aumento do risco associado ao AHCO é baixo. Os casos de câncer de
mama diagnosticados em usuárias de AHCO tendem a ser menos avançados do que naquelas que não usaram AHCOs. O
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aumento do risco observado nas usuárias de AHCO pode ser devido ao diagnóstico precoce, a efeitos biológicos da pílula
ou à combinação dos dois.
Uma vez que o efeito biológico dos progestagênios no câncer hepático não pode ser excluído, deve-se avaliar
individualmente a relação risco/benefício na mulher com câncer hepático.
Quando ocorrerem distúrbios agudos ou crônicos da função hepática, a mulher deve ser encaminhada a um especialista
para avaliação e orientação.
Se durante o uso de desogestrel ocorrer hipertensão arterial mantida, ou se um aumento significativo da pressão arterial
não responder adequadamente ao tratamento anti-hipertensivo, a descontinuação do uso deste medicamento deve ser
considerada.
Investigações epidemiológicas associaram o uso de AHCO à maior incidência de tromboembolia venosa (TEV, trombose
venosa profunda e embolia pulmonar). Embora a relevância clínica desse achado para desogestrel, usado como
anticoncepcional na ausência de um componente estrogênico seja desconhecida, este medicamento deve ser
descontinuado em caso de trombose. A descontinuação de desogestrel deve, também, ser considerada em caso de
imobilização prolongada devido à cirurgia ou doença.
Mulheres com história de distúrbios tromboembólicos devem ser alertadas sobre a possibilidade de recorrência.
Embora os progestagênios possam apresentar efeito sobre a resistência periférica à insulina e tolerância à glicose, não há
evidência da necessidade de alterar o regime terapêutico em diabéticas usando anticoncepcionais só com progestagênio.
Entretanto, pacientes diabéticas devem ser cuidadosamente observadas durante os primeiros meses de uso.
O tratamento com desogestrel leva à redução dos níveis séricos de estradiol para um nível correspondente à fase folicular
inicial. Até o momento, não se sabe se a redução tem algum efeito clinicamente relevante sobre a densidade óssea.
A proteção contra gravidez ectópica em anticoncepcionais tradicionais só com progestagênio não é tão boa como aquela
com anticoncepcionais orais combinados, que foi associada à ocorrência frequente de ovulações durante o seu uso.
Apesar do fato de desogestrel inibir a ovulação de modo consistente, a gravidez ectópica deve ser considerada no
diagnóstico diferencial se a mulher apresentar amenorreia ou dor abdominal.
Cloasma pode ocorrer ocasionalmente, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico. Mulheres com
tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto usarem desogestrel.
As seguintes condições foram relatadas na gravidez e durante uso de esteroide sexual, mas uma associação ao uso de
progestagênios não foi estabelecida: icterícia e/ou prurido relacionado à colestase; formação de cálculos biliares; porfiria;
lúpus eritematoso sistêmico; síndrome urêmica-hemolítica; coreia de Sydenham; herpes gestacional; perda da audição
relacionada à otosclerose; angioedema (hereditário).
Este medicamento contém lactose (cerca de 54,8 mg) e, por essa razão, não deve ser administrado em pacientes com o
raro problema hereditário de intolerância à galactose, à deficiência de lactase Lapp ou à má absorção de glicose-
galactose.
Consultas e exames médicos: antes da prescrição, deve ser conhecida a história clínica e recomenda-se um exame
ginecológico completo para excluir a presença de gravidez. Distúrbios menstruais como oligomenorreia e amenorreia,
devem ser investigados antes da prescrição. O intervalo entre os exames depende das circunstâncias em cada caso. Se o
medicamento prescrito puder influenciar uma doença manifesta ou latente (ver item "5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES"), os exames de controle devem ser feitos de modo apropriado.
Mesmo quando o desogestrel é tomado regularmente, podem ocorrer alterações menstruais. Se o sangramento for muito
frequente e irregular, deve ser considerado outro método anticonceptivo. Se os sintomas persistirem, deve ser excluída
causa orgânica. O controle da amenorreia durante o tratamento deve ser considerado se os comprimidos não tiverem sido
tomados de acordo com as instruções e pode incluir teste de gravidez. O tratamento deve ser descontinuado se ocorrer
gravidez. As mulheres devem ser informadas de que o desogestrel não protege contra HIV (AIDS) e outras doenças
sexualmente transmissíveis.
Redução da eficácia: a eficácia das pílulas só com progestagênio pode ser reduzida no caso de esquecimento de tomada
dos comprimidos (ver item "8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Procedimento no caso de esquecimento de tomada
do comprimido"), presença de distúrbios gastrintestinais (ver item "8. POSOLOGIA E MODO DE USAR –
Recomendações em caso de distúrbios gastrintestinais") ou quando da utilização concomitante com alguns medicamentos
(ver item "6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS").
Alterações no padrão de sangramento vaginal: durante o uso de anticoncepcionais só com progestagênio, pode ocorrer
sangramento vaginal mais frequente ou de duração mais longa em algumas mulheres, enquanto que em outras, o
sangramento pode ser esporádico ou totalmente ausente. Essas alterações podem ser uma razão para que a mulher rejeite
o método, ou não cumpra a prescrição. O aconselhamento cuidadoso às mulheres que optaram pelo uso de desogestrel
pode melhorar a aceitação do padrão de sangramento. A avaliação do sangramento vaginal deve ser feita quando
necessária e pode incluir exame que afaste malignidade ou gravidez.
Desenvolvimento folicular: como com todos os anticoncepcionais hormonais de baixa dosagem, o desenvolvimento
folicular ocorre e, ocasionalmente, o folículo pode continuar a se desenvolver além do tamanho que poderia atingir num
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ciclo normal. Geralmente, esses folículos aumentados desaparecem espontaneamente. Frequentemente são
assintomáticos e, em alguns casos, estão associados à dor abdominal leve. Raramente requerem intervenção cirúrgica.
Lactação: o desogestrel não influencia a produção ou qualidade do leite materno (concentrações de proteína, lactose ou
gordura). Entretanto, pequenas quantidades de etonogestrel são excretadas no leite. Consequentemente, 0,01 – 0,05
mcg/dia de etonogestrel por kg de peso corpóreo por dia podem ser ingeridos pela criança (considerando uma ingestão
diária de leite de 150 mL/kg/dia). Dispõe-se de dados limitados de acompanhamento de longo prazo de crianças cujas
mães iniciaram o uso de desogestrel durante a 4ª a 8ª semana pós-parto. Os lactentes foram amamentados durante sete
meses e acompanhados até 1,5 anos (n = 32) ou até 2,5 anos de idade (n = 14). A avaliação do crescimento e do
desenvolvimento físico e psicomotor não indicou nenhuma diferença em comparação aos lactentes cujas mães utilizaram
dispositivo intrauterino de cobre. Com base nos dados disponíveis, o desogestrel pode ser administrado durante a
lactação. O desenvolvimento e o crescimento de lactentes cujas mães usam desogestrel, devem, no entanto, ser
cuidadosamente observados.
Uso em pacientes idosas: o desogestrel é um medicamento de uso exclusivo em pacientes em idade gestacional. Não se
destina a uso em pacientes com idade ≥ 60 anos.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas: considerando o perfil farmacodinâmico de desogestrel
Interações entre anticoncepcionais orais e outros fármacos podem ocasionar sangramentos inesperados e/ou falha na
anticoncepção. As interações a seguir foram relatadas na literatura (principalmente com anticoncepcionais combinados,
mas ocasionalmente também com anticoncepcionais só com progestagênio).
Metabolismo hepático: podem ocorrer interações com fármacos indutores de enzimas microssomais, resultando em
aumento da depuração dos hormônios sexuais, tais como, hidantoínas (por ex., fenitoína), barbituratos (por ex.,
fenobarbital), primidona, carbamazepina, rifampicina; e possivelmente também interações com oxcarbazepina, rifabutina,
topiramato, felbamato, ritonavir, nelfinavir, griseofulvina e produtos fitoterápicos contendo Hypericum perforatum (erva-
de-são-joão ou St. John's wort).
Mulheres em tratamento com quaisquer dos fármacos acima mencionados devem temporariamente, usar um método de
barreira em adição ao desogestrel, ou optar por outro método anticonceptivo. O método de barreira deve ser utilizado
durante o tempo de administração concomitante do fármaco e por 28 dias após sua descontinuação. Para mulheres em
tratamento prolongado com indutores enzimáticos hepáticos, deve ser considerado o uso de um método anticonceptivo
não hormonal.
Durante o tratamento com carvão medicinal, a absorção do esteroide do comprimido pode ser reduzida e assim, também,
a eficácia anticonceptiva. Nessas circunstâncias, as orientações devem ser iguais àquelas para esquecimento da ingestão
de comprimidos (ver item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Procedimento no caso de esquecimento de tomada
de comprimido”).
Anticoncepcionais hormonais podem interferir no metabolismo de outras substâncias. Consequentemente, as
concentrações plasmáticas e tissulares podem tanto aumentar (por ex., ciclosporina) quanto diminuir.
Obs.: deve-se consultar a bula de medicamentos administrados concomitantemente para identificar potenciais interações.
Testes laboratoriais: dados obtidos com AHCOs mostraram que os esteroides anticonceptivos podem influenciar os
resultados de certos testes laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos hepáticos, tireoide, função adrenal e renal,
níveis séricos de proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina transportadora de corticosteroides e frações de
lípide/lipoproteína, parâmetros do metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e fibrinólise. As alterações
geralmente permanecem dentro dos limites de normalidade. Não se sabe em que extensão isso também se aplica aos
anticoncepcionais só com progestagênio.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz e da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos são revestidos, circulares, biconvexos, lisos, de cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos devem ser ingeridos diariamente com um pouco de líquido, preferencialmente no mesmo horário, na
ordem indicada pelas setas impressas na cartela. Deve-se tomar um comprimido ao dia durante 28 dias consecutivos.
Cada cartela subsequente deve ser iniciada imediatamente após o término da anterior.
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Como iniciar desogestrel
Sem ter utilizado nenhum anticoncepcional hormonal no último mês: tomar o comprimido no primeiro dia do ciclo
menstrual natural (isto é, no primeiro dia da menstruação). Pode-se iniciar a tomada dos comprimidos entre o segundo e
o quinto dia da menstruação, mas durante o primeiro ciclo é recomendado o uso de um método contraceptivo de barreira
(por exemplo, preservativo) durante os sete primeiros dias de tratamento.
Troca de um anticoncepcional hormonal combinado [anticoncepcional hormonal oral combinado (AHCO), anel
ou adesivo transdérmico] por desogestrel: a mulher deve iniciar este medicamento, preferencialmente, no dia seguinte
da tomada do último comprimido ativo (último comprimido com a substância ativa), ou no dia de retirada do anel ou do
adesivo. Nesses casos, não é necessária a utilização de um anticoncepcional adicional. A mulher também pode iniciar no
mais tardar, no dia que procede ao período sem tomar os comprimidos, ou sem adesivo, ou sem o anel, ou no intervalo do
placebo do anticoncepcional hormonal combinado anterior, mas, durante os primeiros sete dias de uso do desogestrel,
deve ser recomendado o uso de um método anticonceptivo adicional.
Troca de um contraceptivo à base de progestagênio isolado (minipílula, injeção, implante ou sistema intrauterino
que libera progestagênio - SIU) por desogestrel: a troca pode ser feita em qualquer dia. No caso de implante ou SIU a
troca deve ser feita no dia da retirada do mesmo e, no caso de medicamento injetável, no dia em que seria administrada a
próxima injeção. Nesses casos, não é necessária a utilização de um método anticonceptivo adicional.
Após aborto no primeiro trimestre de gestação: este medicamento pode ser iniciado imediatamente e não há
necessidade da utilização de um método contraceptivo adicional.
Após o parto ou pós-aborto no segundo trimestre de gestação: para lactantes, ver item “5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES - Lactação”. A mulher deve ser orientada a iniciar este medicamento nos dias 21 a 28 após o parto ou
aborto no segundo trimestre de gestação. Quando iniciar depois desse período, a mulher deve ser orientada a utilizar
também um método de barreira durante os primeiros sete dias de tratamento para evitar a gravidez. No entanto, caso a
mulher já tenha tido alguma relação sexual antes de iniciar o tratamento, deve-se afastar a possibilidade de gravidez antes
de iniciar este medicamento, ou então, esperar que ocorra a primeira menstruação para iniciar o tratamento
anticoncepcional.
Procedimento no caso de esquecimento de tomada do comprimido: a proteção anticonceptiva pode ser reduzida se
houver um intervalo maior que 36 horas entre dois comprimidos. Se a mulher estiver menos de 12 horas atrasada para
tomar qualquer comprimido, o comprimido esquecido deve ser tomado assim que lembrado e o próximo comprimido
deve ser tomado no horário habitual. Caso a mulher esteja atrasada mais de 12 horas, deverá seguir a orientação anterior
e também utilizar um método anticonceptivo adicional durante os próximos sete dias. Caso o esquecimento dos
comprimidos seja na primeira semana de uso e a mulher tiver tido relações sexuais na semana anterior ao esquecimento,
deve ser considerada a possibilidade de gravidez.
Recomendações em caso de distúrbios gastrintestinais: caso ocorram distúrbios gastrintestinais graves, a absorção
pode não ser completa, sendo necessárias medidas anticonceptivas adicionais. Se ocorrerem vômitos 3-4 horas após a
administração dos comprimidos, a absorção pode não ser completa. Nesse caso, aconselha-se seguir as recomendações
relativas ao esquecimento dos comprimidos discutidos anteriormente (ver item "8. POSOLOGIA E MODO DE USAR" -
Procedimento no caso de esquecimento de tomada do comprimido).
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
As reações adversas mais comumente relatadas nos estudos clínicos com desogestrel (> 2,5%) foram: sangramento
irregular, acne, alterações de humor, dor nas mamas, náusea e aumento de peso. As reações adversas mencionadas a
seguir foram consideradas pelos pesquisadores como tendo uma relação estabelecida, provável ou possível com o
tratamento.
Classe de Órgãos e Sistema
(MedDRA)*
Frequência das reações adversas
Comum
≥ 1/100
Incomum
≥ 1/1000 e < 1/100
Rara
< 1/1000
Infecções e infestações Infecção vaginal
Distúrbios psiquiátricos
Alteração de humor,
diminuição da libido
Distúrbios do sistema nervoso Cefaleia
Distúrbios dos olhos Intolerância a lentes de contato
Distúrbios gastrintestinais Náusea Vômitos
Distúrbios da pele e tecidos
subcutâneos
Acne Alopecia
Exantema, urticária, eritema
nodoso
Distúrbios do sistema
reprodutor e distúrbios
mamários
Dor nas mamas, menstruação
irregular, amenorreia
Dismenorreia, cistos ovarianos
Modelo de Bula ao Profissional RDC 47/09
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Distúrbios gerais e condições
no local de administração
Fadiga
Investigações Aumento de peso
* MedDRA versão 9.0.
Reações detectadas após a comercialização: foram relatadas secreções mamárias e, raramente, gestações ectópicas com
o uso de desogestrel durante a Farmacovigilância pós-comercialização (ver item “5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”).
Em mulheres utilizando anticoncepcionais orais (combinados) foram relatados alguns efeitos indesejáveis (graves). Esses
incluem distúrbios tromboembólicos venosos e arteriais, tumores dependentes de hormônio (por ex., câncer de mama) e
cloasma, alguns dos quais são discutidos no item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.