Bula do Dexalgen produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Dexalgen
Bula para profissional da saúde
Solução injetável
5 MG/ML
DEXALGEN®
fosfato dissódico de dexametasona,
hidroxocobalamina
e dipirona sódica
Solução Injetável
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:
Embalagens com 2 ampolas de 1 mL (1 dose) ou 6 ampolas de 1 mL (3 doses)
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
Composição:
Cada ampola I contém:
cloridrato de hidroxocobalamina (vit. B12)......................................................... 5,135 mg*
Veículo q.s.p................................................................................... 1 mL
Veículos: cloreto de sódio, metilparabeno, propilparabeno, ácido acético, acetato de sódio anidro e água para
injetáveis.
* Cada 5,135 mg de cloridrato de hidroxocobalamina equivalem a 5 mg de hidroxocobalamina.
Cada ampola II contém:
21 - fosfato dissódico de dexametasona...................................................1,974 mg**
dipirona sódica ....................................................................................... 500 mg
Veículo q.s.p............................................................................................ 1 mL
Veículos: metabissulfito de sódio e água para injetáveis.
** Cada 1,974 mg de 21-fosfato dissódico de dexametasona equivalem a 1,5 mg de dexametasona.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Como anti-inflamatório, analgésico e antineurítico em:
1. Processos inflamatórios articulares agudos, tais como: artrites, periartrites, bursites, gota, dores
articulares, artrite reumatoide, espondilite anquilosante.
2. Processos degenerativos que cursam com dor: artroses, transtornos dos discos intervertebrais.
3. Nevralgias do trigêmeo, neurite braquial, neuropatia intercostal.
4. Dor lombar baixa e cervicalgia.
A eficácia analgésica da dipirona já foi demonstrada em inúmeros estudos clínicos, avaliando uma ampla
variedade de etiologias relacionadas à dor 1,2, 3, 4, 5, 6, 7
.
Dexalgen_sol_inj_V2_VPS VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01
A eficácia da hidroxocobalamina no tratamento da dor lombar foi avaliada em um estudo duplo-cego,
randomizado e placebo-controlado no qual 60 (sessenta) pacientes, entre 18 (dezoito) e 65 (sessenta e cinco)
anos, com dor lombar ou ciática foram incluídos. O desfecho primário foi avaliado por meio de uma escala
visual analógica (EVA) e um questionário de incapacidade, enquanto o consumo de paracetamol durante o
período de estudo foi o desfecho de eficácia secundária. A comparação entre os grupos ao final do período de
tratamento evidenciou uma diferença estatisticamente significante em favor da hidroxocobalamina, que foi
administrada por via intramuscular, durante duas semanas, na dose de 1.000 mcg ao dia: a EVA diminuiu de
75,53 ± 8,9 para 9,53 ± 16,5 mm com o tratamento ativo versus 70,63 ± 7,9 para 36,83 ± 27,4 com placebo. A
análise do questionário de incapacidade evidenciou um padrão semelhante, e o consumo médio de paracetamol
foi significantemente menor no grupo que recebeu hidroxocobalamina (28,9 ± 11,32 versus 9,9 ± 8,04
comprimidos, em 15 (quinze) dias) 8
A associação de dexametasona com vitaminas do complexo B (dentre as quais a hidroxocobalamina na dose de
1.000 mcg ao dia) administrada por via intramuscular foi superior à dexametasona isoladamente no tratamento
da dor lombar, muito provavelmente pela combinação dos efeitos anti-inflamatórios da dexametasona com os
efeitos antineuríticos das vitaminas do complexo B 9
Farmacodinâmica:
A dexametasona é um glicocorticosteroide fluorado de elevada potência anti-inflamatória e de baixa atividade
mineralocorticoide. Assim como os demais glicocorticosteroides, a dexametasona se liga aos receptores de
glicocorticoides citoplasmáticos, ativando-os. Como consequência, ocorre uma modificação da resposta imune a
diversos estímulos, com inibição da síntese de prostaglandinas e leucotrienos, substâncias que medeiam a
resposta inflamatória. Entre os glicocorticosteroides, a dexametasona é um dos mais potentes em sua ação anti-
inflamatória: 0,75 mg de dexametasona correspondem a 20 mg de hidrocortisona e a 25 mg de acetato de
cortisona.
A dipirona é um analgésico não opioide dotado de intensa atividade analgésica e anti-inflamatória. Os
metabólitos da dipirona inibem a síntese de prostaglandinas, tanto perifericamente, como no sistema nervoso
central. Já se demonstrou que o metabólito ativo 4-metil-amino-antipirina (MAA) determina uma inibição
pronunciada das cicloxigenases periféricas COX-1 e COX-2.
A hidroxocobalamina (vitamina B12) é uma vitamina neurotrópica que apresenta um efeito antinociceptivo em
diversos modelos de dor. Investigações eletrofisiológicas indicam que o mecanismo de analgesia da
hidroxocobalamina se deve a um efeito direto sobre as vias de transmissão nociceptiva, na medula espinhal e no
tálamo.
Farmacocinética:
A dexametasona é um glicocorticosteroide de longa duração. Seu clearance varia de 2,8 a 3,5 mL/min/kg, sua
meia-vida de eliminação é de 3 (três) a 4 (quatro) horas e sua meia-vida biológica varia de 36 (trinta e seis) a 54
(cinquenta e quatro) horas. Após a administração intramuscular, as concentrações séricas máximas são
alcançadas em menos de uma hora. Aproximadamente 70% da dexametasona se liga às proteínas plasmáticas e
seu volume de distribuição é de 2 L/kg. A dexametasona é metabolizada no fígado (hidroxilação) e é eliminada
pela urina (8% em sua forma inalterada) e em menor proporção, pela bile.
A dipirona é uma pró-droga que se hidrolisa em seu metabólito ativo 4-metil-amino-antipirina (MAA), o qual é
metabolizado no fígado a um segundo metabólito ativo 4-aminoantipirina (4-AA). Esses metabólitos ativos são
eliminados na urina, em três a cinco horas. A biodisponibilidade absoluta após administração intramuscular da
dipirona é de 87%.
Após administração intramuscular de hidroxocobalamina, as concentrações plasmáticas máximas são alcançadas
em aproximadamente uma hora. Esta vitamina do complexo B se liga com alta afinidade a proteínas plasmáticas
específicas denominadas transcobalaminas. A hidroxocobalamina tem uma meia-vida média de
aproximadamente seis dias, é biotransformada no fígado e eliminada pela bile.
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Dexalgen® é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida à dipirona, a qualquer um dos
componentes da formulação, a outras pirazolonas (ex.: fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex.:
fenilbutazona, oxifembutazona), incluindo casos anteriores de agranulocitose com algum desses medicamentos.
Dexalgen® também é contraindicado em pacientes portadores de úlcera gástrica, úlcera duodenal, tuberculose
pulmonar ativa ou quiescente, infecções não tratadas por fungos ou bactérias, infecções virais sistêmicas ou
localizadas, embolia e trombose arterial ou venosa, transtornos mentais, diabetes mellitus, osteoporose,
insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão arterial, glaucoma, distúrbios do metabolismo das porfirinas,
hipoplasia medular e anemia devido à deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase.
Categoria de Risco de Gravidez C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião
dentista.
O uso de doses excessivas ou o tratamento prolongado com glicocorticosteroides (como a dexametasona
presente no Dexalgen®) pode levar ao aparecimento de sinais e sintomas de síndrome de Cushing induzida por
droga e supressão da função hipotálamo-hipófise-adrenal. Por essa razão, o tratamento com Dexalgen® deve ser
realizado pelo menor tempo possível necessário para controlar os sintomas. Após terapia prolongada, a retirada
dos glicocorticosteroides pode resultar em sintomas de insuficiência adrenocortical, tais como febre, mialgia,
artralgia e astenia.
Devido à presença da dipirona, o produto pode produzir reações idiossincrásicas caracterizadas por neutropenia e
agranulocitose. Por essa razão, aconselha-se que sejam realizados exames para controle hematológico, em
pacientes que façam uso crônico desse medicamento. A agranulocitose induzida por dipirona pode ocorrer em
qualquer momento durante o tratamento e, embora rara, ela pode ser fatal. Os pacientes devem ser advertidos a
interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se os seguintes sinais ou sintomas,
possivelmente relacionados à neutropenia, ocorrerem: febre com calafrios e dor de garganta. Em caso de
ocorrência de neutropenia (menos de 1.500 neutrófilos/mm3
), o tratamento deve ser imediatamente
descontinuado, e a contagem hematológica completa deve ser urgentemente monitorada até o retorno às
contagens normais.
Deve-se administrar Dexalgen® com cautela a pacientes atópicos ou que tenham apresentado broncoespasmo ou
outras reações anafiláticas (por exemplo, urticária e edema angioneurótico) com analgésicos, tais como:
salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina e naproxeno.
A dipirona presente na formulação de Dexalgen® pode causar hipotensão. Deve-se administrar Dexalgen® com
cautela a pacientes que apresentam hipotensão ou desidratação prévia ao uso do medicamento. Deve-se evitar o
tratamento prolongado com Dexalgen® em pacientes, com insuficiência renal ou hepática, pois a taxa de
eliminação da dipirona pode estar reduzida nesses pacientes. Em pacientes idosos, deve-se ter cautela na
administração de Dexalgen® pela possibilidade de insuficiência hepática ou renal.
O surgimento ocasional de uma coloração avermelhada na urina deve ser atribuído a presença de metabólito
inativo da hidroxocobalamina e não tem significado clínico.
Gravidez e lactação:
Categoria de Risco na Gravidez C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
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Os glicocorticosteroides aparecem no leite materno e podem inibir o crescimento, interferir na produção
endógena de corticosteroides ou causar outros efeitos indesejáveis no lactente. Mães que utilizam doses
farmacológicas de corticosteroides devem ser advertidas no sentido de não amamentarem.
Este medicamento pode causar doping.
Doping esportivo: os glicocorticosteroides (como a dexametasona presente no Dexalgen®) requerem uma
A dipirona sódica pode causar redução das concentrações plasmáticas de ciclosporina. Deve-se, portanto,
realizar monitorização das concentrações de ciclosporina quando da administração concomitante com dipirona.
Anti-inflamatórios não esteroides como a dipirona podem aumentar o risco de hemorragias gastrintestinais
determinado pelos glicocorticosteroides.
O uso concomitante de barbitúricos, fenitoína, efedrina ou rifampicina pode reduzir os efeitos da dexametasona.
Quando os corticosteroides são administrados simultaneamente com diuréticos espoliadores de potássio, os
pacientes devem ser observados para o desenvolvimento de hipopotassemia. Além disso, os corticosteroides
podem afetar os testes de nitroazultetrazol (NBT) para infecção bacteriana, produzindo resultados falso-
negativos. Glicocorticosteroides como a dexametasona podem reduzir o efeito dos anticoagulantes cumarínicos.
Conservar o produto em lugar temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 (vinte e quatro) meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características organolépticas:
Ampola I: contém uma solução límpida, vermelha e isenta de partículas.
Ampola II: contém uma solução límpida, levemente amarelada e isenta de partículas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose recomendada de Dexalgen® solução injetável é de uma ampola aplicada a cada 24 (vinte e quatro) horas.
Em casos mais graves, pode-se administrar uma ampola de Dexalgen® de 12 (doze) em 12 (doze) horas. A
duração do tratamento é de cinco a sete dias.
Imediatamente antes da aplicação, o conteúdo da ampola I (que contém hidroxocobalamina) deve ser misturado
ao conteúdo da ampola II (que contém dexametasona e dipirona sódica) numa mesma seringa. A injeção deve ser
aplicada por via intramuscular profunda, lentamente.
A incidência e gravidade dos eventos adversos da dexametasona estão relacionadas diretamente com a dose e a
duração do tratamento. Os eventos adversos da dexametasona são apresentados em ordem de frequência
Dexalgen_sol_inj_V2_VPS VERSÃO 02 DA RDC 47 - Esta versão altera a VERSÂO 01
decrescente a seguir:
Comuns, > 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%): reações alérgicas (urticária, eritema), úlcera gástrica (em doses
elevadas), diarreia, hiperglicemia, comer em excesso, ganho de peso, insuficiência adrenocortical (em
tratamentos prolongados), síndrome de Cushing induzida por droga (em doses elevadas), estomatite por
Candida, agitação, náuseas, vômitos, tremores, osteoporose, hirsutismo e hiperpigmentação (em doses elevadas).
Incomuns, > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%): edema, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca,
hipopotassemia, choque anafilático, hipertensão intracraniana, pancreatite aguda, fraqueza muscular, amenorreia,
tromboembolismo.
Os eventos adversos da dipirona são apresentados em ordem de frequência decrescente a seguir:
Incomuns, > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%): hipotensão.
Raros, > 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%): agranulocitose, choque anafilático, broncoespasmo.
Muito raros, < 1/10.000 (< 0,01%): eritema multiforme bolhoso (Síndrome de Stevens-Johnson), necrólise
epidérmica tóxica (Síndrome de Lyell), insuficiência renal aguda.
Os eventos adversos da hidroxicobalamina são apresentados em ordem de frequência decrescentes a seguir:
Comuns, > 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%): eritema, erupções, hipertensão arterial, náusea, cefaleia e reações
no local da injeção.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.