Bula do Diazepam produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
diazepam
Solução injetável 10mg/2mL
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 1, 5, 10, 50 e 72 ampolas com 2mL.
USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada 2 mL da solução injetável contém:
diazepam..........................................................................................................................10mg
Veículo q.s.p......................................................................................................................2mL
Excipientes: propilenoglicol, álcool benzílico, benzoato de sódio, ácido benzoico, álcool
etílico e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O diazepam injetável é indicado para sedação basal antes de procedimentos terapêuticos ou
intervenções tais como: cardioversão, cateterismo cardíaco, endoscopia, exames
radiológicos, pequenas cirurgias, redução de fraturas, biópsias, curativos em queimados,
etc., com o objetivo de aliviar a tensão, ansiedade ou o estresse agudo e para diminuir a
lembrança de tais procedimentos. É igualmente útil no pré-operatório de pacientes ansiosos
e tensos.
Na psiquiatria, o diazepam é usado no tratamento de estados de excitação associados à
ansiedade aguda e pânico, assim como na agitação motora e no delirium tremens.
O diazepam também é indicado para o tratamento agudo do status epilepticus e outros
estados convulsivos (por exemplo, convulsões sofridas por pacientes com tétano). Caso o
diazepam seja considerado para o tratamento da eclampsia, é necessário avaliar os possíveis
riscos para o feto e os benefícios terapêuticos esperados para a mãe.
O diazepam é útil como adjuvante no alívio do espasmo muscular reflexo devido a
traumatismos localizados (ferimento, inflamação). Pode igualmente ser usado no
tratamento da espasticidade devido a lesão dos neurônios intermediários espinhais e supra-
espinhais tal como ocorre na paralisia cerebral e paraplegia, assim como na atetose e na
síndrome da pessoa rígida (síndrome de Stiff-Person).
Ansiedade: Os benzodiazepínicos, em comparação com outros ansiolíticos, parecem atuar
mais nos sintomas somáticos da ansiedade. Parece haver pouca diferença entre os
benzodiazepínicos em relação à eficácia como ansiolíticos. Entretanto, fatores
farmacocinéticos podem ser importantes para a escolha do benzodiazepínico. Os
benzodiazepínicos de meia-vida longa (p.ex.: diazepam ou clonazepam) são associados a
menores sintomas interdoses e menor intensidade de síndrome de abstinência, enquanto os
que não sofrem metabolização hepática e não apresentam metabólitos ativos (p.ex.:
lorazepam) seriam mais indicados para pacientes com diminuição da função hepática.
Avaliando o efeito da gepirona em comparação com o diazepam e o placebo, embora a
gepirona tenha apresentado um efeito ansiolítico em relação ao placebo, esse efeito foi
menos robusto e consistente que o diazepam, aparecendo após seis semanas de tratamento,
enquanto o efeito do diazepam pôde ser observado após uma semana. Além disso, o grupo
tratado com gepirona apresentou uma taxa de abandono mais alta que os demais grupos
após oito semanas de tratamento (gepirona 58%, diazepam 34% e placebo 42%).
Entretanto, a retirada abrupta da medicação acarretou aumento da ansiedade apenas no
grupo diazepam. 1
Espasmos musculares: A terapêutica com diazepam é indicada e eficaz como adjuvante no
tratamento de espasmos musculares causados por espasmo reflexo a patologia local como
inflamação ou trauma, espasticidade causada por lesões de neurônio motor ou atetose e
também, para alívio da espasticidade na esclerose múltipla e lesões medulares. Porém,
poderá ocorrer tolerância sendo necessária a alternância de doses e/ou modificação da
terapêutica. 2
A atividade miotonolítica de um novo relaxante muscular, DS 103-182, foi comparada com
a atividade do diazepam em um estudo duplo-cego randomizado em 30 pacientes
acometidos com espasmos musculares causados por desordens nos segmentos lombar e
cervical da espinha. 15 pacientes receberam 5mg de DS 103-182 e 15 pacientes receberam
diazepam no regime de 3 doses por dia. Os dois medicamentos foram bem tolerados e
eficazes na redução dos espasmos musculares. 3
Crises convulsivas e epiléticas: O diazepam é a droga de escolha para o tratamento inicial
de uma crise epiléptica. Essa droga é eficaz no controle das crises em cerca de 75-90% dos
casos. A via intramuscular nestes casos não deve ser utilizada, por apresentar absorção
lenta, atingindo níveis séricos apenas após 60-90 minutos, sendo portanto ineficiente no
controle das crises.4
As drogas mais eficientes na fase aguda do estado de mal epiléptico são os
benzodiazepínicos.
O diazepam é usado em bolus e sem diluição, inicialmente na dose de 10mg em adultos
(não ultrapassar 40mg) e 0,2 a 0,3mg/kg em crianças, não excedendo a velocidade de
infusão de 2 a 5 mg/min em adultos e 1mg/kg/min em crianças. Os principais efeitos
colaterais são depressão da consciência e depressão respiratória. O controle do estado de
mal epiléptico pode ser obtido entre 1 e 10 minutos após a administração do diazepam. 5
Sedação: Os benzodiazepínicos são grupo de fármacos mais confiável na busca de amnésia
anterógrada, apresenta alto índice terapêutico e propriedades ansiolíticas, sedativas e
anticonvulsivantes e certo grau de relaxamento muscular que o tornaram a classe de
sedativos mais utilizados em terapia intensiva. Dentre os agentes mais utilizados, o
diazepam é a melhor escolha para períodos mais longos sob sedação, pois em tais casos a
produção de metabólitos ativos não representa problemas. A dose preconizada é de 0,1 a
0,2 mg.kg-1, e a administração por via parenteral é dolorosa, especialmente devido ao
emprego de propilenoglicol como solvente.6
Referências Bibliográficas
1. ANDREATINI, Roberto; BOERNGEN-LACERDA, Roseli and ZORZETTO FILHO,
Dirceu. Tratamento farmacológico do transtorno de ansiedade generalizada: perspectivas
futuras. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2001, vol.23, n.4, pp. 233-242. ISSN 1516-4446.
doi: 10.1590/S1516-44462001000400011.
2. DeLee JC &Rockwood CA: Skeletal muscle spasm and a review of mucle relaxants.
Curr Ther Res 1980; 27:64-74.
3. HENNIES, O. L. A new skeletal muscle relaxant (DS 103-282) compared to diazepam in
the treatment of muscle spasm of local origin. The Journal of International Medical
Research. 1981, pp. 62 – 68.
4. CASELLA, E.B.; MÂNGIA, C.M.F. Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de
mal epiléptico em crianças. J Pediatr (Rio J) 1999;75(Supl 2):s197-s206
5. GARZON, Eliana. Estado de mal epiléptico. J epilepsy clin. neurophysiol. [online].
2008, vol. 14, suppl. 2, pp. 7-11. ISSN 1676-2649.
6. BENSEÑOR, F. E. M.; CICARELLI, D. D. Sedation and analgesia in intensive care.
Rev. Bras. Anestesiol. Vol. 53. Nº 5. Campinas. Sept./Oct. 2003.
Farmacodinâmica: O modo de ação dos benzodiazepínicos não está totalmente elucidado.
É um hipno-sedativo da classe dos benzodiazepínicos que aumenta a ligação de ácido
gama-amino-butírico (GABA), potente depressor do SNC, a receptores específicos,
situados principalmente em sistema límbico e formações reticulares neocortical e
mesencefálica, produzindo efeitos ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, miorrelaxantes,
anticonvulsivantes e efeitos amnésicos. Os benzodiazepínicos podem produzir todos os
níveis de depressão do sistema nervoso central, de sedação moderada a hipnose e coma.
Farmacocinética
Absorção: o diazepam é rápida e completamente absorvido após administração oral,
atingindo a concentração plasmática máxima após 30 a 90 minutos. Por via intramuscular, a
absorção é igualmente completa embora nem sempre mais rápida que por administração
oral.
Distribuição: o diazepam e seus metabólitos possuem uma alta ligação às proteínas
plasmáticas (diazepam: 98%); eles atravessam as barreiras hematoencefálica e placentária e
são também encontrados no leite materno em concentrações de aproximadamente um
décimo da concentração sérica materna.
Metabolismo: o diazepam é metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas,
como o nordiazepam, hidroxidiazepam e o oxazepam.
Eliminação: a curva concentração plasmática/tempo do diazepam é bifásica: uma fase de
distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a 3 horas e uma
fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida de 20-50 horas). A meia-vida de
eliminação terminal (t1/2) do metabólito ativo nordiazepam é de aproximadamente 100
horas, dependendo da idade e da função hepática. O diazepam e seus metabólitos são
eliminados principalmente pela urina (cerca de 70%), sob a forma livre ou
predominantemente conjugada.
Farmacocinética em condições clínicas especiais: a eliminação pode ser prolongada no
recém-nascido, nos idosos e nos pacientes com comprometimento renal ou hepático,
devendo-se lembrar que a concentração plasmática pode, consequentemente, demorar para
atingir o estado de equilíbrio dinâmico (steady state).
O diazepam não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos
benzodiazepínicos ou a qualquer um dos excipientes que compõe este medicamento, e a
pacientes dependentes de outras drogas, inclusive álcool, exceto neste último caso, quando
utilizado para o tratamento dos sintomas agudos de abstinência.
Evitar o uso em pacientes que apresentem glaucoma de ângulo.
Deve ser evitado por pacientes com insuficiência respiratória grave e síndrome da apneia
do sono. O diazepam deve ser utilizado com precaução por pacientes portadores de
miastenia gravis devido ao relaxamento muscular preexistente.
Quando existe insuficiência cardiorrespiratória deve-se ter em mente que sedativos como o
diazepam podem acentuar a depressão respiratória. Entretanto, o efeito sedativo pode, ao
contrário, ter efeito benéfico ao reduzir o esforço respiratório de certos pacientes. Na
hipercapnia severa crônica, o diazepam só deve ser administrado caso os benefícios
potenciais superem os riscos.
Devem ser adotados cuidados extremos ao se administrar diazepam injetável, em especial
por via IV, a idosos, pacientes com doenças muito graves e aqueles com reserva pulmonar
limitada, pois existe a possibilidade de ocorrer apneia e/ou parada cardíaca. O uso
concomitante de barbituratos, álcool ou outros agentes depressores do sistema nervoso
central, aumenta a depressão com consequente risco aumentado da ocorrência de apneia.
Pacientes idosos ou debilitados devem usar doses menores.
Devem ser observadas as precauções usuais no caso de pacientes com comprometimento
das funções renal e hepática. O diazepam está também associado a um fenômeno de
dependência física e psíquica que aumenta com a dose e a duração do tratamento. Este
fenômeno pode resultar numa intensificação da insônia e da ansiedade no caso de haver
uma parada brusca da medicação.
O diazepam não deve ser usado isoladamente no tratamento da depressão ou da ansiedade
associada à depressão porque pode desencadear o suicídio.
Dependência: Pode ocorrer dependência quando da terapia com benzodiazepínicos. O
risco é mais evidente em pacientes sob uso prolongado com altas dosagens e
particularmente em pacientes predispostos, com história de alcoolismo, abuso de drogas,
forte personalidade ou outros distúrbios psiquiátricos graves. No sentido de minimizar o
risco de dependência, os benzodiazepínicos só devem ser prescritos após cuidadosa
avaliação quanto à indicação e devem ser administrados por período de tempo o mais curto
possível. A continuação do tratamento, quando necessária, deve ser acompanhada bem de
perto. A duração prolongada do tratamento só se justifica após avaliação cuidadosa dos
riscos e benefícios.
Abstinência: O início dos sintomas de abstinência é variável, durando poucas horas a uma
semana ou mais. Nos casos menos graves, os sintomas da abstinência podem restringir-se a
tremor, agitação, insônia, ansiedade, cefaleia e dificuldade de concentração. Entretanto,
podem ocorrer outros sintomas de abstinência, tais como sudorese, espasmos muscular e
abdominal, alterações na percepção e, mais raramente delírio e convulsões. Na ocorrência
de sintomas de abstinência, é necessário um acompanhamento médico bem próximo e
apoio para o paciente. A interrupção abrupta deve ser evitada e deve ser adotado um
esquema de retirada gradual do medicamento.
Gravidez e amamentação: O diazepam e seus metabólitos atravessam a barreira
placentária e atingem o leite materno. A administração contínua de benzodiazepínicos
durante a gravidez pode originar hipotensão, diminuição da função respiratória e hipotermia
no recém-nascido. Sintomas de abstinência em recém-nascidos têm sido ocasionalmente
relatados com o uso de benzodiazepínicos. Cuidados especiais devem ser observados
quando o diazepam é utilizado durante o trabalho de parto, quando altas doses podem
provocar irregularidades no trabalho cardíaco do feto e hipotonia, dificuldade de sucção,
hipotermia no neonato. Antes da decisão de administrar diazepam durante a gravidez,
especialmente durante o primeiro trimestre – como deveria ocorrer sempre com outras
drogas – os possíveis riscos para o feto devem ser comparados com os benefícios
terapêuticos esperados para a mãe.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Pediatria: Deve-se lembrar que o sistema enzimático envolvido no metabolismo da droga
não está totalmente desenvolvido no recém-nascido (especialmente em prematuros). O
álcool benzílico, presente na fórmula do produto, pode provocar lesões irreversíveis no
recém-nascido, principalmente em prematuros. Por isso, para estes pacientes, o diazepam
injetável só pode ser usado caso não estejam disponíveis alternativas terapêuticas.
Idosos: A eliminação pode ser prolongada nos idosos, e consequentemente, a concentração
plasmática pode demorar a atingir o estado de equilíbrio dinâmico (steady state).
Devem ser adotados cuidados extremos ao se administrar diazepam injetável a idosos, em
especial por via EV, pois existe a possibilidade de ocorrer apneia e/ou parada cardíaca.
Interferências na capacidade de dirigir e operar máquinas: Os pacientes,
particularmente os motoristas e as pessoas que operam máquinas, devem estar atentos aos
Tem sido descrito que a administração concomitante de cimetidina (mas não ranitidina)
retarda o clearance do diazepam. Existem igualmente estudos mostrando que a
disponibilidade metabólica da fenitoína é afetada pelo diazepam. Por outro lado, não
existem interferências com os antidiabéticos, anticoagulantes e diuréticos comumente
utilizados. Se o diazepam é usado concomitantemente com outros medicamentos de ação
central, tais como: neurolépticos, tranquilizantes, antidepressivos, hipnóticos,
anticonvulsivantes, analgésicos e anestésicos, os efeitos destes medicamentos podem
potencializar ou serem potencializados pelo diazepam. O uso simultâneo com levodopa
pode diminuir o efeito terapêutico da levodopa.
Interferências em exames laboratoriais: Pode ocorrer elevação das transaminases e da
fosfatase alcalina.
Outras interações: Este medicamento não deve ser consumido concomitantemente com
bebidas alcoólicas, pois pode aumentar os efeitos indesejáveis do medicamento e do álcool.
ANTES DA ABERTURA DA AMPOLA ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO
CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE
(15 A 30ºC). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Atenção: O número de lote e data de validade gravados na ampola podem se tornar
ilegíveis ou até serem perdidos caso a embalagem entre em contato com algum tipo de
solução alcoólica.
Características físicas: Solução límpida, incolor a amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. As doses usuais diárias
recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora
existam casos que necessitem de doses mais elevadas.
As doses parenterais recomendadas para adultos e adolescentes variam de 2 a 20mg IM ou
IV, dependendo do peso corporal, indicação e gravidade dos sintomas. Em algumas
indicações (tétano, por exemplo) podem ser necessárias doses mais elevadas.
A administração intravenosa de diazepam deve ser lenta (0,5 a 1mL/minuto), pois a
administração excessivamente rápida pode provocar apneia; instrumental de reanimação
deve estar disponível para qualquer eventualidade.
Instruções posológicas especiais
Anestesiologia
- Pré-medicação: 10 a 20mg IM (crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg), uma hora antes da indução
anestésica;
- Indução anestésica: 0,2 a 0,5mg/kg IV;
- Sedação basal antes de procedimentos terapêuticos, diagnósticos ou intervenções: 10 a
30mg IV (crianças: 0,1 a 0,2mg/kg);
O melhor método para adaptar a posologia às necessidades de cada paciente consiste em se
administrar uma dose inicial de 5mg (1mL), ou 0,1mg/kg, e doses subsequentes de 2,5mg a
cada 30 segundos (ou 0,05mg/kg) até que haja oclusão palpebral.
Ginecologia e obstetrícia
Eclampsia: durante a crise convulsiva: 10 a 20mg IV; doses adicionais segundo as
necessidades, por via IV ou gota/gota (até 100mg/24 horas).
Tétano: 0,1 a 0,3mg/kg IV a intervalos de 1 a 4 horas ou gota/gota (3 a 4mg/kg/24 horas);
simultaneamente a mesma dose pode ser administrada por sonda nasogástrica.
Estado de mal epiléptico: 0,15 a 0,25mg/kg IV (eventualmente gota/gota). Repetir, se
necessário, após 10 a 15 minutos. Dose máxima: 3mg/kg/24 horas.
Estados de excitação, Ansiedade aguda, agitação motora, delirium tremens: dose inicial de
0,1 a 0,2mg/kg IV. Repetir a intervalos de 8 horas até o desaparecimento dos sintomas
agudos; a seguir, prosseguir o tratamento por via oral.
Atenção: administrar a solução injetável de diazepam separadamente, pois ela é
incompatível com as soluções aquosas de outros medicamentos (precipitação do princípio
ativo).
Perfusão: o diazepam permanece estável em solução de glicose a 5% ou 10% ou em
solução isotônica de cloreto de sódio, desde que se misture rapidamente o conteúdo das
ampolas (máximo 4mL) ao volume total de solução (mínimo 250mL), utilizando a mistura
após o preparo.
Reação muito comum (>1/10): cansaço, sonolência e relaxamento muscular; em geral,
estão relacionados com a dose administrada.
Reação incomum (>1/1.000 e < 1/100): confusão mental, amnésia anterógrada, depressão,
diplopia, disartria, cefaleia, hipotensão, variações nos batimentos do pulso, depressão
circulatória, parada cardíaca, incontinência urinária, aumento ou diminuição da libido,
náusea, secura da boca ou hipersalivação, rash cutâneo, fala enrolada, tremor, retenção
urinária, tonteira e distúrbios de acomodação visual.
Reação muito rara (< 1/10.000): elevação das transaminases e da fosfatase alcalina assim
como icterícia. Têm sido descritas reações paradoxais tais como: excitação aguda,
ansiedade, distúrbios do sono e alucinações.
Quando estes últimos ocorrem, o tratamento com diazepam deve ser interrompido.
Particularmente após administração endovenosa rápida, podem ocorrer: trombose
venosa, flebite, irritação local, edema ou, menos frequentemente, alterações vasculares.
Veias de pequeno calibre não devem ser escolhidas para a administração, devendo-se evitar
principalmente a administração intra-arterial e o extravasamento do medicamento.
A administração intramuscular pode ocasionar dor local, acompanhada, em alguns casos, de
eritema na região da aplicação; é relativamente comum hipersensibilidade dolorosa.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Os sintomas de superdosagem manifestam-se por extrema intensificação dos efeitos do
produto como sedação, relaxamento muscular, sono profundo ou excitação paradoxal. Na
maioria dos casos é necessária apenas observação dos sinais vitais ou reversão pelo
antagonista flumazenil.
Intoxicações graves podem levar ao coma, arreflexia, depressão cardiorrespiratória e apneia
exigindo tratamento apropriado (ventilação, suporte cardiovascular). Nos casos de
intoxicações graves por quaisquer benzodiazepínicos (com coma ou sedação grave)
recomenda-se o uso do antagonista específico, o flumazenil, na dose inicial de 0,3 mg IV,
com incrementos de 0,3mg a intervalos de 60 segundos, até reversão do coma. No caso dos
benzodiazepínicos de meia-vida longa pode haver recidiva da sedação, portanto,
recomenda-se o uso de flumazenil por infusão endovenosa de 0,1 a 0,4mg/hora, gota a gota,
em glicose a 5% ou cloreto de sódio 0,9%, juntamente com os demais processos de
reanimação, desde que o flumazenil não reverta a depressão respiratória.
Nas intoxicações mistas, o flumazenil também pode ser usado para diagnóstico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.