Bula do Dicloridrato de Pramipexol (Port. 344/98 - Lista C1) produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
dicloridrato de pramipexol
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
comprimido simples
0,125 mg
0,250 mg
1 mg
Dicloridrato de pramipexol 0,125mg, 0,25mg e 1mg comprimidos – VP02
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
dicloridrato de pramipexol comprimidos de 0,125 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos.
dicloridrato de pramipexol comprimidos de 0,25 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos.
dicloridrato de pramipexol comprimidos de 1,0 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de dicloridrato de pramipexol 0,125 mg contém:
dicloridrato de pramipexol ................................................................................................................. 0,125 mg
(equivalente a 0,088 mg de pramipexol)
Excipientes ........................................................................................................................... q.s.p. 1 comprimido
(manitol, celulose microcristalina, amido, dióxido de silício e estearato de magnésio).
Cada comprimido de dicloridrato de pramipexol 0,25 mg contém:
dicloridrato de pramipexol ...................................................................................................................... 0,25 mg
(equivalente a 0,18 mg de pramipexol)
Cada comprimido de dicloridrato de pramipexol 1,0 mg contém:
dicloridrato de pramipexol ........................................................................................................................ 1,0 mg
(equivalente a 0,7 mg de pramipexol)
II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O dicloridrato de pramipexol é indicado para o tratamento dos sinais e sintomas da doença de Parkinson
sem causa conhecida, podendo ser usado isoladamente ou em associação com levodopa. Também é indicado
para tratamento dos sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) sem causa conhecida.
O dicloridrato de pramipexol atua no cérebro aliviando os problemas motores relacionados com a doença de
Parkinson e também protege os neurônios dos efeitos nocivos da levodopa. Ainda não se conhece o
mecanismo de ação sobre a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI).
Você não deve usar dicloridrato de pramipexol se tiver alergia ao pramipexol (substância ativa) ou a
qualquer componente da fórmula.
Se você tiver problemas nos rins, seu médico deverá reduzir a dose de dicloridrato de pramipexol.
Dicloridrato de pramipexol 0,125mg, 0,25mg e 1mg comprimidos – VP02
Caso tenha doença cardiovascular grave, será necessário monitorar a sua pressão arterial, principalmente no
início do tratamento, devido ao risco de queda da pressão ao levantar-se rapidamente. Existe a possibilidade
de surgirem comportamentos anormais, como compulsão alimentar, por compras, sexo e jogos. Nestes casos,
o médico poderá decidir se diminui a dose ou mesmo se interrompe o tratamento. Você terá que ser
monitorado regularmente para o controle do desenvolvimento de mania (elevação anormal e persistente do
humor também chamada de euforia) e delírio (alteração do juízo de realidade, ou seja, capacidade de
distinguir o falso do verdadeiro implicando em lucidez da consciência). O médico deve informar a você e a
seu cuidador que mania e delírio podem ocorrer em pacientes tratados com dicloridrato de pramipexol. Se
estes sintomas se desenvolverem, o médico também poderá decidir se diminui a dose ou mesmo se interrompe
o tratamento.
Você e seu médico devem monitorar a eventual ocorrência de melanoma (um tipo de câncer de pele) durante
o uso de dicloridrato de pramipexol, pois estudos demonstraram que pacientes com doença de Parkinson têm
cerca de 2 a 6 vezes mais chance de desenvolver esta doença.
Na doença de Parkinson, após a interrupção abrupta do tratamento foram relatados sintomas da síndrome
neuroléptica maligna (contrações musculares intensas, alterações na dosagem de enzima e febre alta
resistente).
Casos da literatura indicaram que o tratamento com medicamentos com ação similar ao dicloridrato de
pramipexol pode resultar em início dos sintomas da síndrome das pernas inquietas (necessidade de mover as
pernas) em horário mais cedo que o habitual e sua propagação para outras extremidades.
Ocorreram alterações oculares (na retina) em estudos feitos em ratos, que não foram observadas em outras
espécies de animais; ainda não foi estabelecida a relevância destes achados para seres humanos.
O dicloridrato de pramipexol pode causar alucinações e confusão, com maior frequência em pacientes com
doença de Parkinson em estágio avançado em tratamento associado com levodopa.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Atenção: sua capacidade para dirigir pode ficar prejudicada caso tenha alucinações visuais.
O uso de dicloridrato de pramipexol pode causar sonolência e sono súbito durante suas atividades diárias
(como conversas e refeições). A sonolência pode ser frequente e ter consequências potencialmente sérias. Por
isso, você não deve dirigir carros nem operar nenhuma outra máquina até que tenha experiência suficiente
com pramipexol para estimar se terá algum prejuízo do seu desempenho mental e/ou motor.
Você não deve dirigir nem participar de atividades potencialmente perigosas se tiver sonolência ou adormecer
subitamente durante as atividades diárias, em qualquer momento do tratamento. Caso ocorram, procure seu
médico.
Gravidez e Amamentação
O dicloridrato de pramipexol só deve ser utilizado durante a gravidez se os benefícios potenciais
justificarem os riscos para o bebê. Ainda não foi avaliado se o pramipexol é excretado pelo leite materno. Se
você estiver amamentando não deve usar dicloridrato de pramipexol, pois pode haver inibição da produção
de leite.
O pramipexol não causou malformações em proles de coelhos e ratos, mas foi tóxica aos embriões de ratos
quando a mãe recebeu doses consideradas tóxicas de pramipexol.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Interações Medicamentosas
Se você estiver tomando medicamentos como cimetidina, amantadina, o médico provavelmente reduzirá a
dose de dicloridrato de pramipexol, pois o efeito pode ser aumentado, causando movimentos repetidos
involuntários, agitação ou alucinações.
Se você tiver doença de Parkinson e estiver em fase de aumento da dose de dicloridrato de pramipexol,
recomenda-se que seu médico diminua a dose de levodopa e mantenha a dose de outros medicamentos contra
a doença de Parkinson.
Se você estiver tomando outro medicamento sedativo ou usa álcool, deve ter cautela, pois o efeito sedativo de
dicloridrato de pramipexol pode aumentar.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
O dicloridrato de pramipexol deve ser armazenado na embalagem original e em temperatura ambiente
(entre 15-30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o na embalagem original.
Características físicas
dicloridrato de pramipexol 0,125 mg – comprimido branco ou quase branco, circular, com ambas as faces
lisas.
dicloridrato de pramipexol 0,25 mg – comprimido branco ou quase branco, oval, com vinco em ambas as
faces.
dicloridrato de pramipexol 1,0 mg – comprimido branco ou quase branco, circular, com vinco em ambas as
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Você deve tomar os comprimidos com água, com ou sem alimentos. Tome o medicamento conforme
orientação de seu médico.
Doença de Parkinson
A dose diária total deve ser dividida em três tomadas diárias.
Tratamento inicial: a dose deve ser aumentada gradualmente a partir de uma dose inicial de 0,375
mg/dia, subdividida em três doses diárias, e deve ser aumentada a cada 5 a 7 dias. Desde que não haja
reações adversas, a dose deve ser aumentada até que se atinja o máximo efeito terapêutico.
Esquema de dose ascendente de dicloridrato de pramipexol
Semana Dose Dose Diária Total
1 0,125 mg, 3x ao dia 0,375 mg
2 0,25 mg, 3x ao dia 0,75 mg
3 0,5 mg, 3x ao dia 1,50 mg
Se houver necessidade de aumentar a dose, seu médico poderá acrescentará semanalmente 0,75 mg à dose
diária até atingir a dose máxima de 4,5 mg/dia.
Tratamento de manutenção: a dose individual deve situar-se entre 0,375 mg/dia e a dose máxima de
4,5 mg/dia.
Em caso de interrupção do tratamento, a dose deve ser diminuída em 0,75 mg por dia até que a dose diária
atinja 0,75 mg. Depois disso, a dose deve ser reduzida em 0,375 mg por dia.
Caso você também esteja tomando levodopa, recomenda-se que seu médico reduza a dose de levodopa, tanto
durante o aumento da dose de dicloridrato de pramipexol como no tratamento de manutenção.
Se você tiver problemas nos rins, seu médico poderá adaptar a dose.
Síndrome das Pernas Inquietas
A dose inicial recomendada de dicloridrato de pramipexol é 0,125 mg uma vez ao dia, 2 a 3 horas antes de
dormir. Para pacientes com sintomatologia adicional, a dose deve ser aumentada ou ajustada a cada 4-7 dias,
no máximo de 0,75 mg por dia.
Dicloridrato de pramipexol 0,125mg, 0,25mg e 1mg comprimidos – VP02
Semana Dose Diária (única) da noite
1 0,125 mg
2 (se necessário) 0,25 mg
3 (se necessário) 0,50 mg
4 (se necessário) 0,75 mg
O tratamento pode ser interrompido sem redução gradativa da dose. No entanto, estudos demonstraram que
pode ocorrer retorno dos sintomas da SPI.
A segurança e eficácia de dicloridrato de pramipexol não foram estabelecidas em crianças e adolescentes
até 18 anos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Continue tomando as próximas doses regularmente no horário habitual. Não duplique a dose na próxima
tomada.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
Este medicamento pode causar algumas reações desagradáveis inesperadas.
Doença de Parkinson:
Reações muito comuns: tontura, movimentos repetitivos involuntários, sonolência, enjoo.
Reações comuns: comportamentos anormais (refletindo sintomas de transtornos do controle dos impulsos
e comportamento compulsivo), sonhos anormais, confusão, alucinações, insônia, dor de cabeça,
distúrbios visuais incluindo visão dupla, visão embaçada e redução da visão, pressão baixa, prisão de
ventre, vômito, fraqueza, inchaço nas pernas e pés, perda de peso com perda de apetite.
Reações incomuns: pneumonia, compulsão por compras, por sexo, por jogo, amnésia, delírio, aumento ou
diminuição do desejo sexual, paranoia, hiperatividade, início repentino do sono, desmaios, falta de ar,
soluços, coceira, vermelhidão e descamação da pele, reações alérgicas, aumento de peso.
Reação rara: mania
Reações com frequência desconhecida: secreção inadequada do hormônio antidiurético, compulsão
alimentar, alimentação excessiva, perda da função do coração.
Síndrome das Pernas Inquietas:
Reação muito comum: enjoo.
Reações comuns: sonhos anormais, insônia, tontura, dor de cabeça, sonolência, prisão de ventre, vômito,
fraqueza.
Reações incomuns: confusão, alucinações, aumento ou diminuição do desejo sexual, inquietação,
movimentos repetitivos involuntários, início repentino do sono, desmaios, distúrbios visuais incluindo
visão dupla,visão embaçada e redução da visão, pressão baixa, falta de ar, soluços, coceira, vermelhidão e
descamação da pele, reações alérgicas, inchaço nas pernas e pés, perda de peso com perda de apetite,
aumento de peso..
Reações com frequência desconhecida: pneumonia, secreção inadequada do hormônio antidiurético,
comportamentos anormais (refletindo sintomas de transtornos do controle dos impulsos e comportamento
compulsivo), compulsão alimentar, por compras, por sexo, por jogo, mania, delírio, alimentação
excessiva, paranoia, amnésia, hiperatividade perda da função do coração.
Em alguns pacientes pode ocorrer hipotensão no início do tratamento, principalmente quando o aumento da
dose de dicloridrato de pramipexol é muito rápido.
Há alguns relatos de episódios de sono sem sinais de alerta, como sonolência, principalmente em pacientes
tomando doses acima de 1,5 mg/dia de dicloridrato de pramipexol, e não se evidenciou uma relação com a
Dicloridrato de pramipexol 0,125mg, 0,25mg e 1mg comprimidos – VP02
duração do tratamento. Na maioria dos casos sobre os quais se obtiveram informações, os episódios não se
repetiram após a redução da dose ou a interrupção do tratamento.
A ocorrência de jogo patológico, libido aumentada e hipersexualidade geralmente é reversível com a redução
da dose ou descontinuação do tratamento.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.