Bula do Dienpax produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DIENPAX
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Comprimido
10 mg
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DIENPAX®
diazepam
APRESENTAÇÃO
DIENPAX 10 mg: cartucho com 20 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 10mg contém:
diazepam 10mg
excipientes q.s.p. 1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, estearato de magnésio, corante amarelo tartrazina, amido de milho,
amido de milho pré-gelatinizado.
DIENPAX está indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou
psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode também ser útil como coadjuvante no
tratamento da ansiedade ou agitação associada a desordens psiquiátricas.
O DIENPAX é útil no alívio do espasmo muscular reflexo devido a traumas locais (lesão, inflamação).
Pode ser igualmente usado no tratamento da espasticidade devida a lesão dos interneurônios espinhais e
supra espinhais tal como ocorre na paralisia cerebral e paraplegia, assim como na atetose e na síndrome
rígida.
Os benzodiazepínicos são indicados apenas para desordens intensas, desabilitantes ou para dores
extremas.
Síndrome da ansiedade
O uso de diazepam melhora os sintomas de agorafobia e ansiedade. A dose recomendada é de 2 a 10 mg
administrada duas a quatro vezes ao dia (Prod Info Valium (R), 1999). A eficácia é mantida mesmo com
o tratamento prolongado durante vários anos.1,2,3
Em estudo que envolvia 228 pacientes, duplo-cego, com
placebo, o tratamento com diazepam na dose de 2 mg, três vezes ao dia, e 4 mg, à noite, foi superior ao
placebo no alívio dos sintomas da ansiedade.4
Quando comparada ao diazepam, a terapêutica com alprazolam é igualmente eficaz no tratamento de
ansiedade dos pacientes ambulatoriais.5,6,7,8,9
Entretanto, a incidência de sedação é maior com o
alprazolam.6,8,10
O bromazepam é tão eficaz quanto o diazepam como ansiolítico em pacientes com neurose de
ansiedade.11,12,13,14
Entretanto, há relatos que sugerem a superioridade do bromazepam.14,15
Acredita-se
que o bromazepam é mais específico como ansiolítico, quando comparado ao diazepam13,16
e, portanto,
mais eficaz.
A superioridade de eficácia do diazepam sobre a buspirona no tratamento de ansiedade crônica foi
reportada.17,18
Quanto ao lorazepam, alguns estudos indicam que a eficácia de diazepam é superior 19,20,21,22,23
, enquanto
outros relatam a superioridade de lorazepam.20,24,25
Espasmos musculares
A terapêutica com diazepam é indicada e eficaz como adjuvante no tratamento de espasmos musculares
causados por reflexo à patologia local, como inflamação ou trauma, espasticidade causada por lesões de
2
neurônio motor ou atetose 26,27
e, também, para alívio da espasticidade na esclerose múltipla e lesões
medulares. Porém, poderá ocorrer tolerância sendo necessária a alternância de doses e/ou modificação da
terapêutica.
Delirium tremens – abstinência de álcool
A administração de benzodiazepínicos é eficaz no tratamento da abstinência, pois reduz a severidade e a
incidência de convulsões e delírio.28
Alguns clínicos preferem diazepam, por causa de sua meia-vida
longa e a possibilidade de retirada mais branda.29,30,31
O uso de alprazolam foi tão efetivo quanto o diazepam no tratamento da abstinência de álcool.32
Abstinência de benzodiazepínicos
A administração de diazepam para desintoxicação de pacientes com uso abusivo de outros
benzodiazepínicos tem sido eficaz.33
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Farmacodinâmica
Mecanismo de ação
O diazepam faz parte do grupo dos benzodiazepínicos que possuem propriedades ansiolíticas, sedativas,
miorrelaxantes, anticonvulsivantes e efeitos amnésicos.
Sabe-se atualmente que tais ações são devidas ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA),
o mais importante inibidor da neurotransmissão no cérebro.
Farmacocinética
Absorção
O diazepam é rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal após administração oral,
atingindo a concentração plasmática máxima após 30 - 90 minutos.
Distribuição
O diazepam e seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas (diazepam 98%). Eles
atravessam as barreiras hematoencefálica e placentária e são também encontrados no leite materno em
concentrações que equivalem a, aproximadamente, um décimo da concentração sérica materna (vide item
“Advertências e Precauções - Gestação e lactação”). O volume de distribuição no estado de equilíbrio é
de 0,8 – 1,0 L/kg. A meia-vida de distribuição é de até três horas.
Metabolismo
O diazepam é principalmente metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como o
nordiazepam (N-desmetildiazepam), temazepam (hidroxidiazepam) e oxazepam.
O metabolismo oxidativo de diazepam é mediado pelas isoenzimas CYP3A e CYP2C19. Oxazepam e
temazepam são posteriormente conjugados ao ácido glicurônico.
Eliminação
O declínio da curva de concentração plasmática/tempo do diazepam após administração oral é bifásica:
uma fase de distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a três horas e uma
fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida de até 48 horas).
A meia-vida de eliminação terminal do metabólito ativo nordiazepam é de, aproximadamente, 100 horas,
dependendo da idade e da função hepática. O diazepam e seus metabólitos são eliminados principalmente
pela urina (cerca de 70%), predominantemente sob a forma conjugada. O clearance de diazepam é de 20 -
30 mL/min.
Farmacocinética em condições clínicas especiais
A meia-vida de eliminação pode ser prolongada nos idosos e nos pacientes com comprometimento
hepático, devendo lembrar-se que a concentração plasmática pode, em consequência, demorar para atingir
o estado de equilíbrio dinâmico ("steady-state"). Na insuficiência renal, a meia-vida do diazepam não é
alterada.
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Segurança pré-clínica
Carcinogenicidade
O potencial carcinogênico de diazepam oral foi estudado em várias espécies roedoras.
Aumento na incidência de tumores hepatocelulares ocorreu em camundongos machos. Não houve
aumento significativo na incidência de tumores em camundongos fêmeas, ratos, hamsters ou outros
roedores.
Mutagenicidade
Um número de estudos proporcionou uma fraca evidência de um potencial mutagênico, em altas
concentrações, que estão, entretanto, acima das doses terapêuticas em seres humanos.
Prejuízo da fertilidade
Estudos reprodutivos em ratos mostraram diminuições no número de gestações e no número de
sobreviventes da prole, seguindo administração de doses orais de 100 mg/kg/dia, antes e durante o
cruzamento e por toda a gestação e lactação.
Teratogenicidade
O diazepam foi considerado teratogênico em camundongos em níveis de dose de 45 -50 mg/kg, 100
mg/kg e 140 mg/kg/dia, assim como em hamsters, em 280 mg/kg. No entanto, essa droga não se mostrou
teratogênica em 80 e 300 mg/kg/dia, em ratos, e em 20 e 50 mg/kg/dia, em coelhos (vide item
“Advertências e Precauções - Gestação e lactação”).
DIENPAX não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a
qualquer excipiente do produto, glaucoma de ângulo agudo, insuficiência respiratória grave, insuficiência
hepática grave, síndrome da apneia do sono ou miastenia gravis. Benzodiazepínicos não são
recomendados para tratamento primário de doença psicótica. Eles não devem ser usados como
monoterapia na depressão ou ansiedade associada com depressão, pela possibilidade de ocorrer suicídio
nesses pacientes.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos de idade.
Uso concomitante de álcool/depressores SNC
O uso concomitante de DIENPAX com álcool e/ou depressores do SNC deve ser evitado. Essa utilização
concomitante tem potencial para aumentar os efeitos clínicos de DIENPAX, incluindo possivelmente
sedação grave, depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevantes (vide item “Interações
Medicamentosas”).
Histórico médico de abuso de álcool ou drogas
DIENPAX deve ser usado com muita cautela em pacientes com história de alcoolismo ou dependência de
drogas.
DIENPAX deve ser evitado em pacientes com dependência de depressores do SNC, incluindo álcool.
Uma exceção à dependência de álcool é o gerenciamento das reações agudas de retirada.
São recomendadas doses menores para pacientes com insuficiência respiratória crônica, por causa do
risco de depressão respiratória.
Devem ser usadas pequenas doses em pacientes idosos e debilitados.
Devem ser observadas as precauções usuais no caso de pacientes com comprometimento da função renal
ou hepática.
Para efeitos na capacidade de dirigir vide item “Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículo e operar
máquinas”.
Para advertências sobre dependência, abstinência e ansiedade de rebote, vide item “Abuso e
dependência”.
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Reações psiquiátricas e “paradoxais”: reações psiquiátricas como inquietude, agitação, irritabilidade,
agressividade, ilusão, raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento inadequado e outros efeitos
adversos comportamentais podem ocorrer com o uso de benzodiazepínicos. Quando isso acontece, deve-
se descontinuar o uso da droga. Esses efeitos são mais prováveis em crianças e idosos.
Amnésia: deve-se ter em mente que os benzodiazepínicos podem induzir a amnésia anterógrada, que
pode ocorrer com o uso de doses terapêuticas, com aumento do risco em doses maiores. Efeitos
amnésicos podem estar associados com comportamento inapropriado.
Tolerância: pode ocorrer alguma redução na resposta aos efeitos dos benzodiazepínicos, após uso
repetido de DIENPAX, por período prolongado.
Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose (a deficiência Lapp de lactase ou
má absorção de glicose-galactose) não devem tomar esta medicação e deverão falar com o médico, pois
DIENPAX possui lactose em sua composição.
Pacientes pediátricos
Os benzodiazepínicos não devem ser administrados em crianças sem confirmação cuidadosa da indicação.
A duração do tratamento deve ser a menor possível. Uma vez que a segurança e eficácia em pacientes
pediátricos com idade inferior a 6 meses não foram estabelecidas, DIENPAX deverá ser utilizado neste
grupo etário com extrema cautela e somente quando outras alternativas terapêuticas não estiverem
disponíveis.
Pacientes sob uso de DIENPAX devem ser alertados quanto à realização de atividades perigosas que
requeiram grande atenção como operar máquinas perigosas ou dirigir veículos. Devem ser igualmente
alertados sobre o consumo concomitante de bebidas alcoólicas, pois pode ocorrer potencialização dos
efeitos indesejáveis de ambas as drogas.
Quando existe insuficiência cardiorrespiratória, deve se ter em mente que sedativos como DIENPAX
podem acentuar a depressão respiratória. Entretanto, o efeito sedativo pode, ao contrário, ter efeito
benéfico ao reduzir o esforço respiratório de certos pacientes. Na hipercapnia severa crônica, DIENPAX
só deve ser administrado caso os benefícios potenciais superem os riscos.
Abuso e dependência
Dependência: o uso de benzodiazepínicos e similares pode levar ao desenvolvimento de dependência
física ou psíquica (vide item “Reações Adversas”). O risco de dependência aumenta com a dose e duração
do tratamento. É maior também nos pacientes predispostos, com história de abuso de drogas ou álcool.
No sentido de minimizar o risco de dependência, os benzodiazepínicos só devem ser prescritos após
cuidadosa avaliação quanto à indicação e devem ser administrados por período de tempo o mais curto
possível. A continuação do tratamento, quando necessária, deve ser acompanhada bem de perto. A
duração prolongada do tratamento só se justifica após avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios.
Abstinência: quando ocorre dependência física, a retirada abrupta do tratamento será acompanhada de
sintomas de abstinência. O início dos sintomas de abstinência é variável, durando poucas horas a uma
semana ou mais. Podem ocorrer cefaleia, dores musculares, ansiedade extrema, tensão, inquietude,
confusão e irritabilidade. Em casos graves, podem ocorrer sintomas como despersonalização,
desrealização, hiperacusia, dormência e sensibilidade nas extremidades, hipersensibilidade à luz, ao
barulho e ao contato físico, alucinações ou convulsões. Na ocorrência de sintomas de abstinência, são
necessários acompanhamento médico bem próximo e apoio para o paciente. A interrupção abrupta deve
ser evitada, e um esquema de retirada gradual deve ser adotado.
Ansiedade de rebote: uma síndrome transitória com sintomas que levaram ao tratamento com DIENPAX
recorre com maior intensidade. Isso pode acontecer com a descontinuação do tratamento. Pode ser
acompanhada de outras reações, incluindo alterações de humor, ansiedade e inquietude. Como o risco de
abstinência e rebote é maior quando a descontinuação do tratamento é abrupta, é recomendado que a
dosagem seja reduzida gradualmente.
Até o momento, não há informações de que DIENPAX (diazepam) possa causar doping.
Gestação e lactação
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Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não foi estabelecida segurança para uso de diazepam durante a gravidez. O diazepam e seus metabólitos
atravessam a barreira placentária. Um aumento do risco de malformação congênita associada aos
benzodiazepínicos durante o primeiro trimestre de gravidez tem sido sugerido. Uma revisão dos efeitos
adversos relatados espontaneamente não mostrou maior incidência que os esperados na população não
tratada. Benzodiazepínicos devem ser evitados durante a gravidez a menos que não exista outra
alternativa mais segura. Antes de se administrar DIENPAX durante a gravidez, especialmente durante o
primeiro trimestre, os possíveis riscos para o feto (assim como com qualquer outra droga) devem ser
pesados contra o benefício terapêutico esperado para a mãe.
Administração contínua de benzodiazepínicos durante a gravidez pode levar à hipotensão, redução da
função respiratória e hipotermia no recém-nascido. Sintomas de abstinência no recém-nascido têm sido
ocasionalmente descritos com esta classe terapêutica. São recomendados cuidados especiais quando o
DIENPAX for administrado durante o trabalho de parto, pois uma única dose alta pode produzir
irregularidades na frequência cardíaca fetal e hipotonia, dificuldade de sucção, hipotermia e depressão
respiratória moderada no neonato. Antes da decisão de administrar DIENPAX durante a gravidez,
especialmente durante o primeiro trimestre - como deveria ocorrer sempre com outras drogas - os
possíveis riscos para o feto devem ser comparados com os benefícios terapêuticos esperados para a mãe.
Deve-se lembrar que o sistema enzimático envolvido no metabolismo da droga não está completamente
desenvolvido no recém-nascido (especialmente nos prematuros).
Como DIENPAX passa para o leite materno, não deve ser administrado em pacientes que estejam
amamentando.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículo e operar máquinas
Sedação, amnésia, redução da capacidade de concentração e da força muscular podem prejudicar a
capacidade de dirigir veículo ou operar máquinas.
DIENPAX 10 mg contém o corante amarelo de tartrazina que pode causar reações de natureza
alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido
Interações farmacocinéticas fármaco-fármaco (FFI)
O metabolismo oxidativo de diazepam, levando à formação de N-desmetildiazepam, de 3
hidroxidiazepam (temazepam) e de oxazepam, é mediado pelas isoenzimas CYP2C19 e CYP3A do
citocromo P450. Como demonstrado por estudo in vitro, a reação de hidroxilação é realizada
principalmente pela isoforma CYP3A, enquanto a N-desmetilação é mediada por ambas, CYP3A e
CYP2C19. Resultados de estudos in vivo, em voluntários humanos, confirmaram as observações in vitro.
Em consequência, substratos, que são moduladores do CYP3A e/ou do CYP2C19, podem potencialmente
alterar a farmacocinética do diazepam. Drogas como cimetidina, cetoconazol, fluvoxamina, fluoxetina e
omeprazol, que são inibidoras do CYP3A ou do CYP2C19, podem aumentar e prolongar a sedação.
Existem relatos de que a eliminação metabólica de fenitoína é afetada pelo diazepam.
Tem sido descrito que a administração concomitante de cimetidina (mas não ranitidina) retarda o
clearance do diazepam. Todavia, não existem interferências com os antidiabéticos, anticoagulantes e
diuréticos comumente utilizados.
O uso simultâneo com levodopa pode diminuir o efeito terapêutico da levodopa.
A cisaprida pode levar ao aumento temporário de efeito sedativo dos benzodiazepínicos administrados via
oral por causa da absorção mais rápida.
Para advertências de outros depressores do sistema nervoso central, incluindo o álcool, vide item
“Superdose”.
Interações farmacodinâmicas fármaco-fármaco (FFI)
Efeitos aumentados sobre a sedação, respiração e hemodinâmica podem ocorrer quando DIENPAX é
coadministrado com outros medicamentos de ação central, como antipsicóticos/neurolépticos,
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tranquilizantes/ansiolíticos/sedativos, antidepressivos, hipnóticos, anticonvulsivantes, analgésicos
narcóticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos ou álcool.
O álcool deve ser evitado em pacientes que recebem DIENPAX.
DIENPAX deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
DIENPAX 10 mg: comprimido amarelo claro, redondo, plano, com bordas chanfradas, sem gravação e
com sulco transversal em uma das faces.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser
descartados no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local
estabelecido, se disponível.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dose padrão: para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. O tratamento deve ser
iniciado com a menor dose apropriada eficaz para a condição particular.
Doses orais usuais para adultos: dose inicial: 5-10 mg. Dependendo da gravidade dos sintomas, 5-20
mg/dia. Cada dose oral para adultos não deve normalmente ser superior a 10 mg.
Duração do tratamento: a duração do tratamento deve ser a menor possível (vide item “Advertências e
Precauções - Abuso e dependência”). O paciente deve ser reavaliado regularmente quanto à necessidade
de se continuar o tratamento, especialmente no paciente assintomático. O tratamento não deve exceder
dois a três meses, incluindo o período de retirada progressiva. A extensão além desse limite poderá ser
feita após reavaliação da situação. É útil informar ao paciente quando o tratamento for iniciado que o
mesmo terá duração limitada e explicar como a dose será progressivamente reduzida. Além disso, é
importante que o paciente seja alertado sobre a possibilidade do fenômeno de rebote, para minimizar a
ansiedade sobre tais sintomas, caso eles ocorram durante a retirada. Existem evidências de que, no caso
de benzodiazepínicos de curta duração, o fenômeno de retirada pode se manifestar no intervalo entre as
doses, especialmente quando a posologia é alta. No caso de benzodiazepínicos de longa duração, como o
diazepam, é importante prevenir quando se trocar para um benzodiazepínico de curta duração, pois
podem ocorrer sintomas de abstinência.
Instruções para dosagens especiais
Pacientes idosos
Pacientes idosos devem receber doses menores. Esses pacientes devem ser acompanhados regularmente
no início do tratamento para minimizar a dosagem e/ou frequência de administração, para prevenir
superdose causada pelo acúmulo.
Pacientes com distúrbios da função hepática
Pacientes com distúrbios hepáticos podem apresentar meia-vida de eliminação mais prolongada e, por
isso, devem receber doses menores.
DIENPAX deve ser administrado por via oral.
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Os comprimidos podem ser divididos em partes iguais para facilitar a dosagem.
Os efeitos colaterais mais comumente citados são: cansaço, sonolência e relaxamento muscular; em geral,
estão relacionados com a dose administrada. Esses efeitos ocorrem predominantemente no início do
tratamento e geralmente desaparecem com a administração prolongada.
Distúrbios do sistema nervoso: ataxia, disartria, fala enrolada, dor de cabeça, tremores, tontura.
Amnésia anterógrada pode ocorrer com doses terapêuticas, sendo que o risco aumenta com doses
maiores. Efeitos amnésicos podem estar associados com comportamento inapropriado.
Distúrbios psiquiátricos: reações paradoxais como inquietude, agitação, irritabilidade, agressividade,
delírios, raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento anormal e outros efeitos
comportamentais podem ocorrer com o uso de benzodiazepínicos. Quando isso ocorre, deve-se
descontinuar o uso da droga. Esses efeitos são mais prováveis em crianças e idosos.
Confusão, pobreza emocional, alerta diminuído, depressão, libido aumentada ou diminuída.
O uso crônico (mesmo em doses terapêuticas) pode levar ao desenvolvimento de dependência física. O
risco é mais pronunciado em pacientes que recebem tratamento prolongado e/ou com doses elevadas e,
particularmente, em pacientes predispostos com antecedentes pessoais de alcoolismo ou abuso de drogas.
Uma vez que a dependência física aos benzodiazepínicos se desenvolve, a descontinuação do tratamento
pode ser acompanhada de sintomas de abstinência ou fenômeno de rebote (vide item “Advertências e
Precauções - Abuso e dependência”).
Tem sido relatado abuso de benzodiazepínicos (vide item “Advertências e Precauções - Abuso e
dependência”).
Lesões, envenenamento e complicações de procedimentos: existem relatos de quedas e fraturas em
pacientes sob uso de benzodiazepínicos. O risco é maior em pacientes recebendo, concomitantemente,
sedativos (incluindo bebidas alcoólicas) e em pacientes idosos.
Distúrbios gastrintestinais: náuseas, boca seca ou hipersalivação, constipação e outros distúrbios
gastrintestinais.
Distúrbios oculares: diplopia, visão turva.
Distúrbios vasculares: hipotensão, depressão circulatória.
Exames: frequência cardíaca irregular, transaminases aumentadas muito raramente, aumento da fosfatase
alcalina sanguínea.
Distúrbios renais e urinários: incontinência, retenção urinária.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: reações cutâneas.
Distúrbios do ouvido e do labirinto: vertigem.
Cardiopatias: insuficiência cardíaca, incluindo parada cardíaca.
Distúrbios respiratórios: depressão respiratória, incluindo insuficiência respiratória.
Distúrbios hepatobiliares: muito raramente icterícia.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Sintomas
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Os benzodiazepínicos geralmente causam sonolência, ataxia, disartria e nistagmo. Superdose de
DIENPAX raramente cursa com risco de vida se o medicamento tiver sido ingerido isoladamente, mas
pode levar à arreflexia, apneia, hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma.
O coma, se ocorrer, normalmente tem duração de poucas horas; porém, pode ser prolongado e cíclico,
particularmente em pacientes idosos. Os efeitos de depressão respiratória por benzodiazepínicos são mais
graves em pacientes com doença respiratória.
Os benzodiazepínicos aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso central, incluindo o
álcool.
Tratamento
Monitorização dos sinais vitais e medidas de suporte devem ser instituídas conforme o estado clínico do
paciente. Em particular, os pacientes podem necessitar de tratamento sintomático dos efeitos
cardiorrespiratórios ou efeitos do sistema nervoso central.
A absorção adicional deve ser prevenida utilizando-se um método apropriado, por exemplo, tratamento
em uma a duas horas com carvão ativado. Se for utilizado carvão ativado, é imperativo proteger as vias
aéreas em pacientes sonolentos.
Em caso de ingestão mista, deve-se considerar a lavagem gástrica; entretanto, esse procedimento não
deve ser considerado uma medida de rotina.
Caso a depressão do sistema nervoso central seja severa, deve-se levar em consideração o uso de
flumazenil (Lanexate®), um antagonista específico do receptor benzodiazepínico. O flumazenil deve ser
administrado apenas sob rigorosas condições de monitoramento. O flumazenil possui meia-vida curta
(cerca de uma hora), portanto, os pacientes que receberem flumazenil requererão monitoramento após a
diminuição dos seus efeitos. O flumazenil deve ser usado com extrema cautela na presença de
medicamentos que reduzem o limiar de convulsões (por exemplo, antidepressivos tricíclicos). Consulte a
bula do flumazenil (Lanexate®) para mais informações sobre o uso correto desse medicamento.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.