Bula do Dimorf produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Dimorf®
sulfato de morfina
Comprimidos - 10 mg e 30 mg
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
MODELO DE BULA PARA
PROFISSIONAL DE SAÚDE
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
DIMORF®
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 10mg e 30mg em embalagens com 50 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
Composição:
Cada comprimido contém:
sulfato de morfina pentaidratado equivalente a ........ 10 mg ........ 30 mg ........ de sulfato de morfina
excipiente q.s.p. ........................................................ 1 comp ...... 1 comp
excipientes: estearato de magnésio, povidona, celulose microcristalina, dióxido de silício, croscarmelose
sódica, metabissulfito de sódio (corante amarelo FD&C Nº 5 e corante azul FD&C Nº 2 na apresentação de
30 mg).
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA (FD&C nº 5) que pode causar reações de
natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido
acetilsalicílico.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
Dimorf ®
Solução Oral é indicado para o alívio da dor intensa aguda e crônica.
Em publicação divulgada pela Cochrane Database, os autores realizaram uma atualização da revisão
sistemática realizada previamente e publicada em 2003. Nessa edição, os autores citam que a morfina, tanto
de liberação imediata quanto a de liberação controlada, ainda é o analgésico de escolha para a dor oncológica
moderada a severa. Além dos 45 estudos publicados anteriormente, os autores incluíram agora, outros 9
estudos, totalizando 3749 pacientes avaliados. Concluíram, portanto, dentro dos resultados positivos
apresentados nesses estudos, que há evidencias suficientes para demonstrar a eficácia da morfina via oral.
Wiffen PJ, McQuay HJ. Oral morphine for cancer pain. Cochrane Database Syst Rev. 2007; 17 (4):
CD003868
Rosas et cols descreveram sua experiência no tratamento de 78 pacientes em uso de morfina oral para dor
oncológica e concluíram que o uso de morfina é essencial para o tratamento da dor nos pacientes
oncológicos, confirmando a morfina como excelente droga devido aos mínimos controlados eventos
adversos.
Montejo-Rosas G, Flores-Siordia R, Castañeda-de La Lanz C, Zavala-Sánchez A, Nápoles-Echauri A.
Immediated acting oral morphine sulfate in patients with cancer pain. Gac Med Mex. 1998; 134 (2): 161-7
Murino P publicou um estudo onde foi avaliada a ação analgésica da morfina oral para a dor oncológica
durante as sessões de radioterapia. Os autores avaliaram a ação de 10 a 20 mg de morfina, administradas 20 a
60 minutos antes da sessão radioativa. Cento e quarenta pacientes foram avaliados e todos eles conseguiram
concluir a programação de radioterapias, demonstrando a eficácia da morfina como analgésico para os
pacientes com dor oncológica e que estão sendo submetidos à sessões de radioterapia.
Murino P, Mammucari M, Borrelli D, Pepe A, Giugliano MF, Morra A, et al. Role of immediate-release
morphine (MIR) in the treatment of predictable pain in radiotherapy. J Pain Palliat Care Pharmacother.
2011; 25(2): 121-4.
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A morfina é um analgésico narcótico potente destinado especialmente para o controle da dor aguda que não
responde aos analgésicos tradicionais.
A morfina exerce primariamente seus efeitos sobre o SNC e órgãos com musculatura lisa. Seus efeitos
farmacológicos incluem analgesia, sonolência, euforia, redução de temperatura corporal (em baixas doses),
depressão respiratória relacionada com a dose, interferência com a resposta adrenocortical ao stress (em altas
doses), redução da resistência periférica com pequeno ou nenhum efeito sobre o coração e miose.
A morfina, como outros opioides, age como um agonista interagindo com sítios receptores estereoespecíficos
e ligações saturadas no cérebro, medula espinhal e outros tecidos alterando processos que afetam tanto a
percepção da dor como a resposta emocional à mesma.
A depressão respiratória é consequência da reduzida resposta do centro respiratório ao dióxido de carbono. A
ocorrência de emese é resultado da estimulação direta do quimiorreceptor da zona do gatilho.
Embora não se tenham determinado completamente os sítios precisos ou os mecanismos de ação, as
alterações na liberação de vários neurotransmissores dos nervos aferentes sensitivos aos estímulos da dor
podem ser responsáveis pelos efeitos analgésicos. Quando utilizadas como adjuvantes na anestesia, as ações
analgésicas podem proporcionar proteção dose-relacionada contra as respostas hemodinâmicas ao stress
cirúrgico.
Foi proposta a existência de múltiplos subtipos de receptores opioides, cada um mediando vários efeitos
terapêuticos e/ou reações adversas dos fármacos opioides.
Estas ações dependem da afinidade de ligação pelo tipo de receptor e se sua ação é como um agonista pleno
ou parcial, ou se é inativo em cada tipo de receptor.
Pelo menos dois tipos de receptores de opioides (mu e Kappa) mediam a analgesia.
A morfina exerce sua atividade agonista primariamente no receptor mu, amplamente distribuídos através do
SNC, especialmente de sistema límbico (córtex frontal, córtex temporal, amígdala e hipocampo), tálamo,
corpo estriado, hipotálamo e mesencéfalo, assim como as lâminas I, II, IV e V do corno dorsal e na coluna
vertebral. Os receptores Kappa estão localizados primariamente na coluna vertebral e no córtex cerebral.
O limiar periférico ou a não resposta ao estímulo nociceptivo não é afetado, deixando intactos os reflexos
monossinápticos como o patelar ou tendão de Aquiles.
Após a administração da morfina por via oral, cerca de cinquenta por cento da morfina, que atingirá o
compartimento central intacto, chega dentro de 30 minutos.
A morfina livre é rapidamente redistribuída em tecidos parenquimatosos. A principal via metabólica ocorre
por meio da conjugação com o ácido glicurônico no fígado. Possui meia-vida de eliminação de 2 a 3 horas
que pode ser aumentada em pacientes geriátricos devido à diminuição do clearance. O tempo para o efeito de
pico na dose oral é de 1 a 2 horas. A duração de ação, somente em pacientes não tolerantes, para a forma
oral, é de 4 a 5 horas.
A eliminação primária é essencialmente renal (85%), sendo que de 9 a 12% são excretados sem modificação.
A eliminação secundária é de 7 a 10% por via biliar.
Dimorf ®
Solução Oral é contraindicado em pacientes sensíveis à morfina ou a algum componente da
fórmula. Também na depressão ou insuficiência respiratória, depressão grave do sistema nervoso central,
insuficiência cardíaca secundária, crise de asma brônquica, arritmia cardíaca, doença pulmonar obstrutiva
crônica, aumento da pressão intracraniana ou cerebroespinhal, lesões cerebrais, tumor cerebral, alcoolismo
crônico, delirium tremens, desordens convulsivas, após cirurgia do trato biliar, cirurgia no abdômen e
anastomose cirúrgica, administração conjunta com inibidores da MAO ou após um período de 14 dias com
este tratamento.
Dimorf®
Solução Oral está contraindicado em pacientes que apresentem obstrução gastrintestinal e íleo-
paralítico.
Gravidez – Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
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Advertências:
Dimorf ®
Solução Oral deve ser administrado com extremo cuidado em pacientes idosos ou debilitados, na
presença de aumento da pressão intraocular/intracraniana, em pacientes com lesão cerebral. Deve ser
administrado em doses reduzidas a pacientes que estejam tomando conjuntamente outros analgésicos gerais,
fenotiazidas, outros tranquilizantes, antidepressivos tricíclicos e outros depressores do SNC, inclusive álcool.
A miose pode obscurecer o curso da patologia intracraniana.
Depressão respiratória, hipotensão, sedação profunda e coma podem ocorrer.
Pode ocorrer convulsão em consequência de altas doses em pacientes com história pregressa de convulsão.
Estes pacientes deverão ser observados cuidadosamente quando medicados com morfina.
Os efeitos depressores da morfina sobre a respiração e sua capacidade de elevar a pressão do fluido cérebro
espinhal podem ser exacerbados na presença de aumento da pressão intracraniana.
Deve ser utilizada com cuidado durante crises de asma levando em conta o fato de que pode causar
hipotensão, mascarar o diagnóstico de condições abdominais agudas, deve ter dose reduzida para pacientes
idosos, debilitados, com problemas renais ou hepáticos, mal de Addison's, hipotireoidismo, estreitamento
uretral, hipertrofia da próstata, depressão do SNC ou coma, psicose tóxica, alcoolismo crônico, delirium
tremens, hipotireoidismo, cifoescoliose ou incapacidade para deglutição. Deve ser usado com cautela em
pacientes com doença do trato biliar, incluindo pancreatite aguda. Opioides podem elevar os níveis séricos de
amilase.
Pacientes ambulatoriais devem ser avisados de que a morfina reduz as habilidades físicas ou mentais
necessárias para certas atividades que requerem atenção e alerta. Como outros narcóticos, a morfina pode
causar hipotensão ortostática.
A morfina pode causar dependência física ou psíquica.
A dependência física é um estado de adaptação que se manifesta por uma síndrome de abstinência específica
que pode ser produzida pela interrupção abrupta, redução rápida da dose, diminuindo o nível sanguíneo do
fármaco e/ou administração de um antagonista.
A abstinência do opioide ou síndrome de abstinência é caracterizada por alguns ou todos os seguintes
sintomas: inquietação, lacrimejamento, rinorreia, bocejos, sudorese, tremores, piloereção, mialgia, midríase,
irritabilidade, ansiedade, dores nas costas, dor nas articulações, fraqueza, cólicas abdominais, insônia,
náuseas, anorexia, vômitos, diarreia, ou aumento da pressão arterial, frequência respiratória, ou frequência
cardíaca.
Carcinogenicidade / Mutagenicidade / Infertilidade: não há relatos de efeitos carcinogênicos em animais
ou humanos.
Gravidez - Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos Teratogênicos: Estudos de reprodução animal não foram conduzidos com sulfato de morfina.
Também não se sabe se o sulfato de morfina pode causar danos fetais quando administrado a mulheres
grávidas ou se pode afetar a capacidade reprodutiva. Sulfato de morfina deve ser dado a uma mulher grávida
somente se claramente necessário.
O sulfato de morfina não é teratogênico em ratos com 35 mg/kg/dia (35 vezes a dose humana usual), mas
resultou em um aumento na mortalidade dos filhotes e retardou o crescimento em doses maiores que 10
mg/kg/dia (10 vezes a dose humana usual). O sulfato de morfina só deve ser administrado em pacientes
grávidas quando não há outro método de controle da dor, e que serão monitoradas durante o parto.
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Amamentação: A morfina é excretada no leite humano. Por esta razão, deve haver muito cuidado na
administração a pacientes que estejam amamentando.
Durante o tratamento com Dimorf ®
Solução Oral pode haver alteração das habilidades mentais e/ou físicas
necessárias para a realização de tarefas potencialmente perigosas tais como dirigir veículos e operar
máquinas. Portanto, o paciente deve ser alertado.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Uso em idosos: Os efeitos farmacodinâmicos do sulfato de morfina utilizados no neuroeixo em idosos são
mais variados que na população jovem. Os pacientes terão ampla variedade na dose inicial efetiva, no
desenvolvimento de tolerância e na frequência e magnitude dos efeitos adversos associados conforme o
aumento da dose. As doses iniciais devem estar baseadas na cuidadosa determinação clínica da dose eficaz,
após se proceder à avaliação sobre a idade do paciente, enfermidade e habilidade em eliminar o fármaco,
particularmente em pacientes recebendo sulfato de morfina peridural.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias. No entanto, observar precauções abaixo, e o item 8.
POSOLOGIA E MODO DE USAR.
Uso pediátrico: A segurança e a eficácia em crianças ainda não foram estabelecidas. As crianças até dois
anos de idade podem ser mais susceptíveis aos efeitos do fármaco, especialmente aos efeitos depressores
respiratórios. Pacientes pediátricos em tratamento com analgésicos opioides podem apresentar excitação
paradoxal. Devem sempre ser considerados os benefícios em relação aos riscos em cada criança tratada.
Cuidados adicionais devem ser tomados ao se administrar opioides a crianças com menos de 3 meses de
idade.
A dose deve ser individualizada pelo médico de acordo com a gravidade da dor, levando-se em consideração
a idade e o tamanho do paciente.
Pressão Intracraniana Elevada ou Trauma Craniano: O sulfato de morfina deve ser usado com extrema
cautela em pacientes com enxaqueca ou pressão intracraniana elevada. Variações pupilares (miose) podem
ocorrer. Alterações da pupila causadas pela morfina podem mascarar a existência, extensão e curso de uma
patologia intracraniana. Os médicos devem ter em mente a possibilidade das reações adversas causadas pelos
opioides quando se verificar o estado mental alterado ou movimentos anormais em pacientes recebendo este
tipo de tratamento.
Insuficiência Renal ou Hepática: A meia-vida de eliminação do sulfato de morfina pode ser prolongada nos
pacientes com taxas metabólicas reduzidas e/ou com insuficiência hepática ou renal.
Cirurgia ou Doença do Trato Biliar: Deve ser usado com cautela em pacientes com doença do trato biliar,
incluindo pancreatite aguda.
Desordens do Sistema Urinário: O início da analgesia opioide neuroaxial está frequentemente associado
com distúrbios de micção, especialmente em homens com hipertrofia prostática. São fundamentais o
reconhecimento precoce da dificuldade de micção e a intervenção imediata nos casos de retenção urinária.
Asma e Outras Condições Respiratórias: A morfina deve ser usada com precaução em pacientes com crise
aguda de asma, em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou cor pulmonale e em pacientes com
a reserva respiratória substancialmente diminuída, na depressão respiratória preexistente, hipóxia ou
hipercapnia. Nesses pacientes, mesmo doses terapêuticas usuais de opioides podem diminuir a função
respiratória enquanto aumentam simultaneamente a resistência das vias aéreas respiratórias a ponto de
apneia.
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Efeito Hipotensivo: A administração de morfina pode resultar em grave hipotensão em paciente que tenha
alteração da pressão arterial, pela depleção do volume sanguíneo ou administração conjunta de fármacos
como fenotiazinas ou certos anestésicos.
Pacientes Ambulatoriais: Pacientes com reduzido volume de sangue circulante, função miocárdica
prejudicada ou sob tratamento com fármacos simpatomiméticos devem ser monitorados para a possibilidade
de hipertensão ortotástica, uma complicação frequente na analgesia de dose única de sulfato de morfina
neuroaxial.
Efeitos não Teratogênicos: Os recém-nascidos de mães que receberam morfina cronicamente podem
apresentar sintomas de abstinência.
Interação com outros depressores do sistema nervoso central: A morfina deve ser usada com cuidado e
em dose reduzida em pacientes que estejam recebendo simultaneamente outros analgésicos opioides,
anestésicos gerais, fenotiazinas, outros tranquilizantes, hipnótico-sedativos, antidepressivos tricíclios e outros
depressores do SNC como o álcool. Pode ocorrer depressão respiratória, hipotensão e sedação profunda ou
coma.
Feocromocitoma: A morfina e outros opioides podem induzir a liberação de histamina endógena e, desse
modo, estimular a liberação de catecolamida tornando-os inadequados para pacientes com feocromocitoma.
Pacientes com Risco Especial: A morfina deve ser administrada com precaução e a dose inicial deve ser
reduzida em pacientes idosos ou debilitados e naqueles com graves danos na função hepática ou renal,
hipotireoidismo, doença de Addison, hipertrofia prostática ou estreitamento uretral.
Condições Abdominais Agudas: A administração de morfina ou outros opioides podem mascarar o
diagnóstico ou curso clínico em pacientes com condições agudas abdominais.
Carcinogenicidade e Mutagenicidade: Não estão ainda disponíveis estudos longos que demonstrem a
potencial carcinogenicidade e mutagenicidade da morfina.
Depressores do SNC: a morfina deve ser administrada com cautela em pacientes que recebem
concomitantemente medicamentos inibidores do SNC (sedativos, hipnóticos, anestésicos em geral,
antieméticos, fenotiazídicos, outros tranquilizantes e álcool) devido ao risco de depressão respiratória,
hipotensão, sedação profunda ou coma.
Relaxantes Musculares: a morfina pode potencializar a ação do bloqueio neuromuscular dos relaxantes e
levar a certo grau de depressão respiratória.
Analgésicos Opioides Agonistas / Antagonistas: analgésicos agonistas/antagonistas (por exemplo,
nalbufina) devem ser administrados com cautela em pacientes que estão em tratamento com analgésicos
opioides agonistas. Nesta situação, a associação de analgésicos agonista/antagonista pode reduzir o efeito
analgésico da morfina e desencadear sintomas de abstinência nestes pacientes.
Inibidores da Monoamino-oxidase (MAO): a morfina não deve ser administrada em pacientes que fazem
uso de inibidores da MAO. Nestes casos recomenda-se suspender o tratamento por pelo menos 14 dias
53
devido à possibilidade de potencialização de efeitos do opioide como ansiedade, confusão mental, depressão
respiratória e coma.
Cimetidina: há um caso isolado de confusão e depressão respiratória grave na associação de cimetidina e
morfina em pacientes dialítico.
Diuréticos: a morfina pode reduzir a eficácia dos diuréticos pela indução da liberação de hormônios
antidiuréticos. Morfina pode levar à retenção urinária por espasmo do esfíncter da bexiga em homens com
prostatismo.
Antibióticos: Há algumas evidências de que a capacidade indutora enzimática da rifampicina pode reduzir
as concentrações séricas de morfina e diminuir seu efeito analgésico; indução das enzimas responsáveis pela
conversão de morfina para o metabólito ativo glicuronato não pareceu ocorrer.
Benzodiazepínicos: Efeito sedativo aditivo pode ser esperado entre os analgésicos opioides e
benzodiazepínicos. Este efeito aditivo tem sido relatado quando há associação de morfina e midazolam.
Cisaprida: Tem sido relatado aumento da concentração de morfina no plasma quando há administração
concomitante de cisaprida por via oral.
Metoclopramida: A metoclopramida potencializa a depressão do SNC causada pela morfina. O efeito da
metoclopramida sobre a motilidade gástrica é reduzido pela morfina.
Antidepressivos tricíclicos: Quando administrados a pacientes com câncer, em uso de solução oral de
morfina, a clomipramida e a amitriptilina aumentaram significativamente a disponibilidade de morfina no
plasma. Nota-se, entretanto, que a potencialização dos efeitos analgésicos da morfina por esses fármacos
pode ser atribuída apenas pelo aumento da biodisponibilidade da morfina. A dose de tricíclicos a ser utilizada
concomitantemente com morfina, em tratamento da dor de câncer, é melhor estipulada pela avaliação clínica
do que por dados farmacocinéticos.
Anticolinérgicos: Anticolinérgicos ou outros medicamentos com atividade anticolinérgica quando usado
concomitantemente com analgésicos opioides pode resultar em aumento do risco de retenção urinária e/ou
constipação severa, que pode levar ao íleo paralítico.
Inibidores da P-glicoproteína (PGP): Com base nos relatórios publicados, os inibidores da PGP (por
exemplo, quinidina) podem aumentar a absorção/exposição de sulfato de morfina cerca de duas vezes.
Portanto, o cuidado deve ser exercitado quando o sulfato de morfina é coadministrado com inibidores da
PGP.
O produto deve ser conservado em temperatura ambiente, entre 15º C e 30º C, protegido da luz. O produto
não deve ser congelado.
O prazo de validade do produto é de 12 meses após a data de fabricação, impressa na embalagem. Não
utilizar medicamento com o prazo de validade vencido.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas: solução límpida e isenta de partículas estranhas. Cor variando de
castanho e castanho claro. Odor e sabor característicos de chocolate.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dosagem inicial pode ser reduzida após a obtenção de resposta inicial e manutenção da mesma por três
dias. Para melhorar o sabor, o produto pode ser diluído em suco de fruta antes da ingestão.
POSOLOGIA
Dimorf®
Solução Oral: cada 1 mL contém 10 mg de sulfato de morfina que corresponde a 32 gotas.
Dose oral em adultos:
De 5 a 30 mg a cada 4 horas ou conforme prescrição médica. A dosagem é uma variável dependente do
paciente, portanto, doses adicionais podem ser necessárias para conseguir-se adequada analgesia.
Para o controle da dor crônica intensa, em pacientes com doença terminal estabelecida, este fármaco deve ser
administrado regularmente a cada 4 horas, na menor dose que possibilite analgesia adequada.
Observação: A medicação pode suprimir a respiração em idosos, nos muito doentes e em pacientes com
problemas respiratórios, portanto, são necessárias doses menores do medicamento para estes pacientes.
Redução da Dosagem de Morfina: Durante os 2 a 3 dias do alívio efetivo da dor, o paciente pode dormir
por muitas horas. Isto pode ser mal interpretado como efeito excessivo da dose do analgésico, ao invés de
primeiro sinal do alívio da dor no paciente fatigado. A dose, portanto, deve ser mantida por no mínimo 3 dias
antes da redução, se a atividade respiratória e outros sinais vitais forem adequados. Após êxito no alívio da
dor grave, devem ser feitas tentativas periódicas de redução da dose do narcótico. Doses menores ou
completa descontinuação do analgésico narcótico pode vir a ser praticável devido às mudanças fisiológicas
ou melhora do estado mental do paciente.
Dose Oral Pediátrica: A dose deve ser individualizada pelo médico de acordo com a gravidade da dor,
levando-se em consideração a idade e o peso do paciente. Recomenda-se o uso de medidas calibradas, para
evitar a superdosagem em crianças até 6 anos.
A dose média recomendada, na administração por via oral, é de 0,3 a 0,6 mg/kg.
Devem sempre ser considerados os benefícios em relação aos riscos em cada criança tratada.
Cuidados adicionais devem ser tomados ao se administrar opioides a crianças com menos de 3 meses de
idade.
Abuso e Dependência do Fármaco: Assim como com outros opioides, alguns pacientes podem desenvolver
dependência física e psíquica em relação à morfina. Eles podem aumentar a dose sem consultar o médico e
subsequentemente podem desenvolver a dependência física do fármaco. Em tais casos a descontinuidade
abrupta pode precipitar sintomas típicos de abstinência, incluindo convulsões.
Portanto o fármaco deve ser retirado gradualmente em qualquer paciente que se tenha a informação do uso
de dosagens excessivas por longos períodos.
No tratamento de pacientes com doenças terminais, o benefício do alívio da dor pode ter mais valor do que a
possibilidade de dependência do fármaco.
Pacientes idosos:
O cuidado deve ser exercitado na escolha da dose inicial em pacientes idosos, usualmente iniciando pela
dose mínima. Assim como todos os opioides, a dose inicial deve ser reduzida em pacientes debilitados e com
intolerância.
O tratamento não deve exceder o tempo necessário para melhora dos sintomas.
55
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Os maiores riscos com a morfina, assim como com os outros analgésicos opioides, são depressão respiratória
e, em menor grau, depressão circulatória, parada respiratória, choque e parada cardíaca.
As reações adversas mais frequentemente observadas incluem tontura, vertigem, sedação, náusea, vômito e
transpiração. Estes efeitos parecem ser mais observados em pacientes ambulatoriais do que naqueles que não
sofrem dor grave. Em tais pacientes, são aconselháveis doses mais baixas. Algumas reações adversas podem
ser diminuídas em pacientes ambulatoriais se os mesmos estiverem deitados.
Sistema Nervoso Central: Euforia, desconforto, fraqueza, dor de cabeça, insônia, agitação, desorientação e
distúrbios visuais. Não foram relatadas concentrações de morfina no plasma que justificassem a mioclonia,
razão pela qual seu papel na gênese deste sinal é questionado. Possivelmente seu surgimento é devido ao uso
concomitante de outros fármacos, como antidepressivos, antipsicóticos e AINHs. São bem controladas com
benzodiazepínicos (midazolam).
Gastrintestinal: Boca seca, anorexia, constipação e espasmo no trato biliar.
Cardiovascular: Rubor na face, bradicardia, palpitação, desmaio e síncope.
Geniturinário: Retenção urinária, efeito antidiurético e redução da libido e/ou impotência.
Alérgico: Prurido, urticária, outras erupções cutâneas, edema e raramente urticária hemorrágica.
Tratamento das Reações Adversas mais frequentes:
Constipação: Deve ser estimulado a ingestão hídrica ou outros líquidos. A administração concomitante de
um laxante suave e um estimulante peristáltico junto com o produto pode ser uma medida preventiva efetiva
necessária no tratamento dos pacientes com este problema. Se não ocorrer eliminação em 2 dias, deve ser
administrado um enema para prevenir a obstrução.
No caso de ocorrer diarreia, o umedecimento em torno da obstrução fecal é uma possível causa que deve ser
considerada antes das medidas antidiarreicas.
Náusea e Vômito: O uso de fenotiazidas e anti-histamínicos pode ser um tratamento efetivo para a náusea de
fontes medular e vestibular, respectivamente. Entretanto, estes fármacos podem potencializar os efeitos
colaterais do narcótico ou do produto contra a náusea.
Sonolência (sedação): Uma vez conseguido o controle da dor, a sedação indesejável pode ser minimizada
pela titulação da dose, para um nível suficiente, para manter a dor tolerável ou um estado livre de dor.
Geralmente os efeitos colaterais são revertidos por antagonistas narcóticos, como a naloxona.
Efeitos no músculo: É possível ocorrer um grave espasmo retovaginal em pacientes que receberam morfina
intratecal. Os espasmos foram controlados com sucesso com midazolam.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
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Sinais e Sintomas
Grave superdosagem com morfina é caracterizada por depressão respiratória (com diminuição da frequência
respiratória, e/ou volume corrente, respiração Cheyne-Stokes, cianose), muita sonolência progredindo para
entorpecimento ou coma, miose, flacidez muscular esquelética, pele fria ou úmida e às vezes bradicardia e
hipotensão.
Podem ocorrer na superdosagem grave: apneia, colapso circulatório, parada cardíaca e óbito.
Tratamento
A primeira atenção deve ser dada para o restabelecimento da troca respiratória adequada, através de
desobstrução respiratória e instituição de ventilação assistida ou controlada. O antagonista opioide naloxona
é o antídoto específico contra a depressão respiratória que pode resultar da superdosagem ou sensibilidade
não usual aos opioides, incluindo-se a morfina.
Portanto, uma dose apropriada de naloxona (dose inicial usual para adulto: 0,4 mg) deve ser administrada
preferencialmente por via intravenosa e simultaneamente com recursos disponíveis para a ressuscitação
respiratória. A duração da ação da morfina pode exceder a do antagonista, devendo o paciente ser mantido
sob contínua vigilância. Doses repetidas do antagonista devem ser administradas, se necessário, para a
manutenção adequada da respiração.
Um antagonista não deve ser administrado na ausência de depressão respiratória ou cardiovascular
clinicamente significativa.
Oxigênio, fluidos intravenosos, vasopressores e outras medidas de suporte devem ser empregados conforme
indicados.
O esvaziamento gástrico pode ser útil na remoção do fármaco não absorvido.
Reversão completa ou abrupta à overdose de morfina pode precipitar uma síndrome de abstinência.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS:
Nº de lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho/rótulo.
MS N.º 1.0298.0097
Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP N.º 10.446
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
Rodovia Itapira-Lindoia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ n.º 44.734.671/0001-51 – Indústria Brasileira
SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente): 0800-7011918
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
ATENÇÃO: PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 24/10/2014.
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Anexo B
Histórico de alteração da bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Número do
Expediente
Assunto Data do
Assunto Data de
aprovação
Itens de bula Versões
(VP /
VPS)
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Alteração de
Texto de Bula –
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ÇÃO DO
5. ADVERTÊN-
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7. CUIDADOS
DE ARMAZENA-
MENTO DO
8. POSOLOGIA E
MODO DE USAR
9. REAÇÕES
ADVERSAS
DIZERES
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cartucho com 1
frasco contendo
60 mL e conta-
gotas graduado
27/06/2014 0508369/14-9 10450 –
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sobre risco de
dependência
física/psíquica;
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- Atualização de
informações no
item eficácia.
VP e
VPS
10 mg/mL –
gotas graduado.
26/06/2014 0503946/14-1 10450 –
26/06/2014 Unificação das
bulas de todas as
apresentações/
formas
farmacêuticas
24/06/2014 0495968/14-0 10457 –
SIMILAR -
Inclusão Inicial de
24/06/2014 Todos os itens
foram alterados
para adequação à
RDC 47/09