Bula do Dipeptiven para o Profissional

Bula do Dipeptiven produzido pelo laboratorio Fresenius Kabi Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Dipeptiven
Fresenius Kabi Brasil Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO DIPEPTIVEN PARA O PROFISSIONAL

Dipeptiven_BU04

Notif Alt Texto de Bula_Mar/14

DIPEPTIVEN

(alanilglutamina)

Fresenius Kabi

Solução injetável

0,2g/mL

MODELO DE BULA

alanilglutamina

Forma farmacêutica e apresentações:

DIPEPTIVEN (alanilglutamina 200 mg/mL): Caixa contendo 1, 6, 10, 12 ou 24 frascos de vidro com

50 mL.

DIPEPTIVEN (alanilglutamina 200 mg/mL): Caixa contendo 1,10, 12 ou 24 frascos de vidro com 100

mL.

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO

Composição:

Cada 1 mL contém:

alanilglutamina..................................................200 mg (20%)

água para injetáveis q.s.p....................................1,0 mL

Excipiente: água para injetáveis.

Osmolaridade teórica.........................................921 mosmol/L

Titulação por acidez...........................................90 – 105 mmol NaOH/L

Valor de pH........................................................5,4 – 6,0

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

DIPEPTIVEN (alanilglutamina) é indicado como parte de um regime de nutrição parenteral como

suplemento para solução de aminoácidos ou em um regime de infusão contendo aminoácidos em

pacientes cuja condição requer glutamina adicional. Deste modo, incluem-se pacientes em estados

hipercatabólicos e hipermetabólicos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Influência na economia de nitrogênio

O primeiro estudo clínico com um dipeptídeo de glutamina sintético foi realizado em 1986 em

pacientes submetidos à ressecção eletiva do cólon ou do reto. Infusão de nutrição parenteral com

suplementação de Ala-Gln por 5 dias resultou em uma melhora do balanço de nitrogênio em cada dia

de pós-operatório, em comparação com controles recebendo NP isoproteicas e isoenergéticas sem

dipeptídeo1, 2

. A melhora no equilíbrio da rede de nitrogênio foi associada com a manutenção das

quantidades de glutamina intracelular, enquanto que em pacientes que receberam a solução de controle

os níveis de glutamina intracelular foram sensivelmente reduzidos quando comparados aos valores

pré-operatórios. O dipeptídeo não foi detectado no plasma e no músculo, e as concentrações

plasmáticas dos aminoácidos não diferiram entre os grupos de tratamento. A infusão da solução foi

livre de quaisquer efeitos adversos, com a recuperação pós-operatória normal para cada paciente.

Desde o primeiro estudo, muitos estudos clínicos têm demonstrado melhora na economia de nitrogênio

e manutenção da concentração de glutamina intracelular com suplementação com dipeptídeos de

glutamina3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,11

.

Influência na função intestinal

Dipeptiven_BU04

Notif Alt Texto de Bula_Mar/14

Como em experimentos animais, pode ser demonstrado em estudos clínicos que a nutrição parenteral

total pode evitar a atrofia intestinal relacionada a trauma, conhecida por estar associada à nutrição

parenteral total sem glutamina. Em pacientes com doença inflamatória do intestino e doença

neoplásica, a permeabilidade do intestino pode ser mantida e a altura das vilosidades mantida com a

suplementação de Ala-Gln e Gly-Gln.

Em outro estudo, a nutrição parenteral total suplementada por Ala-Gln manteve a capacidade de

absorção (demonstrada pelo teste de absorção de D-xilose) em uma porção proximal do intestino

delgado em pacientes em estado crítico, comparado com pacientes recebendo nutrição parenteral total

sem glutamina12

. Em uma investigação em 30 pacientes gravemente queimados, a suplementação de

Ala-Gln (0,5 g/kg PC/d, correspondendo a 0,35 g Gln/kg PC/d) melhorou o nível de glutamina no

plasma, diminuindo a permeabilidade intestinal e os níveis de endotoxinas plasmáticas e melhorou a

cicatrização após enxerto de pele13

. Em pacientes submetidos a transplante de medula óssea, os

resultados com suplementação de dipeptídeos de glutamina em altas doses (50 g Gly-Gln

correspondendo a 36 g de glutamina) foram comparados com aqueles recebendo nutrição parenteral

total padrão. Melhora significativa na absorção gastrintestinal e melhora na permeabilidade do

intestino delgado foram demonstradas com glutamina. Houve também menos episódios de febre no

grupo recebendo glutamina comparado com os controles. A quantificação do efeito da glutamina no

trato gastrintestinal foi uma importante contribuição feita por estes investigadores14

. Dado que o

intestino grosso abriga muito mais bactéria que o duodeno, jejuno ou íleo, a manutenção de uma

barreira intacta às colônias pode ser crucial. O postulado de que a glutamina ou dipeptídeos de

glutamina exercem efeitos benéficos à mucosa é fortemente apoiado pelos resultados de um estudo em

que biópsias de um íleo humano normal, colón proximal e o reto sigmoide foram incubados com

glutamina, Ala-Gln e solução salina. Glutamina e Ala-Gln estimularam a proliferação das células da

vilosidade; o efeito trópico foi restrito aos compartimentos basais da vilosidade15

. A ligação entre a

depleção, glutamina e diminuição da função intestinal foi recentemente revisada16

Desfecho clínico em pacientes que receberam transplante da medula óssea e doenças

hematológicas

Em pacientes submetidos a transplante alogênico de medula óssea recebendo nutrição parenteral total

enriquecida com glutamina (0,57g de glutamina/kg/d), a mortalidade pós-transplante foi diminuída

com a suplementação da glutamina: a incidência de infecções clínicas, total e colonização microbiana

específica e a duração da interação foram reduzidas comparadas com controles isoenergético e

isoproteico17

. Pacientes recebendo nutrição intravenosa com suplementação de glutamina

apresentaram melhora no humor como demonstrado pelo questionário de perfil de estado de humor,

quantificando o grau de tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão. É postulado que a

glutamina pode influenciar nos sentimentos de bem estar do paciente tanto diretamente por afetar os

neurotransmissores do SNC como por seu efeito na condição das proteínas18

. Por outro lado, usando

um protocolo similar em pacientes com ambos neoplasia hematológica e tumores sólidos, e com

ambos transplante de medula óssea alogênica e autóloga, o índice de bactérias positiva, infecções

clínicas e mortalidade não foram diferentes entre os grupo controle e suplementados com glutamina19

No entanto, como no estudo anterior, a duração da internação depois do transplante de medula óssea

foi menor em pacientes recebendo glutamina.

As medidas terapêuticas associadas ao transplante de medula óssea, como quimioterapia e/ou

irradiação total do corpo, são acompanhadas pela complicação comum da doença hepática veno-

oclusiva (VOD). A VOD é caracterizada comprovadamente por uma profunda depleção da glutationa

no fígado, associada com um grave acúmulo de bilirrubina e edema extracelular20

. Uma conduta

terapêutica foi sugerida por Nattakom et al. fornecendo glutamina e vitamina E21

. Esta terapia também

foi aplicada na rotina clínica resultando na normalização da concentração da bilirrubina e edema dos

pés. Estes autores afirmam que as infusões de glutamina/dipeptídeo de glutamina durante o transplante

de medula óssea preservam a função hepática21, 22

Em pacientes hematológicos não selecionados com quimioterapia não intensiva não houve diferenças

no período neutrogênico, febre, antibióticos extra e níveis de toxicidade, exceto pelo ganho com

suplementação com Ala-Gln (40g por dia) comparado com pacientes controle, recebendo nutrição

isoproteica23

Em contraste, foi observado um efeito positivo sobre a reconstituição de linfócitos e da gravidade da

mucosite com a nutrição parenteral enriquecida com glutamina/dipeptídeo de glutamina, após

transplante autólogo de células-tronco do sangue24

Foi observada uma aceleração da recuperação de leucócitos após o tratamento de quimioterapia

intensiva também em pacientes que sofrem de leucemia aguda e recebendo nutrição parenteral total

suplementada com glutamina25

Em outro estudo randomizado, duplo-cego, a suplementação oral e parenteral de glutamina foi

avaliada em 66 pacientes que receberam transplante de medula óssea. Infelizmente, os autores não

distinguem entre enteral (via oral) e nutrição parenteral total. No entanto, a possível melhora da

sobrevivência a longo prazo é sugerida pelos resultados no material misto.

Referências Bibliográficas

1. Fürst, P., S. Albers, P. Stehle, L. Pollack, N. Mertes and C. Puchstein (1988). “Parenteral use of L-

alanyl-L-glutamine (Ala- Gln) and glycyl-L-tyrosine (Gly-Tyr) in postoperative patients.” Clin Nutr 7:

S41(abst).

2.. Stehle, P., J. Zander, N. Mertes, S. Albers, C. Puchstein, P. Lawin and P. Furst (1989). “Effect of

parenteral glutamine peptide supplements on muscle glutamine loss and nitrogen balance after major

surgery.” Lancet 1(8632): 231-3.

3. Hammarqvist, F., J. Wernerman, A. von der Decken and E. Vinnars (1990). “Alanyl-glutamine

counteracts the depletion of free glutamine and the postoperative decline in protein synthesis in

skeletal muscle.” Ann Surg 212(5): 637-44.

4. Jiang, Z. M., J. D. Cao, X. G. Zhu, W. X. Zhao, J. C. Yu, E. L. Ma, X. R. Wang, M. W. Zhu, H. Shu

and Y. W. Liu (1999). “The impact of alanyl-glutamine on clinical safety, nitrogen balance, intestinal

permeability, and clinical outcome in postoperative patients: a randomized, double-blind, controlled

study of 120 patients.” JPEN J Parenter Enteral Nutr 23(5 Suppl): S62-6.

5. Jiang, Z. M., L. J. Wang, Y. Qi, T. H. Liu, M. R. Qiu, N. F. Yang and D. W. Wilmore (1993).

“Comparison of parenteral nutrition supplemented with L-glutamine or glutamine dipeptides.” JPEN J

Parenter Enteral Nutr 17(2): 134-41.

6. Li, J., B. K. King, P. G. Janu, K. B. Renegar and K. A. Kudsk (1998). “Glycyl-L-glutamine-

enriched total parenteral nutrition maintains small intestine gut-associated lymphoid tissue and upper

respiratory tract immunity.” JPEN J Parenter Enteral Nutr 22(1): 31-6.

7. Mertes, N., C. Schulzki, C. Goeters, G. Winde, S. Benzing, K. S. Kuhn, H. Van Aken, P. Stehle and

P. Furst (2000). “Cost containment through L-alanyl-L-glutamine supplemented total parenteral

nutrition after major abdominal surgery: a prospective randomized double-blind controlled study.”

Clin Nutr 19(6): 395-401.

8. Morlion, B. J., P. Stehle, P. Wachtler, H. P. Siedhoff, M. Koller, W. Konig, P. Furst and C.

Puchstein (1998). “Total parenteral nutrition with glutamine dipeptide after major abdominal surgery:

a randomized, doubleblind, controlled study.” Ann Surg 227(2): 302-8.

9. Neri, A., F. Mariani, A. Piccolomini, M. Testa, G. Vuolo and L. Di Cosmo (2001). “Glutamine-

supplemented total parenteral nutrition in major abdominal surgery.” Nutrition 17(11-12): 968-9.

10. Petersson, B., A. von der Decken, E. Vinnars and J. Wernerman (1994). “Long-term effects of

postoperative total parenteral nutrition supplemented with glycylglutamine on subjective fatigue and

muscle protein synthesis.” Br J Surg 81(10): 1520-3.

11. Song, J. X., X. H. Tu, L. Wang and C. J. Li (2004). “Glutamine-supplemented parenteral nutrition

in patients with colorectal cancer.” Clin Nutr Suppl Vol 1, Issue 1.

12. Tremel, H., B. Kienle, L. S. Weilemann, P. Stehle and P. Furst (1994). “Glutamine dipeptide-

supplemented parenteral nutrition maintains intestinal function in the critically ill.” Gastroenterology

107(6): 1595-601.

13. Zhou, Y. P., Z. M. Jian, Y. H. Sun, G. Z. He and H. Shu (2004). “The effects of glutamine

dipeptide on plasma glutamine levels, gut permeability, plasma endotoxin levels and outcome after

major escharectomy in severe burns: a randomized, double- blind, controlled clinical trial.” Clin Nutr

Suppl Vol 1, Issue 1.

14. Poynton, C. H., T. Maughan and M. Elia (1995). “Glycyl-L-glutamine reduces gut toxicity in bone

marrow transplantation.” Blood 86: 586.

15. Scheppach, W., C. Loges, P. Bartram, S. U. Christl, F. Richter, G. Dusel, P. Stehle, P. Fuerst and

H. Kasper (1994). “Effect of free glutamine and alanyl-glutamine dipeptide on mucosal proliferation

of the human ileum and colon.” Gastroenterology 107(2): 429-34.

16. Soeters, P. B. (1996). “Glutamine: the link between depletion and diminished gut function?” J Am

Coll Nutr 15(3): 195-6.

17. Ziegler, T. R., L. S. Young, K. Benfell, M. Scheltinga, K. Hortos, R. Bye, F. D. Morrow, D. O.

Jacobs, R. J. Smith, J. H. Antin and et al. (1992). “Clinical and metabolic efficacy of glutamine-

supplemented parenteral nutrition after bone marrow transplantation. A randomized, double-blind,

controlled study.” Ann Intern Med 116(10): 821-8.

18. Young, L. S., R. Bye, M. Scheltinga, T. R. Ziegler, D. O. Jacobs and D. W. Wilmore (1993).

“Patients receiving glutamine-supplemented intravenous feedings report an improvement in mood.”

JPEN J Parenter Enteral Nutr 17(5): 422-7.

19. Schloerb, P. R. and M. Amare (1993). “Total parenteral nutrition with glutamine in bone marrow

transplantation and other clinical applications (a randomized, doubleblind study).” JPEN J Parenter

Enteral Nutr 17(5): 407-13.

20. Brown, S. A., A. Goringe, C. Fegan, S. V. Davies, J. Giddings, J. A. Whittaker, A. K. Burnett and

C. H. Poynton (1998). “Parenteral glutamine protects hepatic function during bone marrow

transplantation.” Bone Marrow Transplant 22(3): 281-4.

21. Nattakom, T. V., A. Charlton and D. W. Wilmore (1995). “Use of vitamin E and glutamine in the

successful treatment of severe veno-occlusive disease following bone marrow transplantation.” Nutr

Clin Pract 10(1): 16-8.

22. Goringe, A. P., S. Brown, U. O’Callaghan, J. Rees, S. Jebb, M. Elia and C. H. Poynton (1998).

“Glutamine and vitamin E in the treatment of hepatic veno-occlusive disease following high-dose

chemotherapy.” Bone Marrow Transplant 21(8): 829-32.

23. van Zaanen, H. C., H. van der Lelie, J. G. Timmer, P. Furst and H. P. Sauerwein (1994).

“Parenteral glutamine dipeptide supplementation does not ameliorate chemotherapy- induced

toxicity.” Cancer 74(10): 2879-84.

24. Piccirillo, N., S. De Matteis, L. Laurenti, P. Chiusolo, F. Sora, M. Pittiruti, S. Rutella, S. Cicconi,

A. Fiorini, G. D’Onofrio, G. Leone and S. Sica (2003). “Glutamine-enriched parenteral nutrition after

autologous peripheral blood stem cell transplantation: effects on immune reconstitution and

mucositis.” Haematologica 88(2): 192-200.

25. Scheid, C., K. Hermann, G. Kremer, A. Holsing, G. Heck, M. Fuchs, D. Waldschmidt, H. J.

Herrmann, D. Sohngen, V. Diehl and A. Schwenk (2004). “Randomized, doubleblind, controlled study

of glycyl-glutamine dipeptide in the parenteral nutrition of patients with acute leukemia undergoing

intensive chemotherapy.” Nutrition 20(3): 249-54.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O DIPEPTIVEN (alanilglutamina) é um concentrado de nutriente suplementar à terapia nutricional

parenteral, que, por ligação peptídica, é composto pelos aminoácidos alanina e glutamina. O

dipeptídeo alanilglutamina é rapidamente metabolizado em glutamina e alanina, fornecendo a

glutamina em soluções de infusão para nutrição parenteral. Os aminoácidos são distribuídos às

diversas partes do organismo e metabolizados de acordo com as suas necessidades. É comum a

Dipeptiven_BU04

Notif Alt Texto de Bula_Mar/14

depleção de glutamina nas variadas condições patológicas, nas quais o uso de DIPEPTIVEN

(alanilglutamina) está indicado.

Propriedades farmacocinéticas

A alanilglutamina é rapidamente metabolizada, após a infusão, em alanina e glutamina. No homem, a

meia-vida é entre 2,4 e 3,8 minutos (em quadro de insuficiência renal terminal é 4,2 minutos) e o

clearance é entre 1,6 e 2,7 L/minuto. O desaparecimento do dipeptídeo vem acompanhado pelo

aumento equimolar dos aminoácidos livres. A hidrólise ocorre exclusivamente no espaço extracelular.

A eliminação renal da alanilglutamina sob infusão contínua é menor que 5% e, portanto, a mesma de

outros aminoácidos administrados por infusão.

4. CONTRAINDICAÇÕES

DIPEPTIVEN (alanilglutamina) é contraindicado para administração em pacientes com insuficiência

renal (clearance de creatinina < 25 mL/minuto), insuficiência hepática, acidose metabólica,

hipersensibilidade ao princípio ativo ou aos outros componentes da fórmula. É também contraindicado

em pacientes com uremia ou encefalopatia hepática resultante da insuficiência renal ou hepática. Faz-

se necessário o acompanhamento regular dos parâmetros de função hepática em pacientes com

insuficiência hepática compensada.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência renal ou hepática.

Crianças

Devido à insuficiência de dados sobre segurança e eficácia, a administração de DIPEPTIVEN

(alanilglutamina) em pacientes pediátricos é contraindicada.

Este medicamento é contraindicado para uso pediátrico.

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Aconselha-se acompanhar regularmente os parâmetros da função hepática em pacientes com

insuficiência hepática compensada.

Monitorar os níveis plasmáticos de eletrólitos, de osmolaridade, do balanço hídrico, do equilíbrio

ácido-básico, de marcadores de lesão hepatocítica (fosfatase alcalina, ALT, AST), possíveis sintomas

de hiperamonemia.

Deve-se também monitorar as enzimas fosfatase alcalina, ALT, AST, os níveis de bilirrubina e o

equilíbrio ácido-básico.

Cuidados e advertências para populações especiais

Uso em Idosos

Não há recomendações especiais de administração para estes grupos de pacientes. No entanto, sabe-se

que a solução de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) é substancialmente excretada pelo rim. Desta forma,

o risco de reações tóxicas a este medicamento pode aumentar neste grupo de pacientes, já que são mais

propensos a problemas renais.

DIPEPTIVEN (alanilglutamina) deve ser administrado e monitorado com cautela em pacientes idosos.

Gravidez e lactação

Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas. Como atualmente os dados

são insuficientes sobre a administração de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) em mulheres grávidas e

lactantes, o uso do medicamento nestes pacientes não é recomendado.

Dipeptiven_BU04

Notif Alt Texto de Bula_Mar/14

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Teratogenicidade, mutagenicidade e reprodução

- Mutagenicidade: testes in vitro e in vivo não indicaram potencial mutagênico.

- Reprodução: em pesquisa com animais, não há indícios de teratogenicidade ou outra

embriotoxicidade e lesões peri/pós-natal puderam ser observadas com uma dosagem de até 1,6 g

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não são conhecidas interações medicamentosas até o momento.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura não superior a 25°C. Armazenar na embalagem original.

Desde que armazenado sob condições adequadas, DIPEPTIVEN (alanilglutamina) tem prazo de

validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Solução de uso único. Após a abertura do recipiente, a solução deve ser administrada

imediatamente. O conteúdo não utilizado deve ser descartado.

Características físicas e organolépticas

Solução límpida, incolor e isenta de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

DIPEPTIVEN (alanilglutamina) é uma solução concentrada e deve ser diluída antes da administração

por veia periférica. A escolha da administração por veia central ou periférica depende da osmolaridade

final da mistura. O limite geralmente aceito para administração periférica é de cerca de 800

mOsmol/L, mas pode variar consideravelmente com a idade, condições gerais do paciente e com as

características da veia periférica.

Antes da preparação

Verificar se a solução está límpida, incolor e isenta de partículas visíveis, se o frasco está danificado

ou com vazamento da solução. Não utilizar após o prazo de validade.

A adição do concentrado à solução carreadora de aminoácidos deve ser realizada antes da infusão sob

condições assépticas garantindo que o concentrado foi bem dispersado. A compatibilidade e

homogeneização da mistura devem ser asseguradas.

A medicação deve ser administrada exclusivamente pela via intravenosa, sob o risco de perda da

eficácia terapêutica.

Preparação

Dipeptiven_BU04

Notif Alt Texto de Bula_Mar/14

DIPEPTIVEN (alanilglutamina) é infundido com uma solução carreadora. O DIPEPTIVEN

(alanilglutamina) é infundido na proporção de uma parte de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) para cinco

partes da solução de aminoácido ou outra solução compatível, por exemplo, 100 mL de DIPEPTIVEN

(alanilglutamina) para 500 mL da solução de aminoácidos.

A concentração máxima de alanilglutamina durante a terapia é de 3,5%.

O conteúdo não utilizado deve ser descartado.

Posologia

Adultos

A dose de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) depende da gravidade do estado catabólico e da

necessidade de aminoácidos do paciente. A dose diária máxima de aminoácidos totais, para nutrição

parenteral, é de 2 g/kg de peso corpóreo. O suplemento de alanina e glutamina via DIPEPTIVEN

(alanilglutamina) deve ser considerado no cálculo de aminoácidos totais.

Dose diária

Em geral, preconiza-se a dose diária de 1,5 – 2,0 mL de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) por kg de

peso corpóreo (equivalente a 0,3 - 0,4 g alanilglutamina/kg de peso corpóreo). Isso equivale a 100 –

140 mL de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) para um paciente de 70 kg.

Dose máxima diária: 2,0 mL ou 0,4 g de alanilglutamina do DIPEPTIVEN (alanilglutamina) /kg de

peso corpóreo.

Os seguintes ajustes são exemplos para a suplementação de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) com

outras soluções de aminoácidos através da solução carreadora:

Necessidade de aminoácidos de 1,2 g/kg de peso corpóreo/dia:

0,8 g de aminoácidos + 0,4 g de alanilglutamina/kg de peso corpóreo/dia.

Necessidade de aminoácidos de 1,5 g/kg de peso corpóreo/dia:

1,2 g de aminoácidos + 0,3 g de alanilglutamina/kg de peso corpóreo/dia.

Necessidade de aminoácidos de 2,0 g/kg de peso corpóreo/dia:

1,6 g de aminoácidos + 0,4 g de alanilglutamina/kg de peso corpóreo/dia.

A velocidade de infusão depende da solução carreadora e não deve exceder 0,1 g de aminoácidos/kg

de peso corpóreo/hora.

Duração do tratamento

A duração do tratamento não deve exceder 3 semanas.

Experiência com o uso de DIPEPTIVEN (alanilglutamina) por mais de 9 dias é limitada.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Caso o DIPEPTIVEN (alanilglutamina) não seja utilizado na forma recomendada, reações adversas

podem acontecer. Se administrado acima da velocidade de infusão indicada, assim como outras

soluções injetáveis, pode causar calafrio, náusea e vômito. A infusão deve ser interrompida

imediatamente neste caso.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Dipeptiven_BU04

Notif Alt Texto de Bula_Mar/14

10. SUPERDOSE

Se administrado acima da velocidade de infusão indicada, assim como outras soluções injetáveis, pode

causar calafrio, náusea e vômito. A infusão deve ser interrompida imediatamente nesse caso.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.