Bula do Diprospan produzido pelo laboratorio Hypermarcas S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DIPROSPAN®
(dipropionato de betametasona +
fosfato dissódico de betametasona)
Hypermarcas S.A.
Suspensão Injetável
5 mg/mL + 2 mg/mL
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
dipropionato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona
APRESENTAÇÕES
- Suspensão injetável 5mg/mL + 2 mg/mL em embalagem com uma ampola e seringa
descartável esterilizada.
- Suspensão injetável 5mg/mL + 2 mg/mL conjunto HYPAK®
descartável em embalagem
com blister contendo: seringa com produto DIPROSPAN®
e êmbolo de borracha esterilizados, agulha
esterilizada e haste plástica.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR, INTRA-ARTICULAR, PERIARTICULAR,
INTRABÚRSICA, INTRADÉRMICA, INTRALESIONAL E EM TECIDOS MOLES.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 15 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL da suspensão injetável contém:
dipropionato de betametasona (equivalente a 5mg de betametasona) ............................................... 6,43mg
fosfato dissódico de betametasona (equivalente a 2mg de betametasona)......................................... 2,63mg
excipiente q.s.p. ...................................................................................................................................... 1mL
(fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, edetato dissódico, polissorbato 80, álcool benzílico,
metilparabeno, propilparabeno, carmelose sódica, macrogol, ácido clorídrico, água para injetáveis).
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 2
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
DIPROSPAN®
está indicado para o tratamento de doenças agudas e crônicas que respondem aos
corticoides. A terapia hormonal com corticosteroide é coadjuvante e não substitui a terapêutica
convencional.
é indicado para os seguintes quadros clínicos:
Alterações osteomusculares e de tecidos moles – Artrite reumatoide, osteoartrite, bursite, espondilite
anquilosante, espondilite radiculite, dor no cóccix, ciática, lumbalgo, torcicolo, exostose, fascite.
Condições alérgicas – Asma brônquica crônica (inclusive terapia adjuvante para o estado de mal
asmático), rinite alérgica devida a pólen, edema angioneurótico, bronquite alérgica, rinite alérgica sazonal
ou perene, hipersensibilidade à droga, doença do soro, picadas de insetos.
Condições dermatológicas – Dermatite atópica, neurodermatite circunscrita (líquen simples crônico),
dermatite de contato, dermatite solar grave, urticária, líquen plano hipertrófico, necrobiose lipoídica
associada com diabetes mellitus, alopecia areata, lúpus eritematoso discoide, psoríase, queloides, pênfigo,
dermatite herpetiforme, acne cística.
Doenças do colágeno – Lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, dermatomiosite, poliarterite nodosa.
Tumores Malignos – Para o tratamento paliativo de leucemias e linfomas em adultos, leucemia aguda da
infância.
Outras condições – Síndrome adrenogenital, colite ulcerativa, ileíte regional, doença celíaca, afecções
dos pés (bursite, hallux rigidus, 5º dedo varo), afecções necessitando de injeções subconjuntivais,
transtornos hematológicos que respondem aos corticosteroides, síndrome nefrítica e síndrome nefrótica.
A insuficiência adrenocortical primária ou secundária poderá ser tratada com DISPROPAN®
, mas deverá
haver suplementação com mineralocorticoides.
DISPROPAN®
é recomendado para:
1) injeções intramusculares para doenças que respondem aos corticoides sistêmicos;
2) injeções diretamente nos tecidos moles afetados, quando indicado;
3) injeções intra-articulares e periarticulares em artrites;
4) injeção intralesional para várias condições dermatológicas e
5) injeção local para certos transtornos inflamatórios e císticos dos pés.
ASMA
Jacyna e colaboradores realizaram um estudo aberto envolvendo 30 pacientes com asma brônquica. Os
pacientes receberam doses intramusculares de 1 a 2mL de DIPROSPAN®
(5mg de dipropionato de
betametasona mais 2mg de fosfato de betametasona por mL) e foram avaliados semanalmente durante 6
semanas. Observou-se alívio dos sintomas de asma já do primeiro ao segundo dia da aplicação em 73%
dos pacientes. Além disso, 40% dos pacientes ficaram livres de recidivas durante as seis semanas de
acompanhamento. Não foram relatados eventos adversos neste estudo de curta duração. 1
Ljaljevic e colaboradores compararam os efeitos de uma dose única de 1mL de DIPROSPAN®
(5mg de
dipropionato de betametasona mais 2mg de fosfato de betametasona) com uma dose de 1mL de acetato de
metilprednisolona (40mg), ambas por via intramuscular, em pacientes com asma crônica. O tempo para
início do alívio dos sintomas foi igual nos dois grupos (2,4 dias). Contudo, os pacientes alocados para o
tratamento com DIPROSPAN®
tiveram maior duração de alívio dos sintomas (27 dias versus 8,5 dias
para o grupo acetato de metilprednisolona, P < 0,002). Consequentemente, aquele grupo necessitou de
número maior de injeções para o controle dos sintomas durante o período do estudo de seis semanas (1,1
versus 2,4 injeções, P < 0,002). O percentual de pacientes que respondeu positivamente foi superior no
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 3
grupo DIPROSPAN®
(100% versus 77,8%, P = 0,046) e a taxa de eventos adversos (cefaleia, sonolência
e mal-estar) foi igual nos dois grupos. 2
Mazzei e colaboradores realizaram um estudo aberto envolvendo 51 pacientes com asma brônquica com
idade entre 15 e 71 anos. Cada paciente recebeu uma dose de 1 mL de DIPROSPAN®
por via
intramuscular (5mg de dipropionato de betametasona mais 2mg de fosfato de betametasona), após a
primeira avaliação. Foram então acompanhados com visitas semanais durante 6 semanas. Resposta clínica
considerada boa ou excelente foi obtida em 96% dos pacientes, sendo que 43% e 88% dos indivíduos
apresentaram remissão completa dos sintomas na primeira e na segunda semana após a dose,
respectivamente. A duração do efeito variou de 14 a 46 dias, com uma média de 42 dias. As reações
adversas ao tratamento foram leves e passageiras (aumento de apetite e astenia). 3
DOENÇAS REUMATOLÓGICAS
Foi realizado um estudo duplo-cego controlado que comparou a eficácia e a segurança de injeções intra-
articulares de DIPROSPAN®
(5mg de dipropionato de betametasona mais 2mg de fosfato de
betametasona por mL) com acetato de metilprednisolona (40mg/mL). Quarenta e nove pacientes com
artrite reumatoide (idades de 27 a 73 anos) foram distribuídos aleatoriamente para tratamento com
DIPROSPAN®
ou acetato de metilprednisolona por injeção intra-articular. As articulações tratadas foram
joelho (n=40), cotovelo (n=3), tornozelo (n=4) e ombro (n=2). Apenas 4/26 pacientes do grupo
necessitaram uma segunda aplicação após 2-3 semanas da primeira, enquanto 12/23
pacientes do grupo acetato de metilprednisolona necessitaram uma segunda dose de corticoide. Os
sintomas de dor, inchaço, disfunção e limitação motora melhoraram com ambos os tratamentos, porém de
forma mais pronunciada após o uso de DIPROSPAN®
. Os eventos adversos relatados foram dois casos de
ruborização após aplicação de DIPROSPAN®
, que desapareceram após 6 horas. 4
Rosenthal e colaboradores avaliaram, em estudo aberto, os efeitos da aplicação intra-articular de
para pacientes com afecções inflamatórias dos joelhos. Quarenta e um pacientes com
artrite aguda no joelho foram submetidos a aplicação intra-articular de DIPROSPAN®
sem anestésico
local. Melhora considerável e moderada ocorreram em 46,3%®
e 21,9% dos pacientes, respectivamente.
Melhora leve ocorreu em 29,3% e ausência de efeito em apenas 1 paciente (2,4%). Foi observado alívio
da dor e dos sintomas em menos de 24 horas em 75% dos pacientes, que persistiu por um tempo médio de
4,34 semanas. Não foram observados eventos adversos locais em nenhum paciente. Aumento do apetite,
poliúria, sintomas gástricos moderados e eritema facial foram efeitos adversos sistêmicos observados
após a administração intra-articular de DIPROSPAN®
. Todos os eventos adversos desapareceram
espontaneamente e não necessitaram tratamento específico. 5
DOENÇAS ALÉRGICAS
A febre do feno (rinite alérgica sazonal devida a pólen) é uma afecção alérgica comum que responde ao
tratamento com corticosteroides. Laursen e colaboradores compararam DIPROSPAN®
intramuscular com
beclometasona spray nasal e placebo num estudo duplo-cego e duplo-dummy. Trinta adultos com
rinoconjuntivite sazonal foram distribuídos aleatoriamente para aplicação diária de 100 µg de
beclometasona spray em cada narina ou a uma aplicação intramuscular de 2 mL de DIPROSPAN®
(5 mg
de dipropionato de betametasona mais 2 mg de fosfato de betametasona por mL) imediatamente antes da
estação de pólen do vidoeiro. Os pacientes do grupo placebo e aqueles tratados com beclometasona spray
apresentaram aumento dos sintomas de obstrução nasal, rinorreia, espirros e congestão ocular. Em
contrapartida, aqueles tratados com DIPROSPAN®
apresentaram redução da intensidade de todos os
sintomas durante as seis semanas de acompanhamento. Em conclusão, uma única injeção de
imediatamente antes da estação de pólen foi superior ao tratamento com corticosteroides
tópicos no alívio de sintomas de rinoconjuntivite sazonal. 6
Kronholm realizou um estudo em pacientes com rinoconjuntivite alérgica sazonal, que foram distribuídos
aleatoriamente para tratamento com DIPROSPAN®
(10 mg de dipropionato de betametasona mais 4 mg
de fosfato de betametasona por via intramuscular) ou acetato de metilprednisolona (80 mg por via
intramuscular). Ambos os tratamentos reduziram significativamente os sintomas oculares e nasais dos
pacientes. Contudo, os escores de sintomas foram significativamente menores naqueles pacientes tratados
com DIPROSPAN®
. Nenhum paciente apresentou eventos adversos no período de observação. Em
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 4
conclusão, DIPROSPAN®
foi superior ao acetato de metilprednisolona no controle de sintomas de
rinoconjuntivite alérgica sazonal. 7
Referências Bibliográficas:
1. Jacyna K. Clinical evaluation of a new betamethasone preparation (‘Diprospan’) in the treatment
of bronchial asthma. Pharmatherapeutica. 1977;1(10): 673-8.
2. Ljaljevic M. Comparison of a prolonged-acting betamethasone phosphate-dipropionate
preparation (DIPROSPAN) with methylprednisolone acetate. A trial in chronic asthmatic
patients. Clinical Trials Journal. 1976; 13(4):124-8.
3. Mazzei C, Lasala FG, Ambrosio JA. Efectos del dipropionato de betametasona inyetable en el
asma bronquial crônica. Inv Med Internac. 1981; 8: 263-8.
4. Sorensen K. Intraarticular treatment of rheumatoid arthritis patients with steroids: a double-blind
trial of Schering 263/1 vs Depo-Medrol®
. Curr Ther Res. 1978; 23(2):173-86.
5. Rosenthal M. Diprophos für die intraartikuläre therapie arthritischer affektionen. Schweiz
Rundschau Med (PRAXIS). 1978; 67: 169-70.
6. Laursen LC, Faurschou P,Munch EP. Intramuscular betamethasone dipropionate vs. topical
beclomethasone dipropionate and placebo in hay fever. Allergy 1988; 43 (6):420-4.
7. Kronholm A. Injectable depot cortosteroid therapy in hay fever. J Int Med Res 1979; 7(4): 314-
7.
DIPROSPAN®
é uma associação de ésteres de betametasona que produz efeito anti-inflamatório,
antialérgico a antirreumático. A atividade terapêutica imediata é fornecida pelo éster solúvel, fosfato
dissódico de betametasona, que é rapidamente absorvido após a administração. A atividade
prolongada é promovida pelo dipropionato de betametasona que, por ser de absorção lenta, controla
os sintomas durante longo período. O tamanho reduzido do cristal de dipropionato de betametasona
permite o uso de agulha de fino calibre (até calibre 25) para administração intradérmica e
intralesional.
é uma suspensão aquosa injetável estéril de dipropionato de betametasona e fosfato
dissódico de betametasona. Cada mL de DIPROSPAN®
contém 5mg de betametasona como
dipropionato e 2mg de betametasona como fosfato dissódico, em veículo estéril tamponado e
conservado.
Os glicocorticoides, como a betametasona, causam profundos e variados efeitos metabólicos e
modificam a resposta imunológica do organismo à diversos estímulos. A betametasona possui
grande atividade glicocorticoide e pequena atividade mineralocorticoide.
A exemplo dos outros corticoides, DIPROSPAN®
está contraindicado em pacientes com infecções
sistêmicas por fungos, em pacientes com hipersensibilidade ao dipropionato de betametasona, fosfato de
dissódico de betametasona, a outros corticoides ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
DIPROSPAN®
não deverá ser administrado por via intramuscular em pacientes com púrpura
trombocitopência idiopática.
Este medicamento é contraindicado para menores de 15 anos.
DIPROSPAN®
NÃO deverá ser usado por via intravenosa ou subcutânea. Técnica estritamente asséptica
é mandatória com uso de DIPROSPAN®
. Agite antes de usar.
contém dois ésteres de betametasona, um dos quais, o fosfato dissódico de betametasona,
desaparece rapidamente do local da injeção. O potencial para efeitos sistêmicos produzidos por esta
porção solúvel de DIPROSPAN®
deverá ser considerada pelo médico ao usar este preparado.
A administração intramuscular de corticoides deverá ser feita profundamente em grandes massas
musculares para evitar atrofia tissular local.
As injeções em tecidos moles, intralesionais e intra-articulares podem produzir efeitos sistêmicos locais.
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 5
É necessário o exame do líquido sinovial para excluir um processo infeccioso. Deve-se evitar a injeção
local em uma articulação previamente infectada. O aumento da dor e do edema local, restrição maior dos
movimentos articulares, febre e mal-estar são sugestivos da artrite séptica. Se a infecção for confirmada,
deverá ser instituída terapia antimicrobiana apropriada.
Corticosteroides não deverão ser injetados em articulações não estáveis, áreas infectadas ou espaços
intervertebrais. Injeções repetidas em articulações com osteoartrite podem aumentar a destruição articular.
Evitar injetar corticosteroides diretamente nos tendões devido a relatos de ruptura tardia do tendão.
Em seguida à terapia corticoide intra-articular, o paciente deverá ser alertado quanto a evitar o uso
excessivo da articulação na qual foi obtido benefício sintomático.
Devido à ocorrência de raros casos de reações anafiláticas com o uso parenteral de corticoides, deverão
ser tomadas medidas apropriadas de precaução antes da administração, especialmente se o paciente
apresentar histórico de alergia medicamentosa.
Com o tratamento prolongado, deverá ser considerada a transferência da administração parenteral para a
oral, depois da avaliação dos potenciais benefícios e riscos.
Reajustes posológicos poderão ser necessários para remissões ou exacerbações do processo posológico,
conforme a resposta individual de cada paciente sob tratamento e quando ocorrer exposição do paciente a
situações de estresse, isto é, infecção grave, cirurgia ou traumatismo. Após o término de um tratamento
prolongado com corticoides em altas doses, poderá ser necessária monitorização por até um ano.
Os corticoides podem mascarar sinais de infecção, e novas infecções podem surgir durante o seu uso.
Quando os corticoides são usados, podem ocorrer diminuição da resistência e dificuldade de localizar o
sítio de uma nova infecção.
O uso prolongado de corticoides pode produzir catarata subcapsular posterior, especialmente em crianças,
glaucoma com possível dano ao nervo óptico, podendo ocorrer aumento da incidência de infecções
oculares secundárias devidas a fungos ou vírus.
Altas doses de corticoides podem causar elevação da pressão arterial e retenção hidrossalina, assim como
aumento da excreção de potássio. Esses efeitos ocorrem com menos frequência com os derivados
sintéticos, exceto quando usados em altas doses.
Deve ser considerada uma dieta com restrição a sal e suplementação de potássio. Todos os corticoides
aumentam a excreção de cálcio.
Enquanto em tratamento com corticosteroide, os pacientes não deverão ser vacinados contra varíola.
Alguns procedimentos de imunização não deverão ser realizados em pacientes recebendo
corticosteroides, principalmente em altas doses, devido ao provável risco de complicações neurológicas e
falta de resposta por anticorpos. Quando o corticosteroide estiver sendo utilizado como terapia de
reposição (por exemplo, Doença de Addison), os procedimentos de imunização poderão ser realizados
normalmente.
Pacientes em uso de doses imunossupressoras de corticosteroides deverão ser alertados a evitar a
exposição a pessoas portadoras de varicela ou sarampo, e, se forem expostas, deverão procurar orientação
médica, principalmente no caso de crianças.
O tratamento com corticosteroides em pacientes com tuberculose ativa deverá ser restrito aos casos de
tuberculose fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteroide é usado em associação com um
esquema antituberculoso apropriado.
Se os corticoides forem indicados em pacientes com tuberculose latente ou com reatividade tuberculina,
será necessária uma observação cuidadosa, uma vez que poderá ocorrer reativação da doença. Durante
tratamento prolongado, estes pacientes deverão receber quimioprofilaxia. O uso da rifampicina no
programa de quimioprofilaxia, devido o seu efeito de estimulação da depuração dos glicocorticoides,
poderá impor um reajuste na dose empregada.
A menor dose possível de corticoide deverá ser usada para controlar a condição sob tratamento. Quando a
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 6
redução da dose for possível, deverá ser gradual.
Insuficiência adrenocortical secundária, induzida pelo medicamento, poderá resultar da retirada muito
rápida do corticoide, podendo ser minimizada pela redução gradual da dose. Essa insuficiência poderá
persistir por meses após a descontinuação do tratamento, portanto, se ocorrer estresse durante este
período, a corticoterapia deverá ser reinstituída. Se o paciente já estiver recebendo corticosteroides, a dose
deverá ser aumentada. Uma vez que a secreção mineralocorticoide pode estar prejudicada, devem ser
administrados sal e/ou mineralocorticosteroides concomitantemente.
Os efeitos dos corticoides são aumentados em pacientes com hipotireoidismo e em pacientes com cirrose
hepática.
Aconselha-se cautela ao se usar corticoides em pacientes com herpes simples ocular devido à
possibilidade de perfuração da córnea.
Podem ocorrer transtornos psíquicos com a terapia corticosteroide. Os corticoides podem agravar
instabilidade emocional ou tendências psicóticas pré-existentes.
Corticoides deverão ser usados com cautela em colite ulcerativa não especificada, quando houver
probabilidade de perfuração iminente, abscesso ou outra infecção piogênica, em diverticulite, anastomose
intestinal recente, úlcera péptica ativa ou latente, insuficiência renal, hipertensão arterial, osteoporose e
miastenia gravis.
Como as complicações do tratamento com corticosteroides são dependentes da dose e duração do
tratamento, uma decisão baseada na relação risco/benefício deverá ser tomada para cada caso individual.
O crescimento e desenvolvimento de crianças e lactentes fazendo uso prolongado de corticoides deverão
ser acompanhados cuidadosamente, pois pode haver distúrbio no crescimento e inibição da produção
endógena de cortisol.
O tratamento com corticosteroides pode alterar a motilidade e o número de espermatozoides.
A administração intra-articular e/ou intralesional pode produzir efeitos sistêmicos e locais, o que deverá
ser levado em consideração em pacientes tratados concomitantemente com corticosteroides oral e/ou
parenteral.
Uso durante a gravidez e lactação
Como não foram feitos estudos controlados de reprodução humana com corticosteroides, o uso de
durante a gravidez ou em mulheres em idade fértil exige que os possíveis benefícios do
fármaco sejam pesados contra os potenciais riscos para a mãe, o feto e o lactente. Crianças nascidas de
mães que receberam doses substanciais de corticoides durante a gestação deverão ser observadas
cuidadosamente para a detecção de sinais de hipoadrenalismo.
Os corticosteroides atravessam a barreira placentária e são detectados no leite materno.
Devido à ocorrência de passagem transplacentária dos corticosteroides, as crianças nascidas de mães que
receberam corticosteroides durante a gravidez devem ser examinadas cuidadosamente para a verificação
da rara ocorrência de catarata congênita.
Mulheres grávidas que receberam corticosteroides durante a gravidez devem ser monitoradas durante e
após o parto para verificação de qualquer indicação de ocorrência de insuficiência adrenal devido ao
estresse associado ao nascimento da criança.
Gravidez:
Categoria de Risco C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então,
os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres
grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 7
Devido à possibilidade de surgirem efeitos adversos indesejáveis com o uso do DIPROSPAN®
em
lactentes, deverá ser tomada a decisão de descontinuar a amamentação ou o tratamento, levando-se em
consideração a importância do medicamento para a mãe.
Interações medicamento-medicamento:
O uso concomitante de fenobarbital, rifampicina, fenitoína ou efedrina pode aumentar o
metabolismo do corticosteroide, reduzindo, assim, seus efeitos terapêuticos.
Pacientes que estejam recebendo corticosteroides e estrogênios concomitantemente deverão ser
observados devido à possível ocorrência de exacerbação dos efeitos dos corticosteroides.
O uso concomitante de corticosteroides com diuréticos depletores de potássio pode aumentar a
hipocalemia.
O uso concomitante de corticoides com glicosídeos cardíacos pode aumentar a possibilidade de
arritmias ou intoxicação digitálica associada à hipocalemia.
Os corticoides podem aumentar a depleção de potássio causada pela anfotericina B. Em todos os
pacientes em uso de digitálicos, diuréticos depletores de potássio e anfotericina B, as concentrações
dos eletrólitos séricos, principalmente os níveis de potássio, deverão ser monitorizadas
cuidadosamente.
O uso concomitante de corticosteroides com anticoagulantes cumarínicos pode aumentar ou diminuir
os efeitos anticoagulantes, havendo necessidade de ajustes posológicos.
Os corticosteroides podem diminuir as concentrações sanguíneas dos salicilatos. O ácido
acetilsalicílico deve ser utilizado com cuidado em associação aos corticosteroides em pacientes com
hipoprotrombinemia. Quando os corticosteroides forem administrados a diabéticos, poderão ser
necessários reajustes posológicos dos antidiabéticos orais e da insulina.
Terapia concomitante com glicocorticoides pode inibir a resposta à somatotropina.
Interações medicamento-álcool:
Os efeitos combinados de anti-inflamatórios não esteroides ou álcool com corticoides podem resultar
em aumento da ocorrência ou da gravidade de ulcerações gastrintestinais.
Interações medicamento-exames laboratoriais – os corticoides podem afetar o teste de “nitroblue
tetrazolium” para infecção bacteriana e produzir resultados falso-negativos.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz.
O prazo de validade da DIPROSPAN®
(ampola) é de 24 meses após a data de sua fabricação.
conjunto HYPAK®
é de 18 meses após a data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
DIPROSPAN®
Suspensão Injetável é um líquido levemente viscoso, contendo partículas brancas de fácil
ressuspensão, límpido, incolor e livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
PARA ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR, INTRA-ARTICULAR, PERIARTICULAR,
INTRABÚRSICA, INTRADÉRMICA, INTRALESIONAL E EM TECIDOS MOLES.
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 8
Não está indicado para uso intravenoso ou subcutâneo.
Este produto só poderá ser injetado por via intramuscular profunda na região glútea usando
exclusivamente agulha calibre 30/7.
Por se tratar de uma suspensão injetável o DIPROSPAN®
deve ser aplicado por um profissional de saúde.
Agite antes de usar. Técnica estritamente asséptica é mandatória para o uso do produto.
As necessidades posológicas são variáveis e deverão ser individualizadas com base na doença específica,
na gravidade do quadro e na resposta do paciente ao tratamento.
A dose inicial deverá ser mantida ou ajustada até que uma resposta satisfatória seja obtida. Se uma
resposta clínica satisfatória não ocorrer após um período de tempo razoável, o tratamento com
DIPROSPAN®
deverá ser descontinuado e deverá ser iniciada outra terapia apropriada.
Administração sistêmica – para o tratamento sistêmico, DIPROSPAN®
deverá ser iniciado com 1 a 2mL
na maioria das condições, repetindo-se a terapia, quando necessário. A administração é através de injeção
intramuscular (IM) profunda na região glútea. A dosagem e a frequência das administrações irão
depender da gravidade da condição do paciente e da resposta terapêutica. Em doenças graves, como lúpus
eritematoso sistêmico ou estado de mal asmático já controlados por medidas de emergência, 2 mL
poderão ser necessários inicialmente.
Grandes variedades de condições dermatológicas respondem à administração IM de corticoides. Uma
injeção de 1mL, repetida de acordo com a resposta terapêutica, foi considerada como eficaz.
Em doenças do trato respiratório, o início da melhora dos sintomas ocorre dentro de poucas horas após a
injeção intramuscular de DIPROSPAN®
. O controle efetivo dos sintomas com 1 a 2mL é obtido na asma
brônquica, febre do feno, bronquite alérgica e rinite alérgica.
No tratamento da bursite aguda ou crônica, resultados excelentes foram obtidos com 1 a 2mL de
administrados por via intramuscular, repetidos se necessário.
Administração local – o uso de anestésicos locais raramente é necessário. Se isto for desejável,
poderá ser misturado (na seringa e não no frasco) com lidocaína ou procaína 1% a 2% ou
anestésicos locais similares. Devem ser evitadas formulações que contenham metilparabeno,
propilparabeno e fenol.
A dose necessária de DIPROSPAN®
é transferida para a seringa e, em seguida, o anestésico. A mistura na
seringa deve ser agitada levemente.
Em bursites agudas subdeltoides, subcromiais, olecraniais e pré-patelares, uma injeção intrabúrsica de 1 a
2mL de DIPROSPAN®
poderá aliviar a dor e restaurar a completa movimentação dentro de poucas horas.
A bursite crônica poderá ser tratada com doses reduzidas, assim que os sintomas agudos estejam
controlados. Em tenossinovite aguda, tendinite e peritendinite, uma injeção de DIPROSPAN®
poderá
trazer alívio, Em formas crônicas destas doenças, poderão ser necessárias injeções repetidas, de acordo
com as necessidades do paciente.
Após administração intra-articular de 0,5mL a 2mL de DIPROSPAN®
, ocorre alívio da dor, da
sensibilidade e rigidez associadas à osteoartrite e à artrite reumatoide dentro de 2 a 4 horas. A duração do
alívio, que varia amplamente nas duas condições, é de 4 semanas ou mais, na maioria dos casos.
Uma injeção intra-articular de DIPROSPAN®
é bem tolerada pela articulação e pelos tecidos
periarticulares. As doses recomendadas para injeção intra-articular são:
- Grandes articulações (joelho, bacia, ombro): 1 – 2mL
- Médias articulações (cotovelo, punho, tornozelo): 0,5 – 1mL
- Pequenas articulações (pé, mão, tórax) 0,25 – 0,5mL
Afecções dermatológicas poderão responder à administração intralesional de DIPROSPAN®
. A resposta
de algumas lesões não tratadas diretamente poderá ser devida a um leve efeito sistêmico do fármaco. No
tratamento intralesional, é recomendada uma dose intradérmica de 0,2mL/cm² de DIPROSPAN®
distribuída igualmente com uma seringa do tipo tuberculina e agulha de calibre 26. A quantidade total de
aplicada em todas as áreas não deverá exceder 1mL por semana.
poderá ser usado eficazmente em afecções do pé que sejam suscetíveis aos corticoides.
Bursite sob heloma duro ou mole poderá ser controlada com duas injeções sucessivas de 0,25mL cada.
Em algumas condições, como hallux rigidus, 5º dedo varo e artrite gotosa aguda, a melhora dos sintomas
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 9
poderá ser rápida. Uma seringa do tipo tuberculina e uma agulha de calibre 25 são adequadas para a
maioria das injeções. As doses recomendadas, em intervalos de aproximadamente uma semana, são:
bursite sob heloma duro ou mole, 0,25mL – 0,5mL; bursite sob esporão de calcâneo, 0,5mL; bursite sobre
hallux rigidus, 0,5mL; bursite sobre o 5º dedo varo, 0,5mL; cisto sinovial, 0,25mL – 0,5mL; neuralgia de
Morton (metatarsalgia), 0,25mL – 0,5mL; tenossinovite, 0,5mL; periostite do cuboide, 0,5mL; artrite
gotosa aguda, 0,5mL – 1mL.
Depois de obtida uma resposta favorável, a dosagem de manutenção deverá ser determinada através da
diminuição da dose inicial em decréscimos graduais, a intervalos apropriados, até que seja encontrada a
dose mínima capaz de manter uma resposta clínica adequada.
A exposição do paciente à situações de estresse não relacionadas à doença em curso poderá necessitar de
aumento da dose de DIPROSPAN®
. Se for necessária a descontinuação do fármaco após tratamento
prolongado, a dose deverá ser reduzida gradualmente.
Instruções de uso (conjunto HYPAK®
): vide figuras explicativas abaixo.
Atenção:
O produto depois de aberto não pode ser reutilizado. O conteúdo restante não deve ser utilizado em
outras aplicações. Caso houver sobra, seu conteúdo deve ser descartado.
A seringa após a aplicação não deve ser reutilizada. Deve ser descartada em recipiente apropriado.
Reações adversas ao DIPROSPAN®
, como aos demais corticosteroides, estão relacionadas com a
posologia e a duração do tratamento. Geralmente estas reações podem reverter-se ao mínimo com a
redução da posologia, o que é geralmente preferível à suspensão do tratamento farmacológico.
Embora a incidência de reações adversas a DIPROSPAN®
seja baixa, a possível ocorrência de efeitos
colaterais conhecidos dos corticoides deverá ser considerada.
As reações adversas relacionadas ao uso de DIPROSPAN®
, de acordo com a frequência de ocorrência e o
sistema acometido são:
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10)
Sistema nervoso central: insônia.
Sistema gastrintestinal: dispepsia; aumento de apetite.
Organismo como um todo: aumento da incidência de infecções
Reações incomuns (>1/1.000 e < 1/100)
Pele: dificuldade de cicatrização; telangectasias; piodermites; atrofia cutânea; foliculites; prurido cutâneo.
Sistema endócrino: diabetes mellitus; síndrome de Cushing exógena.
Sistema musculoesquelético: osteoporose
Sistema gastrintestinal: sangramento gastrintestinal.
Sistema geniturinário: hipocalemia; retenção de sódio e água; irregularidade menstrual.
Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000)
Pele: estrias; hematomas; reação de hipersensibilidade; acne; urticária; sudorese excessiva; rash cutâneo;
hiperemia da face e pescoço após aplicação; sintomas e sinais no local de aplicação; hipertricose;
hipopigmentação cutânea.
Diprospan – suspensão injetável - Bula para o profissional da saúde 10
Sistema nervoso central: depressão; convulsões; tontura; cefaleia; confusão mental; euforia; distúrbio de
personalidade; alteração de humor.
Sistema gastrintestinal: úlcera péptica; hepatomegalia; distensão abdominal; alteração em provas de
função hepática.
Sistema geniturinário: oligospermia.
Sistema musculoesquelético: miopatia por corticosteroide; fraqueza muscular; mialgias.
Olhos: aumento da pressão intraocular; catarata.
Sistema cardiovascular: hipertensão arterial sistêmica; arritmias cardíacas; insuficiência cardíaca
congestiva; edema agudo do pulmão; trombose venosa profunda; vasculite.
Organismo como um todo: ganho de peso; infecção fúngica.
Reações cuja incidência não está determinada: soluços, alcalose hipocalêmica, perda de massa
muscular, fraturas, necrose asséptica da cabeça do fêmur e do úmero, fratura patológica dos ossos longos,
ruptura de tendão, instabilidade articular decorrente de repetidas injeções intra-articulares, pancreatite,
esofagite ulcerativa, adelgaçamento cutâneo, petéquias e equimose, eritema facial, diminuição ou
supressão da reação aos testes cutâneos, edema angioneurótico, aumento da pressão intracraniana com
edema de papila (pseudotumor cerebral), diminuição do crescimento na infância e no período intrauterino,
falta de resposta adrenocortical e pituitária, particularmente em períodos de estresse, como trauma,
cirurgias ou doenças; diminuição da tolerância aos carboidratos, manifestações clínicas de diabetes
mellitus latente, aumento das necessidades diárias de insulina ou agentes hipoglicemiantes orais em
diabéticos, glaucoma, balanço nitrogenado negativo devido ao catabolismo proteico, manifestações
psicóticas, reações anafiláticas, hipotensão arterial, choque, dermatite alérgica, exoftalmia, agravamento
dos sintomas na miastenia gravis.
Reações adversas relacionadas ao tratamento corticoide parenteral incluem: casos raros de cegueira
associados ao tratamento intralesional da face e da cabeça; hiper ou hipopigmentação, atrofia cutânea e
subcutânea; abscessos estéreis; área de rubor pós injeção (em seguida ao uso intra-articular); artropatia do
tipo Charcot.
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.