Bula do Diurix para o Profissional

Bula do Diurix produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Diurix
Laboratório Teuto Brasileiro S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO DIURIX PARA O PROFISSIONAL

Diurix®

Comprimido 25mg e Comprimido 50mg

MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

hidroclorotiazida

APRESENTAÇÕES

Comprimido 25mg

Embalagens contendo 20, 30, 100 e 300 comprimidos.

Comprimido 50mg

Embalagem contendo 20, 30 e 300 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 25mg contém:

hidroclorotiazida..............................................................................................................25mg

Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido

Excipientes: amido, estearato de magnésio, talco, celulose microcristalina, dióxido de

silício e lactose monoidratada.

Cada comprimido de 50mg contém:

hidroclorotiazida..............................................................................................................50mg

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Diurix® é destinado ao tratamento da hipertensão arterial, quer isoladamente ou em

associação com outros fármacos anti-hipertensivos. Pode ser ainda utilizado no tratamento

dos edemas associados com insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e com a

terapia por corticosteroides ou estrógenos. Também é eficaz no edema relacionado a várias

formas de disfunção renal, como síndrome nefrótica, glomerulonefrite aguda e insuficiência

renal crônica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia e a segurança de hidroclorotiazida foi comprovada com propriedade por

Frishman W.H. et al em seu estudo comparativo placebo controlado, envolvendo 207

pacientes portadores de hipertensão arterial leve para moderada, que foram acompanhados

por 26 semanas, comprovou-se uma grande diminuição da pressão com hidroclorotiazida.

Kumar E.B. et al. comprovou em seu estudo com 24 pacientes usando hidroclorotiazida por

30 dias, que uma única dose de hidroclorotiazida é eficaz na diminuição da pressão arterial.

Vardan S. et al. também comprovou a eficácia e segurança de hidroclorotiazida,

envolvendo 24 pacientes com hipertensão arterial usando a hidroclorotiazida por 1 mês,

diminuindo os elevados níveis de hipertensão arterial dos pacientes envolvidos no estudo.

Bope et al. em seu estudo randomizado envolvendo 157 pacientes acompanhados por 12

semanas, utilizando hidroclorotiazida diariamente, pode comprovar que hidroclorotiazida

diminuiu a pressão arterial sistólica e diastólica.

Reyes AJ. em sua publicação, uma meta-análise sobre monoterapias diuréticas em

pacientes hipertensos, comprovou a eficácia monoterápica de diuréticos na diminuição de

hipertensão arterial.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A hidroclorotiazida age diretamente sobre os rins, atuando sobre o mecanismo de

reabsorção de eletrólitos no túbulo contornado distal. Aumenta a excreção de sódio e

cloreto (em quantidades aproximadamente equivalentes) e, consequentemente, de água. A

natriurese pode ser acompanhada de alguma perda de potássio. Como outros diuréticos

tiazídicos, reduz a atividade da anidrase carbônica aumentando a excreção de bicarbonato:

contudo este efeito é geralmente de pequena intensidade em comparação ao seu efeito sobre

a excreção de cloreto, e não altera consideravelmente o equilíbrio ácido-base nem o pH

urinário.

Além do efeito diurético a hidroclorotiazida como outros tiazídicos, apresenta leve efeito

anti-hipertensivo. O mecanismo da ação anti-hipertensiva dos tiazídicos parece estar

relacionado com a excreção e redistribuição do sódio. A hidroclorotiazida não altera a

pressão arterial normal.

A hidroclorotiazida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. A ingestão

concomitante de alimentos aumenta sua absorção. Distribui-se preferencialmente ligada aos

eritrócitos, sendo o volume de distribuição de 3,6 a 7,8L/kg. Atravessa a barreira

placentária e é excretada no leite materno, não atravessando, porém a barreira

hematencefálica. A ligação às proteínas plasmáticas é de 68%. A hidroclorotiazida não

sofre metabolismo. Sua meia-vida plasmática é bifásica, sendo a fase inicial de 3 a 4 horas

e a meia-vida terminal de 10 a 17 horas. O início de ação ocorre 2 horas após sua

administração, sendo de 1 a 2 ½ horas, após administração oral, o tempo de atingimento da

concentração máxima plasmática.

A ação da hidroclorotiazida persiste por aproximadamente 6 a 12 horas. É excretada

rapidamente pelos rins, após a administração de 25 a 100mg, por via oral, cerca de 72 a

97% da dose são excretados na urina.

Estudos realizados em animais demonstraram que as doses tóxicas de hidroclorotiazida são

muito mais elevadas que as doses terapêuticas. Testes in vitro e in vivo não demonstraram

potencial mutagênico nem comprometimento da fertilidade pelo fármaco. A toxicidade

clínica é relativamente rara e geralmente resulta de hipersensibilidade inesperada.

Em raras ocasiões, e por fatores desconhecidos, o tratamento prolongado com tiazídicos

pode induzir hipercalcemia e hipofosfatemia, simulando hiperparatireoidismo.

Em pacientes com cirrose hepática, foi atribuída ao tratamento com tiazídicos deterioração

da função mental, incluindo princípio de coma.

As tiazidas causam aumento na concentração de colesterol e triglicerídeos no plasma por

mecanismos desconhecidos. Não se sabe se esse efeito aumenta o risco de aterosclerose.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Diurix® é contraindicado para os pacientes com anúria e aqueles que apresentem

hipersensibilidade à hidroclorotiazida ou outros fármacos derivados da sulfonamida.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A hidroclorotiazida deve ser usada com cautela em pacientes com doença renal grave, pois

os tiazídicos podem precipitar o aparecimento de azotemia. Reações de sensibilidade

podem ocorrer em pacientes com ou sem história de alergia ou asma brônquica.

Os tiazídicos devem ser usados com cuidado em pacientes com insuficiência hepática ou

doença hepática progressiva, pois pequenas alterações no balanço hidroeletrolítico podem

precipitar o coma hepático.

Todos os pacientes em uso de tiazídicos devem ser cuidadosamente observados quanto ao

aparecimento de sinais clínicos de distúrbios hidroeletrolíticos, principalmente

hiponatremia, alcalose hipoclorêmica e hipopotassemia.

Deve-se proceder a avaliação periódica dos eletrólitos séricos.

As determinações eletrolíticas urinárias e séricas são particularmente importantes quando o

paciente apresenta vômitos excessivos ou recebe fluidos parenterais. Sinais de advertência

ou sintomas de desequilíbrio de fluídos e eletrólitos incluem secura na boca, sede, fraqueza,

letargia, sonolência, dores musculares ou cólicas, fadiga, hipotensão arterial, taquicardia e

distúrbios gastrintestinais.

Especialmente quando a diurese for excessiva e em casos de cirrose grave, ou durante o uso

concomitante e prolongado de corticosteroides ou ACTH, pode ocorrer hipopotassemia.

As tiazidas demonstraram aumentar a excreção urinária de magnésio, podendo resultar em

hipomagnesemia. Pode ocorrer hiperuricemia, ou mesmo gota, em certos pacientes

recebendo tiazídicos.

Se houver aparecimento de insuficiência renal progressiva, suspender ou descontinuar a

terapia diurética.

Gravidez e lactação

As tiazidas atravessam a barreira placentária, sendo encontradas no sangue do cordão

umbilical, e são excretadas no leite materno. O uso das tiazidas em mulheres grávidas ou

lactantes requer que os benefícios sejam avaliados contra os possíveis riscos que poderão

causar ao feto ou lactente, uma vez que não há estudos bem controlados sobre o uso deste

grupo de substâncias em mulheres grávidas.

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por

mulheres grávidas sem orientação médica.

Populações especiais

Pacientes Idosos

O uso em pacientes idosos, geralmente mais sensíveis aos medicamentos, em especial aos

diuréticos, deve ser cuidadosamente acompanhado.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamento-medicamento

A hidroclorotiazida, assim como outras tiazidas, pode aumentar ou potencializar a ação de

outros fármacos anti-hipertensivos.

Pode, também, interferir sobre as necessidades de insulina nos pacientes diabéticos e

reduzir o efeito de hipoglicemiantes orais.

Se houver diabetes latente, ele pode se manifestar durante o tratamento com os tiazídicos.

As tiazidas podem aumentar a resposta à d-tubocurarina.

Em alguns pacientes a administração de agentes anti-inflamatórios não esteroides pode

reduzir os efeitos diuréticos, natriuréticos e anti-hipertensivos das tiazidas. Portanto,

quando a hidroclorotiazida e agentes anti-inflamatórios não esteroides são utilizados

concomitantemente, o paciente deverá ser observado atentamente para determinar se o

efeito desejável do diurético foi obtido.

Medicamento-exame laboratorial

As tiazidas podem diminuir os níveis séricos de iodo conjugado à proteína, sem sinais de

distúrbios da tireoide. Deve-se suspender a administração de hidroclorotiazida antes de se

realizarem testes de função da paratireoide.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO

DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C).

PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Aspectos físicos:

Comprimido 25mg: Circular de cor branca a amarelada.

Comprimido 50mg: Circular de cor branca a amarelada.

Características organolépticas: Os comprimidos de Diurix® não apresentam

características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a

outros comprimidos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A terapia deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente. A dose deve ser

ajustada para se obter a resposta terapêutica desejada, bem como para determinar a menor

dose capaz de manter esta resposta.

Os comprimidos devem ser administrados com líquidos, por via oral.

Uso adulto:

Hipertensão

Dose inicial: 50 a 100mg/dia, em uma só tomada pela manhã ou em doses fracionadas.

Após 1 semana ajustar a posologia até se conseguir a resposta terapêutica desejada sobre a

pressão sanguínea.

Quando a hidroclorotiazida é usada com outro agente anti-hipertensivo, a dose deste último

deve ser reduzida para prevenir a queda excessiva da pressão arterial.

Edema

Dose inicial: 50 a 100mg uma ou duas vezes ao dia, até obter o peso seco do paciente.

Dose de manutenção: a dose de manutenção varia de 25 a 200mg por dia ou em dias

alternados, de acordo com a resposta do paciente.

Com a terapia intermitente é menor a probabilidade de ocorrência de distúrbios

hidroeletrolíticos.

Uso em lactentes e crianças:

Até 2 anos de idade: dose diária total de 12,5 a 25mg administrada em duas tomadas.

De 2 a 12 anos de idade: dose de 25 a 100mg, administrada em duas tomadas.

A dose pediátrica diária usual deve ser baseada em 2 a 3mg/kg de peso corporal, ou a

critério médico, dividida em duas tomadas.

Não há estudos dos efeitos deste medicamento administrado por vias não recomendadas.

Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve

ser somente por via oral.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A hidroclorotiazida é geralmente muito bem tolerada, mas eventualmente podem ocorrer as

seguintes reações adversas:

-Gastrintestinais: anorexia, desconforto gástrico, náuseas, vômitos, constipação, icterícia

colestática, pancreatite.

-Sistema Nervoso Central: vertigens, parestesia, cefaleia.

-Hematológicas: leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia aplástica, anemia

hemolítica.

-Cardiovasculares: hipotensão ortostática (pode ser potencializada pelo álcool, barbitúricos

ou narcóticos).

-Hipersensibilidade: púrpura, eritema, fotossensibilidade, urticária, erupção cutânea,

reações anafiláticas.

-Outras: hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia, fraqueza, espasmo muscular.

-Dados de Farmacovigilância têm demonstrado a ocorrência de alguns casos de: poliaciúria

aumento de urgência urinária, disúria, dor nas extremidades, boca seca e sede.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,

ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Os sinais e sintomas mais comuns da superdosagem são ligados aos distúrbios eletrolíticos

e à desidratação.

Recomendam-se medidas gerais de suporte, emese provocada ou lavagem gástrica,

correção do distúrbio eletrolítico e da desidratação.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.