Bula do Dolamin produzido pelo laboratorio Farmoquímica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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DOLAMIN®
Farmoquímica S/A
Comprimido Revestido
125 mg
BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE
clonixinato de lisina
APRESENTAÇÃO:
Comprimidos revestidos – clonixinato de lisina 125 mg - embalagem contendo blíster com16 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido contém:
clonixinato de lisina ................................................................ 125 mg
Excipientes: estearato de magnésio, gelatina, amido, manitol, macrogol, celulose microcristalina, álcool
isopropílico, cloreto de metileno, talco, hipromelose, dióxido de titânio e triacetina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Dolamin® é indicado para o tratamento da dor, seja esta o sintoma principal ou secundário, podendo ser
administrado para o alívio das dores de cabeça, musculares, articulares, pós-traumáticas (fraturas, artroses,
rupturas musculares), pós-cirúrgicas e cólicas.
Numa revisão da farmacologia clínica do clonixinato de lisina, Aranguren avaliou dados de mais de sessenta
estudos clínicos realizados na Argentina, Chile, Brasil, Peru, Alemanha e Espanha, envolvendo mais de cinco
mil e trezentos pacientes, dos quais aproximadamente três mil e quinhentos foram tratados com o clonixinato
de lisina. O conjunto dos estudos compreende desenhos variados, distintos métodos de avaliação da dor e
sintomatologia dolorosa de diferente etiologia, localização (cefaleia, odontalgias, dismenorreia, lombalgia,
entorse do tornozelo, gonartrose, dor pós-cirúrgica, dor traumática, dor tumoral, dor urológica, etc.) e
intensidade. Uma boa parte dos estudos utilizou desenho comparativo, duplo-cego e controlado por placebo.
Em todos os estudos, o clonixinato mostrou maior eficácia do que o placebo, eficácia similar a outros AINEs
e só foi superado pelo trometamol cetorolaco. O clonixinato de lisina demonstrou ser bastante eficaz em
diversos tipos de dor e indicações, inclusive nos quadros dolorosos sem componente inflamatório. (1)
Um estudo clínico, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo avaliou o clonixinato de lisina oral
125 mg cada oito horas por trinta dias em cento e nove pacientes idosos com dor associada à osteoartrose do
joelho. Foram realizadas avaliações iniciais, após quinze dias de tratamento e ao final do mesmo, quanto à
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intensidade da dor em repouso, ao movimento inicial, à deambulação e à compressão articular; necessidade
de analgesia complementar, rigidez matinal; incapacidade funcional associada à dor, aderência, tolerabilidade
e avaliação global do tratamento. O clonixinato de lisina reduziu significativamente a dor ao início do
movimento e à deambulação já nos primeiros quinze dias, mas os melhores resultados ocorreram com trinta
dias. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à rigidez matinal e incapacidade funcional.
Globalmente, a avaliação foi favorável para o clonixinato de lisina, sendo excelente ou boa em 50%,
mostrando que o clonixinato de lisina oral na dose de 125 mg três vezes ao dia é eficaz no tratamento da dor
associada à osteoartrite do joelho em idosos. (2)
Foi estudada a eficácia e a tolerância do clonixinato de lisina oral 125 mg, de seis em seis horas, por cinco
dias, em pacientes portadoras de dismenorreia primária, durante seis ciclos, em um desenho duplo-cego,
randomizado, com o próprio paciente como controle, cruzado, controlado com placebo. As pacientes foram
controladas mensalmente a partir do quinto dia do ciclo, avaliando-se as alterações na intensidade da dor, de
forma objetiva, presença de dor durante o período pré-menstrual, menstrual e pós-menstrual, possíveis
alterações entre os ciclos, volume de sangramento, sintomatologia local e geral associada e tolerabilidade. Os
resultados com o clonixinato de lisina mostraram uma redução significativa da dor menstrual (p<0,0001),
pré-menstrual (p<0,001) e intramenstrual (p<0,001) e dos sintomas concomitantes (p<0,0001). Não houve
alteração na duração do ciclo e na quantidade de sangramento entre os tratamentos. Não foram relatados
eventos adversos. (3)
O clonixinato de lisina oral na dose de 125 ou 250 mg quatro vezes ao dia durante, no máximo, sete dias foi
avaliado quanto à eficácia e segurança em pacientes acometidos de diferentes patologias traumáticas, onde
houve indicação de analgésicos para regressão do processo doloroso. O tratamento foi interrompido quando
os pacientes apresentavam regressão completa da dor. A duração média de tratamento foi 4,95 dias (mínimo,
dois e máximo, sete dias). A avaliação da dor foi através de uma escala analógica. O estudo mostrou que o
clonixinato de lisina apresenta um potente efeito analgésico em pacientes com dor moderada a intensa já nos
primeiros trinta minutos após a administração. O efeito máximo foi observado após cinquenta e cinco
minutos, em média. Um achado relevante nos pacientes tratados com o clonixinato de lisina foi o baixo
número de despertares noturnos, principalmente na primeira noite de tratamento, quando existia a
possibilidade de uma dor com maior intensidade. (4)
Em estudo duplo-cego, o clonixinato de lisina oral foi avaliado ao placebo no tratamento agudo da migrânea
em pacientes de migrânea, de acordo com os critérios da Sociedade Internacional de Cefaleia (IHS). Os
pacientes receberam o clonixinato de lisina ou placebo quando a cefaleia atingiu a intensidade moderada ou
severa em seis crises consecutivas. Para as crises moderadas, o clonixinato de lisina foi significativamente
superior ao placebo em uma, duas e quatro horas. O consumo de outras medicações de resgate após quatro
horas foi significativamente maior no grupo do placebo. Com relação às crises severas, não houve diferença
entre os grupos da droga ativa e do placebo no tocante à intensidade da cefaleia e ao consumo de outras
medicações de resgate após quatro horas. (5)
1 - Aranguren E. Clonixinato de lisina. Actualización farmacológica y clínica. Revista Argentina de Farmacología
Clínica y Farmacoepidemiología1999,(6):2:84-98.
2 – Santos FC, Souza PMR, Neto JT e Atallah NA. Tratamento da dor associada à osteoartrose em idoso: um ensaio
aleatório e duplamente encoberto com clonixinato de lisina. Rev. Dor. São Paulo, 2011 jan-mar;12(1):6-14.
3 – Di Dirolamo G, Zmijanovich R, de los Santos AR, Marti MI, Terragno A. Lysine Clonixinate in The Treatment of
Primary Dysmenorrhea. Acta Phisiológica Pharmacologica et therapeutica Latino-Americana, 1996;46:223-232.
4 – Quevedo AA, Okamoto AM, de Melo RL. Clonixinato de lisina no tratamento de traumatismos ortopédicos. Âmbito
traumato/orto & med. Desport. 2003; 10:7-1.
5 – Krymchantowski AV, Barbosa JS, Cheim C, Alves LA. Oral lisine clonixinate in the acute treatment of migraine: A
double-blind placebo-controlled study. Arq Neuropsiquiatr 200; 59(1):46-49.
FARMACODINÂMICA
O clonixinato de lisina, quimicamente o ácido 2-(3-cloro-2-metilanilino) piridino-3-carboxílico (IUPAC), é
um anti-inflamatório não esteroide, derivado do ácido nicotínico, com ação predominantemente analgésica e
ações anti-inflamatória e antipirética moderadas.
O fármaco age, perifericamente, bloqueando a síntese de prostaglandinas mediante a inibição da atividade da
ciclooxigenase, atuando predominantemente sobre a enzima catalizadora de prostaglandinas mediadoras da
inflamação (ciclooxigenase 2 ou COX-2), com menor atividade sobre a enzima catalizadora da síntese de
prostaglandinas da mucosa gastrintestinal e dos rins (ciclooxigenase 1 ou COX-1), onde as prostaglandinas
exercem uma função protetora.
Também foi demonstrada ação inibitória da síntese de leucotrienos por inibição da lipooxigenase, e da síntese
de óxido nítrico por inibição da ON-sintetase.
FARMACOCINÉTICA
Absorção
Quando administrado por via oral, o clonixinato de lisina apresenta uma biodisponibilidade em torno de 75%.
A absorção é rápida iniciando sua ação analgésica quinze minutos após a administração oral, sendo a sua
concentração plasmática máxima atingida entre quarenta a sessenta minutos após a sua administração.
Distribuição
Após administração oral de 125 mg de clonixinato de lisina, o volume de distribuição é de 0,3 litros/kg. Sua
ligação às proteínas plasmáticas oscila entre 96%-98%.
Metabolismo
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O metabolismo é predominantemente hepático. São formados dois metabólitos hidroxilados e mais dois,
identificados como clonixi-N-óxido e clonixina. Em conjunto, estes quatro metabólitos representam 80% da
excreção urinária do produto.
Eliminação
Aproximadamente 74% do clonixinato de lisina administrado por via oral são excretados pela urina e 25%,
pelas fezes. Cerca de 90% do fármaco é excretado pela urina em forma conjugada.
Após administração de uma dose oral de 125 mg de clonixinato de lisina, a meia-vida de eliminação é de 1,4-
1,9 horas. A meia-vida da fase mais rápida de eliminação é aproximadamente de 0,23 horas e a fase lenta, de
1,73 horas.
Antecedentes de asma ou espasmo dos brônquios, pólipos nasais, reações alérgicas ou urticária induzidos
pela administração de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou outros anti-inflamatórios não esteroides.
Pacientes com úlcera péptica ativa.
Pacientes com grande tendência a apresentar hemorragias digestivas.
Lactantes.
Hipersensibilidade ao clonixinato de lisina ou a qualquer outro componente da fórmula de Dolamin®.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres que estejam amamentando.
Este medicamento é contraindicado para menores de 10 anos.
Recomenda-se precaução especial quando Dolamin® é administrado a:
pacientes com antecedentes de distúrbio gastrintestinal, úlceras pépticas ou doença inflamatória intestinal,
especialmente quando se utilizam doses altas do medicamento (500 mg ao dia);
pacientes com função renal alterada, já que podem piorar em consequência da inibição da síntese de
prostaglandinas. Em pacientes considerados de risco (insuficiência cardíaca, cirrose, doença renal crônica,
desidratação e idosos), recomenda-se realizar controles periódicos da creatinina sérica e do seu clearance;
pacientes com insuficiência cardíaca, pois a inibição (mesmo que parcial) da produção de prostaglandinas
pode agravar a doença;
pacientes com alteração da função hepática, já que os AINEs podem causar uma ligeira e transitória
elevação dos níveis plasmáticos das transaminases ou de outros parâmetros da função hepática.
Idosos
Dolamin® deve ser administrado com cautela ou em dosagens reduzidas em idosos, já que a incidência de
reações indesejáveis a anti-inflamatórios não esteroidais aumenta com a idade.
Gravidez
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Estudos sobre a reprodução realizados com clonixinato de lisina em animais não evidenciaram a existência
de danos ao feto devidos à droga. Entretanto, não há estudos adequados e bem controlados sobre a segurança
do uso de clonixinato de lisina em mulheres grávidas. Como estudos em animais nem sempre reproduzem a
resposta em humanos, não se recomenda a administração de Dolamin® durante a gravidez.
Categoria B de risco na gravidez: Os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas também não há
estudos controlados em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram riscos, mas que não
foram confirmados em estudos controlados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
Interação medicamento-medicamento
Certos medicamentos podem interagir com Dolamin®, aumentando ou diminuindo os efeitos dos
medicamentos envolvidos, inclusive os adversos. Nestes casos, pode ser necessário alterar as doses de um ou
de outro ou mesmo modificar o tratamento.
Sais de lítio: pode haver aumento da concentração sérica de lítio. Considerar a modificação do tratamento.
Anti-hipertensivos: pode ocorrer diminuição do efeito anti-hipertensivo. Monitorar o tratamento.
Diuréticos (por ex., hidroclorotiazida, indapamida, clortalidona): pode haver diminuição do efeito dos
diuréticos sobre a pressão arterial. Monitorar o tratamento.
Anti-inflamatórios não esteroides: pode haver aumento da ocorrência de reações adversas com esses
agentes, principalmente as gastrintestinais. Evitar associação.
Corticosteroides (por ex., hidrocortisona, prednisona, prednisolona, dexametasona): pode haver aumento
da ocorrência de reações adversas com esses agentes, principalmente as gastrintestinais. Evitar
associação.
Anticoagulantes orais, ticlopidina, heparina e trombolíticos (por ex., estreptoquinase, alteplase,
tenectplase e reteplase): pode haver aumento do risco de sangramentos. Monitorar o tratamento.
Metotrexato: pode haver aumento da concentração sérica de metotrexato. Considerar a modificação do
tratamento.
Interação medicamento-substância
O uso concomitante de bebidas alcoólicas potencializa o risco de aparecimento de úlcera. A ingestão de
álcool deve ser evitada durante o tratamento.
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Cuidados de conservação
Dolamin® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C), em sua embalagem original.
Proteger da luz e da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido revestido branco, redondo, com a letra D gravada em ambas as faces. Livre de partículas
estranhas. Odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Em adultos e crianças maiores de 10 anos, as doses podem ser ajustadas de acordo com a intensidade da dor:
dor intensa - tomar dois comprimidos de oito em oito horas ou dois comprimidos juntos, inicialmente,
seguidos de um comprimido a cada seis horas;
dor moderada ou leve - um comprimido, podendo ser repetido a intervalos regulares de seis horas.
Os comprimidos devem ser tomados inteiros, sem mastigar e com líquidos.
A dose máxima diária é de seis comprimidos.
A duração do tratamento com Dolamin® depende do tipo de dor, da sua intensidade e da evolução da doença.
Se a dor persistir por mais de 10 dias ou aparecerem outros sintomas, a situação clínica deverá ser reavaliada.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): mal-estar, dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, sangramento
mínimo intestinal.
Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): gastrite, hematêmese.
Reações muito raras (< 1/10.000): vertigem; reações de hipersensibilidade, com erupção cutânea e
prurido; eczema; alterações sanguíneas, como: agranulocitose, anemia ou trombocitopenia;
broncoespasmo; dispneia; insônia; sensação de sufocação; tremor; faringite; febre; cansaço; falta de
apetite.
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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.