Bula do Dostinex para o Profissional

Bula do Dostinex produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Dostinex
Laboratorios Pfizer Ltda. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO DOSTINEX PARA O PROFISSIONAL

Dostinex®

Laboratórios Pfizer Ltda.

Comprimidos

0,5 mg

LLD_DOSCOM_04_VPS 1

09/mar/2015

DOSTINEX®

cabergolina

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Dostinex®

Nome genérico: cabergolina

APRESENTAÇÕES

Dostinex® 0,5 mg em embalagens contendo 2 ou 8 comprimidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de Dostinex® contém o equivalente a 0,5 mg de cabergolina.

Excipientes: leucina e lactose anidra.

LLD_DOSCOM_04_VPS 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Dostinex® (cabergolina) é indicado para o tratamento de distúrbios hiperprolactinêmicos, idiopáticos ou devido

a adenomas hipofisários.

Dostinex® é indicado para o tratamento de disfunções associadas à hiperprolactinemia, como amenorreia,

oligomenorreia, anovulação e galactorreia.

Dostinex® é indicado à pacientes com adenomas hipofisários secretores de prolactina (micro e

macroprolactinomas), hiperprolactinemia idiopática, ou síndrome da sela vazia com hiperprolactinemia

associada, que representam as patologias básicas que contribuem para as manifestações clínicas acima.

Dostinex® é também indicado em situações em que a inibição da lactação fisiológica imediatamente após o

parto e/ou a supressão da lactação já estabelecida são clinicamente mandatórias.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos Clínicos

A eficácia de Dostinex® na redução da prolactina foi demonstrada em mulheres com hiperprolactinemia em dois

estudos randomizados, duplo-cegos, comparativos, um com placebo e o outro com bromocriptina. No estudo

controlado por placebo (placebo, n=20; cabergolina, n=168), Dostinex® produziu uma redução relacionada com

a dose nos níveis séricos de prolactina, sendo a prolactina normalizada após 4 semanas de tratamento em 29%,

76%, 74% e 95% das pacientes que receberam 0,125, 0,5, 0,75 e 1 mg duas vezes por semana, respectivamente.

No período duplo-cego de 8 semanas do ensaio comparativo com bromocriptina (cabergolina, n=223;

bromocriptina, n=236, na análise de intenção-de-tratamento) a prolactina foi normalizada em 77% das pacientes

tratadas com Dostinex® 0,5 mg duas vezes por semana comparado com 59% daquelas tratadas com

bromocriptina 2,5 mg duas vezes ao dia. A restauração da menstruação ocorreu em 77% das mulheres tratadas

com Dostinex® comparado a 70% daquelas tratadas com bromocriptina. Entre as pacientes com galactorreia,

este sintoma desapareceu em 73% daquelas tratadas com Dostinex® comparado a 56% daquelas tratadas com

bromocriptina.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A cabergolina, substância ativa de Dostinex®, é um derivado dopaminérgico do ergot, que apresenta uma

potente e prolongada atividade redutora de prolactina (PRL). Ela atua por estimulação direta dos receptores

dopaminérgicos D2 da hipófise lactotrófica, inibindo assim a secreção de PRL. Em ratos, o composto diminui a

secreção de PRL em doses orais de 3 a 25 mcg/kg, e in vitro na concentração de 45 pg/mL. Além disso, a

cabergolina exerce um efeito dopaminérgico central, via estimulação de receptor D2, em doses orais mais altas

que as eficazes na redução dos níveis séricos de PRL.

O efeito redutor de PRL de longa duração de Dostinex® é provavelmente devido à sua longa persistência no

órgão alvo, conforme sugerido pela eliminação lenta da radioatividade total da hipófise após uma dose única oral

em ratos (t1/2 de aproximadamente 60 horas).

Os efeitos farmacodinâmicos da cabergolina foram estudados em voluntários saudáveis, mulheres puérperas e

pacientes hiperprolactinêmicos. Após administração oral única de cabergolina (0,3 a 1,5 mg), uma redução

significativa nos níveis séricos de PRL foi observada em cada uma das populações estudadas. O efeito é

imediato (dentro de 3 horas após a administração) e persistente (até 7 a 28 dias em voluntários saudáveis e

pacientes hiperprolactinêmicos, e até 14 a 21 dias em mulheres puérperas). O efeito redutor de PRL é

relacionado à dose quanto ao grau do efeito e à duração da ação.

Em relação aos efeitos endócrinos da cabergolina não relacionados ao efeito antiprolactinêmico, os dados

disponíveis em humanos confirmam os dados experimentais em animais, indicando que a substância possui uma

ação muito seletiva, sem nenhum efeito na secreção basal de outros hormônios hipofisários ou do cortisol. As

ações farmacodinâmicas da cabergolina não correlacionadas ao efeito terapêutico relacionam-se apenas à

redução da pressão sanguínea. O efeito hipotensivo máximo de uma dose única de cabergolina ocorre geralmente

durante as primeiras 6 horas após a ingestão do medicamento e é dose-dependente quanto à redução máxima e à

frequência.

Fibrose e valvulopatia

Um estudo de coorte multicêntrico, retrospectivo, utilizando dados de prontuários e sistemas eletrônicos de

dados no Reino Unido, Itália e Países Baixos, foi conduzido para avaliar a associação entre o novo uso de

agonistas da dopamina incluindo a cabergolina (n=27.812) para doença de Parkinson, hiperprolactinemia,

regurgitação valvular cardíaca (RVC), e outras fibroses e outros eventos cardiopulmonares até o máximo de 12

anos de acompanhamento. Na análise de pessoas confinadas sob tratamento de hiperprolactinemia com agonista

LLD_DOSCOM_04_VPS 3

09/mar/2015

de dopamina (n=8.386), quando comparado ao não-uso (n=15.147), as pessoas expostas a cabergolina não

apresentaram risco elevado de RVC (vide item 5. Advertências e Precauções e vide item 9. Reações Adversas).

Propriedades Farmacocinéticas

A farmacocinética e o perfil metabólico da cabergolina foram estudados em voluntários saudáveis de ambos os

sexos e em pacientes do sexo feminino hiperprolactinêmicas.

Após administração oral do composto marcado, a radioatividade foi rapidamente absorvida do trato

gastrintestinal, sendo que o pico de radioatividade no plasma ocorreu entre 0,5 e 4 horas. Dez dias após a

administração, cerca de 18% e 72% da dose radioativa foi recuperada na urina e nas fezes, respectivamente. Dois

a três por cento da dose foram excretadas na urina como fármaco inalterado. O principal metabólito identificado

na urina foi a 6-alil-8β-carboxi-ergolina, que representou 4-6% da dose. Outros três metabólitos também foram

identificados e, juntos, corresponderam a menos de 3% da dose. Os metabólitos são muito menos potentes que a

cabergolina na inibição da secreção de prolactina in vitro. A biotransformação da cabergolina também foi

estudada no plasma de homens saudáveis tratados com [14

C]-cabergolina: biotransformação rápida e extensa da

cabergolina foi encontrada.

A baixa excreção urinária da cabergolina inalterada foi confirmada também em estudos com o produto não

radioativo. A meia-vida de eliminação da cabergolina, estimada através das taxas de excreção urinária, é longa

(63 a 68 horas em voluntários saudáveis – usando radioimunoensaio, e 79 a 115 horas em pacientes

hiperprolactinêmicos – usando método HPLC).

Baseando-se na meia-vida de eliminação, as condições do estado de equilíbrio (steady state) devem ser

alcançadas após 4 semanas, como confirmado pela média dos picos dos níveis séricos de cabergolina, obtidos

após uma dose única (37 ± 8 pg/mL) e após regime de dose múltipla de 4 semanas (101 ± 43 pg/mL).

Experimentos in vitro mostraram que 41 a 42% do fármaco, em concentrações de 0,1 a 10 ng/mL, ligam-se a

proteínas plasmáticas.

A presença de alimentos parece não afetar a absorção e a distribuição da cabergolina.

Eficácia Clínica

Na terapia crônica, Dostinex® em doses variando de 1 a 2 mg por semana, foi eficaz na normalização dos níveis

séricos de prolactina em aproximadamente 84% dos pacientes hiperprolactinêmicos. Ciclos menstruais regulares

foram recuperados em 83% das mulheres anteriormente com amenorreia. A restauração da ovulação foi

documentada em 89% das mulheres através da monitoração dos níveis de progesterona durante a fase lútea. A

galactorreia desapareceu em 90% dos casos que apresentaram esse sintoma antes da terapia. A redução no

tamanho do tumor foi obtida em 50-90% dos pacientes, homens e mulheres, com micro ou macroprolactinoma.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Quase todos os achados observados ao longo das séries de estudos pré-clínicos de segurança são uma

consequência dos efeitos dopaminérgicos centrais ou da inibição de longa duração da prolactina em espécies

(roedores) com uma fisiologia hormonal específica, diferente do homem.

Estudos pré-clínicos de segurança com a cabergolina indicam uma larga margem de segurança para este

composto em roedores e macacos, assim como a ausência de potencial teratogênico, mutagênico ou

carcinogênico.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Dostinex® é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade à cabergolina, a qualquer outro

componente da fórmula ou a qualquer alcaloide do ergot.

Tratamento prolongado

Há risco de piora da condição de base em pacientes com evidências anatômicas de valvulopatia cardíaca de

qualquer válvula determinada pela presença de lesão valvular (por ex., folheto valvular, restrição de válvula,

estenose-restrição valvular mista) em ecocardiograma pré-tratamento (vide item 5. Advertências e Precauções).

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com histórico de valvulopatia cardíaca e

distúrbios fibróticos retroperitoneal, pulmonar e pericárdico (vide item 5. Advertências e Precauções).

Este medicamento é contraindicado para menores de 16 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Tratamento de distúrbios hiperprolactinêmicos

Recomenda-se uma avaliação completa da função hipofisária antes de se iniciar o tratamento com Dostinex®,

visto que a hiperprolactinemia com amenorreia/galactorreia e infertilidade pode estar associada com tumores

hipofisários.

LLD_DOSCOM_04_VPS 4

09/mar/2015

Dostinex® recupera a ovulação e a fertilidade nas mulheres com hipogonadismo hiperprolactinêmico. Uma vez

que a gravidez poderia ocorrer antes do reinício da menstruação, um teste de gravidez é recomendado, no

mínimo, a cada 4 semanas, durante o período amenorreico e, após o reinício da menstruação, cada vez que o

período menstrual estiver atrasado em mais de 3 dias. Mulheres que não desejam engravidar devem ser

aconselhadas a utilizar um método contraceptivo de barreira durante e após o tratamento com Dostinex® até o

retorno da anovulação. Como medida preventiva, as mulheres que engravidarem devem ser monitoradas para se

detectar sinais de aumento hipofisário, uma vez que, durante a gestação, pode ocorrer expansão de tumores

hipofisários preexistentes.

Inibição/supressão da lactação fisiológica

Assim como outros derivados do ergot, Dostinex® não deve ser utilizado em mulheres com hipertensão causada

pela gravidez, por exemplo, pré-eclâmpsia ou hipertensão pós-parto, a menos que os potenciais benefícios

justifiquem os possíveis riscos.

Não se deve exceder a dose única de 0,25 mg de Dostinex® em cada tomada em lactantes tratadas para

supressão da lactação estabelecida para se evitar potencial hipotensão postural (vide subitem “Hipotensão

Postural” a seguir e vide item 8. Posologia e Modo de Usar).

Fibrose/valvulopatia

Assim como outros derivados do ergot, foram relatados derrame pleural/fibrose pulmonar e valvulopatia após

administração em longo prazo de cabergolina. Alguns relatos ocorreram em pacientes tratados previamente com

agonistas dopamina-ergotínicos. Portanto, Dostinex® não deve ser usado em pacientes com histórico de, ou

sinais e/ou sintomas clínicos atuais de distúrbios cardíacos ou respiratórios associados a tecido fibrótico. A taxa

de sedimentação de eritrócitos mostrou-se aumentada anormalmente em associação com derrame pleural/fibrose.

Recomenda-se exame de radiografia torácica em casos de aumentos inexplicáveis na taxa de sedimentação de

eritrócitos. Avaliação da creatinina sérica pode ser útil no diagnostico de doença fibrótica. Foi relatado que a

descontinuação de Dostinex® resulta em melhora dos sinais e sintomas de derrame pleural/fibrose pulmonar ou

valvulopatia após seu diagnóstico (vide item 4. Contraindicações).

Tratamento prolongado

Antes de iniciar o tratamento prolongado:

Todos os pacientes devem ser submetidos à avaliação cardiovascular – incluindo ecocardiograma – a fim de

avaliar potenciais valvulopatias assintomáticas. Também é apropriado realizar investigações iniciais da taxa de

sedimentação de eritrócitos – ou outros indicadores inflamatórios – função pulmonar/radiografia torácica e

função renal antes de iniciar a terapia. Em pacientes com regurgitação valvular, não se sabe se o tratamento com

Dostinex® pode piorar a doença de base. Se doença valvular fibrótica for detectada, o paciente não deve ser

tratado com Dostinex® (vide item 4. Contraindicações).

Durante o tratamento prolongado:

Distúrbios fibróticos podem ter um início insidioso e os pacientes devem ser monitorados regularmente para

possíveis manifestações de fibrose progressiva. Portanto, durante o tratamento, deve-se estar atento para sinais e

sintomas de:

 Doença pleuro-pulmonar tais como dispneia, respiração curta, tosse persistente ou dor no peito.

 Insuficiência renal ou obstrução uretral/abdominal que podem ocorrer com dor lombar/costela e edema

nos membros inferiores; ou aparecimento de massa ou aumento da sensibilidade abdominal que pode

indicar fibrose retroperitoneal.

 Insuficiência cardíaca: fibrose valvular e pericardíaca podem se manifestar inicialmente como

insuficiência cardíaca. Portanto, em casos em que a insuficiência cardíaca for diagnosticada entre os

usuários de Dostinex®, fibrose valvular (e pericardite constritiva) deve ser investigada.

É essencial a monitorização clínica, por métodos de imagens se necessário, dos sinais e sintomas que possam

indicar distúrbios fibróticos. Após o início do tratamento, recomenda-se a realização de um ecocardiograma

dentro de 3-6 meses. Esse exame deverá ser repetido a cada 6-12 meses e se sinais e sintomas clínicos sugerirem

distúrbios fibróticos.

Dostinex® deve ser descontinuado se o ecocardiograma revelar manifestação nova ou piora de regurgitação

valvular, restrição valvular ou espessamento do folheto valvular (vide item 4. Contraindicações).

A necessidade de outras vigilâncias clínicas (por ex., exames físicos incluindo auscultação cardíaca, radiografia e

tomografia computadorizada) deve ser determinada individualmente.

Investigações adicionais apropriadas tais como taxa de sedimentação de eritrócitos e quantificação de creatinina

sérica devem ser realizadas apenas se necessário, para confirmar um diagnóstico de distúrbios fibróticos.

LLD_DOSCOM_04_VPS 5

Sonolência/Sono Súbito

A cabergolina foi associada à sonolência. Agonistas da dopamina podem ser associados com episódios de sono

súbito em pacientes com doença de Parkinson. Podem ser consideradas redução de dose ou descontinuação do

tratamento (vide item 5. Advertências e Precauções).

Insuficiência Hepática

Doses menores devem ser consideradas em pacientes com insuficiência hepática grave que recebem tratamento

prolongado com Dostinex®. Comparados a voluntários normais e àqueles com graus mais leves de insuficiência

hepática, um aumento da AUC (área sob a curva) foi observado em pacientes com insuficiência hepática grave

(Classe C de Child-Pugh) que receberam uma dose única de 1 mg.

Hipotensão Postural

Pode ocorrer hipotensão postural após a administração de cabergolina. Cuidados adicionais devem ser tomados

ao se administrar Dostinex® concomitantemente com outros fármacos que diminuem a pressão sanguínea.

Gerais

Assim como outros derivados do ergot, Dostinex® deve ser administrado com cautela a pacientes portadores de

doença cardiovascular grave, síndrome de Raynaud, úlcera péptica, hemorragia gastrintestinal ou com história de

distúrbio mental grave, particularmente distúrbio psicótico.

A insuficiência renal mostrou não modificar a cinética da cabergolina.

Psiquiátrico

Transtornos do controle de impulsos, como jogo patológico, aumento da libido e hipersexualidade foram

relatados em pacientes tratados com agonistas da dopamina incluindo Dostinex®. Estes relatos foram geralmente

reversíveis após redução da dose ou descontinuação do tratamento.

Uso em Crianças

A segurança e a eficácia de Dostinex® não foram estabelecidas em pacientes com menos de 16 anos de idade.

Uso durante a Gravidez

Estudos em animais não demonstraram efeito teratogênico ou efeito no desempenho reprodutivo global.

Entretanto, não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Dostinex® deve ser utilizado

durante a gravidez apenas se claramente necessário. Excluir a possibilidade de gravidez antes do início do

tratamento com Dostinex®. Considerar a suspensão de Dostinex® se ocorrer gravidez durante o tratamento, após

avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para a mãe e para o feto. Devido à meia-vida prolongada e dados

limitados de exposição em útero, recomenda-se que as mulheres que desejam engravidar descontinuem

Dostinex® um mês antes da concepção, para evitar possível exposição fetal ao fármaco, embora o uso de

cabergolina nas doses de 0,5 a 2 mg/semana em distúrbios hiperprolactinêmicos não tenha sido associado a risco

aumentado de aborto, partos prematuros, gravidez múltipla ou anormalidades congênitas (vide item 5.

Advertências e Precauções).

Dostinex® é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Uso durante a Lactação

Em ratas, a cabergolina e/ou seus metabólitos são excretados no leite. Como não há informações disponíveis

sobre a excreção no leite de humanos, as mães devem ser alertadas para não amamentarem no caso de falha da

inibição/supressão por Dostinex®. Não administrar Dostinex® às mães com distúrbios hiperprolactinêmicos que

desejam amamentar seus filhos, pois o uso do medicamento inibe a lactação.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

Pacientes tratados com cabergolina e que apresentam sonolência devem ser informados que não devem dirigir ou

praticar atividades onde a falta de atenção possa colocar esses pacientes ou outros em risco de ferimento grave

ou morte (por ex., operação de máquinas), a menos que os pacientes superem essas experiências de sonolência

(vide item 5. Advertências e Precauções).

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A administração concomitante de Dostinex® e outros fármacos hipotensores deve receber atenção especial, pois

pode ocorrer hipotensão postural após a administração de cabergolina.

Não estão disponíveis informações sobre interação entre cabergolina e outros alcaloides do ergot; portanto, o uso

concomitante desses medicamentos durante tratamentos prolongados com Dostinex® não é recomendado.

Uma vez que a cabergolina exerce seu efeito terapêutico por estimulação direta dos receptores dopaminérgicos,

esse fármaco não deve ser administrado concomitantemente com medicamentos que tenham atividade

antagonista de dopamina (como as fenotiazinas, butirofenonas, tioxantinas, metoclopramida), pois esses podem

diminuir o efeito redutor de prolactina da cabergolina.

Por analogia a outros derivados do ergot, Dostinex® não deve ser utilizado em associação a antibióticos

macrolídeos (por exemplo, eritromicina), pois esses podem aumentar a biodisponibilidade sistêmica da

cabergolina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Dostinex® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 25°C), protegido da luz e umidade e pode

ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas: comprimido branco, achatado, oblongo, gravado com “PU” e dividido

por uma ranhura de um lado; gravado com “700” e uma leve ranhura acima e abaixo do “0” central do lado

oposto.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Gerais

Dostinex® deve ser administrado por via oral. Uma vez que a tolerabilidade dos agentes dopaminérgicos é

aumentada quando administrados com alimentos, recomenda-se que Dostinex® seja administrado às refeições.

Em pacientes com conhecida intolerância aos medicamentos dopaminérgicos, os eventos adversos podem ser

minimizados pelo início da terapia com Dostinex® em doses reduzidas (por exemplo: 0,25 mg uma vez por

semana), com subsequente aumento gradual, até que a dose terapêutica seja alcançada. No caso de eventos

adversos graves ou persistentes, a redução temporária da dose seguida por um aumento mais gradual (por

exemplo: incrementos de 0,25 mg por semana quinzenalmente) pode resultar em melhor tolerabilidade.

Tratamento de Distúrbios Hiperprolactinêmicos

A dose inicial recomendada de Dostinex® é 0,5 mg por semana, administrado em uma ou duas (metade de um

comprimido de 0,5 mg) doses por semana (por ex., na segunda-feira e quinta-feira). A dose semanal deve ser

aumentada gradualmente, preferencialmente adicionando-se 0,5 mg por semana em intervalos mensais, até que a

resposta terapêutica ótima seja alcançada. A dose terapêutica é normalmente 1 mg por semana mas pode variar

de 0,25 mg a 2 mg por semana. Doses de Dostinex® de até 4,5 mg por semana têm sido usadas em pacientes

hiperprolactinêmicos (vide item 5. Advertências e Precauções).

A dose semanal pode ser administrada em dose única ou dividida em duas ou mais doses por semana, de acordo

com a tolerabilidade do paciente.

Recomenda-se a divisão da dose semanal em administrações múltiplas quando doses mais altas do que 1 mg por

semana forem administradas.

Os pacientes devem ser avaliados durante o aumento da dose para a determinação da menor dose capaz de

produzir resposta terapêutica. A monitoração dos níveis séricos de prolactina em intervalos mensais é

aconselhável uma vez que, quando se atinge o regime de dose terapêutica efetiva, a normalização da prolactina

sérica é geralmente observada dentro de duas a quatro semanas.

Após a suspensão de Dostinex®, geralmente se observa a recorrência de hiperprolactinemia. No entanto, a

supressão persistente dos níveis de prolactina foi observada por vários meses em algumas pacientes. Na maioria

das mulheres, os ciclos ovulatórios persistem por, no mínimo, 6 meses após a descontinuação do medicamento.

Inibição/Supressão da Lactação Fisiológica

Inibição da lactação: a dose recomendada de Dostinex® é 1 mg (dois comprimidos de 0,5 mg) administrado em

dose única no primeiro dia pós-parto.

LLD_DOSCOM_04_VPS 7

09/mar/2015

Supressão da lactação já estabelecida: a dose recomendada é de 0,25 mg (metade de um comprimido de 0,5 mg)

a cada 12 horas por 2 dias (dose total de 1 mg) (vide item 5. Advertências e Precauções).

Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática Grave

Doses mais baixas de Dostinex® devem ser consideradas em pacientes com insuficiência hepática grave (vide

item 5. Advertências e Precauções).

Uso em Crianças

A segurança e a eficácia de Dostinex® não foram estabelecidas em pacientes com idade inferior a 16 anos.

Uso em Idosos

Dostinex® não foi formalmente estudado em pacientes idosos com distúrbios hiperprolactinêmicos.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Distúrbios Hiperprolactinêmicos

Os dados obtidos em um estudo clínico controlado de 6 meses de tratamento, com doses variando entre 1 e 2 mg

por semana, em duas administrações semanais, indicam uma incidência de eventos adversos de 68% durante a

terapia com Dostinex®. Os eventos adversos foram geralmente de grau leve a moderado quanto à gravidade,

surgindo principalmente durante as primeiras duas semanas de terapia e, na maioria dos casos, desaparecendo

durante a manutenção da terapia.

Foram relatados eventos adversos graves, no mínimo uma vez durante a terapia, por 14% dos pacientes. A

terapia foi descontinuada devido aos eventos adversos em aproximadamente 3% dos pacientes. A remissão das

reações adversas ocorre normalmente poucos dias após a suspensão da medicação.

Os eventos adversos mais comuns relatados em ordem decrescente de frequência foram: náusea, cefaleia,

tontura/vertigem, dor abdominal/dispepsia/gastrite, astenia/fadiga, constipação, vômitos, dor no peito, rubores,

depressão e parestesia.

Inibição/supressão da lactação

Cerca de 14% das mulheres tratadas nos estudos clínicos com dose única de 1 mg de cabergolina para inibição

da lactação fisiológica relataram pelo menos um evento adverso. Os eventos adversos relatados foram

transitórios e de grau leve a moderado quanto à gravidade. Os eventos adversos mais frequentes foram

tontura/vertigem, dor de cabeça, náusea e dor abdominal. Palpitações, dor epigástrica, sonolência (vide item 5.

Advertências e Precauções), epistaxe e hemianopsia transitória também foram relatadas.

Pode ocorrer hipotensão assintomática (redução da pressão arterial ≥ 20 mmHg sistólica e ≥ 10 mmHg

diastólica) durante os primeiros 3-4 dias pós-parto.

Eventos adversos foram observados em aproximadamente 14% das mulheres nutrizes tratadas com 0,25 mg de

Dostinex® a cada 12 horas por 2 dias para supressão da lactação. A maioria dos eventos adversos foi transitória

e de grau leve a moderado quanto à gravidade. Os eventos adversos mais frequentes foram: tontura/vertigem, dor

de cabeça, náusea, sonolência (vide item 5. Advertências e Precauções) e dor abdominal. Vômitos, síncope,

astenia e rubores também foram relatados.

Gerais

Os eventos adversos são geralmente relacionados à dose (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).

Dostinex® geralmente exerce um efeito hipotensivo em pacientes sob tratamento crônico; entretanto, hipotensão

postural (vide item 5. Advertências e Precauções) ou desmaios foram relatados raramente.

Sendo um derivado do ergot, a cabergolina também pode ter ação como vasoconstritor. Vasoespasmo digital e

cãibras nas pernas foram relatados.

Alterações em testes laboratoriais padrões são incomuns durante a terapia de longo prazo com cabergolina; uma

diminuição nos valores de hemoglobina foi observada em mulheres com amenorreia durante os primeiros meses

após o retorno da menstruação.

Experiência Pós-comercialização

Os seguintes eventos foram relatados em associação com cabergolina: agressividade, alopecia, aumento da

creatinina fosfoquinase sanguínea, delírios, dispneia, edema, fibrose, função hepática anormal, reação de

hipersensibilidade, transtornos do controle de impulsos, como hipersexualidade, aumento da libido e jogo

patológico, testes de função hepática anormais, transtorno psicótico, rash, doenças respiratórias, insuficiência

respiratória e valvulopatia (vide item 4. Contraindicações e item 5. Advertências e Precauções).

LLD_DOSCOM_04_VPS 8

09/mar/2015

A prevalência de regurgitação valvular assintomática é significativamente maior do que aquela com agonistas

dopaminérgicos não-ergot (vide item 4. Contraindicações e item 5. Advertências e Precauções).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.