Bula do Dramin produzido pelo laboratorio Takeda Pharma Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DRAMIN ®
BULA DO PROFISSIONAL DA SAÚDE
Takeda Pharma Ltda.
100 mg/comprimido - comprimido simples (dimenidrinato)
2,5 mg/ml - solução oral (dimenidrinato)
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
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APRESENTAÇÕES
Comprimido de 100 mg. Embalagens com 20 ou 400 unidades.
Solução oral de 2,5 mg/ml. Frasco de 120 ml.
USO ORAL
USO ADULTO – DRAMIN®
comprimido
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS – DRAMIN®
solução oral
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de DRAMIN®
contém 100 mg de dimenidrinato.
Excipientes: estearato de magnésio, amido, croscarmelose sódica, lactose.
Cada ml da solução oral de DRAMIN®
contém 2,5 mg de dimenidrinato.
Excipientes: sacarose, glicerol, metilparabeno, corante vermelho, aroma de morango e água purificada.
Profilaxia e tratamento de náuseas e vômitos em geral, dentre os quais:
- Náuseas e vômitos da gravidez.
- Náuseas, vômitos e tonturas causados pela doença do movimento – cinetose.
- Náuseas e vômitos pós-tratamentos radioterápicos e em pré e pós-operatórios, incluindo vômitos pós-cirurgias
do trato gastrintestinal.
No controle profilático e na terapêutica da crise aguda dos transtornos da função vestibular e ou vertiginosos, de origem
central ou periférica, incluindo labirintites.
A eficácia clínica e a segurança do dimenidrinato estão estabelecidas há várias décadas1
e seu uso está comprovado por
vários estudos clínicos. O dimenidrinato é considerado medicamento de referência na prevenção da cinetose e no
controle da vertigem.2
O dimenidrinato é eficaz na prevenção e tratamento das náuseas, vômitos e tontura associados à
cinetose3,4
e como medicação sintomática nas náuseas e vômitos da gravidez.12
Seus efeitos centrais permitem que o
medicamento seja usado efetivamente no tratamento da Doença de Méniére e em outros tipos de vertigem. O
dimenidrinato tem sido usado com sucesso nos distúrbios pós-tratamentos radioterápicos intensivos, pós-cirurgias do
labirinto e nos estados vertiginosos de origem central.13
A eficácia do dimenidrinato foi comprovada em modelo experimental de indução da cinetose em humanos [rotação em 4
fases (60 a 75 segundos por fase) em um total de 8 minutos]. Dose única de 50 mg oral administrada 20 a 30 minutos
antes da indução da cinetose, foi mais efetiva que o placebo na prevenção dos sintomas.3
Outro estudo utilizando
metodologia experimental semelhante 5
comprovou que a eficácia do dimenidrinato na prevenção da cinetose foi similar
à da ciclizina. Estudos comparativos com escopolamina transdérmica mostraram eficácia similar na prevenção da
cinetose, mas com um melhor perfil de tolerabilidade.6-8
Seus efeitos centrais permitem que o medicamento seja usado
efetivamente no tratamento da vertigem de origem vestibular ou não-vestibular. Um estudo comparativo mostrou
redução significante dos sintomas iniciais de vertigem de qualquer origem, com 87% de eficácia (ausência e/ou melhora
significativa dos sintomas).9
Dimenidrinato 50 mg a cada 6 horas foi considerado efetivo em abolir a crise aguda de
vertigem na doença de Ménière.10,11
Estudos têm demonstrado que dimenidrinato é efetivo na redução das náuseas e vômitos do pós-operatório em mais de
85% dos pacientes. Os resultados de uma metanálise de 18 estudos randomizados, controlados envolvendo mais de
3.000 pacientes, sendo 1387 casos tratados com dimenidrinato, mostrou que o índice de benefícios relativos combinados
para estar completamente livre de náuseas e vômitos pós-operatórios foi de 1,2 (IC 95%: 1,1 – 1,4) para o período
inicial (6 horas) e de 1,5 (IC 95%: 1,3 – 1,8) para todo o período investigado (48 horas), concluindo que o
dimenidrinato é um antiemético tradicional e de baixo custo com uma eficácia clinicamente relevante na profilaxia das
náuseas e vômitos pós-operatórios.14
Em relação à eficácia, dimenidrinato é mais eficaz que placebo e comparável à
metoclopramida. No pós-operatório de crianças, dimenidrinato foi considerado tão eficaz quanto ondansetrona na
redução de náuseas e vômitos, não tendo sido observada diferença estatisticamente significante entre os grupos na
incidência de qualquer náusea (p=0,434) ou de eventos adversos (p=0,220).15
Referências bibliográficas:
1. Gay LN, Carliner PE. The prevention and treatment of motion sickness; seasickness. Bull Johns Hopkins Hosp
1949;84(5):470-90. 2. Ferreira MBC. Antagonistas H1. In: Escola Nacional de Saúde Pública. Núcleo de Assistência
Farmacêutica. Fundamentos farmacológicos-clínicos dos medicamentos de uso corrente 2000. Rio de janeiro: ENSP, 2002.
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
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[http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/index.htm]. 3. von Lieven T. Origin of symptoms and therapy of motion sickness.
Experimentally induced motion sickness and the effect of dimenhydrinate (Novomina). Munchen Med Wschr 1970; 112:1953-
9. 4. Seibel K et al. A randomised, placebo-controlled study comparing two formulations of dimenhydrinate with respect
to efficacy in motion sickness and sedation. Arzneimittelforschung. 2002;52(7):529-36. 5. Weinstein SE, Stern RM.
Comparison of marezine and dramamine in preventing symptoms of motion sickness. Aviat Space Environ Med
1997;68(10):890-4. 6. Price NM et al. Transdermal scopolamine in the prevention of motion sickness at sea. Clin
Pharmacol Ther 1981;29(3):414-9. 7. Pyykko I et al. Transdermally administered scopolamine vs. dimenhydrinate. I.
Effect on nausea and vertigo in experimentally induced motion sickness. Acta Otolaryngol 1985;99(5-6):588-96. 8. Noy
S et al. Transdermal therapeutic system scopolamine (TTSS), dimenhydrinate, and placebo--a comparative study at sea.
Aviat Space Environ Med 1984;55(11):1051-4. 9. Wolschner U et al. Treating vertigo – homeopathic combination
remedy therapeutically equivalent to dimenhydrinate. Biologische Medizin 2001 ;30(4) :184-90. 10. Clairmont AA et al.
Dizziness: a logical approach to diagnosis and treatment. Postgrad Med 1974; 56:139-44. 11. Richards SH. Ménière’s Disease.
Practitioner 1971; 207:759. 12. Leathem AM. Safety and efficacy of antiemetics used to treat nausea and vomiting in
pregnancy. Clin Pharm 1986;5:660-8. 13. Grote J, Brinkoff H. Experiences with dimenhydrinate (Vomex A Retard) in cases of
intolerance to cytostatic drugs. Ther Gegenw 1977; 116:1361-4. 14. Kranke P et al. Dimenhydrinate for prophylaxis of
postoperative nausea and vomiting: a meta-analysis of randomized controlled trials. Acta Anaesthesiol Scand 2002;46(3):238-
44. 15. Caron E et al. Ondansentron for the prevention and treatment of nausea and vomiting following pediatric strabismus
surgery. Can J Ophthalmol 2003; 38(3):214-22].
Propriedades farmacodinâmicas
O dimenidrinato é o sal cloroteofilinado do anti-histamínico difenidramina. Embora o mecanismo de sua ação como
antiemético, anticinetótico e antivertiginoso não seja conhecido com precisão, foi demonstrada inibição da estimulação
vestibular, agindo primeiro nos otolitos e, em grandes doses, nos canais semicirculares. O dimenidrinato inibe a
acetilcolina nos sistemas vestibular e reticular, responsáveis por náusea e vômito na doença do movimento. Uma ação
sobre a zona de gatilho quimiorreceptora parece estar envolvida no efeito antiemético, admitindo-se, ainda, que atue no
centro do vômito, núcleo do trato solitário e sistema vestibular. Há tolerância ao efeito depressivo no sistema nervoso
central, geralmente ocorrendo após alguns dias de tratamento.
Propriedades farmacocinéticas
O dimenidrinato é bem absorvido após a administração oral e o início de sua ação ocorre 15 a 30 minutos após sua
administração oral. A duração da ação persiste por 4 a 6 horas. Não há dados sobre a distribuição de dimenidrinato nos
tecidos, uma vez que ele é extensivamente metabolizado no fígado; não há dados sobre possíveis metabólitos. A
eliminação do dimenidrinato, assim como outros antagonistas H1, é mais rápida em crianças do que em adultos e mais
lenta nos casos de insuficiência hepática grave. É excretado no leite materno em concentrações mensuráveis, mas não
existem dados sobre seus efeitos em lactentes.
Hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula.
O dimenidrinato é contraindicado para pacientes porfíricos.
Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos.
Como o produto pode causar sonolência, recomenda-se cuidado no manejo de automóveis e máquinas.
Recomenda-se não utilizar o produto quando da ingestão de álcool, sedativos e tranqüilizantes, pois o dimenidrinato
pode potencializar os efeitos neurológicos dessas substâncias.
Pertencendo ao grupo dos anti-histamínicos, o dimenidrinato pode ocasionar, tanto em adultos como em crianças, uma
diminuição na acuidade mental e, particularmente em crianças pequenas, excitação.
Cuidados devem ser observados em pacientes asmáticos, com glaucoma, enfisema, doença pulmonar crônica, dispnéia e
retenção urinária (condições que podem ser agravadas pela atividade anticolinérgica).
O dimenidrinato pode mascarar os sintomas de ototoxicidade secundária ao uso de drogas ototóxicas. Pode ainda
exacerbar desordens convulsivas.
Gravidez e lactação: o dimenidrinato é considerado seguro para uso durante a lactação. Assim como outros antagonistas
H1, o dimenidrinato é excretado no leite materno em quantidades mensuráveis. Entretanto, não há dados avaliando os
efeitos do fármaco em lactentes de mães em uso da medicação. Em geral, os anti-histamínicos são relativamente seguros
para administração no período de lactação, no entanto é o médico quem deve avaliar a necessidade do seu uso, da
suspensão do uso da medicação ou da interrupção da amamentação. (Catz CS, Giacoia GP; Drug and breast milk.
Pediatr Clin North Am 1972;19(1):151-166; Beeley L: Drugs and breast feeding. Clin obstet Gynecol 1981; 8:291-5).
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Categoria B de Risco na Gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Pacientes idosos: não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso do produto por pacientes idosos. Portanto,
eles devem utilizar dose semelhante à dose dos adultos acima de 12 anos.
Pacientes com insuficiência renal: não é necessária redução da dose na disfunção renal, uma vez que pouco ou nenhum
fármaco é excretado inalterado pela urina.
Pacientes com insuficiência hepática: deve ser considerada redução da dose em pacientes com insuficiência hepática
Pode ocorrer potencialização dos depressores do sistema nervoso central, como os tranquilizantes, antidepressivos,
sedativos. Evitar o uso concomitante com inibidores da monoaminoxidase. Evitar o uso com medicamentos ototóxicos,
pois pode mascarar os sintomas de ototoxicidade.
O dimenidrinato pode causar uma elevação falso-positiva nos níveis de teofilina, quando a teofilina é medida através de
alguns métodos de radioimunoensaio.
Ingestão concomitante com outras substâncias: evitar o uso do produto concomitantemente a bebidas alcoólicas, pois o
dimenidrinato pode potencializar os efeitos neurológicos do álcool. Não há restrições quanto ao uso do produto com
alimentos.
Conservar o produto à temperatura ambiente (15°C a 30°C).
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A cápsula gelatinosa mole de DRAMIN®
CAPSGEL é vermelha e oval.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
DRAMIN®
CAPSGEL pode ser administrado imediatamente antes ou durante as refeições e deve ser deglutido com
quantidade de água suficiente.
Em caso de viagem, DRAMIN®
CAPSGEL deve ser utilizado de maneira preventiva, com pelo menos meia hora de
antecedência.
Posologia:
Faixa etária Posologia e frequência
Crianças* de 6 a 12 anos
1 cápsula de 50 mg a cada 6 a 8 horas, não excedendo 150 mg (3 cápsulas) de
dimenidrinato em 24 horas.
Adultos acima de 12 anos
1 a 2 cápsulas de 50 mg a cada 4 a 6 horas, não excedendo 400 mg (8 cápsulas) de
* dose baseada em cálculo aproximado de 1,25 mg de dimenidrinato/ kg de peso corporal
Na insuficiência hepática: deve ser considerada redução da dose em pacientes com insuficiência hepática aguda, uma
vez que o dimenidrinato é intensamente metabolizado pelo fígado.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Este medicamento pode causar as seguintes reações adversas:
Reação muito comum (> 1/10): sedação e sonolência.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): cefaléia.
Reação muito rara (< 1/10.000): relatos isolados de erupção cutânea fixa e púrpura anafilática
O dimenidrinato pertence à classe de anti-histamínicos que também pode causar efeitos anti-muscarínicos, como por
exemplo, visão turva, boca seca e retenção urinária. Outras reações adversas que podem ser causadas por esta classe de
medicamentos são: tontura, insônia e irritabilidade. Porém, especificamente para o dimenidrinato, a documentação de
tais sintomas na literatura científica é pobre ou inexistente.
Atenção: DRAMIN®
CAPSGEL é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas
tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos
adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
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Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Em casos da ingestão de uma dose excessiva da medicação (superdose), podem ocorrer os seguintes sintomas:
sonolência intensa, taquicardia ou disritmia, dispnéia e espessamento da secreção brônquica, confusão, alucinações,
convulsões, podendo chegar à depressão respiratória e coma.
Não se conhece um antídoto específico. Devem ser adotadas as medidas habituais de controle das funções vitais e
tratamento sintomático de suporte: administração de oxigênio e de fluidos intravenosos; lavagem gástrica; redução da
absorção (carvão ativado – 30g/240 ml de água); indução do vômito (cautela para evitar aspiração); controlar a pressão
arterial (vasopressores - dopamina ou noradrenalina; não usar adrenalina); nas convulsões usar um benzodiazepínico IV.
Na depressão respiratória e coma, podem ser necessários procedimentos de ressuscitação (não utilizar
estimulantes/analépticos, pois podem causar convulsões).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.