Bula do Duphaston para o Profissional

Bula do Duphaston produzido pelo laboratorio Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Duphaston
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO DUPHASTON PARA O PROFISSIONAL

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MODELO DE BULA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Duphaston®

didrogesterona

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

DUPHASTON

®

(didrogesterona) 10 mg é apresentado em cartuchos com 14 e 28 comprimidos

revestidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de DUPHASTON

(didrogesterona) contém:

didrogesterona ................................................................................................................. 10,0 mg

Excipientes: lactose monoidratada, hipromelose, amido, dióxido de silício, estearato de

magnésio, macrogol 400 e dióxido de titânio.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

DUPHASTON

®

(didrogesterona) é destinado ao tratamento da:

Deficiência de Progesterona

Tratamento de deficiências de progesterona, tais como: tratamento da dismenorreia;

tratamento da endometriose; tratamento da amenorreia secundária; tratamento de ciclos

irregulares; tratamento do sangramento uterino disfuncional, tratamento da síndrome pré-

menstrual; tratamento de aborto habitual ou ameaça de aborto; tratamento de infertilidade

devido à insuficiência lútea.

Terapia Hormonal

Para contrabalançar os efeitos do estrogênio isolado sobre o endométrio durante a Terapia de

Reposição Hormonal (TRH) em mulheres com distúrbios devido à menopausa naturalmente ou

cirurgicamente induzida com útero intacto.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Terapia Hormonal

Os estudos avaliando a eficácia de didrogesterona para a proteção endometrial na terapia

hormonal mostraram eficácia que variou de 90 a 99,7 %. (Ref. 1 e 2)

Tratamento da Dismenorreia

Usando-se o esquema posológico recomendado, conseguiu-se de 72 a 92 % de eficácia com o

uso de DUPHASTON

®

(didrogesterona) em mulheres com dismenorreia moderada e severa

após 3º ciclo de uso. (Ref. 3 e 4)

Tratamento da Endometriose

Mulheres com diagnóstico de endometriose (leve a severa) que usaram DUPHASTON

(didrogesterona) com a posologia recomendada apresentaram melhora dos sintomas e das

lesões, em 75 % a 90 % dos casos. (Ref. 5 e 6)

Tratamento da Amenorreia Secundária

O índice global de sucesso com o uso de DUPHASTON

(didrogesterona) para o tratamento

da amenorreia secundária em estudos controlados variou entre 73 e 93 %. (Ref. 7, 8 e 9)

Tratamento de Ciclos Irregulares

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Cerca de 92% das mulheres que apresentavam ciclos menstruais irregulares e que fizeram uso

da didrogesterona com o intuito de regularizar os ciclos, obtiveram sucesso. (Ref. 10)

Tratamento da Síndrome Pré-menstrual

Resultados de estudos controlados por placebo mostraram que 51 a 72 % das mulheres que

apresentavam sintomas de síndrome pré-menstrual e que usaram DUPHASTON

(didrogesterona) apresentaram melhora importante nos sintomas. (Ref. 11 e 12)

Tratamento do aborto habitual e ameaça de aborto na deficiência de progesterona

O uso de DUPHASTON

(didrogesterona) para os casos de aborto habitual e ameaça de

aborto mostra uma redução significativa de 27 e 30 %, respectivamente, na taxa de aborto.

(Ref. 13)

Tratamento da Infertilidade devido a Insuficiência Luteínica

Mulheres com diagnóstico comprovado de deficiência luteínica que usaram DUPHASTON

(didrogesterona) apresentaram sucesso no tratamento em 68,7 % dos casos. As taxas de

gravidez em mulheres com este diagnóstico variaram entre 29,6 %, 31,0 % e 50,0 %. (Ref. 14,

15, 16 e 17)

Tratamento do sangramento uterino disfuncional

Uso de DUPHASTON

(didrogesterona) 10mg duas vezes ao dia do 16

o

ao 25

dia do ciclo

reduziu o a média de intervalo de 40 para 28 dias e a duração do sangramento menstrual de 6

a 5 dias. (Ref.18)

Referências bibliográficas

1. BERGERON, C; FOX, H. Low incidence of endometrial hyperplasia with acceptable

bleeding patterns in women taking sequential hormone replacement therapy with

dydrogesterone. Gynecol Endocrinol, v. 14, p. 275-281, 2000.

2. FERENCZY, A.; GELFAND, M. M.; VAN DE WEIJER, H. M.; RIOUX, J. E. Endometrial

safety and bleeding patterns during a 2-year study of 1 or 2 mg 17 beta-estradiol

combined with sequential 5-20 mg dydrogesterone. Climateric, v. 5, p. 26-35, 2002.

3. OHLENROTH, G.; HATZMANN, W. Die therapie der juvenilen dysmenorrhö mit 6-

dehydro-retro-progesteron (The treatment of juvenile dysmenorrhoea with 6-dehydro-

retro-progesterone). Med Welt 33/17, p. 645-646, 1982.

4. HOULNE, P.; PAUCHET, H. Double-bind clinical study relating to the use of

dydrogesterone in severe dysmenorrhoea. Gynecologie, v. 31, p. 81-85, 1980.

5. KAISER, E.; WAGNER, TH. A. Die behandlung der endometriose mit dydrogesteron

(Treatment of endometriosis with dydrogesterone). TW Gynäkologie, v. 2, p. 386-388,

1989.

6. JOHNSTON, W. I. H. Dydrogesterone and endometriosis. British Journal of Obstetrics

and Gynaecology, v. 83, p. 77-80, 1976.

7. BATTINO, S.; BEN-AMI, M.;GESLEVICH, Y.; WEINER, E.; SHALEV, E. Factors

associated with withdrawal bleeding after administration of oral dydrogesterone or

medroxyprogesterone acetate in women with secondary amenorrhea. Gynecol Obstet

Invest, v. 42, p. 113-116, 1996.

8. NAKAMURA, S.; DOUCHI, T.; OKI, T.; IJUIN, H.; YAMAMOTO, S.; NAGATA, Y.

Relationship between sonographic endometrial thickness and progestin-induced

withdrawal bleeding. Obstetrics & Gynecology, v. 87, n. 5, part I, p. 722-725, 1996.

9. SIMON, J. A. Progestogens in the treatment of secondary amenorrhea. The Journal of

Reproductive Medicine, v. 44, n. 2, p. 185-189, 1999.

10. SALDANHA, E. F.; TANK, D. K.; CHAINANI, M. S. Dydrogesterone in the management

of dysfunctional uterine bleeding. International Journal of Gynecology & Obstetrics India,

v. I, n. 2, p. 36-39, 1997.

11. KERR, G. D.; DAY, J. B.; MUNDAY, M. R.; BRUSH, M. G.; WATSON, M.; TAYLOR, R.

W. Dydrogesterone in the treatment of the premenstrual syndrome. The Practitioner, v.

224, p. 852-855, 1980.

DUPHASTON_bula_profissional 3

12. HOFFMANN, V.; PEDERSEN, P. A.; PHILIP, J.; FLY, P.; PEDERSEN, C. The effect of

dydrogesterone on premenstrual symptoms. A double-bind, randomized, placebo-

controlled study in general practice. Scand J Prim Health Care, v. 6, p-179-183, 1988.

13. EL-ZIBDEH, M. Y. Randomized clinical trial comparing the efficacy of dydrogesterone,

human chorionic gonadotropin (hCG) or no treatment in the reduction of spontaneous

abortion. Gynecol Endocrinol, v. 15(S5), p. 44, 2001.

14. KUPFERMINC, M. J.; LESSING, J. B.; AMIT, A.; YOVEL, I.; DAVID, M. P. ; PEYSER, M.

R. A prospective randomized trial of human chorionic gonadotrophin or dydrogesterone

support following in-vitro fertilization and embryo transfer. Human Reproduction, v. 5, n.

3, p. 271-273, 1990.

15. KARAMARDINA, L. M.; GRIMES, D. A. Luteal phase deficiency: effect of treatment on

pregnancy rates. Am J Obstet Gynecol, v. 167, no. 5, p. 1391-1398, 1992.

16. BALASCH, J.; VANRELL, J. A.; MÁRQUEZ, M.; BURZACO, I.; GONZÁLEZ-MERLO, J.

Dehydrogesterone versus vaginal progesterona in the treatment of the endometrial luteal

phase deficiency. Fertility and Sterility, v. 37, n. 6, p. 751-754, 1982.

17. VANRELL, J. A.; BALASCH, J. Insuficiencia luteínica: II. Tratamiento. Revista Española

de Obstetrícia y Ginecologia, v. 39, p. 799-804, 1980.

18. TABASTE, JL, SERVAUD M, STEINER E, DABIR P, BENE B, POUZET M. Action de la

dydrogestérone dans les troubles des règles post-pubertaires. Rev Fr Gynecol Obstet

1984; 79:19-25.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A didrogesterona é um progestagênio ativo por via oral que produz um endométrio

completamente secretório em um útero sensibilizado por estrogênio, e assim, oferecendo

proteção contra o aumento do risco de hiperplasia endometrial e/ou carcinogênese induzido

pelo estrogênio.

DUPHASTON

®

(didrogesterona) é indicado em todos os casos de deficiência de progesterona

endógena. A didrogesterona não tem atividade estrogênica, androgênica, termogênica,

anabólica ou corticoide.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção: após administração oral, a didrogesterona é rapidamente absorvida com um Tmáx

entre 0,5 e 2,5 horas. A biodisponibilidade absoluta da didrogesterona (oral em dose de 20 mg

x 7,8 mg de infusão intravenosa) é de 28%.

A tabela a seguir fornece os parâmetros farmacocinéticos da didrogesterona (D) e 20-α-

diidrodidrogesterona (DHD) após a administração unitária da dose de 10 mg de

didrogesterona:

D DHD

Cmax (ng/mL) 2,1 53,0

ASCinf (ng.h/mL) 7,7 322,0

Distribuição: após a administração intravenosa de didrogesterona o volume de distribuição no

estado estacionário é de aproximadamente 1400L. A didrogesterona e DHD estão mais que

90% ligadas às proteínas plasmáticas.

Metabolismo: Após a administração oral, a didrogesterona é rapidamente metabolizada para

DHD. Os níveis de pico do principal metabólito ativo 20-α-diidrodidrogesterona (DHD) está

cerca de 1,5 h após a dose. Os níveis plasmáticos de DHD são substancialmente maiores

quando comparados com a droga precursora. As razões de ASC (área sob a curva) e Cmáx de

DHD para didrogesterona estão na ordem de 40 e 25, respectivamente. A média das meias-

vida terminal da didrogesterona e DHD varia entre 5 a 7 horas e de 14 a 17 horas,

respectivamente.

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Uma característica comum de todos os metabólitos identificados é a conservação da

configuração 4,6 dieno-3-ona da droga percusora e a ausência da 17-α-hidroxilação. Isto

explica a ausência de efeitos estrogênicos e androgênicos da didrogesterona.

Eliminação: após a administração oral de didrogesterona, em média 63% da dose é excretada

pela urina. A depuração plasmática total é de 6,4 L/min, sendo a excreção completada dentro

de 72 horas. A DHD está presente na urina principalmente como um ácido glicurônico

conjugado.

Dependência de dose e tempo: doses farmacocinéticas simples ou múltiplas são lineares em

uma dose oral entre 2,5 e 10 mg. A comparação da cinética da dose simples e de múltiplas

doses mostrou que a farmacocinética da didrogesterona e da DHD não são alteradas como um

resultado de doses repetidas. O estado estacionário foi alcançado após 3 dias de tratamento.

4. CONTRAINDICAÇÕES

 Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes;

 Neoplasia diagnosticada ou suspeita dependente de progestagênio;

 Sangramento vaginal não diagnosticado;

 Contraindicado quando em uso de formulação contendo estrogênios em combinação

com didrogesterona.

Este medicamento é contraindicado para uso por homens.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Advertências e precauções especiais para uso

Antes de iniciar o tratamento com DUPHASTON

®

(didrogesterona) para sangramento anormal,

a etiologia do sangramento deve ser esclarecida. Hemorragias e sangramentos de escape

podem ocorrer durante os primeiros meses de tratamento. Se a hemorragia ou sangramento de

escape aparecer após algum tempo de tratamento, ou continuar após a descontinuação do

tratamento, o motivo deve ser investigado, a qual pode incluir biópsia endometrial para excluir

uma malignidade endometrial.

Condições que necessitam acompanhamento médico

Se qualquer uma das condições seguintes estiver presente, tenha ocorrido previamente e/ou

se agravou durante a gravidez ou tratamento hormonal anterior, a paciente deve ser

supervisionada atentamente. Deve-se levar em consideração que estas condições podem

ocorrer ou se agravarem durante o tratamento com DUPHASTON

(didrogesterona), em

particular e devendo considerar a interrupção tratamento:

- Porfiria

- Depressão

- valores da função hepática anormais causados por doença hepática aguda ou crônica

Outras condições

Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de Lapp de

lactase ou má-absorção de glicose-galactose não devem tomar esse medicamento.

As seguintes advertências e precauções aplicam-se quando se usa a didrogesterona em

combinação com estrogênios para Terapia de Reposição Hormonal (TRH):

Veja também as “Advertências e Precauções” na bula do produto com estrogênio.

Para o tratamento dos sintomas da pós-menopausa, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH)

deve ser iniciada somente para sintomas que afetarem adversamente a qualidade de vida. Em

todos os casos, uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios deve ser realizada pelo

menos anualmente, e a TRH deve ser continuada apenas se o benefício exceder o risco.

Evidências sobre os riscos associados à TRH no tratamento da menopausa precoce são

limitadas. Devido ao baixo nível de risco absoluto em mulheres mais jovens, contudo, o

equilíbiro entre benefícios e riscos para estas mulheres poder ser mais favoráveis do que em

mulheres mais velhas idosas.

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Exame médico / Acompanhamento

Antes de iniciar a TRH ou quando seu uso é retomado após uma interrupção, deve-se realizar

um histórico médico completo (incluindo histórico da família). Exame físico (incluindo exame

ginecológico e de mamas) deve ser realizado conforme histórico, contraindicações e

advertências para uso. Durante o tratamento são recomendados exames periódicos, cuja

frequência e natureza são adaptadas individualmente. As mulheres devem ser informadas

sobre quais alterações nas mamas devem ser relatadas para o seu médico (veja item “Câncer

de mama”).

Exames apropriados de imagem, incluindo mamografia, devem ser realizados de acordo com

as práticas atualmente aceitas, e modificadas para as necessidades médicas individual de

cada mulher.

Hiperplasia endometrial e carcinoma

Em mulheres com útero intacto o risco de hiperplasia e carcinoma endometrial é aumentado

quando estrogênios são administrados isoladamente por períodos prolongados.

A adição de um progestagênio como a didrogesterona ciclicamente por pelo menos 12 dias por

um ciclo de 28 dias/mês ou terapia contínua combinada de estrogênio-progestagênio em

mulheres não histerectomizadas pode prevenir o excesso de risco associado com estrogênio

isolado na TRH.

Câncer de mama

A evidência geral sugere um aumento no risco de câncer de mama em mulheres que tomam

estrogênio-progestagênio combinado e, possivelmente, também estrogênio isolado na TRH,

que é dependente da duração da TRH.

Terapia combinada de estrogênio-progestagênio: Um estudo randomizado placebo-controlado,

o “Women’s Health Initiative Study” (WHI) e estudos epidemiológicos são consistentes na

busca de um aumento no risco de câncer de mama em mulheres que tomam estrogênios-

progestagênios combinados para a TRH que torna-se aparente depois de cerca de 3 anos. O

excesso de risco torna-se aparente dentro de poucos anos de uso mas retorna para o nível

pré-tratamento dentro de poucos anos (no máximo de 5 anos) após o tratamento ser

descontinuado. A TRH, especialmente o tratamento com estrogênio-progestagênio combinado,

aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar adversamente a detecção

rediológica do câncer de mama.

Câncer de ovário

O câncer ovariano é muito mais raro que o câncer de mama. O uso a longo-prazo (pelo menos

5-10 anos) de produtos com estrogênio isolado na TRH tem sido associado a um leve aumento

no risco de câncer de ovário (veja seção “Reações Adversas”). Em alguns estudos, incluindo o

estudo WHI sugerem que o uso a longo-prazo da TRH combinada pode conferir um risco

similar ou levemente menor.

Tromboembolismo venoso (TEV)

A TRH está associada a um risco de 1,3 a 3 vezes mais alto de desenvolvimento de

tromboembolismo venoso (TEV), por exemplo, trombose venosa profunda ou embolismo

pulmonar. A ocorrência de tal evento é maior no primeiro ano de TRH do que nos anos

posteriores.

Pacientes com estado trombofílicos conhecido têm um risco aumentado de TEV e a TRH pode

aumentar esse risco. A TRH é portanto, contraindicada para estes pacientes.

Os fatores de risco geralmente reconhecidos para TEV incluem: uso de estrogênios, idade

avançada, cirurgia importante, imobilização prolongada, obesidade (Índice de Massa Corporal

> 30 kg/m

2

), gravidez / período pós-parto, lupus eritematoso sistêmico (LES) e câncer. Não há

um consenso sobre o possível papel das veias varicosas no TEV.

Como em todas as pacientes em pós-operatórios, medidas profiláticas precisam ser

consideradas para prevenir o TEV pós-cirúrgico. Se imobilização prolongada é seguida de uma

cirurgia eletiva, recomenda-se a suspensão temporária da TRH de 4 a 6 semanas antes da

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cirurgia. O tratamento não deve ser reiniciado até que a paciente tenha recuperado totalmente

a sua mobilidade.

Em mulheres sem histórico pessoal de TEV, mas com um parente de primeiro grau com

história de trombose em idade jovem, a triagem pode ser oferecida após aconselhamento

cuidadoso sobre suas limitações (apenas uma proporção de defeitos trombofílicos é

identificada pela triagem). Se um defeito trombofílico é identificado em um membro da família

ou se o defeito é grave (por exemplo: antitrombina, deficiência de proteína S ou proteína C ou

uma combinação de defeitos) a TRH é contraindicada.

Mulheres que já estejam em tratamento crônico com anticoagulantes requerem uma avaliação

cuidadosa dos riscos-benefícios no uso de TRH.

Se o TEV desenvolve-se depois de iniciada a terapia, a administração do medicamento deve

ser descontinuada. As pacientes devem ser avisadas a contatar seu médico imediatamente se

elas sentirem um sintoma potencialmente tromboembólico (por exemplo: inchaço doloroso de

uma perna, dor torácica súbita, dispneia).

Doença arterial coronariana (DAC)

Não há evidência em estudos clínicos controlados randomizados de proteção contra infarto do

miocárdio em mulheres com ou sem DAC existente que receberam TRH combinada de

estrogênio e progestagênio ou terapia com estrogênio isolado.

Terapia combinada de estrogênio e progestagênio: o risco relativo de DAC durante o uso da

TRH combinada é levemente aumentado. Como o limiar de risco absoluto de DAC é

fortemente dependente da idade, o número de casos extras de DAC devido a terapia

combinada de estrogênio e progestagênio é bem pequeno em mulheres saudáveis próximas

da menopausa, mas aumentará com a idade mais avançada.

Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico

TRH combinada de estrogênio e progestagênio e terapia com estrogênios isolados estão

associadas com um aumento de 1,5 vezes no risco de ataque isquêmico. O risco relativo não

se alterou com a idade ou tempo desde a menopausa. Entretanto, como o risco limiar de

ataque é fortemente dependente da idade, o risco de ataque em mulheres que utilizam a TRH

geralmente aumentará com a idade.

Fertilização, gravidez e lactação

Categoria de risco na gravidez: B

Gravidez

Estima-se que mais de 10 milhões de grávidas foram expostas à didrogesterona. Até o

momento, não existem indicações de um efeito nocivo do uso da didrogesterona durante a

gravidez.

Alguns progestagênios têm relatado na literatura para ser associado com um aumento no risco

de hipospadia. No entanto, devido a fatores de confusão durante a gravidez, nenhuma

conclusão definitiva pode ser retirada em relação à contribuição de progestagênios à

hipospadia.

Estudos clínicos, onde um número limitado de mulheres foram tratadas com didrogesterona no

início da gravidez, não mostraram nenhum aumento no risco. Outros dados epidemiológicos

não estão até agora disponíveis.

Efeitos em estudos embrionário-fetal e desenvolvimento pós-natal não clínicos estavam em

linha com o perfil farmacológico. Efeitos indesejáveis ocorreram apenas em exposições que

excederam a exposição máxima humana consideravelmente, indicando pouca relevância para

o uso clínico.

A didrogesterona pode ser usada durante a gravidez se claramente indicada.

Lactação

Não existem dados sobre a excreção da didrogesterona no leite materno. Experiência com

outros progestagênios indica que progestagênios e os metabólitos passam para o leite materno

em pequenas quantidades. Se existe um risco para a criança, este não é conhecido. Portanto,

a didrogesterona não deve ser usada durante a amamentação.

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Fertilidade

Não há evidências de que a didrogesterona diminua a fertilidade em doses terapêuticas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Efeitos na habilidade de conduzir veículos e operar máquinas

DUPHASTON

(didrogesterona) não apresenta influência significativa na habilidade de

conduzir e operar máquinas.

Raramente, a didrogesterona pode causar sonolência leve e/ou tonturas, especialmente nas

primeiras horas após a ingestão. Portanto, cuidados devem ser tomados ao conduzir ou utilizar

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Dados “in vitro” indicaram que a didrogesterona e seu principal metabólito 20-

αdiidrodidrogesterona (DHD) podem ser metabolizadas pelos citocromos P450 isoenzimas 3A4

e 2C19.

Portanto, o metabolismo da didrogesterona pode ser aumentado pelo uso concomitante de

substâncias que sabidamente induzem o aumento dessas isoenzimas, tais como

anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) e anti-infecciosos (por

exemplo: rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz) e preparações à base de plantas

contendo, por exemplo, Erva-de-São-João (Hipericum perforatum), raiz de valeriana, sálvia ou

Ginkgo biloba.

Embora o ritonavir e nelfinavir sejam conhecidos como fortes inibidores da enzima citocromo,

por outro lado apresentam propriedades indutoras quando utilizados concomitantemente com

hormônios esteroides.

Clinicamente, o aumento do metabolismo da didrogesterona pode levar a redução do efeito.

Estudos “in vitro” mostraram que a didrogesterona e DHD não inibem ou induzem as enzimas

CYP em drogas metabolizadas em concentrações clinicamente relevantes.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar DUPHASTON

®

(didrogesterona) em sua embalagem original, em temperatura

ambiente entre 15°C e 30ºC e protegido da luz e umidade.

Se armazenado nas condições recomendadas, o medicamento se manterá próprio para

consumo pelo prazo de validade de 60 meses, a partir da data de fabricação impressa na

embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

DUPHASTON

(didrogesterona) é apresentado sob a forma de comprimidos revestidos

redondos, biconvexos, de cor branca, com vinco em um das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Terapia Hormonal

 Em combinação com terapia estrogênica contínua, um comprimido de 10 mg de

DUPHASTON

®

(didrogesterona) diariamente durante 14 dias consecutivos por ciclo de

28 dias;

 Em combinação com terapia estrogênica cíclica, um comprimido de 10 mg de

diariamente durante os últimos 12 - 14 dias da terapia estrogênica.

Se as biópsias endometriais ou ultrassom revelarem resposta inadequada à progesterona,

deverão ser prescritos 20 mg de DUPHASTON

.

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Dismenorreia

 10 mg duas vezes ao dia, do 5º ao 25º dia do ciclo.

Endometriose

 10 mg duas a três vezes ao dia, do 5º ao 25º dia do ciclo ou continuamente.

Sangramento disfuncional (para deter o sangramento)

 10 mg duas vezes ao dia por 5 a 7 dias.

Sangramento disfuncional (para prevenir o sangramento)

 10 mg duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo.

Amenorreia

 Um estrógeno uma vez ao dia, do 1º ao 25º dia do ciclo, junto com 10 mg de

duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo.

Síndrome pré-menstrual

Ciclos irregulares

Ameaça de aborto

 40 mg de uma só vez, e então 10 mg a cada 8 horas até que os sintomas regridam.

Aborto habitual

 10 mg duas vezes ao dia até a 20ª semana de gravidez.

Infertilidade por deficiência luteínica

 10 mg ao dia, do 14º ao 25º dia do ciclo. O tratamento deverá ser mantido por pelo

menos 6 ciclos consecutivos. É recomendável continuar esse tratamento durante os

primeiros meses de qualquer gravidez usando as doses indicadas para o aborto

habitual.

não é recomendado para uso em crianças abaixo de 18 anos de idade por

haver dados insuficientes de segurança e eficácia.

Em caso de esquecimento a paciente deve ser orientada a esperar até o horário de tomada da

próxima dose. A paciente deve ser orientada a não tomar mais do que a dose normal prescrita.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas relatadas mais comuns dos pacientes tratados com didrogesterona em

estudos clínicos de indicações de tratamento sem estrogênio são: enxaqueca / dor de cabeça,

náusea, distúrbios menstrual e dor ou sensibilidade nas mamas.

As seguintes reações adversas foram observadas com a frequência indicada abaixo durante

estudos clínicos usando didrogesterona (n=3483) em indicações sem o tratamento com

estrogênio e de relatos espontâneos:

Reações comuns (>1/100 e <1/10)

Distúrbios do sistema nervoso: cefaleia ou enxaqueca;

Distúrbios gastrointestinais: náusea;

Distúrbios do sistema reprodutor e mamas: distúrbios menstruais (incluindo metrorragia;

amenorreia, dismenorreia e ciclos irregulares), dor ou sensibilidade nas mamas.

Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100)

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Distúrbios psiquiátricos: humor deprimido;

Distúrbios do sistema nervoso: tontura;

Distúrbios gastrointestinais: vômito;

Distúrbios hepatobiliares: função hepática anormal (com icterícia, astenia ou mal-estar, e dor

abdominal);

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: dermatite alérgica (ex. rash, prurido e urticária);

Investigações: aumento de peso.

Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000)

Neoplasias benignas, malignas, não especificadas (incluindo cistos e pólipos): aumento no

tamanho de neoplasias dependentes de progestagênio (por exemplo, meningioma*);

Distúrbios do sistema hematológico e linfático: anemia hemolítica*.

Distúrbios do sistema imunológico: hipersensibilidade.

Distúrbios do sistema nervoso: sonolência;

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: angioedema*.

Distúrbios do sistema reprodutor e mamas: inchaço das mamas;

Distúrbios gerais e de local de administração: edema.

* Reações adversas de relatos espontâneos que não foram observados em estudos clínicos

foram atribuídos à frequência "rara" baseada no fato de que o limite superior do intervalo de

confiança de 95% da estimativa de frequência não é maior do que 3 / x, onde x = 3483 (número

total de indivíduos observados em estudos clínicos).

Reações adversas na população adolescente

Com base em relatos espontâneos e dados limitados de estudos clínicos, o perfil de reações

adversas em adolescentes é esperado que seja semelhante ao observado em adultos.

Reações adversas que estão associadas ao tratamento de estrogênio-progestagênio

(veja item “Advertências e Precauções”):

- Câncer de mama, hiperplasia endometrial, carcinoma endometrial, câncer de ovário

- Tromboembolismo venoso;

- Infarto do miocárdio, doença arterial coronariana, trombose venosa, acidente vascular

cerebral isquêmico.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou

para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.