Bula do Ebix produzido pelo laboratorio Lundbeck Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
EBIX TM
(cloridrato de memantina)
Lundbeck Brasil LTDA
Comprimidos Revestidos
10 mg
20 mg
BULA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE – EBIX™ 10 e 20 mg COMPRIMIDOS REVESTIDOS
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
EBIXTM
cloridrato de memantina
APRESENTAÇÃO
10 mg comprimidos: cartuchos de cartolina com 7, 14, 28 ou 56 comprimidos cada.
20 mg comprimidos: cartuchos de cartolina com 10 ou 30 comprimidos cada.
USO ADULTO
ADMINISTRAÇÃO
VIA ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido do EBIX™ 10 mg contém 10 mg de cloridrato de memantina, equivalente a 8,31
mg de memantina (base), a substância ativa desse medicamento.
Contém também os excipientes: lactose, celulose microcristalina, sílica coloidal, estearato de magnésio,
copolímero do ácido metacrílico – acrilato de etila, laurilsulfato de sódio, polissorbato, triacetina e emulsão de
simeticona.
Cada comprimido revestido do EBIX™ 20 mg contém 20 mg de cloridrato de memantina, equivalente a 16,62
Contém também os excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, sílica coloidal, estearato de
magnésio, hipromelose, macrogol 400, dióxido de titânio, óxido férrico e óxido ferroso.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O EBIX™ é indicado para:
O tratamento da doença de Alzheimer moderada a grave.
ESTUDOS EM ANIMAIS
Em estudos de curto prazo em ratos a memantina, tal como outros antagonistas do NMDA, induziu vacuolização
e necrose neuronal (lesões de Olney) apenas quando tomada em doses que conduzem a concentrações séricas
máximas muito elevadas. A ataxia e outros sinais pré-clínicos precederam a vacuolização e necrose. Uma vez
que os efeitos nunca foram observados em estudos em longo prazo em roedores ou não roedores, a relevância
clínica destas evidências é desconhecida.
Foram observadas, inconsistentemente, alterações oculares em estudos de toxicidade repetida em roedores e
cães, mas não em macacos. Os exames oftalmológicos específicos nos estudos clínicos com a memantina não
revelaram alterações oculares.
Em roedores foi observada em fosfolipídios e nos macrófagos pulmonares devido à acumulação da memantina
nos lisossomas. Este efeito é reconhecido em outras substâncias ativas com propriedades anfifílicas catiônicas.
Existe uma relação possível entre esta acumulação e a vacuolização observada nos pulmões. Este efeito apenas
foi observado com doses elevadas em roedores. A relevância clínica destes achados é desconhecida.
Nos estudos padronizados com onde a memantina foi não foi observada genotoxicidade. Não existem indícios de
carcinogenicidade em estudos de longo prazo em ratinhos e ratos. A memantina não foi teratogênica em ratos e
coelhos, mesmo em doses maternas tóxicas, e não foram observados efeitos adversos na fertilidade. Nos ratos,
foi observada redução do crescimento do feto, com níveis de exposição idênticos ou ligeiramente superiores aos
níveis humanos.
ESTUDOS EM HUMANOS
Num estudo piloto de utilização da memantina em monoterapia em uma população de pacientes com doença de
Alzheimer moderada a grave (pontuação inicial no mini exame do estado mental (MMSE) compreendida entre 3
e 14) foi incluído um total de 252 pacientes ambulatoriais. O estudo demonstrou efeitos benéficos da memantina
em comparação com o placebo após 6 meses (análise dos casos observados pela Impressão de Mudança Baseada
Na Entrevista com o Clínico (CIBIC-plus): p=0,025; Estudo Cooperativo da Doença de Alzheimer – Atividades
da Vida Diária (ADCS-ADLsev): p=0,003; Bateria de Comprometimento Grave (SIB): p=0,002)1
.
Um estudo piloto de utilização da memantina em monoterapia no tratamento da doença de Alzheimer leve a
moderada (pontuação inicial no MMSE entre 10 e 22) incluiu 403 pacientes. Os pacientes tratados com
memantina apresentaram um efeito estatisticamente significativo melhor do que os pacientes que receberam
placebo, em relação às medidas primárias: Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer (ADAS-cog) (p=0,003)
e CIBIC-plus (p=0,004) na semana 24 com base na última observação levada adiante (LOCF)2
. Num outro
estudo em monoterapia na doença de Alzheimer leve a moderada foi randomizado um total de 470 pacientes
(pontuação inicial no MMSE de 11 a 23). Na análise primária definida prospectivamente não se observou
significado estatístico na medida de eficácia primária na semana 243
Uma meta-análise de dados de estudos com pacientes com doença de Alzheimer moderada a grave (pontuação
inicial no MMSE abaixo de 20), que incluiu 6 estudos clínicos de fase III, placebo-controlados, de 6 meses de
duração (incluiu estudos em monoterapia e estudos nos quais os pacientes recebiam uma dose fixa de um
inibidor da acetilcolinesterase) demonstrou a existência de um efeito estatisticamente significativo a favor do
tratamento com a memantina nos domínios cognitivo, global e funcional4
. Nos casos em que os pacientes
apresentavam uma piora simultânea nos três domínios, os resultados mostraram um benefício estatisticamente
significativo da memantina na prevenção desta piora uma vez que 2 vezes mais pacientes no grupo placebo
apresentaram piora nos três domínios do que no grupo da memantina (21% vs 11%, p<0,0001)5
Referências bibliográficas
1) Reisberg B, Doody R, Stöffler A, Schmitt F, Ferris S, Möbius HJ. Memantine in moderate-to-severe
Alzheimer's disease. N Engl J Med 2003;348:1333-41.
2) Peskind ER, Potkin SG, Pomara N, Ott BR, Graham SM, Olin JT, McDonald S. Memantine treatment
in mild to moderate Alzheimer disease: a 24-week randomized, controlled trial. Am J Geriatr
Psychiatry. 2006 Aug;14(8):704-15.
3) Bakchine S, Loft H. Memantine treatment in patients with mild to moderate Alzheimer's disease: results
of a randomised, double-blind, placebo-controlled 6-month study. J Alzheimers Dis. 2008
Feb;13(1):97-107.
4) Bengt Winblad; Roy W. Jones; Yvonne Wirth; Albrecht Stöffler; Hans Jörg Möbius. Memantine in
Moderate to Severe Alzheimer’s Disease: a Meta-Analysis of Randomised Clinical Trials. Dement
Geriatr Cogn Disord 2007;24:20–27
5) Wilkinson D, Andersen HF. Analysis of the effect of memantine in reducing the worsening of clinical
symptoms in patients with moderate to severe Alzheimer's disease. Dement Geriatr Cogn Disord.
2007;24(2):138-45.
FARMACODINÂMICA
MECANISMO DE AÇÃO
Existem cada vez mais evidências de que disfunções na neurotransmissão glutamatérgica, especialmente nos
receptores NMDA, contribuem para a expressão dos sintomas e para a evolução da doença na demência
neurodegenerativa.
A memantina é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA, de afinidade moderada e dependente de
voltagem. Modula os efeitos dos níveis tônicos patologicamente elevados do glutamato que poderão levar à
disfunção neuronal.
FARMACOCINÉTICA
ABSORÇÃO
A memantina tem uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 100%. O tmax situa-se entre 3 e 8 horas.
Não existem indicações de que os alimentos influenciem a absorção da memantina.
DISTRIBUIÇÃO
Doses diárias de 20 mg resultam em concentrações plasmáticas de memantina no estado de equilíbrio entre 70 e
150 ng/ml (0,5 - 1 µmol) com grandes variações interindividuais. Quando da administração de doses diárias de 5
a 30 mg, foi calculada uma taxa média líquido cefalorraquidiano (LCR) /Soro de 0,52. O volume de distribuição
é próximo de 10 l/kg. Cerca de 45% da memantina encontra-se ligada a proteínas plasmáticas.
BIOTRANSFORMAÇÃO
No ser humano, cerca de 80% das substâncias relacionadas à memantina circulantes estão presentes na forma do
composto original. Os metabólitos principais no ser humano são o N-3,5-dimetil-gludantano, a mistura
isomérica de 4- e 6-hidroxi-memantina e o 1-nitroso-3,5-dimetil-adamantano. Nenhum destes metabólitos exibe
atividade como antagonista do receptor NMDA. Não foi detectado metabolismo catalisado pelo citocromo P 450
in vitro.
Num estudo com 14
C-memantina administrada por via oral, foi recuperada uma média de 84% da dose no
intervalo de 20 dias, 99% dos quais por excreção renal.
ELIMINAÇÃO
A memantina é eliminada de forma monoexponencial com t½ terminal de 60 a 100 horas. Em voluntários com
função renal normal, a depuração total (Cltot) tem o valor de 170 ml/min/1,73 m2
e parte da depuração renal total
é efetuada por secreção tubular.
A passagem renal também envolve reabsorção tubular, provavelmente mediada por proteínas de transporte de
cátions. A taxa de depuração renal da memantina em condições de urina alcalina poderá ser reduzida por um
fator de 7 a 9 (ver ADVERTÊNCIAS). A alcalinização da urina pode resultar de mudanças drásticas na dieta,
por exemplo uma mudança de dieta carnívora para vegetariana, ou pela ingestão de grande quantidade de
tampões gástricos alcalinizantes.
LINEARIDADE
Estudos em voluntários demonstraram farmacocinética linear no intervalo de doses de 10 a 40 mg.
RELAÇÃO FARMACOCINÉTICO-FARMACODINÂMICA
Para uma dose de memantina de 20 mg por dia, os níveis no LCR correspondem ao valor ki (ki = constante de
inibição) da memantina, o qual é de 0,5 µmol no córtex frontal humano.
O EBIX™ é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos
excipientes.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E A LACTAÇÃO
Categoria de risco B: Não existem dados clínicos sobre administração de memantina a grávidas. Estudos em
animais indicam potencialidade para a redução do crescimento intrauterino a níveis de exposição idênticos ou
ligeiramente superiores aos níveis humanos (ver RESULTADOS DE EFICÁCIA). O risco potencial para o ser
humano é desconhecido. A memantina não deve ser utilizada durante a gravidez, a menos que seja
absolutamente necessária.
Não se sabe se a memantina é excretada no leite humano porém, considerando-se a lipofilia da substância, é
provável que esta excreção ocorra. Mulheres que tomem memantina não devem amamentar.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM
ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.
É recomendada precaução em pacientes com epilepsia, com antecedentes de episódios convulsivos ou com
fatores predisponentes para epilepsia.
A utilização concomitante de antagonistas do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), tais como a amantadina,
quetamina ou o dextrometorfano, deverá ser evitada. Estas substâncias atuam no mesmo sistema receptor que a
memantina e, por essa razão, as reações adversas principalmente relacionadas com o sistema nervoso central
(SNC) poderão ser mais frequentes ou mais acentuadas (ver também INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Alguns fatores que podem elevar o pH da urina (ver Farmacocinética) demandarão um monitoramento
cuidadoso do paciente. Estes fatores incluem mudanças drásticas na dieta, por exemplo uma mudança de dieta
carnívora para vegetariana, ou a tomada em grande quantidade de produtos gástricos tipo tampão, com efeito
alcalinizante. Além disso, o pH da urina pode ser elevado por episódios de acidose tubular renal (ATR) ou
infecções graves das vias urinárias provocadas por bactérias Proteus.
Na maioria dos estudos clínicos, foram excluídos de participar os pacientes com infarto do miocárdio recente,
comprometimento cardíaco congestivo descompensado (NYHA III-IV) ou com hipertensão não controlada.
Consequentemente, os dados disponíveis são limitados e os pacientes nestas condições devem ser
supervisionados cuidadosamente.
O EBIX™ 10mg contém LACTOSE.
EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUZIR E UTILIZAR MÁQUINAS
A doença de Alzheimer moderada a grave geralmente provoca perturbações na capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. Os pacientes ambulatoriais devem ser avisados para terem cuidados especiais, pois o EBIXTM
tem
uma influência pequena ou moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
DURANTE O TRATAMENTO, O PACIENTE PRECISA TER ESPECIAL ATENÇÃO AO DIRIGIR
CARROS OU OPERAR MÁQUINAS, POIS A SUA HABILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR
PREJUDICADAS.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS E FARMACOCINÉTICAS
Devido aos efeitos farmacológicos e ao mecanismo de ação da memantina, poderão ocorrer as seguintes
interações:
O modo de ação sugere que os efeitos da L-dopa, dos agonistas dopaminérgicos e dos anticolinérgicos
poderão ser amplificados pelo tratamento concomitante com antagonistas NMDA, como a memantina. Os
efeitos de barbitúricos e neurolépticos poderão ser reduzidos. A administração concomitante de
memantina e dos agentes antiespasmódicos, dantroleno ou baclofeno, pode alterar os efeitos destes
medicamentos, podendo ser necessário um ajuste da dose.
A utilização concomitante da memantina e amantadina deverá ser evitada, devido ao risco de psicose
farmacotóxica. Ambas as substâncias são, quimicamente, antagonistas NMDA. A mesma recomendação
poderá aplicar-se para a quetamina e o dextrometorfano (ver também ADVERTÊNCIAS). Existe um
relato de caso clínico publicado sobre um possível risco da combinação da memantina com a fenitoína.
Outras substâncias ativas como cimetidina, ranitidina, procainamida, quinidina, quinina e nicotina, que
utilizam o mesmo sistema de transporte renal de cátions que a amantadina, também poderão interagir com
a memantina levando a um risco potencial de aumento dos seus níveis séricos.
É possível que haja uma redução dos níveis séricos da hidroclorotiazida (HCT) quando esta, ou qualquer
combinação contendo hidroclorotiazida, é administrada concomitantemente com a memantina.
Na experiência pós-comercialização foram notificados casos isolados de aumento da relação normalizada
internacional (RNI) em pacientes tratados concomitantemente com varfarina. Embora não tenha sido
comprovada a existência de uma relação causal, aconselha-se uma monitorização rigorosa do tempo de
protrombina ou da INR em pacientes que estejam em uso simultâneo de anticoagulantes orais.
Em estudos farmacocinéticos (PK) de dose única realizados em sujeitos jovens e saudáveis, não se observou
qualquer interação relevante à substância ativa da memantina com gliburida/metformina ou com donepezila.
Num estudo clínico em indivíduos jovens e saudáveis não se observou qualquer efeito relevante da memantina
na farmacocinética da galantamina.
A memantina não inibiu as CYP 1A2, 2A6, 2C9, 2D6, 2E1, 3A, flavina contendo monoxigenase, epóxido
hidrolase ou a sulfatação in vitro.
INTERAÇÃO DO EBIX COM O ÁLCOOL
Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o Ebix e o álcool. Entretanto, assim
como os outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central, a combinação com álcool não é
recomendada.
Guardar o EBIXTM
em temperatura ambiente (entre 15º C - 30 ºC).
Proteger a embalagem da umidade e do calor.
O prazo de validade do EBIX™ 10mg é de 48 meses e encontra-se gravado na embalagem externa. Em caso de
vencimento, inutilizar o produto.
O prazo de validade do EBIX™ 20mg é de 36 meses e encontra-se gravado na embalagem externa. Em caso de
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Para sua segurança, mantenha o medicamento na
sua embalagem original.
ASPECTO FÍSICO DO EBIX™
EBIX™ comprimidos 10 mg: oblongo, biconvexo, branco e sulcado em ambos os lados.
EBIX™ comprimidos 20 mg: oval-oblongo, rosa, com os dizeres “20” em um dos lados e “MEM” no outro
lado.
CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
EBIX™ comprimidos 10 e 20 mg não tem cheiro ou gosto.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS
INSTRUÇÕES DE USO
O EBIX™ deve ser administrado por via oral, preferencialmente com água. Para obter o maior benefício do seu
medicamento, deve tomá-lo todos os dias, à mesma hora do dia, com ou sem alimentos. Os comprimidos não
devem ser mastigados. O comprimido de EBIX™ 10 mg pode ser partido.
O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência no diagnóstico e tratamento da
demência de Alzheimer. A terapêutica só deve ser iniciada se estiver disponível um cuidador para monitorizar
regularmente a tomada do medicamento pelo paciente. O diagnóstico deve ser realizado de acordo com as
diretrizes atuais.
A tolerância e a dosagem da memantina devem ser reavaliadas regularmente. Inicialmente, avaliar após os 3
primeiros meses de tratamento. Depois disso, os benefícios clínicos e a tolerância do paciente ao tratamento
devem ser reavaliados regularmente de acordo com as diretrizes clínicas atuais. O tratamento deve ser
continuado enquanto o benefício terapêutico for favorável e o paciente mantiver a tolerância à memantina. A
descontinuação do tratamento com a memantina deve ser considerada quando o paciente não mais apresentar
evidências do benefício terapêutico ou não tolerar o tratamento.
POSOLOGIA
Titulação da dose
A dose máxima diária é de 20 mg/dia. Para minimizar o risco de efeitos adversos indesejáveis, a dose de
manutenção é atingida através de uma titulação de dose. A dose inicial recomendada é de 5 mg/dia, que deverá ser
aumentada em 5 mg por semana nas 3 semanas subsequentes, seguindo o esquema abaixo:
O tratamento deve ser iniciado com 5 mg diários (meio comprimido, uma vez ao dia) durante a primeira semana.
Na segunda semana, 10 mg por dia (um comprimido, uma vez por dia) e na terceira semana é recomendada a
dose de 15 mg por dia (um comprimido e meio, uma vez ao dia). A partir da quarta semana, o tratamento pode
ser continuado com a dose de manutenção recomendada de 20 mg por dia (um comprimido, uma vez por dia).
DOSE DE MANUTENÇÃO
A dose de manutenção recomendada é de 20 mg por dia.
IDOSOS
Com base nos estudos clínicos, a dose recomendada para pacientes de idade superior a 65 anos é de 20 mg por dia,
tal como descrito anteriormente.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES (<18 ANOS)
Não é recomendada a utilização do EBIXTM
em crianças e adolescentes com menos de 18 anos devido à
inexistência de dados de segurança e eficácia nesta população.
ESTE MEDICAMENTO NÃO É RECOMENDADO PARA CRIANÇAS
COMPROMETIMENTO RENAL
Em pacientes com a função renal ligeiramente alterada (depuração da creatinina 50-80 ml/min) não é necessário
ajuste de dose. Em pacientes com comprometimento renal moderado (depuração da creatinina de 30-49 ml/min)
a dose diária deverá ser 10 mg por dia. Se bem tolerada após pelo menos 7 dias de tratamento, a dose poderá ser
aumentada até 20 mg/dia de acordo com o esquema de titulação padrão. Em pacientes com comprometimento
renal grave (depuração da creatinina 5-29 ml/min) a dose diária deverá ser de 10 mg por dia.
COMPROMETIMENTO HEPÁTICO
Em pacientes com comprometimento hepático leve a moderado (Child-Pugh A e Child-Pugh B) não há
necessidade de ajuste de dose. Não estão disponíveis dados de utilização da memantina em pacientes com
comprometimento hepático grave. A administração do EBIXTM
não é recomendada a pacientes com
comprometimento hepático grave.
Nos estudos clínicos sobre demência leve a grave, envolvendo 1784 pacientes tratados com EBIXTM
e 1595
pacientes tratados com placebo, os índices globais de incidência de reações adversas com EBIXTM
não foram
diferentes dos do tratamento com placebo; as reações adversas foram normalmente de intensidade leve a moderada.
As reações adversas mais frequentes e que registraram uma maior incidência no grupo do EBIXTM
do que no grupo
placebo foram tonturas (6,3% vs 5,6%, respectivamente), cefaleias (5,2% vs 3,9%), constipação (4,6% vs 2,6%),
sonolência (3,4% vs 2,2%) e hipertensão (4,1% vs 2,8%).
A tabela seguinte lista todas as reações adversas registradas durante os estudos clínicos com EBIXTM
e desde que
foi introduzido no mercado. Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de
cada classe de frequência.
As reações adversas são classificadas de acordo com as classes de sistemas de órgãos, usando a seguinte
convenção: muito comum (>1/10), comum (>1/100 a <1/10), incomum (>1/1000 e <1/100), raro (>1/10000 e
<1/1000), muito raro (<1/10000), desconhecido (não pode ser estimado com os dados atuais).
Infecções e infestações Incomum Infecções fúngicas
Distúrbios do sistema
imunológico
Comum Hipersensibilidade ao
medicamento
Distúrbios Psiquiátricos Comum Sonolência
Incomum Confusão
Incomum Alucinações1
Desconhecido Reações psicóticas2
Doenças do sistema
nervoso
Comum Tonturas, distúrbios de
equilíbrio
Incomum Alterações na marcha
Muito raros Convulsões
Distúrbios cardíacos Incomum Falência cardíaca
Vasculopatias Comum Hipertensão
Incomum Trombose
venosa/tromboembolia
Distúrbios
respiratórios, torácicos
e mediastinos
Comum Dispneia
hepatobiliares
Comum Testes de função
hepática elevados
Desconhecido Hepatite
gastrointestinais
Comum Constipação
Incomum Vômitos
Desconhecido Pancreatite2
Distúrbios gerais e
alterações no local de
administração
Comum Cefaleia
Incomum Fadiga
1
As alucinações foram essencialmente observadas em pacientes com doença de Alzheimer grave.
2
Casos isolados notificados no âmbito da experiência pós-comercialização.
A doença de Alzheimer tem sido associada à depressão, pensamentos suicidas e suicídio. Na fase de experiência
pós-comercialização estes efeitos foram notificados em pacientes tratados com o EBIXTM
.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
A experiência com superdose obtida a partir dos estudos clínicos e na experiência pós-comercialização é limitada.
Sintomas: superdoses com valores relativamente grandes (200 mg e 105 mg/dia durante 3 dias, respectivamente)
têm sido associadas a sintomas de cansaço, fraqueza e/ou diarreia ou a nenhum sintoma. Em casos de superdose
abaixo dos 140 mg ou de dose desconhecida, os pacientes apresentaram sintomas de origem no sistema nervoso
central (confusão, torpor, sonolência, vertigens, agitação, agressão, alucinações e distúrbios da marcha) e/ou de
origem gastrointestinal (vômitos e diarreia).
No caso mais extremo de superdose, o paciente sobreviveu a uma ingestão de 2000 mg da memantina com efeitos
no sistema nervoso central (coma durante 10 dias, seguido de diplopia e agitação). O paciente recebeu tratamento
sintomático e plasmaforese. O paciente foi recuperado sem sequelas permanentes.
Num outro caso de superdose com valor grande, o paciente também sobreviveu e foi recuperado. O paciente havia
recebido 400 mg da memantina por via oral. O paciente apresentou sintomas relacionados ao sistema nervoso
central, tais como inquietude, psicose, alucinações visuais, pró-convulsões, sonolência, estupor e perda de
consciência.
CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE
Tratamento: em caso de superdose, o tratamento deverá ser sintomático. Não está disponível nenhum antídoto
específico para intoxicações e superdoses. Devem ser utilizados, sempre que apropriado, os procedimentos clínicos
padrão para a remoção da substância ativa, como por exemplo lavagem gástrica, utilização de carvão ativo
(interrupção da recirculação entero-hepática potencial), acidificação da urina ou diurese forçada.
Em caso de sinais e sintomas de super estimulação geral do sistema nervoso central (SNC), deverá ser considerado
um tratamento clínico sintomático cuidadoso.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.