Bula do Enantato de Noretisterona + Valerato de Estradiol para o Profissional

Bula do Enantato de Noretisterona + Valerato de Estradiol produzido pelo laboratorio Mabra Farmacêutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Enantato de Noretisterona + Valerato de Estradiol
Mabra Farmacêutica Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO ENANTATO DE NORETISTERONA + VALERATO DE ESTRADIOL PARA O PROFISSIONAL

enantato de noretisterona - DCB: 06493

valerato de estradiol - DCB: 03612

Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999.

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome genérico: enantato de noretisterona (DCB 06493) + valerato de estradiol (DCB 03612)

APRESENTAÇÃO

Solução injetável – 50 mg/mL + 5 mg/mL – Embalagem contendo 1 ampola de 1 mL + seringa

USO INTRAMUSCULAR

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada ampola de 1mL de enantato de noretisterona + valerato de estradiol contém:

enantato de noretisterona..................................................................................................................... 50mg

valerato de estradiol...............................................................................................................................5 mg

Excipientes q.s.p......................................................................................................................................1mL

(benzoato de benzila e óleo de rícino).

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol é indicado para contracepção hormonal.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Quando usado corretamente, o índice de falha é de aproximadamente 1% ao ano. O índice de falha pode

aumentar quando os intervalos entre as injeções são prolongados.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol previne a gravidez primeiramente inibindo a

ovulação e alterando o muco cervical. O efeito produzido no endométrio é similar ao observado com o

uso de contraceptivos orais combinados (COCs). Um padrão de sangramento semelhante à menstruação

normal é obtido com o uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol. Um grande estudo de

coorte prospectivo, de três braços demonstrou que a frequência de diagnóstico de TEV

(Tromboembolismo Venoso) varia entre 8 e 10 por 10.000 mulheres por ano que utilizam COC com baixa

dose de estrogênio (< 0,05 mg etinilestradiol). Dados mais recentes sugerem que a frequência de

diagnóstico de TEV é de aproximadamente 4,4 por 10.000 mulheres por ano não usuárias de COCs e não

grávidas. Essa faixa está entre 20 a 30 por 10.000 mulheres grávidas ou no pós-parto. A eficácia

contraceptiva das injeções mensais de enantato de noretisterona + valerato de estradiol compara-se

favoravelmente à eficácia de métodos que utilizam progestágenos isolados e à eficácia dos contraceptivos

orais. Como enantato de noretisterona + valerato de estradiol contém um estrogênio e um

progestágeno, as precauções relacionadas ao seu uso são similares àquelas dos COCs. O componente

estrogênico presente em enantato de noretisterona + valerato de estradiol é um estrogênio natural e

seus níveis sanguíneos alcançam os picos da fase pré-ovulatória do ciclo menstrual normal. O

componente progestagênico, o enantato de noretisterona, exerce efeitos progestagênicos típicos em

mulheres, tais como efeitos antigonadotrópicos, transformação secretória do endométrio e espessamento

do muco cervical. O enantato de noretisterona + valerato de estradiol apresenta efeitos favoráveis no

metabolismo lipídico. Os contraceptivos injetáveis combinados como enantato de noretisterona +

valerato de estradiol demonstraram ter efeito mínimo na função hepática em usuárias saudáveis e não

apresentam efeito de primeira passagem hepática. Entretanto, uma vez que os hormônios esteroides

contidos em contraceptivos injetáveis combinados são metabolizados no fígado, eles poderiam,

teoricamente, provocar efeitos adversos em mulheres cuja função hepática já estivesse comprometida.

Propriedades Farmacocinéticas

Os componentes farmacologicamente ativos, noretisterona e estradiol, encontram-se totalmente

biodisponíveis após injeção intramuscular de enantato de noretisterona e valerato de estradiol. Após

injeção intramuscular de 50 mg de enantato de noretisterona em combinação com 5 mg de valerato de

estradiol, a concentração plasmática máxima de estradiol (média entre 852 e 1570 pmol/L) é atingida em

aproximadamente 2 dias e a concentração plasmática máxima de noretisterona de 4,7 a 10,1 nmol/L em

aproximadamente 4,1 a 4,8 dias após a injeção intramuscular. Uma vez que a meia-vida terminal de

estradiol é consideravelmente mais curta que a de noretisterona (a qual, por sua vez, é decorrente das

diferentes taxas de liberação dos ésteres a partir do depósito), a segunda parte do período após a

administração é dominada pelo componente progestagênico. Ambos os componentes são completamente

metabolizados. Uma pequena parte da noretisterona é transformada, in vivo, em etinilestradiol. A partir

da administração de 1 mg de noretisterona ou de acetato de noretisterona por via oral, o etinilestradiol

formado em humanos é equivalente a uma dose oral de cerca de 4 mcg ou 6 mcg, respectivamente.

Considerando que a estrogenicidade da noretisterona já é conhecida e vivenciada na prática clínica, a

descoberta de suas características metabólicas não altera as recomendações de uso pré-existentes. A

biotransformação do estradiol segue a mesma via do hormônio endógeno. Os metabólitos da noretisterona

são excretados com a urina e fezes em proporções semelhantes. A excreção dos metabólitos do estradiol

ocorre predominantemente por via renal. Cerca de 85% da dose de ambas as substâncias são excretadas

dentro do intervalo de 28 dias após a injeção. A administração repetida de enantato de noretisterona +

valerato de estradiol em intervalos de 28 dias provoca um leve acúmulo de enantato de noretisterona,

alcançando-se um estado de equilíbrio logo após a terceira administração. Com relação à farmacocinética

e biotransformação dos fármacos, não se espera uma interação entre o enantato de noretisterona e o

valerato de estradiol, já que é pouco provável que ocorra uma sobrecarga do metabolismo, devido às taxas

de liberação lentas a partir do depósito intramuscular e às consequentes baixas concentrações séricas dos

princípios ativos.

Dados de segurança pré-clínica

Não foram observados efeitos que indicassem risco inesperado a humanos durante estudos de tolerância

sistêmica após administração de doses repetidas. Estudos de longa duração em animais não indicaram

potencial tumorigênico no caso de uso terapêutico de enantato de noretisterona + valerato de estradiol

em humanos. O teste de Ames foi realizado com estradiol, noretisterona, enantato de noretisterona e

acetato de noretisterona; a noretisterona também foi investigada no teste UDS. Estes estudos não

indicaram potencial mutagênico ou genotóxico dos componentes. Estudos sobre a embriotoxicidade e

teratogenicidade do valerato de estradiol não indicaram risco de reações adversas em humanos após o uso

inadvertido durante a gravidez. Em geral, não foi observada atividade teratogênica após a administração

de enantato de noretisterona em ratos, coelhos e macacos; por outro lado, a administração de doses

elevadas de enantato de noretisterona ou acetato de noretisterona durante o período de desenvolvimento

dos órgãos genitais externos do feto provocou sinais de virilização em fetos do sexo feminino (em ratas e

macacas). A avaliação da tolerância local da base oleosa de enantato de noretisterona + valerato de

estradiol (óleo de rícino e benzoato de benzila) em coelhos indicou um leve potencial de irritação.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Como enantato de noretisterona + valerato de estradiol contém uma combinação de estrogênio e

progestágeno, as precauções relacionadas ao seu uso são similares às de contraceptivos orais combinados

(COCs). O enantato de noretisterona + valerato de estradiol não deve ser usado em presença de

qualquer uma das condições listadas abaixo:

- presença ou história de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, como por

exemplo: trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio; ou de um acidente vascular

cerebral;

- presença ou história de sintomas e/ou sinais prodrômicos de trombose (por exemplo: episódio isquêmico

transitório, angina pectoris);

- um alto risco para trombose venosa ou arterial (veja item “Advertências e Precauções”);

- história de enxaqueca com sintomas neurológicos focais;

- diabetes mellitus com alterações vasculares;

- doença hepática grave, enquanto os valores da função hepática não retornarem ao normal;

- presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos);

- diagnóstico ou suspeita de neoplasias dependentes de esteroides sexuais (por exemplo, dos órgãos

genitais ou das mamas);

- sangramento vaginal não-diagnosticado;

- diagnóstico ou suspeita de gravidez;

- hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos componentes de enantato de

noretisterona + valerato de estradiol.

Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez durante o uso de enantato

de noretisterona + valerato de estradiol, a sua utilização deve ser descontinuada.

Este medicamento não deve ser utilizado para mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

Este medicamento pode interromper a menstruação por período prolongado e/ou causar

sangramentos intermenstruais severos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Não há estudos epidemiológicos com contraceptivos injetáveis combinados (CICs) que avaliem fatores de

risco. De modo geral, a experiência com o uso de contraceptivos orais combinados (COCs), relativa às

precauções e advertências, deve ser considerada como base para a utilização de CICs. Em caso de

ocorrência de qualquer uma das condições ou fatores de risco mencionados a seguir, os benefícios da

utilização dos contraceptivos combinados devem ser avaliados frente aos possíveis riscos para cada

usuária individualmente e discutidos com a mesma antes de optar pelo início de sua utilização. Em casos

de agravamento, exacerbação ou aparecimento pela primeira vez de qualquer uma dessas condições ou

fatores de risco, a usuária deve entrar em contato com seu médico. Nesses casos, a continuação do uso do

produto deve ficar a critério médico.

Distúrbios circulatórios

Estudos epidemiológicos sugerem associação entre a utilização de COCs e um aumento do risco de

distúrbios tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, como infarto do miocárdio, trombose

venosa profunda, embolia pulmonar e acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes eventos é rara.

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso é mais elevado durante o primeiro ano de uso do

contraceptivo hormonal. Este risco aumentado está presente após iniciar pela primeira vez o uso de COC

ou ao reiniciar o uso (após um intervalo de quatro semanas ou mais sem uso de pílula) do mesmo COC ou

de outro COC. Dados de um grande estudo de coorte prospectivo, de três braços, sugerem que este risco

aumentado está presente principalmente durante os três primeiros meses. O risco geral de TEV em

usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol) é duas a

três vezes maior que em não usuárias de COCs que não estejam grávidas e continua a ser menor do que o

risco associado à gravidez e ao parto. O TEV pode provocar risco para a vida da paciente ou pode ser

fatal (em 1 a 2% dos casos). O tromboembolismo venoso (TEV) se manifesta como trombose venosa

profunda e/ou embolia pulmonar, e pode ocorrer durante o uso de qualquer contraceptivo hormonal

combinado. Em casos extremamente raros, tem sido observada a ocorrência de trombose em outros vasos

sanguíneos como, por exemplo, em veias e artérias hepáticas, mesentéricas, renais, cerebrais ou retinianas

em usuárias de COCs. Não há consenso sobre a associação da ocorrência destes eventos e o uso de COCs.

Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) podem incluir: inchaço unilateral em membro inferior ou

ao longo da veia da perna, dor ou sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando se está em

pé ou andando, calor aumentado na perna afetada, descoloração ou hiperemia da pele da perna. Sintomas

de embolia pulmonar (EP) podem incluir: início súbito e inexplicável de dispneia ou taquipneia, tosse de

início abrupto que pode levar a hemoptise, angina aguda que pode aumentar com a respiração profunda,

ansiedade, tontura grave ou vertigem, taquicardia ou arritmia cardíaca. Alguns destes sintomas (por

exemplo, dispneia, tosse) não são específicos e podem ser erroneamente interpretados como eventos mais

comuns ou menos graves (por exemplo, infecções do trato respiratório). Um evento tromboembólico

arterial pode incluir acidente vascular cerebral, oclusão vascular ou infarto do miocárdio (IM). Sintomas

de um acidente vascular cerebral podem incluir: diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando,

de forma súbita a face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão súbita; dificuldade

para falar ou compreender; dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita

dificuldade para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação, cefaleia repentina, intensa ou

prolongada, sem causa conhecida; perda de consciência ou desmaio, com ou sem convulsão. Outros sinais

de oclusão vascular podem incluir: dor súbita, inchaço e cianose de uma extremidade, abdome agudo.

Sintomas de infarto do miocárdio (IM) podem incluir: dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto

ou estufamento no peito, braço ou abaixo do esterno; desconforto que se irradia para as costas, mandíbula,

pescoço, braços, estômago; saciedade, indigestão ou sensação de asfixia; sudorese, náuseas, vômitos ou

tontura; fraqueza extrema; ansiedade ou dispneia; taquicardia ou arritmia cardíaca. Eventos

tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da paciente ou podem ser fatais. O potencial

para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado em mulheres que possuem uma

combinação de fatores de risco ou apresentem um fator de risco individual mais grave. Este risco

aumentado pode ser maior que um simples risco cumulativo de fatores. Um CIC não deve ser prescrito

em caso de uma avaliação risco-benefício negativa (veja item “Contraindicações”). O risco de processos

trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, ou de acidente vascular cerebral, aumenta com:

- idade;

- obesidade (índice de massa corpórea superior a 30 Kg/m2

);

- história familiar positiva (isto é, tromboembolismo venoso ou arterial detectado em um (a) irmão (ã) ou

em um dos progenitores em idade relativamente jovem) - se há suspeita ou conhecimento de

predisposição hereditária, a usuária deve ser encaminhada a um especialista antes de decidir pelo uso de

qualquer CIC;

- imobilização prolongada, cirurgia de grande porte, qualquer intervenção cirúrgica em membros

inferiores ou trauma extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar o uso do contraceptivo injetável

combinado (CIC) - em casos de cirurgia programada a última injeção deve ter sido aplicada pelo menos

com oito semanas de antecedência - e não reiniciá-lo até, pelo menos, duas semanas após o total

restabelecimento;

- tabagismo (com consumo elevado de cigarros e aumento da idade, o risco torna-se ainda maior,

especialmente em mulheres com idade superior a 35 anos);

- dislipoproteinemia;

- hipertensão;

- enxaqueca;

- valvopatia;

- fibrilação atrial.

Não há consenso quanto à possível influência de veias varicosas e de tromboflebite superficial na gênese

do tromboembolismo venoso em usuárias de contraceptivos orais combinados. Deve-se considerar o

aumento do risco de tromboembolismo no puerpério. (para informações sobre gravidez e lactação veja

item “Gravidez e lactação”).

Outras condições clínicas que também foram associadas aos eventos adversos circulatórios em usuárias

de contraceptivos orais combinados incluem: diabetes mellitus, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome

hemolítico-urêmica, patologia intestinal inflamatória crônica (doença de Crohn ou colite ulcerativa). Não

existem dados disponíveis sobre o uso de CICs em usuárias que apresentam anemia falciforme,

entretanto, usuárias que apresentam anemia falciforme homozigota podem ter um risco aumentado de

trombose. Um aumento da frequência ou da intensidade de enxaquecas durante o uso de CICs pode ser

motivo para a suspensão imediata do mesmo, dada a possibilidade deste quadro representar o início de um

evento vascular cerebral. Os fatores bioquímicos que podem indicar predisposição hereditária ou

adquirida para trombose venosa ou arterial incluem: resistência à proteína C ativada (PCA),

hiperhomocisteinemia, deficiências de antitrombina III, de proteína C e de proteína S, anticorpos

antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico). Na avaliação da relação

risco/benefício, o médico deve considerar que o tratamento adequado de uma condição clínica pode

reduzir o risco associado de trombose e que o risco associado à gestação é mais elevado do que aquele

associado ao uso de contraceptivos hormonais.

Tumores

Há pouca evidência empírica a respeito dos efeitos de contraceptivos injetáveis combinados (CICs) e o

risco de neoplasia. De modo geral, pode-se tomar como base a experiência observada com o uso de

COCs.

- Câncer cervical

Em um estudo epidemiológico em mulheres da América Latina, não foi observada qualquer associação

entre o uso de contraceptivos injetáveis mensais (contendo diidroxiprogesterona e um éster de estradiol) e

o risco de câncer cervical. Não foi observado um aumento no risco de desenvolvimento de lesões

cervicais de células escamosas intraepiteliais em usuárias de contraceptivos injetáveis nos EUA. O fator

de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por HPV (papilomavírus

humano). Alguns estudos epidemiológicos indicaram que o uso de COCs por período prolongado pode

contribuir para este risco aumentado, mas continua existindo controvérsia sobre a extensão em que esta

ocorrência possa ser atribuída aos efeitos concorrentes, por exemplo, da realização de citologia cervical e

do comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de barreira.

- Câncer de mama / Câncer de ovário

O efeito do estrogênio e do progestágeno contidos em enantato de noretisterona + valerato de

estradiol sobre o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de câncer de ovário não foi avaliado.

Para mulheres que utilizam COCs, a avaliação do risco de câncer de mama está baseada em uma meta-

análise de 54 estudos epidemiológicos, que relatou haver um pequeno aumento no risco relativo (RR =

1,24) para o diagnóstico de câncer de mama. Este aumento desaparece gradualmente nos 10 anos

subsequentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres com idade

inferior a 40 anos, o aumento no número de diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes

de COCs é pequeno, se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos não fornecem

evidências de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido ao diagnóstico

precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de

ambos. Os casos de câncer de mama diagnosticados em usuárias de primeira vez de COCs tendem a ser

clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram COCs.

- Tumores hepáticos

Foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, malignos em usuárias

de COCs. Em casos isolados, esses tumores provocaram hemorragias intra-abdominais com risco para a

vida da paciente. A possibilidade de tumor hepático deve ser considerada no diagnóstico diferencial em

usuárias de enantato de noretisterona + valerato de estradiol que apresentarem dor intensa em abdome

superior, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal. Tumores malignos

podem provocar risco para a vida da paciente ou podem ser fatais.

Outras condições

Embora tenham sido relatados discretos aumentos da pressão arterial em muitas usuárias de COCs, os

casos de relevância clínica são raros. Entretanto, no caso de desenvolvimento e manutenção de

hipertensão clinicamente significativa, é prudente que o médico descontinue o uso do produto e trate a

hipertensão. Se for considerado apropriado, o uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol

pode ser reiniciado, caso os níveis pressóricos se normalizem com o uso de terapia anti-hipertensiva. Foi

descrita a ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a gestação quanto durante o

uso de contraceptivo oral, e podem ocorrer em usuárias de CICs, no entanto, a evidência de uma

associação é inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionados à colestase; formação de cálculos biliares;

porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham; herpes

gestacional; perda da audição relacionada com a otosclerose. Em mulheres com angioedema hereditário,

estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angioedema. Como os hormônios

esteroidais contidos nos contraceptivos injetáveis combinados (CICs) são metabolizados no fígado, eles

poderiam, teoricamente, ocasionar efeitos adversos em mulheres cuja função hepática esteja

comprometida. Os distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem requerer a descontinuação do

uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol, até que os marcadores da função hepática

retornem aos valores normais. A recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira vez

durante a gestação, ou durante o uso anterior de esteroides sexuais, requer a descontinuação do uso de

enantato de noretisterona + valerato de estradiol. Embora os CICs possam exercer efeito sobre a

resistência periférica à insulina e sobre a tolerância à glicose, não há qualquer evidência da necessidade

de alteração do regime terapêutico em usuárias diabéticas. Entretanto, deve-se manter cuidadosa

vigilância enquanto estas pacientes estiverem utilizando CICs. As seguintes condições foram associadas

com o uso de COCs e podem estar presentes em usuárias de CICs: doença de Crohn e colite ulcerativa,

cloasma, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico. Mulheres predispostas ao

desenvolvimento de cloasma devem evitar a exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto

estiverem usando contraceptivo hormonal. Como ocorre com todas as soluções oleosas, enantato de

noretisterona + valerato de estradiol deve ser injetado de forma muito lenta e exclusivamente por via

intramuscular. Microembolismo pulmonar por soluções oleosas pode levar a sinais e sintomas como

tosse, dispneia e dor no peito. Podem existir outros sinais e sintomas que incluem reações vasovagais

como mal-estar, hiperidrose, tontura, parestesia ou síncope. Estas reações podem ocorrer durante ou

imediatamente após a injeção e são reversíveis. O tratamento é, geralmente, de suporte como, por

exemplo, pela administração de oxigênio.

Consultas/exames médicos

Antes de iniciar ou retomar o uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol, é necessário

obter história clínica detalhada e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em

“Contraindicações” e “Advertências e Precauções”; estes acompanhamentos devem ser repetidos

periodicamente. A avaliação médica periódica é igualmente importante porque as contraindicações (por

exemplo, episódio isquêmico transitório) ou fatores de risco (por exemplo, história familiar de trombose

arterial ou venosa) podem aparecer pela primeira vez durante a utilização de CICs. A frequência e a

natureza dessas avaliações devem ser baseadas nas condutas médicas estabelecidas e ser adaptadas a cada

usuária, mas devem, em geral, incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos

pélvicos, incluindo citologia cervical. As usuárias devem ser informadas de que os CICs não protegem

contra infecções causadas pelo HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Redução da eficácia

A eficácia de enantato de noretisterona + valerato de estradiol pode ficar reduzida no caso de, por

exemplo, prolongamento do intervalo recomendado entre as injeções (veja o item “Posologia e Modo de

Usar”) ou por uso concomitante de outros medicamentos (veja o item “Interações Medicamentosas”).

Redução do controle do ciclo

Como ocorre com todos os contraceptivos hormonais, pode surgir sangramento irregular (gotejamento ou

sangramento de escape), especialmente durante os primeiros meses de uso. Portanto, a avaliação de

qualquer sangramento irregular somente será significativa após um intervalo de adaptação de cerca de três

ciclos. Com enantato de noretisterona + valerato de estradiol, foi observada baixa frequência de

sangramento irregular (<8%) e amenorreia (<3%) e baixa taxa de descontinuação devido a sangramento

irregular (5,1%). Após a primeira injeção de enantato de noretisterona + valerato de estradiol,

observa-se uma redução na duração do ciclo (11 – 15 dias). Uma ou duas semanas após a primeira

injeção, ocorrerá sangramento semelhante ao menstrual. Isto é normal e, com a continuação do uso de

enantato de noretisterona + valerato de estradiol, o sangramento ocorrerá geralmente em intervalos de

30 dias. Normalmente, o dia da injeção mensal estará dentro do intervalo livre de sangramento. Se o

sangramento irregular persistir ou ocorrer após ciclos anteriormente regulares, devem ser consideradas

causas não-hormonais e, nesses casos, são indicados procedimentos diagnósticos apropriados para

exclusão de neoplasia ou gestação. Estas medidas podem incluir a realização de curetagem. É possível

que em algumas usuárias não ocorra o sangramento dentro de 30 dias após a injeção. Nestes casos, a

possibilidade de gravidez deve ser excluída, utilizando-se testes adequados. Entretanto, se enantato de

noretisterona + valerato de estradiol foi aplicada de acordo com as instruções descritas no item

“Posologia e Modo de Usar”, é pouco provável que a usuária esteja grávida.

Retorno da fertilidade

Nenhum efeito inibitório prolongado do eixo pituitária-ovário foi observado em mulheres que usaram

enantato de noretisterona + valerato de estradiol por 2 a 3 anos. Após a interrupção do uso de

enantato de noretisterona + valerato de estradiol, 19% das mulheres ovularam no primeiro ciclo e 67%

no segundo ciclo após o tratamento.

Gravidez e lactação

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol é contraindicado durante a gravidez. Caso a

usuária engravide durante o uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol, as aplicações

posteriores devem ser descontinuadas. Entretanto, estudos epidemiológicos abrangentes não revelaram

risco aumentado de malformações congênitas em crianças nascidas de mulheres que utilizaram

contraceptivos hormonais antes da gestação. Também não foram verificados efeitos teratogênicos

decorrentes do uso inadvertido de contraceptivos hormonais no início da gestação.

Categoria X: (em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo

clara evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente).

Este medicamento não deve ser utilizado para mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

Os contraceptivos hormonais podem afetar a lactação, uma vez que podem reduzir a quantidade e alterar a

composição do leite materno. Não existem dados suficientes sobre os efeitos dos CICs na quantidade e

qualidade do leite materno ou na duração da lactação. Para enantato de noretisterona + valerato de

estradiol, não há evidência de influência sobre a prolactina ou sobre a produção do leite. Entretanto, o

uso de CICs não é recomendado, geralmente, até seis meses após o parto ou até que a lactante tenha

suspendido completamente a amamentação do seu filho. Pequenas quantidades dos esteroides

contraceptivos e/ou de seus metabólitos podem ser excretadas com o leite.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Não

foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas em usuárias de COCs.

Este medicamento pode interromper a menstruação por período prolongado e/ou causar

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

- Efeitos de outros medicamentos sobre enantato de noretisterona + valerato de estradiol

As interações medicamentosas podem ocorrer com indutores das enzimas microssomais, o que pode

resultar em depuração aumentada dos hormônios sexuais, podendo levar a sangramento de escape e/ou

diminuição da eficácia do contraceptivo. Usuárias sob tratamento com qualquer uma destas substâncias

devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo de barreira ou escolher um outro

método contraceptivo. O método de barreira deve ser usado concomitantemente, assim como nos 28 dias

posteriores à sua descontinuação. Para contraceptivos orais combinados as seguintes interações foram

relatadas na literatura e também podem ser relevantes para CICs.

- Substâncias que aumentam a depuração dos CICs (diminuindo o efeito dos CICs por indução

enzimática), por exemplo: fenitoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e também,

possivelmente, com oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São

João.

- Substâncias com efeito variável na depuração dos CICs, por exemplo: Quando coadministrado com

COCs, muitos inibidores das HIV/HCV proteases e inibidores não nucleosídios da transcriptase reversa

podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas de estrogênios e progestágenos. Essas

alterações podem ser clinicamente relevantes em alguns casos.

- Efeitos dos CICs sobre outros medicamentos

Os contraceptivos hormonais podem interferir no metabolismo de outros fármacos. Consequentemente, as

concentrações plasmáticas e teciduais destes fármacos podem ser afetadas (por exemplo, ciclosporina).

Devem-se avaliar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado concomitantemente

a fim de identificar interações em potencial.

Alterações em exames laboratoriais

O uso de esteroides contraceptivos pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais,

incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática, tireoidiana, adrenal e renal; níveis plasmáticos de

proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina de ligação à corticosteroides e frações

lipídicas/lipoproteicas; parâmetros do metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e

fibrinólise. As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial considerado normal.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol deve ser conservado em temperatura ambiente

(temperatura entre 15 e 30°C), protegido da luz. Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses

a partir da sua data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol se apresenta em ampola de vidro âmbar contendo

líquido oleoso amarelo e límpido, livre de partículas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Método de administração

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol deve ser sempre administrado por via

intramuscular profunda (de preferência na região glútea e, como alternativa, no braço).

Regime de dose

- Como usar enantato de noretisterona + valerato de estradiol

As injeções devem ser administradas de forma extremamente lenta (veja os itens “Advertências e

Precauções” e “Reações Adversas”). A solução oleosa deve ser injetada imediatamente após a preparação

da seringa. É recomendável ocluir o local onde se aplicou a injeção para evitar qualquer refluxo da

solução.

Início do uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol

- Quando nenhum outro método contraceptivo hormonal está sendo usado

A primeira injeção deve ser administrada no primeiro dia do ciclo menstrual (primeiro dia de

sangramento).

- Mudando de um contraceptivo hormonal combinado (contraceptivo oral combinado/COC), anel

vaginal ou adesivo transdérmico para enantato de noretisterona + valerato de estradiol

De preferência, a mulher deve iniciar o uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol

imediatamente após a ingestão de comprimidos ativos (contendo hormônio) do COC por pelo menos sete

dias ou após a ingestão do último comprimido ativo (contendo hormônio) da cartela em uso. Se estiver

mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico, deve começar preferencialmente no dia da retirada do

último anel ou adesivo do ciclo ou, no máximo, no dia previsto para a próxima aplicação.

- Mudando da minipílula, implante ou injeção (apenas progestágeno) ou SIU (Sistema Intra-

Uterino) com progestágeno para enantato de noretisterona + valerato de estradiol

A troca do método contraceptivo pode ser feita em qualquer dia no caso da minipílula (ou no dia da

retirada do implante ou SIU ou da aplicação do contraceptivo injetável usado anteriormente), mas, em

todos estes casos deve ser recomendado o uso adicional de um método contraceptivo de barreira durante

os primeiros sete dias após a injeção.

Abortamento de primeiro trimestre

Neste caso, pode-se iniciar o uso a qualquer momento dentro da primeira semana após o abortamento,

sem necessidade de utilizar medidas contraceptivas adicionais.

Após parto ou abortamento de segundo trimestre

Para amamentação, veja o item “Gravidez e lactação”. A injeção de enantato de noretisterona +

valerato de estradiol deve ser administrada no período entre o 21° e o 28° dia após o procedimento ou na

primeira menstruação do pós-parto. Quando o uso for iniciado mais tarde, deve-se aconselhar o uso

adicional de um método de barreira durante os primeiros sete dias após a injeção de enantato de

noretisterona + valerato de estradiol. Entretanto, se já tiver ocorrido relação sexual, a possibilidade de

gravidez deve ser excluída antes do início do uso de enantato de noretisterona + valerato de estradiol

ou deve-se aguardar a primeira menstruação.

Manutenção das injeções posteriores

A segunda injeção, assim como as injeções posteriores devem ser administradas, independentemente do

padrão do ciclo, em intervalos de 30 ± 3 dias, isto é, no mínimo 27 e no máximo 33 dias. Transcorrendo

intervalo de injeção superior a 33 dias, não se pode contar, a partir desta data, com o grau necessário de

segurança contraceptiva, e a usuária deverá utilizar um método contraceptivo adicional. Se dentro dos 30

dias posteriores à administração de enantato de noretisterona + valerato de estradiol não ocorrer

sangramento por privação hormonal, deve-se descartar a possibilidade de gravidez por meio de teste

adequado.

Instrução para preparo da seringa

- Use as duas mãos para abrir a embalagem.

- Reserve a embalagem (papel grau cirúrgico).

- Confira a fixação da agulha com a seringa.

- Faça a assepsia da ampola com álcool 70% e espere secar.

- Quebre o gargalo da ampola usando uma proteção para evitar ferimentos e a contaminação do

medicamento. Uma opção é a embalagem da seringa (papel grau cirúrgico).

- Mantenha a seringa e ampola em posição horizontal para aspirar o volume. Evite exercer força excessiva

no êmbolo. Importante: evite o contato do bisel (ponta da agulha) com as paredes da ampola. Se isso

ocorrer, pode danificar o bisel, causando desconforto à paciente.

- Para eliminar bolhas de ar, em posição vertical, gire rapidamente a seringa em movimento circular ou dê

leves toques com o dedo sobre o corpo da seringa. Elimine o ar e corrija o volume de medicamento no

interior da seringa.

Incompatibilidades: não diluir com água.

Informações adicionais para populações especiais

- Crianças e adolescentes

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol é indicado apenas para uso após a menarca.

- Pacientes idosas

Não aplicável. O enantato de noretisterona + valerato de estradiol não é indicado para uso após a

menopausa.

- Pacientes com insuficiência hepática

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol é contraindicado em mulheres com doença

hepática grave. Veja item “Contraindicações”.

- Pacientes com insuficiência renal

O enantato de noretisterona + valerato de estradiol não foi estudado especificamente em pacientes

com insuficiência renal. Dados disponíveis não sugerem alteração no tratamento desta população de

pacientes.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Foram observadas as seguintes reações adversas em usuárias de contraceptivos hormonais, sem que a

exata relação de causalidade tenha sido estabelecida:

Foi utilizado o termo MedDRA (versão12.0) mais apropriado para descrever uma determinada reação.

Seus sinônimos e condições relacionadas não listadas também devem ser considerados. As seguintes

reações adversas graves, que estão descritas no item “Advertências e Precauções” foram reportadas em

mulheres que utilizam contraceptivos hormonais combinados:

- distúrbios tromboembólicos venosos;

- distúrbios tromboembólicos arteriais;

- acidentes vasculares cerebrais;

- hipertensão;

- alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a resistência periférica a insulina;

- tumores hepáticos (benignos e malignos);

- distúrbios das funções hepáticas;

- cloasma;

- em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar sintomas

de angioedema;

- ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com o uso de COC não é conclusiva:

icterícia e/ou prurido relacionado à colestase, formação de cálculos biliares, porfiria, lúpus eritematoso

sistêmico, síndrome hemolítico-urêmica, coreia de Sydenham, herpes gestacional, otosclerose –

relacionada à perda de audição, doença de Crohn, colite ulcerativa, câncer cervical;

- injeções de soluções oleosas como enantato de noretisterona + valerato de estradiol foram associadas

com reações sistêmicas: tosse, dispneia, dor no peito. Podem existir outros sinais e sintomas incluindo

reações vasovagais como mal- estar, hiperidrose, tontura, parestesia ou síncope.

A frequência de diagnóstico de câncer de mama é ligeiramente maior em usuárias de CO. Como o câncer

de mama é raro em mulheres abaixo de 40 anos o aumento do risco é pequeno em relação ao risco geral

de câncer de mama. A causalidade com uso de COC é desconhecida. Para mais informações veja os itens

“Contraindicações” e “Advertências e Precauções”.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.