Bula do Epéz produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
EPÉZ®
cloridrato de donepezila
Comprimido revestido - 5 mg
Comprimido revestido - 10 mg
INDRAD
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos 5 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.
Comprimidos revestidos 10 mg: embalagens com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de EPÉZ®
contém:
cloridrato de donepezila..................................................................................... 5 mg
(equivalente a 4,56 mg de donepezila)
Excipientes: amido, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, hipromelose,
macrogol, talco e dióxido de titânio.
cloridrato de donepezila..................................................................................... 10 mg
(equivalente a 9,12 mg de donepezila)
macrogol, talco, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
EPÉZ®
é indicado para o tratamento sintomático da demência de Alzheimer de intensidade leve,
moderadamente grave e grave. O diagnóstico da demência de Alzheimer deve ser realizado de
acordo com critérios científicos aceitos, como DSM IV, CID 10.
Doença de Alzheimer Leve a Moderadamente Grave
Em pacientes com demência de Alzheimer participantes de estudos clínicos, a administração de
doses únicas diárias de 5 mg ou 10 mg de cloridrato de donepezila provocou a inibição no
estado de equilíbrio da atividade da acetilcolinesterase (medida nas membranas dos eritrócitos)
de 63,6% e 77,3%, respectivamente. Demonstrou-se que a inibição da acetilcolinesterase
(AChE) em eritrócitos pela donepezila está correlacionada a alterações da ADAS-Cog, uma
escala sensível que avalia alguns aspectos da cognição. O potencial da donepezila de alterar o
curso da neuropatologia subjacente ainda não foi estudado.
Nos estudos clínicos com pacientes com doença de Alzheimer de grau leve a moderado, foi
realizada uma análise ao final de 6 meses de tratamento com o cloridrato de donepezila usando
uma combinação de três critérios de eficácia: a ADAS-Cog, a CIBIC-plus (sigla em inglês para
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Impressão da Alteração com Base na Entrevista com o Médico com Informação dos Dados pelo
Cuidador -- medida de desempenho global) e as Atividades Combinadas dos Domínios de
Atividades Diárias da Escala de Graduação da Demência Clínica - CDR (medida da capacidade
de relacionamento na comunidade e em casa, hobbies e cuidado pessoal).
Os pacientes que atenderam aos critérios apresentados a seguir foram considerados
respondedores ao tratamento.
Resposta = Melhora da ADAS-Cog de, no mínimo, 4 pontos
Ausência de piora da CIBIC-plus
Ausência de piora das Atividades Combinadas dos Domínios de Atividades Diárias da CDR
Grupo de tratamento
% de Resposta
População ITT
n = 365
População de Avaliação
n = 352
Grupo Placebo 10% 10%
Grupo donepezila 5 mg 18%* 18%*
Grupo donepezila 10 mg 21%* 22%**
*p<0,05; **p<0,01
O cloridrato de donepezila promoveu aumento dose-dependente estatisticamente significativo
da porcentagem de pacientes considerados respondedores ao tratamento. As porcentagens de
pacientes randomizados que completaram o estudo foram: Placebo 80%, 5 mg/dia 85% e 10
mg/dia 68%.
Tanto os pacientes designados para o grupo placebo como os para o grupo cloridrato de
donepezila apresentaram uma ampla gama de respostas, mas os grupos com tratamento ativo
apresentaram maior probabilidade de apresentar melhoras significativas.
Quanto à distribuição de frequência de pontuações CIBIC-plus atingidas pelos pacientes
designados para cada um dos três grupos de tratamento que completaram 24 semanas de
tratamento, as diferenças médias entre o medicamento e o placebo nesses grupos de pacientes
foram de 0,35 unidades e 0,39 unidades para 5 mg/dia e 10 mg/dia de cloridrato de donepezila,
respectivamente. As diferenças foram estatisticamente significativas. Não houve diferença
estatisticamente significativa entre os dois tratamentos ativos.
Doença de Alzheimer Grave
Estudo sueco de 6 meses
A eficácia de cloridrato de donepezila no tratamento da doença de Alzheimer grave é
demonstrada pelos resultados de um estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado por
placebo conduzido na Suécia (estudo de 6 meses) em pacientes com doença de Alzheimer
provável ou possível, diagnosticada pelos critérios NINCDS-ADRDA e DSM-IV, MMSE:
variação de 1-10. Duzentos e quarenta e oito (248) pacientes com doença de Alzheimer grave
foram randomizados para cloridrato de donepezila ou placebo. Para os pacientes randomizados
para cloridrato de donepezila, o tratamento foi iniciado com 5 mg uma vez ao dia durante 28
dias e depois houve aumento para 10 mg uma vez ao dia. No final do período de tratamento de 6
meses, 90,5% dos pacientes tratados com cloridrato de donepezila estavam recebendo a dose de
10 mg. A idade média dos pacientes era de 84,9 anos, com uma variação de 59 a 99.
Aproximadamente 77% dos pacientes eram mulheres e 23% eram homens. Quase todos os
pacientes eram caucasianos. A doença de Alzheimer provável foi diagnosticada na maioria dos
pacientes (83,6% dos pacientes tratados com cloridrato de donepezila e 84,2% dos pacientes
tratados com placebo).
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Efeitos sobre o ADCS-ADL-grave: Após 6 meses de tratamento, a diferença média nas
classificações de alteração de ADCS-ADL-grave para pacientes tratados com cloridrato de
donepezila, em comparação aos pacientes tratados com placebo, foi de 1,8 unidades. O
tratamento com cloridrato de donepezila foi, do ponto de vista estatístico, significativamente
superior ao placebo, ou seja, o grupo com cloridrato de donepezila foi mais provável de mostrar
uma diminuição menor ou uma melhora.
Estudo multicêntrico em vários países em pacientes com doença de Alzheimer grave
Um estudo multinacional, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo,
grupo-paralelo, de 24 semanas com pacientes com doença de Alzheimer grave também foi
conduzido. Um total de 343 indivíduos foi randomizado, 176 com cloridrato de donepezila e
167 com placebo. Os pacientes receberam 5 mg/dia de donepezila (de liberação imediata) nas
primeiras 6 semanas, seguida de 10 mg/dia de cloridrato de donepezila no restante da fase
duplo-cega do estudo.
O cloridrato de donepezila foi do ponto de vista estatístico, significativamente superior ao
placebo na pontuação SIB no parâmetro para ambas as populações do ITT LOCF (diferença
média do LS de 5,32 pontos; P=0,0001). No CIBIC-plus, a diferença favoreceu o tratamento
com cloridrato de donepezila, mas não atingiu significância estatística (P=0,0905). Entretanto,
após a queda do ponto 7 da escala para o ponto 3 (melhora, nenhuma mudança ou piora), houve
diferenças estatisticamente significativas favorecendo o grupo de cloridrato de donepezila em
relação ao grupo placebo para ambas as população do ITT LOCF (P=0,0156).
Rogers SL, Doody RS, Mohs RC, et al. Donepezil improves cognition and global function in Alzheimer disease: a 15
week, double-blind, placebo-controlled study. Donepezil Study Group. Arch Intern Med 1998 May 11;158(9):1021-
31.
Rogers SL, Farlow MR, Doody RS, et al. A 24 week, double-blind, placebo controlled trial of donepezil in patients
with Alzheimer’s disease. Donepezil Study Group. Neurology 1998; 50(1): 136-45.
Rosen WG, Mohs RC, Davis KL. A new rating scale for Alzheimer’s disease. Amer J Psychiatr 1984; 141: 1356-64.
Joffres C, Graham J, Rockwood K. Qualitative analysis of the clinical interview based impression of change (Plus):
methodological issues and implications for clinical research. Int Psychogeriatr. 2000;12:403-13.
Morris J. The clinical dementia rating (CDR): Current version and scoring rules. Neurology
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Winblad B, Kilander L, Eriksson S, et al. Donepezil in patients with severe Alzheimer’s disease: double-blind,
parallel-group, placebo-controlled study. Lancet 2006;367:1057–65.
Black SE, Doody R, Li H, et al. Donepezil preserves cognition and global function in patients with severe
Alzheimer’s disease. Neurology 2007;69:459-69.
Descrição
EPÉZ®
é um inibidor seletivo reversível da enzima acetilcolinesterase, a colinesterase
predominante no cérebro. É quimicamente conhecido como cloridrato de (±)-2,3-diidro-5,6-
dimetoxi-2-[[1-(fenilmetil)-4-piperidinil]metil]-1H-inden-1-ona. O cloridrato de donepezila é
comumente mencionado na literatura farmacológica como E2020. Sua fórmula molecular é
C24H29NO3HCl e seu peso molecular é 415,96. O cloridrato de donepezila é um pó branco
cristalino totalmente solúvel em clorofórmio, solúvel em água e em ácido acético glacial, muito
pouco solúvel em etanol e em acetonitrila e praticamente insolúvel em acetato de etila e n-
hexano.
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Farmacologia clínica
As teorias atuais sobre a etiologia patológica dos sinais cognitivos e dos sintomas da doença de
Alzheimer atribuem alguns deles a uma deficiência da neurotransmissão colinérgica. Acredita-
se que o cloridrato de donepezila exerça sua ação terapêutica incrementando a função
colinérgica. Isto se dá com o aumento da concentração da acetilcolina através da inibição
reversível da hidrólise pela acetilcolinesterase. Não há comprovação de que a donepezila mude
o curso do processo de demência subjacente.
Farmacocinética
Absorção
Os níveis plasmáticos máximos são atingidos aproximadamente 3 a 4 horas após a
administração oral. As concentrações plasmáticas e a AUC aumentaram de forma proporcional
à dose. A meia-vida de distribuição terminal é de aproximadamente 70 horas. Assim, a
administração de doses únicas diárias múltiplas resulta em aproximação gradativa do estado de
equilíbrio. O estado de equilíbrio é atingido em 2-3 semanas após o início da terapia. Uma vez
atingido o estado de equilíbrio, as concentrações plasmáticas do cloridrato de donepezila e a
atividade farmacodinâmica relacionada mostram pouca variabilidade em relação ao decorrer do
dia. Os alimentos não alteraram a absorção do cloridrato de donepezila.
Distribuição
A donepezila apresenta taxa de ligação a proteínas plasmáticas humanas de 95%. Em um estudo
de equilíbrio de massa conduzido em homens voluntários saudáveis, 240 h após a administração
de uma dose única de 5 mg de cloridrato de donepezila marcado com 14
C, aproximadamente
28% do fármaco marcado permaneceu não recuperado. Isso indica que a donepezila e/ou seus
metabólitos podem persistir no organismo por mais de 10 dias.
Metabolismo e Excreção
A donepezila é metabolizada pelo fígado e a via predominante de eliminação da donepezila
inalterada e seus metabólitos é renal, uma vez que 79% da dose recuperada foi encontrada na
urina e os 21% restantes nas fezes. Além disso, o fármaco-mãe (donepezila) é o produto de
eliminação predominante na urina. Os metabólitos mais importantes da donepezila são o M1 e o
M2 (via O-desalquilação e hidroxilação), o M11 e o M12 (via glicuronidação do M1 e do M2,
respectivamente), o M4 (via hidrólise) e o M6 (via N-oxidação). As concentrações plasmáticas
da donepezila diminuíram com meia-vida de aproximadamente 70 horas. Sexo, raça e história
de tabagismo não influenciaram de modo clinicamente significativo as concentrações
plasmáticas da donepezila. A farmacocinética da donepezila ainda não foi formalmente estudada
em pacientes com doença de Alzheimer. No entanto, os níveis plasmáticos médios dos pacientes
foram bem próximos dos observados em voluntários saudáveis.
EPÉZ®
está contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade ao cloridrato de
donepezila, derivados de piperidina ou qualquer excipiente usado na formulação.
Advertências
Anestesia
EPÉZ®
, como um inibidor da colinesterase, pode exacerbar o relaxamento muscular tipo
succinilcolina durante a anestesia.
Condições Cardiovasculares
Devido a sua ação farmacológica, os inibidores da colinesterase podem ter efeitos vagotônicos
sobre a frequência cardíaca (p.ex., bradicardia). O potencial desta ação pode ser particularmente
importante em pacientes com alteração do nó sinoatrial ou outras de condução cardíaca
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supraventricular, como bloqueio sinoatrial e atrioventricular. Episódios de síncope foram
relatados em associações com o uso de cloridrato de donepezila.
Condições Gastrintestinais
Através de sua ação primária, os inibidores da colinesterase podem aumentar a secreção ácida
gástrica devido ao aumento da atividade colinérgica. Portanto, os pacientes devem ser
cuidadosamente monitorados quanto a sintomas de sangramento gastrintestinal ativo ou oculto,
especialmente aqueles com maior risco de desenvolver úlceras, p.ex. aqueles com história de
doença ulcerosa ou recebendo drogas anti-inflamatórias não esteroides concomitantes. Estudos
clínicos de cloridrato de donepezila em doses de 5 mg/dia a 10mg/dia não demonstraram
aumento, em relação ao placebo, na incidência de doença ulcerosa péptica ou sangramento
gastrintestinal.
O cloridrato de donepezila, como consequência previsível de suas propriedades farmacológicas,
pode produzir diarreia, náusea e vômito. Esses efeitos, quando ocorrem, aparecem com mais
frequência na dose de 10 mg/dia do que na dose de 5 mg/dia. Na maioria dos casos, esses efeitos
têm sido leves e transitórios, algumas vezes durando de 1 a 3 semanas, e têm se resolvido com o
uso continuado de cloridrato de donepezila. Os pacientes devem ser cuidadosamente observados
no início do tratamento e após o aumento da dose.
Condições Neurológicas
Acredita-se que os colinomiméticos tenham certo potencial para causar convulsões
generalizadas. Entretanto, tal situação pode ser também uma manifestação da doença de
Alzheimer.
Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM): existem casos muito raros de relatos pós-
comercialização de síndrome neuroléptica maligna (SNM) em pacientes tratados com
com ou sem medicamentos antipsicóticos concomitantes. SNM é uma condição
potencialmente fatal caracterizada por hipertermia, rigidez muscular, instabilidade
autonômica (por ex. pulso ou pressão sanguínea irregular, taquicardia, diaforese e
disritmia cardíaca), consciência alterada e elevação dos níveis séricos de
creatinofosfoquinase (CPK). Sinais adicionais podem incluir mioglobinúria
(rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. Se um paciente desenvolver sinais e sintomas
indicativos de SNM, ou apresentar febre alta inexplicável na ausência de manifestações
clínicas adicionais de SNM, a terapia com EPÉZ®
deve ser descontinuada.
Condições Pulmonares
Devido a suas ações colinomiméticas, os inibidores da colinesterase devem ser prescritos com
cuidado a pacientes com história de asma ou doença pulmonar obstrutiva.
Rabdomiólise (Efeitos musculares): raros casos de rabdomiólise (incluindo insuficiência
renal aguda) foram relatados em pacientes tratados com EPÉZ®
, particularmente nos dias
após o início da dose e aumento da dose. A maioria destes casos ocorreu independente da
ocorrência de síndrome neuroléptica maligna (SNM).
Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados para dor, sensibilidade ou fraqueza
muscular e, escurecimento da urina, particularmente se acompanhado de mal estar e febre. Os
níveis sanguíneos de creatinofosfoquinase (CPK) devem ser avaliados nos pacientes que
apresentam estes sintomas. A terapia com EPÉZ®
deve ser descontinuada se forem medidos
níveis acentuadamente elevados de CPK e/ou se o paciente desenvolver sinais e sintomas
indicativos de rabdomiólise. Embora a decisão de descontinuar EPÉZ®
deva ser baseada na
avaliação clínica do médico que acompanha o paciente, na maioria dos casos, a terapia deve
ser interrompida quando os níveis de CPK forem iguais ou superiores a 5 vezes o limite
superior. Deve-se ter cuidado particularmente na prescrição de EPÉZ®
a pacientes com
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fatores de pré-disposição/risco tais como histórico de distúrbios musculares, hipotireoidismo
não controlado, insuficiência hepática ou renal e, em pacientes que receberam
concomitantemente medicamentos que podem causar rabdomiólise (por ex. estatinas,
antipsicóticos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina / inibidores de recaptação de
serotonina e noradrenalina).
Efeitos sobre a Capacidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas
A demência de Alzheimer pode causar comprometimento do desempenho da capacidade de
dirigir veículos ou operar máquinas. Além disso, o cloridrato de donepezila pode causar fadiga,
tontura e cãibras musculares, principalmente ao iniciar ou aumentar a dose.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois
sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Gravidez
Os estudos para avaliar o potencial teratogênico, conduzidos em ratas prenhes nas doses até
cerca de 35 vezes a dose humana (com base no peso corpóreo) e em coelhas prenhes nas doses
até aproximadamente 22 vezes a dose humana máxima aprovada (23 mg/dia) não revelaram
evidências de potencial teratogênico. No entanto, em um estudo no qual ratas prenhes
receberam aproximadamente 22 vezes a dose humana do dia 17 da gestação ao dia 20 pós-parto,
houve pequeno aumento de natimortos e pequena diminuição da sobrevida dos filhotes até o dia
4 pós-parto. Não foi observado efeito na dose seguinte mais baixa testada, aproximadamente 6,5
vezes a dose humana.
Não há estudos adequados ou bem controlados em mulheres grávidas. O cloridrato de
donepezila deve ser usado durante a gravidez apenas se os benefícios potenciais justificarem os
riscos potenciais ao feto.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Lactação
Não se sabe se o cloridrato de donepezila é excretado no leite humano e não existem estudos em
mulheres lactantes.
Atenção: Epéz 10mg contém corantes que podem, eventualmente, causar reações alérgicas
Deve-se evitar a administração do cloridrato de donepezila concomitantemente a outros
inibidores da colinesterase.
O cloridrato de donepezila e seus metabólitos não inibem o metabolismo da teofilina, varfarina,
cimetidina, digoxina, tioridazina, risperidona e sertralina em humanos. O metabolismo do
cloridrato de donepezila não é alterado pela administração concomitante de digoxina,
cimetidina, tioridazina, risperidona e sertralina. Em um estudo em pacientes com doença de
Parkinson que receberam tratamento ideal com l-dopa/carbidopa, a administração do cloridrato
de donepezila por 21 dias não teve efeitos sobre os níveis sanguíneos da l-dopa ou da carbidopa.
Nesse estudo, não foram observados efeitos sobre a atividade motora. Os estudos in vitro
demonstraram que a isoenzima 3A4 do citocromo P450 e, em menor grau, a 2D6 estão
envolvidas no metabolismo da donepezila. Os estudos de interação medicamentosa realizados in
vitro demonstram que o cetoconazol e a quinidina, inibidores conhecidos da CYP3A4 e da
CYP2D6, respectivamente, inibem o metabolismo da donepezila. Portanto, esses e outros
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inibidores da CYP3A4, como o itraconazol e a eritromicina, e os inibidores da CYP2D6, como a
fluoxetina, poderiam inibir o metabolismo da donepezila. Em um estudo em voluntários
saudáveis, o cetoconazol aumentou as concentrações médias da donepezila em cerca de 30%.
Esses aumentos são menores que os provocados pelo cetoconazol para outros agentes que
utilizam a mesma via da CYP3A4. A administração da donepezila não tem efeito sobre a
farmacocinética do cetoconazol.
Com base em estudos in vitro, a donepezila demonstra pequena ou nenhuma evidência de
inibição direta da CYP2B6, CYP2C8 e CYP2C19 em concentrações clinicamente relevantes.
Os indutores enzimáticos como a rifampicina, a fenitoína, a carbamazepina e o álcool, podem
reduzir os níveis de donepezila. Como a magnitude do efeito inibitório ou indutor ainda é
desconhecida, essas associações medicamentosas devem ser usadas com cautela. O cloridrato de
donepezila tem potencial para interferir com medicamentos com ação anticolinérgica. Também
há potencial para atividade sinérgica com o tratamento concomitante com medicamentos como a
succinilcolina e outros bloqueadores neuromusculares, mas um estudo in vitro demonstrou que
o cloridrato de donepezila apresenta efeitos mínimos sobre a hidrólise da succinilcolina.
Também existe potencial para ação sinérgica com agonistas colinérgicos ou betabloqueadores
que apresentam efeitos sobre a condução cardíaca.
A donepezila não demonstrou ser substrato da glicoproteína-P em um estudo in vitro.
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Desde que respeitados os cuidados de
armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua
fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
EPÉZ®
5 mg: comprimido de coloração branca a quase branca, circular, biconvexo, revestido
por uma película e gravado com “5” de um lado e sulcado do outro lado.
10 mg: comprimido de coloração pêssego, circular, biconvexo, revestidos por uma
película e gravado com “10” de um lado e sulcado do outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de Usar
EPÉZ®
deve ser administrado por via oral e deve ser tomado à noite, logo antes de deitar.
Posologia
Adultos/Idosos
O cloridrato de donepezila deve ser tomado por via oral, uma vez por dia. As doses clinicamente
eficazes são 5 e 10 mg nos pacientes com doença leve a moderadamente grave. A dose de 10
mg é a dose clinicamente eficaz nos pacientes com doença moderadamente grave a grave. A
dose inicial é de 5 mg/dia e pode ser aumentada para 10 mg/dia após 4 a 6 semanas.
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Tratamento de Manutenção
O tratamento de manutenção pode ser mantido enquanto houver benefício terapêutico para o
paciente.
Com a descontinuação do tratamento, observa-se diminuição gradativa dos efeitos benéficos do
cloridrato de donepezila. Não há evidências de efeito rebote ou de abstinência após a
descontinuação repentina da terapia.
Comprometimento Renal e Hepático
Os pacientes com insuficiência hepática leve a moderada ou renal podem seguir um esquema
posológico semelhante porque a depuração do cloridrato de donepezila não é significativamente
alterada por essas condições.
Crianças
Não existem estudos adequados e bem controlados para documentar a segurança e a eficácia do
cloridrato de donepezila em qualquer tipo da doença que ocorre em crianças.
EPÉZ® deve ser tomado à noite, logo antes de deitar.
poderá ser tomado com ou sem alimentos.
A dose de EPÉZ®
não deve ser duplicada caso o paciente esqueça uma dose.
Este medicamento pode ser partido.
As reações adversas estão relacionadas de acordo com a frequência do CIOMS:
Muito Comum: ≥ 10%
Comum: ≥ 1% e < 10%
Incomum: ≥ 0,1% e < 1%
Rara: ≥ 0,01% e < 0,1%
Muito Rara: < 0,01%
Doença de Alzheimer Leve a Moderadamente Grave
Os eventos adversos apresentados foram:
Reação muito comum: diarreia, cefaleia e náusea.
Reação comum: dores, acidentes, fadiga, síncope, vômitos, anorexia, cãibras, insônia, tontura,
resfriado comum e distúrbios abdominais.
Foram observados casos de bradicardia, bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular e
hipocalemia.
Não foram observadas anormalidades relevantes nos valores laboratoriais associados ao
tratamento, com exceção dos pequenos aumentos das concentrações séricas de
creatinofosfoquinase muscular.
Tabela 1. Eventos adversos relatados nos estudos clínicos controlados em no mínimo 2% dos
pacientes com doença de Alzheimer leve a moderadamente grave em uso de cloridrato de
donepezila e com frequência mais alta que no grupo placebo.
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SISTEMA CORPÓREO / EVENTO ADVERSO donepezila
(n=747)
placebo
(n=355)
Porcentagem de pacientes com algum evento adverso
74% 72%
Corpo como um todo
Cefaleia 10% 9%
Dor, vários locais 9% 8%
Acidentes 7% 6%
Fadiga 5% 3%
Sistema Cardiovascular
Síncope 2% 1%
Sistema Digestivo
Náusea 11% 6%
Diarreia 10% 5%
Vômitos 5% 3%
Anorexia 4% 2%
Sistema Musculoesquelético
Cãibras 6% 2%
Sistema Nervoso
Insônia 9% 6%
Tontura 8% 6%
Sintomas Psiquiátricos
Sonhos Anormais 3% 0%
Doença de Alzheimer Grave
Reação muito comum: diarreia e quedas.
Reação comum: infecção do trato urinário, nasofaringite, vômitos, agitação, náuseas, cefaleia
e agressividade.
Tabela 2. Eventos adversos relatados nos estudos clínicos controlados em no mínimo 5%
dos pacientes com doença de Alzheimer grave em uso de cloridrato de donepezila e com
frequência mais alta que no grupo placebo.
SISTEMA CORPÓREO / EVENTO
ADVERSO
donepezila
(n = 573, 477 randomizados
para 10 mg, 96 randomizados
para 5 mg)
(%)
Placebo
(n= 465)
Número total de pacientes com eventos
adversos (todas as causas)
80,8 74,0
Diarreia 10,3 4,1
Queda 10,1 8,8
Infecção do trato urinário 8,2 7,1
Nasofaringite 8,2 6,2
Vômito 7,5 3,9
Agitação 6,3 6,5
Náusea 5,6 2,6
Cefaleia 5,1 3,0
Agressão 5,1 2,4
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Experiência Pós-Comercialização
Existem relatos pós-comercialização de alucinações, agitação, comportamento agressivo,
convulsão, hepatite, úlcera gástrica, úlcera duodenal, hemorragia gastrintestinal,
rabdomiólise e síndrome Neuroléptica maligna (SNM).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.