Bula do Esclerovitan pl produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ESCLEROVITAN®
PL
Merck S/A
Cápsulas gelatinosas
palmitato de retinol 5.000 UI
cloridrato de piridoxina 100 mg
acetato de racealfatocoferol 300 mg
Esclerovitan®
palmitato de retinol, cloridrato de piridoxina, acetato de racealfatocoferol
APRESENTAÇÕES
Embalagem contendo 30 cápsulas gelatinosas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula contém:
vitamina A (palmitato de retinol) .............................................. 5.000 Ul
vitamina B6 (cloridrato de piridoxina) ....................................... 100 mg
vitamina E (acetato de racealfatocoferol) ................................... 300 mg
Excipientes: cera alba, lecitina de soja e óleo de soja.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Restabelecimento da integridade estrutural do epitélio glandular e do estroma conjuntivo das
mamas. Suplemento vitamínico em dietas restritivas e inadequadas, na prevenção de cegueira
noturna/xeroftalmia, como auxiliar nas anemias carenciais e antioxidante.
Um grupo de 26 pacientes com quadro clínico de displasia mamária foi tratado com uma
associação de altas doses de Vitaminas, A, E e B6 (100.000 U I/dia; 600 mg/dia e 200 mg/dia,
respectivamente), durante quatro meses consecutivos. A eficácia da terapêutica foi estimada
com base na evolução das lesões encontradas pelo investigador, assim como pelo
comportamento da sintomatologia verificado pelas pacientes através de autoavaliação. Desse
modo, verificou-se cura em 68,2%, melhora acentuada em 23,1% e pequena melhora em 7,7%
da casuística. Efeitos colaterais foram relatados por quatro pacientes; três queixaram-se de
náuseas de intensidade leve e duração transitória, que cederam espontaneamente, e uma
relatou discreto atraso menstrual que surgiu após o início do tratamento. Com base na eficácia
e tolerabilidade observadas, conclui-se que esta associação vitamínica representa uma
alternativa importante na terapia das displasias mamárias.
Referência: Santos, MM; Carmo, PAO. Terapêutica das displasias mamárias com uma
associação de vitaminas A, E e B6. J. bras. ginecol; 96(1/2): 45-9, 1986
Esclerovitan®
PL associa em sua fórmula as vitaminas A, B6 e E, necessárias às reações
relacionadas com o metabolismo de lipídeos e proteínas e à preservação de células e tecidos
como o epitelial e o conjuntivo.
A vitamina A é indispensável para a conservação da integridade funcional e estrutural das
células epiteliais de todo o organismo, em especial as da retina. Segundo alguns autores, essa
vitamina previne ou faz regredir alterações caracterizadas por hiperplasia e menor
diferenciação celular. A deficiência de vitamina A parece aumentar a sensibilidade à
carcinogênese e, por reduzir a capacidade secretora de epitélios produtores de muco, também
o surgimento de processos irritativos e infecciosos.
A vitamina B6 participa como coenzima em diversas reações de transformação de
aminoácidos e no metabolismo de neurotransmissores. Sua carência provoca alterações na
pele e mucosas (dermatite seborreica, glossite, estomatite), na hematopoese (anemia
sideroblástica) e no sistema nervoso (convulsões, neurites, diminuição na concentração dos
neurotransmissores norepinefrina e 5-hidroxitriptamina).
Diversos estudos conferem à vitamina E ação antioxidante e protetora das membranas
celulares contra agressões por peróxidos e radicais livres. Essa vitamina atua sobre o tecido
mesenquimatoso, prevenindo a esclerose do colágeno. Facilita a absorção e a utilização da
vitamina A, protegendo contra efeitos decorrentes da hipervitaminose A.
Essas três vitaminas influenciam também a produção e atividade dos hormônios femininos:
A vitamina A pode antagonizar a produção de estrogênio pelo folículo ovariano.
A vitamina B6 influi na atividade dos hormônios esteroidais, por interação com
complexos esteroide-receptores e melhora do metabolismo hepático dos estrogênios.
Estimulando a síntese de dopamina, inibe a produção de prolactina.
A vitamina E inibe a oxidação e facilita o processo de redução do estradiol; modula o
equilíbrio estrogênio/progesterona; altera o nível de androgênios suprarrenais e
gonadotrofinas.
As ações das três vitaminas sobre os tecidos epitelial e conjuntivo e sobre o quadro hormonal
justificam o uso de Esclerovitan®
PL no tratamento das displasias mamárias (mastopatias
fibrocísticas), para cuja gênese se admite um desequilíbrio na relação
estrogênio/progesterona. Favorecendo a diferenciação epitelial e a preservação do tecido
conjuntivo, Esclerovitan®
PL melhora significativamente a sintomatologia das pacientes com
displasias mamárias.
O produto está contraindicado na gravidez, pois existem relatos de teratogenicidade e
embriotoxicidade quando do uso de vitamina A, em doses superiores a 10.000UI/dia, durante
a gestação. Está também contraindicado na hipervitaminose A e na hipersensibilidade a
qualquer um dos excipientes.
Esclerovitan®
PL não deve ser tomado por pacientes parkinsonianos em uso de levodopa pura,
não associada a inibidores da descarboxilase, pois a vitamina B6 inibe a ação terapêutica da
levodopa isolada. O produto também não deve ser usado por pessoas com alergia a qualquer
um dos componentes.
Mulheres em uso de anticoncepcionais devem utilizar doses menores de Esclerovitan®
PL,
uma vez que esses agentes aumentam o nível sanguíneo de vitamina A.
A vitamina E é contraindicada em casos de hipoprotombinemia devido à deficiência de
vitamina K e contraindicada em casos de anemia ferropriva.
Se durante o tratamento de mulheres na fase fértil da vida a menstruação não surgir, o uso de
Esclerovitan®
PL deverá ser imediatamente descontinuado. Usar com cuidado em pacientes
com insuficiência renal crônica. Mulheres em uso de anticoncepcionais devem utilizar doses
menores de Esclerovitan®
PL, uma vez que esses agentes aumentam o nível sanguíneo de
vitamina A. Medicamentos contendo vitamina B6 não devem ser administrados a pacientes
parkinsonianos em uso de levodopa isolada. A vitamina B6 pode inibir a lactação por
supressão da prolactina. Devido às vitaminas sofrerem metabolização hepática e serem
excretadas na urina, o uso do medicamento em pacientes com insuficiência hepática e
insuficiência renal deve ser cauteloso e avaliado pelo médico assistente.
Gravidez e lactação
O uso de Esclerovitan®
PL é contraindicado durante a gravidez. Existem relatos de
teratogenicidade e embriotoxicidade quando do uso de vitamina A, em doses superiores a
10.000UI/dia, durante a gestação. A Vitamina B6 pode inibir a lactação por supressão da
prolactina.
Categoria de risco X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou
Vitamina A
Doses elevadas de hidróxido de alumínio diminuem a absorção da vitamina A.
Anticoagulantes cumarínicos ou indandiônicos podem causar hipoprotombinemia. Colestipol,
colestiramina, óleo mineral, neomicina oral ou sucralfato podem interferir na absorção de
vitamina A. A vitamina E pode aumentar a absorção de vitamina A, aumentar sua
armazenagem no fígado. O uso de anticoncepcionais orais pode aumentar as concentrações
plasmáticas de vitamina A.
Vitamina B6
O uso concomitante de vitamina B6 pode reduzir os níveis séricos de fenobarbital e fenitoína.
A piridoxina reforça a descarboxilação periférica da levodopa e reduz sua eficácia no
tratamento da doença de Parkinson. A administração concomitante de carbidopa com
levodopa previne este efeito. O cloridrato de piridoxina não deve ser administrado em
pacientes sob tratamento com levodopa unicamente. Cloranfenicol, etionamida, hidralazina,
imunossupresores (como adrenocorticoides, azatioprina, ciclofosfamida, ciclosporina,
clorambucila, corticotrofina, mercaptopurina), isoniazida, ou penicilina podem causar anemia
ou neurite periférica por sua ação antagônica à piridoxina. Estrogênios ou anticoncepcionais
orais contendo estrogênio podem aumentar as necessidades de piridoxina.
Vitamina E
Pode prejudicar a resposta hematológica em pacientes com anemia ferropriva. Grandes
quantidades de hidróxido de alumínio podem precipitar os ácidos biliares no intestino delgado
superior, reduzindo assim a absorção de vitaminas lipossolúveis. Anticoagulantes cumarínicos
ou indandiônicos podem causar hipoprotombinemia. Colestiramina ou óleo mineral podem
interferir na absorção de vitamina E. Doses elevadas de ferro podem interferir na sua absorção
e aumentar seus requisitos diários
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e proteger da umidade. Prazo de
validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento
com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As cápsulas de Esclerovitan®
PL têm formato oval e cor marron avermelhada. Seu conteúdo é
um líquido oleoso de cor amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
De uma a duas cápsulas ao dia, ingeridas com um pouco de água, durante ou após as
refeições. O tempo de tratamento é de dois a três meses.
Pacientes idosos
Não existem advertências ou recomendações especiais sobre o uso do produto em pacientes
idosos.
Vitamina A
O uso de doses de vitamina A iguais ou superiores a 1.000.000Ul/dia, por três ou mais dias,
pode provocar hipervitaminose aguda e a utilização de doses iguais ou superiores a 50.000UI,
por 12 ou mais meses, hipervitaminose crônica. A intoxicação pela vitamina A manifesta-se
por alterações cutâneo-mucosas, perda de cabelo, cefaleia, perturbações neurológicas (insônia,
irritabilidade, diplopia), náuseas, vômitos, anorexia, fenômenos hemorrágicos, hipo ou
hipermenorreéia, crises convulsivas, aumento da fotossensibilidade, dores articulares.
Vitamina B6
Neuropatia sensorial ou síndromes neuropáticas quando tomada em doses de 50mg a 2g por
dia por tempo prolongado, progredindo desde andar vacilante e pés entorpecidos até
adormecimento e desajeitamento das mãos; este quadro é reversível. Pode inibir a lactação
por supressão da prolactina.
Vitamina E
Fadiga, fraqueza, náusea, tontura, cefaleia, visão turva, flatulência, diarreia, dermatite,
aumento da mama em homens e mulheres.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
As reações adversas dependem fundamentalmente de superdose da vitamina A. Nesse caso
suspender imediatamente a ingestão do medicamento. Como não existe tratamento específico,
utilizar medidas sintomáticas. Alguns sinais e sintomas desaparecem em uma semana, outros
podem persistir durante várias semanas ou meses.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.