Bula do Estreva produzido pelo laboratorio Teva Farmacêutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ESTREVA®
(estradiol hemiidratado)
Teva Farmacêutica Ltda.
Gel
0,1%
TEVA FARMACÊUTICA LTDA. - BRASIL.
estradiol hemiidratado
APRESENTAÇÕES
Gel.
(estradiol hemiidratado) é apresentado em embalagem contendo 1 frasco de 50 g com bomba
dosadora.
USO PERCUTÂNEO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada 0,5 g de ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) contém:
estradiol*......................................0,5 mg
Cada pressão na bomba dosadora libera 0,5 g de gel.
Excipientes: álcool etílico, éter monoetílico de dietilenoglicol, edetato de sódio, carbômer,
propilenoglicol, trolamina, água purificada.
* na forma de estradiol hemiidratado; 1,0000 mg de estradiol equivale a 1,0325 mg de estradiol
hemiidratado.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) é destinado para correção da deficiência estrogênica na mulher
menopausada, ooferoctomizada ou com hipofunção gonadal, que pode se manifestar como distúrbios
vasomotores (fogachos), alterações do trofismo gênito-urinário (atrofia vulvo-vaginal, dispareunia,
incontinência urinária) e problemas psíquicos (distúrbios do sono, astenia).
O estudo que avaliou o uso do estradiol em gel administrado por via percutânea clinicamente com o
nomegestrol em mulheres na pós-menopausa durante 6 meses demonstrou eficácia no tratamento da
síndrome de deficiência estrogênica. Os sintomas climatéricos melhoraram significantemente após o
início do tratamento. A incidência de fogachos diminuiu de 84% para 12% após 6 meses de tratamento. A
prevalência de atrofia cérvico-vaginal documentada através de exame clínico e esfregaço foi reduzida de
40% no início do tratamento para 12% após 3 meses e 8% após 6 meses de tratamento. A incidência dos
sintomas de dispareunia, que antes do tratamento era de 40%, foi reduzida para 8% após 6 meses de
tratamento.
Referência: Foidart JM et al.: Impact of percutaneous oestradiol gels in posmenopausal hormone
replacement therapy on clinical symptoms and endometrium. Br J Obstet Gynaecol 1997 (104) 305-310.
Grupo Farmacoterapêutico: Estrógenos.
Código ATC: G03CA03.
Propriedades Farmacodinâmicas e Farmacocinéticas
ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) possui as propriedades gerais do estrógeno fisiológico secretado
pelos ovários, o 17 ß-estradiol. O estradiol natural é produzido nos folículos ovarianos sob a influência da
hipófise. Na mulher os estrógenos estimulam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e
também são responsáveis pelas modificações endometriais durante o ciclo menstrual. O estradiol é rápida
e completamente absorvido a partir do trato gastrointestinal, através da pele e mucosas. O metabolismo é
fundamentalmente hepático e a excreção de seus metabólitos é feita principalmente pela via urinária. A
estrogenioterapia por via percutânea evita o efeito da primeira passagem hepática, responsável pelo
aumento da síntese do angiotensinogênio, das lipoproteínas VLDL e de certos fatores de coagulação, que
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poderiam favorecer os efeitos secundários cardiovasculares, tromboembólicos e metabólicos. Em um
estudo de farmacocinética, a aplicação de 1,5 g de ESTREVA®
Gel (equivalente a 1,5 mg de estradiol)
em uma superfície de 400 cm2
de pele abdominal, foi seguida pelo aumento progressivo dos níveis de
estradiol que, após administração única, atinge inicialmente 40 pg/mL. Com a aplicação repetida da
mesma dose sobre a mesma superfície corporal, o estado de equilíbrio é alcançado em 4 dias. As
concentrações média 24 horas após a última aplicação são da ordem de 40 pg/mL, e o pico médio no 22º
dia é de 70 pg/mL. A biodisponibilidade do estradiol percutâneo depende da superfície de aplicação e
varia de um indivíduo para outro, sendo necessária a adaptação individualizada da posologia em função
da sintomatologia clínica.
ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) é contraindicado nos seguintes casos:
Histórico ou suspeita de câncer de mama;
Histórico ou suspeita de tumor maligno estrógeno-dependente (por ex., câncer endometrial);
Histórico ou suspeita de tumor hipofisário;
Hemorragia vaginal de causa desconhecida;
Hiperplasia endometrial não tratada;
Antecedente ou quadro de tromboembolismo venoso (trombose venosa profunda, embolia pulmonar);
Distúrbios trombofílicos diagnosticados (por ex., deficiência de Proteína C, Proteína S ou
antitrombina, vide Seção 5. Advertências e Precauções);
Doença tromboembólica arterial ativa ou recente (por ex., angina, infarto do miocárdio);
Doença hepática aguda ou histórico de doença hepática na qual a função hepática não tenha retornado
à normalidade;
Hipersensibilidade conhecida ao estradiol hemiidratado ou a qualquer componente da formulação;
Porfiria;
Ostopongiosee doenças do tecido cognitivo;
Gravidez.
Este medicamento é contraindicado para uso por homens.
O uso de estrógenos em pacientes com história de tumores benignos de mama, distrofias uterinas
(hiperplasia, mioma), endometriose, elevação da concentração sanguínea de prolactina com galactorreia,
colestase recorrente ou gestacional e insuficiência renal, deve ser cuidadosamente avaliado. Incluem-se
ainda por prudência, as seguintes patologias, já que a experiência clínica de utilização de estradiol
percutâneo ao longo prazo é limitada: afecções cardiovasculares (valvulopatias, arritmias trombogênicas),
acidentes cerebrovasculares e patologias oculares de origem vascular.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) para tratamento de sintomas da menopausa somente deve ser
iniciada para tratamento dos sintomas que afetam a qualidade de vida da paciente. Em todos os casos,
avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios deve ser realizada ao menos anualmente e a TRH somente
deve ser continuada enquanto os benefícios superarem os riscos do tratamento.
Evidências em relação aos riscos associados à TRH no tratamento de menopausa prematura são limitadas.
No entanto, devido ao baixo nível de risco absoluto em mulheres jovens, o balanço risco-benefício pode
ser mais favorável nestas em relação às mulheres mais velhas.
Avaliação médica e acompanhamento
Antes de iniciar ou reinstituir a TRH deve ser realizada avaliação do histórico médico e familiar completo
da paciente. Exame físico (incluindo da pélvis e mama) deve ser direcionado de acordo com tais
históricos, assim como as contraindicações e advertências de uso. É recomendado acompanhamento da
paciente, sendo a frequência e natureza do acompanhamento adaptadas individualmente para cada
paciente. As pacientes devem ser informadas sobre as alterações nos exames de mama que devem ser
informados ao médico ou enfermeiro (vide “Câncer de Mama” abaixo). Exames investigativos, incluindo
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exames de imagem apropriados (por ex., mamografia) devem ser realizados de acordo com as práticas
clínicas, e modificados de acordo com as necessidades clínicas individuais de cada paciente.
É necessária a realização de exames clínicos, antes e durante o tratamento. Deve-se monitorar a pressão
arterial, o peso, as mamas e o útero. Deve-se dedicar especial atenção às pacientes portadoras de
epilepsia, asma, distúrbios da função hepática leves ou moderados, hipertensão arterial severa e às com
antecedentes familiares de câncer de mama. Antes de se iniciar o tratamento deve ser confirmada a
ausência de doenças estrógeno dependentes. Qualquer sangramento intermenstrual durante o tratamento
deve ser cuidadosamente investigado.
Condições que requerem acompanhamento médico
Caso alguma das seguintes condições esteja presente, tenha ocorrido previamente e/ou tenha sido
agravada durante a gravidez ou tratamento hormonal anterior, a paciente deve ser rigorosamente
acompanhada. Deve-se levar em consideração que estas condições podem ocorrer novamente ou ser
agradavas durante o tratamento com estradiol, em particular:
• Leiomioma (fibroides uterinos) ou endometriose;
• Fatores de risco para distúrbios tromboembólicos (vide abaixo);
• Fatores de risco para tumores malignos estrógeno-dependentes, tal como hereditariedade de 1º grau
para câncer de mama;
• Hipertensão;
• Distúrbios hepáticos, tais como adenoma hepático;
• Diabetes mellitus com ou sem envolvimento vascular;
• Colelitíase;
• Enxaqueca ou cefaleia severa;
• Lúpus eritematoso sistêmico;
• Histórico de hiperplasia endometrial (vide abaixo);
• Epilepsia;
• Asma;
• Otosclerose.
Condições para descontinuação imediata do tratamento
O tratamento com estradiol deve ser descontinuado caso seja descoberta alguma contraindicação e nas
seguintes situações:
• Icterícia ou deterioração da função hepática;
• Aumento significativo da pressão sanguínea;
• Novo início de cefaleia do tipo enxaqueca;
• Gravidez.
Hiperplasia endometrial e carcinoma
• Em mulheres com útero intacto o risco de hiperplasia endometrial e carcinoma é aumentado quando
estrógenos são administrados isoladamente por período prolongado. O risco de câncer endometrial é 2
a 12 vezes superior em pacientes em tratamento com estrógeno isolado quando comparado com
indivíduos que não realizam o tratamento, dependendo da duração do tratamento e da dose de
estrógeno (vide Seção 9. Reações Adversas). Após o término do tratamento o risco pode permanecer
elevado por ao menos 10 anos.
• A terapia combinada com progestágenos cíclicos por ao menos 12 dias por mês / 28 dias de ciclo ou
terapia combinada estrógeno-progestágeno contínua em mulheres não histerectomizadas previne o
risco excessivo associado à TRH de estrógeno isolado.
• A segurança endometrial da terapia combinada com progestágenos no caso de doses orais de estradiol
> 2 mg, estrógenos equinos conjugados > 0,625 mg e adesivos transdérmicos > 50 µg/dia não foi
demonstrada.
• Sangramento intermitente e sangramento de escape podem ocorrer durante os primeiros meses de
tratamento. Caso ocorram após algum tempo após o início do tratamento ou caso persistam após
descontinuação do tratamento, a razão deve ser investigada, podendo incluir biopsia endometrial para
excluir a possibilidade de malignidade endometrial.
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• Estimulação estrogênica sem oposição pode levar à transformação pré-maligna ou maligna em foco
residual de endometriose. Portanto, a terapia combinada com progestágenos deve ser considerada em
mulheres que sofreram histerectomia devido à endometriose, caso apresentem endometriose residual.
Câncer de mama
A incidência geral sugere risco aumentado de câncer de mama em mulheres recebendo terapia combinada
estrógeno-progestágeno, e possivelmente em TRH com estrógeno isolado, que é dependente da duração
da TRH.
Terapia combinada estrógeno-progestágeno
• O estudo clínico randomizado controlado por placebo (Women’s Health Initiative - WHI) e estudos
epidemiológicos são consistentes com o achado de risco aumentado de câncer de mama em mulheres
recebendo terapia combinada estrógeno-progestágeno como TRH durante cerca de 3 anos (vide Seção
9. Reações Adversas).
Terapia com estrógeno isolado
• O estudo clínico WHI não demonstrou aumento do risco de câncer de mama em mulheres
histerectomizadas recebendo TRH com estrógeno isolado. Estudos observacionais mais recentes
demonstraram risco ligeiramente aumentado do risco de câncer de mama, porém substancialmente
inferior ao observado em mulheres recebendo terapia combinada estrógeno-progestágeno (vide Seção
O risco aumentado se torna aparente após alguns anos de uso, porém retorna ao basal dentro de alguns (na
maioria 5) anos após o término do tratamento.
A TRH, especialmente a terapia combinada estrógeno-progestágeno, aumenta a densidade de imagens de
mamografia, o que pode afetar a detecção radiológica de câncer de mama.
Câncer de ovário
Câncer de ovário é muito mais raro do que câncer de mama. Tratamento por longo período (ao menos 5-
10 anos) com terapia com estrógeno isolado foi associado a risco ligeiramente aumentado de câncer de
ovário (vide Seção 9. Reações Adversas). Alguns estudos clínicos, incluindo o WHI, sugerem que a TRH
combinada pode estar associada a risco similar, ou ligeiramente menor (vide Seção 9. Reações Adversas).
Tromboembolismo venoso
• TRH está associada a risco 1,3-3 vezes para desenvolvimento de tromboembolismo venoso (trombose
venosa profunda ou embolia pulmonar). A ocorrência de tal evento é mais frequente no primeiro ano
de TRH do que mais tarde (vide Seção 9. Reações Adversas).
• Fatores de risco geralmente associados com tromboembolismo venoso incluem o uso de estrógenos,
idade avançada, cirurgia de grande porte, imobilização prolongada, obesidade (IMC > 30 kg/m2
),
gravidez / período pós-parto, lúpus eritematoso sistêmico e câncer. Não existe consenso sobre o
possível papel de veias varicosas no tromboembolismo venoso.
• Medidas profiláticas devem ser consideradas para prevenir tromboembolismo venoso em todos os
pacientes em período pós-operatório. Caso imobilização prolongada seja necessária após a cirurgia,
interromper temporariamente a TRH durante 4 a 6 semanas antes da cirurgia é recomendado. O
tratamento não deve ser reiniciado até que a paciente retome completamente a mobilidade.
• Mulheres em tratamento com anticoagulantes crônicos requerem avaliação cuidadosa do risco-
benefício do uso de TRH.
• Caso tromboembolismo venoso seja desenvolvimento após o início da TRH, a terapia deve ser
descontinuada. Os pacientes devem ser instruídos a contatar imediatamente o médico caso apresentem
sintomas tromboembólicos potenciais (tais como inchaço doloroso da perna, dor repentina no peito,
dispneia).
• Pacientes com histórico de tromboembolismo venoso ou distúrbios tromboembólicos conhecidos
apresentam risco de tromboembolismo venoso, e a TRH pode aumentar este risco. Desta forma, TRH
é contraindicada para estes pacientes (vide Seção 4. Contraindicações).
• Mulheres sem histórico pessoal de tromboembolismo venoso, porém com parente de primeiro grau
com histórico de trombose em idade tenra devem ser submetidas a exames após avaliação cuidadosa
das limitações destes testes (já que apenas alguns distúrbios trombofílicos são identificados através
destes testes). Caso distúrbio trombofílico diferente da trombose familiar seja identificado ou caso o
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distúrbio seja classificado como “severo” (tais como deficiência de antitrombina, proteína S ou
proteína C ou combinação dos distúrbios), a TRH é contraindicada.
Doença arterial coronariana
Não existem evidências dos estudos clínicos randomizados de proteção contra infarto do miocárdio em
mulheres com ou sem doença arterial coronariana existente que receberam TRH combinada ou com
estrógeno isolado.
• O risco relativo de doença arterial coronariana durante o uso de TRH combinada é ligeiramente
aumentado. Como o risco absoluto de doença arterial coronariana no basal é muito dependente da
idade, o número de casos extras de doença arterial coronariana devido à TRH combinada é muito
baixo mulheres saudáveis próximas à menopausa, porém aumentam com a idade avançada.
• Dados de estudos clínicos controlados randomizados não indicam risco aumentado de doença arterial
coronariana em mulheres histerectomizadas utilizando TRH com estrógeno isolado.
Acidente vascular encefálico
• TRH combinada e TRH com estrógenos isolados são associadas com risco aumentado de até 1,5 vezes
de acidente vascular encefálico. O risco relativo não altera com a idade ou tempo desde a menopausa.
No entanto, como o risco basal de acidente vascular encefálico é altamente dependente da idade, o
risco geral em mulheres em tratamento com TRH aumenta com a idade (vide Seção 9. Reações
Adversas).
Outras condições
• Estrógenos podem causar retenção de líquidos e, portanto, pacientes com disfunções cardíacas ou
renais devem ser cuidadosamente observadas.
• Mulheres com hipertrigliceridemia pré-existente devem ser cuidadosamente observadas durante a
TRH, já que raros casos de grandes elevações de triglicérides plasmáticos que levaram à pancreatite
foram relatados em pacientes com esta condição recebendo estrógeno.
• Os estrógenos aumentam a globulina ligadora de tiroxina (TBG), levando a elevação do hormônio
tireoide circulante total, conforme medido por iodo ligado à proteína (PBI), níveis de T4 (por columa
ou radioimunoensaio) ou níveis de T3 (por radioimunoensaio). A recaptura de T3 é diminuída,
refletindo o TBG elevado. As concentrações de T4 e T3 permanecem inalteradas. Outras proteínas
ligadoras podem estar elevadas no plasma, tais como globulina ligadora de corticoide (CBG),
globulina ligadora de hormônio sexual (SHBG), levando a elevação dos corticosteroides circulantes e
esteroides sexuais, respectivamente. As concentrações de hormônios biológicos ou livres permanecem
inalteradas. Outras proteínas plasmáticas podem aparecer elevadas (substrato
angiotensinogênio/renina, alfa-I-antitripsina, ceruloplasima).
• A TRH não melhora a função cognitiva. Existe alguma evidência de risco aumentado de provável
demência em mulheres que iniciam uso contínuo de TRH combinada ou TRH com estrógeno isolado
após a idade de 65 anos.
Populações especiais
Deve-se levar em conta que as pacientes idosas são geralmente mais susceptíveis às reações adversas e
que, apesar de ESTREVA®
ser um estrógeno natural, o risco de doenças tromboembólicas relacionadas à
utilização de estrógenos sintéticos torna-se acentuado com a idade. O medicamento destina-se ao uso
exclusivamente em adultos.
Gravidez
ESTREVA®
é contraindicado para mulheres grávidas. O tratamento com ESTREVA®
deve ser
interrompido imediatamente caso a paciente fique grávida.
No caso de administração acidental, o tratamento deverá ser interrompido, não sendo necessário adotar-se
outra medida, pois se trata de um hormônio natural cuja administração não determina níveis plasmáticos
elevados após administração.
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Categoria X de risco na gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Lactação
é contraindicado para mulheres que estejam amamentando.
Excipientes
contém o excipiente propilenoglicol em sua formulação, que pode causar irritação cutânea.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Os medicamentos que produzem indução enzimática, especificamente indutores das enzimas do
citocromo P450, tais como anticonvulsivantes (por ex., fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) e agentes
anti-infecciosos (por ex., rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz) podem afetar a ação dos
estrógenos devido ao aumento do metabolismo destes. Ritonavir e nelfinavir, apesar de serem inibidores
enzimáticos, exibem propriedades de indução enzimática quando administrados concomitantemente com
hormônios esteróides.
Preparações herbais contendo erva de São João (Hypericum perforatum) podem induzir o metabolismo de
estrógenos.
A estrogenoterapia administrada por via percutânea evita o efeito da primeira passagem hepática e,
portanto, estrógenos administrados por via percutânea são menos afetados por administração
concomitante com fármacos indutores enzimáticos do que quando administrados por via oral.
Clinicamente, o aumento do metabolismo de estrógenos e prostágenos podem levar à redução do efeito e
alterações no perfil de sangramento uterino.
O uso concomitante com protetor solar pode afetar a absorção do medicamento. Não há restrições
específicas quanto ao uso do ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) e ingestão concomitante de alimentos
ou bebidas.
ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) apresenta prazo de validade de 36 meses a partir da data de
fabricação, devendo ser conservado a temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamentos com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas: ESTREVA®
é um gel translúcido e inodoro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Posologia
ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) é apresentado em frasco com bomba dosadora. Cada pressão na
bomba libera 0,5 g de gel (equivalente a 0,5 mg de estradiol). A posologia média é de 1,5 g de gel por dia
(três compressões). As doses e a duração do tratamento podem variar em função da necessidade da
paciente, de uma eventual produção estrogênica residual e das particularidades farmacocinéticas
individuais. A posologia será eventualmente readaptada após 2 ou 3 ciclos de tratamento, em função da
sintomatologia clínica: diminuição da dose nos casos de manifestações hiperestrogênicas ou aumento da
dose nos casos de manifestações de hipoestrogenismo. Em mulheres com útero intacto, é altamente
recomendável à associação de um progestágeno oral de forma sequencial (12 a 14 dias) ou contínua
(durante todo o mês).
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Modo de usar
A aplicação do gel deverá ser feita pela própria paciente, sobre pele limpa, de preferência após o banho,
pela manhã ou à noite, sobre o abdômen, braços, antebraços, coxas e nádegas, com exceção das mamas e
das mucosas. Não é necessário fazer massagem após a aplicação. O gel não mancha a roupa, mas é
aconselhável deixar o gel secar por cerca de 1 a 2 minutos antes de se vestir. Observar atentamente as
“Instruções de uso”.
Instruções de uso
Retire a tampa. Segure a embalagem com uma das mãos, colocando a outra mão abaixo da bomba para
recolher o gel. Pressione a bomba para obter cada dose. Ao iniciar a utilização de um frasco, poderão ser
necessárias várias pressões na bomba para acionar o dispositivo que permite a liberação do gel. Entre
cada movimento de pressão, deixe a bomba retornar à posição inicial. Vide figuras ilustrativas abaixo.
A aplicação do gel deve ser feita sobre uma extensa área de pele limpa, como: abdômen, braços,
antebraços, coxas e nádegas. Aplicar preferencialmente após o banho, pela manhã ou à noite. Não é
necessário fazer massagem após a aplicação. O gel não mancha as roupas, mas é recomendável esperar de
1 a 2 minutos antes de se vestir. O gel não deve ser aplicado sobre as mamas ou sobre as mucosas. Lavar
as mãos após a aplicação.
Como todos os medicamentos, ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) pode causar efeitos indesejáveis,
embora nem todos os apresentem.
Durante os estudos clínicos de fase III as seguintes reações adversas foram relatadas, todas com
frequência abaixo de 10%. Estas reações adversas são observadas durante TRH com estrógenos.
As reações adversas relatadas a seguir estão classificadas de acordo com classes de sistemas de órgãos. O
agrupamento por frequência das reações adversas é definido de acordo com a seguinte convenção: muito
comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100, < 1/10); incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); rara (≥ 1/10.000, < 1/1.000),
muito rara (< 1/10.000), desconhecido: frequência não pôde ser estimada com base nos dados disponíveis.
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Classe de Sistema de Órgãos Reações Adversas Comuns
(≥ 1/100; < 1/10)
Reações Adversas
Incomuns
(≥ 1/1.000; < 1/100)
Distúrbios do sistema reprodutivo e
mamário
Metrorragia, hemorragia
uterina, mastalgia, aumento
da mama, alteração da
sensibilidade mamária,
secreção mamária, leucorreia
Neoplasma benigno de
mama, alteração do fluxo
menstrual, alteração do
ectrópio cervical
Distúrbios gastrintestinais Náusea, distensão abdominal Vômito, dor abdominal
Distúrbios do sistema nervoso Cefaleia
Vertigem, enxaqueca e
ansiedade
Distúrbios musculoesqueléticos e do
tecido conectivo
Sensação de peso, artralgia,
câimbras nas pernas
Dor musculoesquelética
Distúrbios psiquiátricos Depressão
Alteração na libido,
distúrbios de humor
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo Alopecia
Prurido, melasma,
hirsutismo, prurido, rash
Distúrbios vasculares
Tromboflebite, trombose
venosa
Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais
Embolia pulmonar
Investigação
Alterações do peso (ganho
ou perda), elevação de
triglicérides
Distúrbios gerais e condições no local
de administração
Edema periférico, fadiga,
edema
Infecções e infestações
Vaginite, incluindo
candidíase vaginal
Distúrbios do sistema imune Hipersensibilidade
Distúrbios oculares
Intolerância a lentes de
contato
Distúrbios hepatobiliares Doença da vesícula biliar
No período pós-comercialização foram relatados casos de reações alérgicas e dermatite de contato no
local de aplicação do medicamento.
A maior parte dos eventos adversos graves descritos a seguir, relativamente raros, foram essencialmente
observados com o uso de estrógenos sintéticos (artificiais), administrados por via oral. No entanto, por
medida de segurança, deve-se interromper o tratamento com ESTREVA®
no caso do aparecimento de:
problemas cardiovasculares e tromboembólicos, icterícia colestática, mastopatia benigna ou maligna,
tumores malignos do útero, adenoma hepático e galactorreia. Sinais e sintomas de hiper ou
hipoestrogenismo, que se manifestam como reações adversas menos graves e mais frequentes,
normalmente não impedem a continuidade do tratamento, sendo suficiente a adaptação da posologia.
Sinais de hipoestrogenismo: fogachos persistentes, cefaleia frequente, enxaqueca, sangramento
intermenstrual (cuja origem deve ser investigada), ressecamento vaginal, irritação ocular por lentes de
contato. Sinais de hiperestrogenismo: náuseas, mastalgia exacerbada, irritabilidade, sensação de peso nas
pernas e exacerbação da secreção do muco cervical. Eventos ligados à superdose aguda ou crônica, como
agravamento de crises epilépticas, podem ser observados com todas as formas ativas de administração
estrogênica, inclusive com a via percutânea.
Risco de câncer de mama
• Risco aumentado de até 2 vezes de câncer de mama diagnosticado é relatado em mulheres
utilizando TRH combinada estrógeno-progestágeno por mais de 5 anos;
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• O risco de câncer de mama em mulheres tratadas com TRH com estrógeno isolado é
substancialmente menor do que o de mulheres tratadas com TRH combinada;
• O nível do risco é dependente da duração do uso (vide Seção 5. Advertências e Precauções).
• Resultados do maior estudo clínico randomizado controlado por placebo (WHI) e do maior
estudo epidemiológico são apresentados abaixo.
Estudo Million Women - Risco adicional estimado de câncer de mama durante 5 anos de uso
Idade (anos) Casos adicionais por 1.000
mulheres não tratadas com
TRH durante 5 anos*
Razão de
risco#
Casos adicionais por 1.000
mulheres tratadas com TRH
durante 5 anos (95% CI)
TRH com estrógeno isolado
50-65 9-12 1,2 1-2 (0-3)
TRH combinada progestágeno-estrógeno
50-65 9-12 1,7 6 (5-7)
* Taxas de incidência basal em países desenvolvidos.
# Razão de risco geral. A razão de risco não é constante, mas aumenta com a prolongação do tempo de
uso.
Nota: Considerando que a incidência basal de câncer de mama varia entre países, o número de casos
adicionais de câncer de mama irá variar proporcionalmente.
Estudo US WHI - Risco adicional de câncer de mama durante 5 anos de uso
Idade (anos) Incidência por 1.000 mulheres
no braço placebo durante 5
anos
risco e 95%
CI
CEE* estrógeno isolado
50-79 21 0,8 (0,7-1,0) -4 (-6-0)¹
CEE+MPA** estrógeno & progestágeno²
50-79 17 1,2 (1,0-1,5) +4 (0-9)
* CEE: estrógeno equino conjugado.
** MPA: acetato de medroxiprogesterona.
¹ Estudo WHI em mulheres sem útero, o que não mostrou aumentar o risco de câncer de mama.
² Não foi demonstrado aumento do risco aparente quando a análise foi restrita a mulheres que não
haviam realizado TRH antes do estudo durante os primeiros 5 anos de tratamento: após 5 anos o risco
era superior do que em mulheres não tratadas.
Risco de câncer endometrial
Mulheres menopausadas com útero
O risco de câncer endometrial é de cerca de 5 em cada 1.000 mulheres com útero não tratadas com TRH.
A TRH com estrógeno isolado em mulheres com útero não é recomendada devido ao aumento do risco de
câncer endometrial (vide Seção 5. Advertências e Precauções). Dependendo da duração da TRH com
estrógeno isolado e da dose de estrógeno, o aumento do risco de câncer endometrial nos estudos
epidemiológicos variou entre 5 e 55 casos adicionais diagnosticados em cada 1.000 mulheres com idade
entre 50 e 65 anos.
A utilização de TRH combinada com progestágeno por ao menos 12 dias por ciclo pode prevenir este
aumento do risco de câncer endometrial. No estudo Million Women o uso de TRH combinada (sequencial
ou contínua) durante 5 anos não demonstrou aumento do risco de câncer endometrial (RR de 1,0 (0,8-
1,2)).
Risco de câncer de ovário
O uso por longo período de TRH com estrógeno isolado e TRH combinada estrógeno-progestágeno foi
associado a ligeiro aumento do risco de câncer de ovário. No estudo Million Women o uso durante 5 anos
de TRH resultou em 1 caso adicional em cada 2.500 mulheres.
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Risco de tromboembolismo venoso
A TRH é associada a aumento de 1,3-3 vezes do risco relativo de desenvolvimento de tromboembolismo
venoso (trombose venosa profunda e embolia pulmonar). A ocorrência deste evento é mais comum no
primeiro ano de TRH (vide Seção 5. Advertências e Precauções). Os resultados do estudo WHI são
apresentados abaixo:
Estudo WHI - Risco adicional de tromboembolismo venoso durante 5 anos de uso
durante 5 anos
TRH com estrógeno isolado*
50-59 7 1,2 (0,6-2,4) 1 (-3-10)
TRH combinada estrógeno-progestágeno
50-59 4 2,3 (1,2-4,3) 5 (1-13)
* Estudo em mulheres sem útero.
Risco de doença arterial coronariana
O risco de doença arterial coronariana é ligeiramente aumentado em mulheres realizando TRH combinada
estrógeno-progestágeno com idade superior a 60 anos (vide Seção 5. Advertências e Precauções).
Risco de acidente vascular encefálico
O uso de TRH com estrógeno isolado e TRH combinada está associado com aumento de até 1,5 vezes do
risco relativo de acidente vascular encefálico. O risco de acidente vascular encefálico hemorrágico não
está aumentado durante a TRH.
O risco relativo não é dependente da idade ou da duração do tratamento, porém como o risco basal é
muito dependente da idade, o risco geral de acidente vascular encefálico aumenta com a idade da paciente
(vide Seção 5. Advertências e Precauções).
Estudos WHI combinados - Risco adicional de acidente vascular encefálico* durante 5 anos de uso
50-59 8 1,3 (1,1-1,6) 3 (1-5)
* Não foi realizada diferenciação entre acidente vascular encefálico isquêmico e hemorrágico.
Outras reações adversas relatadas na TRH combinada estrógeno-progestágeno
• Doença da vesícula biliar
• Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: cloasma, eritema multiforme, eritema nodoso, púrpura
• Demência provável em pacientes com idade superior a 65 anos (vide Seção 5. Advertências e
Precauções).
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Os efeitos de superdose de ESTREVA®
(estradiol hemiidratado) são geralmente: mastalgia exacerbada,
inchaço abdominal ou pélvico, ansiedade e irritabilidade.
Na eventualidade de ingestão acidental ou administração de doses muito acima das preconizadas,
recomenda-se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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BU_03
TEVA FARMACÊUTICA LTDA. - BRASIL.
15/12/2014 NÃO
DISPONÍVEL
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula -
RDC 60/12