Bula do Exit para o Profissional

Bula do Exit produzido pelo laboratorio Cosmed Industria de Cosmeticos e Medicamentos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Exit
Cosmed Industria de Cosmeticos e Medicamentos S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO EXIT PARA O PROFISSIONAL

EXIT®

(piracetam + cinarizina)

Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.

Comprimido revestido

400mg + 25mg

Exit®

– Comprimido revestido- Bula para o profissional da saúde 1

piracetam + cinarizina

APRESENTAÇÕES

Embalagem contendo 20 comprimidos revestidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

piracetam...............................................................................................................................................400mg

cinarizina.................................................................................................................................................25mg

excipientes – q.s.p..................................................................................................... 1 comprimido revestido

(dióxido de silício, estearato de magnésio, celulose microcristalina, Eudragit E, dióxido de titânio, talco,

macrogol).

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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

1. INDICAÇÕES

Em clínica geral e neurologia: na profilaxia e tratamento das disfunções vasculares cerebrais;

arteriosclerose cerebral ou generalizada; sequelas de acidentes vasculares cerebrais; diminuição da

memória; enxaquecas.

Nas síndromes sensoriais: vertigens e zumbidos nos ouvidos; perturbações vasomotoras periféricas;

parestesias noturnas; cãibras; claudicação intermitente; profilaxia de acidentes vasculares periféricos

em diabéticos e hipertensos.

Em otorrinolaringologia: nas alterações tensionais de origem vascular, do ouvido interno e labirinto;

doenças de Menière; síndromes vértebro-basilares; perturbações do equilíbrio.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Ultimamente, tem sido dedicada mais atenção ao desenvolvimento de medicamentos combinados que

permitam melhorar tanto a perfusão, como o metabolismo cerebral. Na investigação realizada, foi

examinada a influência de uma dessas associações, contendo cinarizina 400mg e piracetam 25mg,

para o tratamento da insuficiência do fluxo sanguíneo cerebral, com efeito metabólico e vasoativo em

razão da cinarizina. O principal critério de participação dos pacientes na investigação foi um

diagnóstico da isquemia cerebral crônica.

É considerado que a combinação das características dos componentes da associação em estudo

permite alcançar melhor efeito, em prazos mais curtos, e diminuir as doses das substâncias ativas,

quando comparado com o uso separado de cinarizina e medicamentos nootrópicos, como o piracetam.

A investigação foi realizada em duas etapas: um ensaio randomizado comparativo em clínica

neurológica (60 pacientes) e avaliação da eficácia do medicamento na prática neurológica rotineira

(60 pacientes). A observação dinâmica neurológica foi acompanhada por exame neuropsicológico,

testes cinéticos e investigação ultra-sônica de vasos cerebrais.

Já na primeira fase do tratamento com o medicamento em associação, foi encontrada uma dinâmica

positiva de vários parâmetros neurológicos e neuropsicológicos.

Durante as investigações ultra-sônicas, foi observado o progresso da dinâmica por uma série de

parâmetros da velocidade do fluxo sanguíneo na artéria cerebral média. Durante a avaliação da

eficácia do medicamento em associação (cinarizina + piracetam), nos mesmos períodos da prática

neurológica rotineira, foram observadas alterações positivas em todos os sintomas de doença, o que

foi confirmado através dos resultados de testes cinéticos, além do fato de estes componentes

potencializarem um ao outro, produzindo baixa incidência de efeitos adversos.

Muitos pacientes relataram tolerância aceitável e conveniência de usar o medicamento associado em

.uma cápsula de cinarizina e piracetam ao invés de dois comprimidos de medicamentos1

.

Bibliografia

1. A.N. Boiko; A. Kabanov; T. Espina - Phezam efficacy in patients with chronic cerebral - 105 (1):

36-41, 2005.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacológicas

cinarizina

A cinarizina inibe a contração das células musculares lisas dos vasos sanguíneos, através do bloqueio

dos canais de cálcio. Além deste antagonismo direto ao cálcio, a cinarizina diminui a atividade

contrátil de substâncias vasoativas, como a norepinefrina e a serotonina, através do bloqueio do

receptor dos canais de cálcio. O bloqueio do influxo celular de cálcio é tecido-seletivo e resulta em

propriedades vasodilatadoras, sem efeito na pressão arterial e frequência cardíaca.

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A cinarizina pode, adicionalmente, melhorar a microcirculação deficiente, através do aumento da

maleabilidade dos eritrócitos e diminuição da viscosidade sanguínea. Inibe a estimulação do sistema

vestibular, resultando em supressão do nistagmo e outros distúrbios autonômicos. Episódios agudos

de vertigem podem ser prevenidos ou reduzidos pela cinarizina.

Propriedades farmacocinéticas

Os níveis de pico plasmático de cinarizina são obtidos de 1 a 3 horas após a sua ingestão. A

cinarizina possui meia-vida de 4 horas e é completamente metabolizada. A eliminação de seus

metabólitos ocorre aproximadamente em um terço na urina e dois terços nas fezes. A ligação às

proteínas plasmáticas da cinarizina é de 91%.

piracetam

É uma pirrolidona (2-oxo-1-pirrolidina-acetamida), um derivado cíclico do ácido gama-

aminobutírico (GABA). Os dados disponíveis sugerem que o mecanismo básico de ação do

piracetam não é célula ou órgão-específico. O piracetam liga-se fisicamente de modo dose-

dependente à extremidade polar dos modelos de membranas fosfolipídicas, induzindo a restauração

da estrutura de membrana lamelar, caracterizada pela formação de complexos de princípio ativo-

fosfolipídeo móveis. Este fato provavelmente contribui para o aumento da estabilidade da

membrana, permitindo que as proteínas da membrana e da trans-membrana mantenham ou

recuperem a estrutura tridimensional ou ainda que se dobrem o suficiente para desempenharem suas

funções.

O piracetam apresenta efeitos neuronal e vascular. Tanto em animais como em seres humanos, as

funções envolvidas em processos cognitivos como aprendizagem, memória, atenção e consciência

foram acentuadas. Apresenta efeitos benéficos na microcirculação cerebral e no metabolismo de

pacientes com isquemia cerebral, aumentando o fluxo sanguíneo e o metabolismo cerebral na área

isquêmica, não apresentando efeitos significativos em áreas com perfusão normal. Exerce ainda

efeito hemorreológico nas plaquetas, hemácias e paredes dos vasos sanguíneos, por meio do

aumento da maleabilidade eritrocitária e diminuição da agregação plaquetária, adesão de eritrócitos

às paredes dos vasos e vasoespasmo capilar.

O perfil farmacocinético do piracetam é linear e independe do tempo, com baixa variabilidade entre

indivíduos envolvidos em estudos com amplo intervalo de doses. Isto condiz com a alta

permeabilidade, alta solubilidade e metabolismo mínimo do piracetam. A meia-vida plasmática do

piracetam é de cinco horas, sendo semelhante em voluntários adultos e em pacientes; e maior em

idosos (principalmente devido ao clearance renal prejudicado) e em indivíduos com insuficiência

renal. O clearance aparente total corpóreo é de 80-90mL/min. A principal via de excreção é a

urinária, correspondendo à 80-100% da dose administrada. O piracetam é excretado por filtração

glomerular.

O piracetam não se liga às proteínas plasmáticas e seu volume de distribuição é de aproximadamente

0,6L/kg. Sua concentração plasmática máxima é alcançada uma hora após a administração em

indivíduos em jejum. A biodisponibilidade absoluta do piracetam em formulações orais é de

aproximadamente 100%. A ingestão de alimentos não afeta a extensão da absorção de piracetam,

porém diminui a Cmáx em 17% e aumenta o tmáx de 1 para 1,5 horas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado em casos de hipersensibilidade conhecida à cinarizina, ao

piracetam ou a qualquer componente da fórmula.

Não devem fazer uso deste medicamento os indivíduos com insuficiência renal grave.

Este medicamento não deve ser usado por indivíduos portadores de doença de Parkinson, a menos

que o médico considere que os benefícios do tratamento superem os riscos de agravamento da

doença.

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5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Recomenda-se cautela na administração em pacientes que apresentam alterações básicas de

hemostasia, cirurgias de grande porte ou hemorragia grave, devido aos efeitos do piracetam na

agregação plaquetária. Deve-se ter cautela também, na administração em pacientes com

insuficiência renal, uma vez que a eliminação do piracetam ocorre pelos rins.

Este medicamento é contraindicado para menores de 3 anos de idade.

Gravidez.

Categoria C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os

estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres

gravidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Amamentação

O piracetam é excretado no leite materno. Portanto, o uso deste medicamento deve ser evitado

durante a amamentação.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamentos que deprimem o sistema nervoso central (fenobarbital, tiopental, diazepan,

bromazepan), antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina, clomipramina, imipramina,

desipramina, doxepina, maprotilina) e o álcool, quando ingeridos concomitantemente com este

medicamento, podem ter potencializados os efeitos sedativos.

A cinarizina pode, devido ao seu efeito anti-histamínico, interferir na leitura de testes intradérmicos,

caso seja administrada até 4 dias antes do teste cutâneo.

Um caso de confusão mental, irritabilidade e alteração do sono foi relatado durante o tratamento

com hormônios tireoideanos (T3 e T4) concomitantemente com piracetam.

varfarina: O tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorizado quando há

administração concomitante de varfarina e piracetam. Poderão ser necessários ajustes na dose de

varfarina de forma a manter o nível desejável de anticoagulação.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Exit®

deve ser armazenado evitando calor excessivo (temperatura superior a 40°C), protegido da luz

e umidade. O medicamento deve ser guardado dentro de sua embalagem original. Se armazenado

nas condições recomendadas, o medicamento permanecerá próprio para consumo com prazo de

validade de 36 meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

são comprimidos revestidos brancos, redondos, biconvexos, sem vinco em um dos lados e com

a marca "F" no outro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

USO ORAL

Crianças menores de 6 anos de idade: 1/2 comprimido, 2 vezes ao dia.

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Crianças maiores de 6 anos de idade: 1 comprimido, 2 vezes ao dia.

Adultos: 1 comprimido, 3 vezes ao dia

O tratamento poderá ser mantido por longos períodos, devendo a dose de manutenção ser ajustada

pelo médico de acordo com a gravidade do caso.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Este medicamento pode provocar sono e distúrbios gastrintestinais (dor abdominal, dor abdominal

superior, diarreia, náuseas e vômitos); raramente podem ocorrer sintomas como: boca seca, dores de

cabeça, ganho de peso, transpiração excessiva e reação alérgica: dermatite, prurido e urticária.

Pode ainda provocar nervosismo, irritabilidade, insônia, ansiedade, tremor, agitação e aumento da

libido.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.