Bula do Eylia produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Eylia®
(aflibercepte)
Bayer S.A.
Solução injetável
40 mg/mL
EYLIA®
aflibercepte
APRESENTAÇÕES:
Eylia® (aflibercepte) apresenta-se em forma de solução injetável, em frascos-ampola.
Cada frasco-ampola contém um volume de enchimento de 0,278 mL de solução para
injeção intravítrea, que fornece aproximadamente 0,100 mL de volume extraível,
acompanhado de uma agulha com filtro 18G.
Cada mL de solução para injeção intravítrea contém 40 mg de aflibercepte.
VIA INTRAVÍTREA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola fornece quantidade suficiente para uma dose única de 0,050 mL
contendo 2 mg de aflibercepte.
Excipientes: polissorbato 20, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio
dibásico heptaidratado, cloreto de sódio, sacarose e água para injetáveis.
Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja,
basicamente “livre de sódio”.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Eylia® (aflibercepte) é indicado para o tratamento de:
- Degeneração macular relacionada à idade, neovascular (DMRI) (úmida);
- Edema macular secundário à oclusão da veia central da retina (OVCR).
Eficácia clínica
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo neovascular ou úmida
A segurança e eficácia de Eylia® (aflibercepte) foram analisadas em dois estudos
randomizados, multicêntricos, duplo-cegos, controlados com pacientes com DMRI úmida.
Um total de 2412 pacientes foram tratados e avaliados quanto à eficácia (1817 com Eylia®
(aflibercepte)) nos dois estudos (VIEW1 e VIEW2). Em cada estudo, os pacientes foram
randomicamente distribuídos numa proporção de 1:1:1:1 para 1 dos 4 regimes de dose a
seguir:
1) 2 mg de Eylia® (aflibercepte) administrados a cada 8 semanas, após 3 doses mensais
iniciais (2Q8 de Eylia® (aflibercepte));
2) 2 mg de Eylia® (aflibercepte) administrados a cada 4 semanas (2Q4 de Eylia®
(aflibercepte));
3) 0,5 mg de Eylia® (aflibercepte) administrado a cada 4 semanas (0,5Q4 de Eylia®
4) 0,5 mg de ranibizumabe administrado a cada 4 semanas (0,5Q4 de ranibizumabe).
As idades dos pacientes variaram de 49 a 99 anos, com média de 76 anos.
No segundo ano dos estudos, os pacientes continuaram a receber a dosagem para a qual
foram inicialmente randomizados, contudo em uma frequência modificada, indicada
através da avaliação dos resultados visuais e anatômicos, com um intervalo máximo de
dose de 12 semanas, definida no protocolo.
Durante o segundo ano dos estudos, 90% dos pacientes originalmente tratados com 2Q8 de
Eylia® (aflibercepte), receberam 6 doses ou menos; e 72% receberam 4 doses ou menos,
dentre os pacientes que completaram o segundo ano de estudos.
Em ambos os estudos, o desfecho de eficácia primária foi a proporção de pacientes
estabelecida no protocolo que mantiveram a visão, definido como perda menor que 15
letras de acuidade visual na semana 52, comparado ao período basal.
No estudo VIEW1, na semana 52, 95,1% dos pacientes do grupo de tratamento de 2Q8 de
Eylia® (aflibercepte), 95,1% dos pacientes do grupo de tratamento de 2Q4 de Eylia®
(aflibercepte), e 95,9% dos pacientes do grupo de tratamento de 0,5Q4 de Eylia®
(aflibercepte) mantiveram a visão, comparados aos 94,4% dos pacientes no grupo de 0,5Q4
de ranibizumabe. Todos os grupos de tratamento com Eylia® (aflibercepte) demonstraram
ser não-inferiores e clinicamente equivalentes ao grupo de 0,5Q4 de ranibizumabe .
No estudo VIEW2, na semana 52, 95,6% dos pacientes do grupo de tratamento de 2Q8 de
Eylia® (aflibercepte), 95,6% dos pacientes do grupo de tratamento de 2Q4 de Eylia®
(aflibercepte), e 96,3% dos pacientes do grupo de tratamento de 0,5Q4 de Eylia®
Tabela 1: Resultados de Eficácia na Semana 52 e Semana 96 (Conjunto completo
de análise com LOCF) dos Estudos VIEW1 e VIEW2
VIEW1 VIEW2
Eylia®
(aflibercepte)
2 mg Q8A)
2 mg Q4
ranibizumabe
0,5 mg Q4
(afliberc
epte)
2 mg
Q8A)
Conjunto completo de
análise
N= 301 N= 304 N= 304 N= 306 N= 309 N= 291
Número médio
de injeçõesD)
Semana
52
7,6 12,5 12,1 7,5 12,2 12,4
96
11,3 16,3 16,1 11,1 15,7 16,8
Resultados de eficácia
Proporção de
pacientes que
mantiveram
acuidade visual
(%)
(<15 letras de
perda da
BCVA)
94,4% 95,1% 93,8% 95,4% 94,5% 94,9%
91,4% 93,1% 89,8% 93,1% 91,3% 93,5%
DiferençaB)
(IC de
95,1%)C)
0,6
(-3,2; 4,4)
1,3
(-2,4; 5,0)
(-2,9;
4,0)
-0,4
(-3,9; 3,3)
1,6
(-3,1; 6,2)
3,3
(-1,2; 7,7)
-0,3
(-4,3;
3,7)
-2,2
(-6,5; 2,0)
Alteração média
da BCVA em
relação ao basal
medida pelo
nível de letras
da tabela de
ETDRS
7,9 10,9 8,1 8,9 7,6 9,4
7,1 9,3 7,3 8,1 6,0 8,5
na
média LS
0,3
(-2,0; 2,5)
3,2
(0,9; 5,4)
-0,9
(-3,1;
1,3)
-2,0
(-4,1; 0,2)
0,4
(-2,1; 2,9)
2,4
(-0,1; 4,9)
(-3,3;
1,5)
-2,8
(-5,2; -0,4)
Número de
ganharam pelo
menos 15 letras
de visão a partir
dos valores
basais (%)
92
(30,6%)
114
(37,5%)
94
(30,9%)
(31,4%)
91
(29,4%)
99
(34,0%)
(32,9%)
108
(35,5%)
93
101
(33,0%)
83
(26,9%)
(32,0%)
(-7,7; 7,0)
6,6
(-1,0; 14,1)
-2,7
(-10,2;
4,9)
-4,6
(-12,0; 2,9)
2,3
(-5,2; 9,7)
4,9
(-2,6; 12,4)
1,1
(-6,5;
8,6)
-5,1
(-12,4; 2,2)
BCVA = Best Corrected Visual Acuity (Melhor Acuidade Visual Corrigida); IC= Intervalo de Confiança; ETDRS= Early Treatment
Diabetic Retinopathy Study (Estudo do Tratamento Precoce da Retinopatia Diabética); LOCF= Last Observation Carried
Forward – (Observação mais recente (valores basais não são continuados)); intervalos de confiança de 95,1% foram
apresentados para ajustar a avaliação de segurança conduzida durante o estudo
A) Após início de tratamento com 3 doses mensais
B) Grupo Eylia®
(aflibercepte) menos o grupo ranibizumabe
C) IC de 95% para os dados do estudo VIEW2
D) Conjunto completo de análise para a semana 52; Conjunto de análise de segurança para a semana 96
Gráfico 1: Alteração Média na Acuidade Visual a partir dos valores basais
até a Semana 96, nos estudos VIEW1 e VIEW2
Os resultados detalhados da análise combinada de ambos os estudos estão listados na
tabela e gráfico a seguir:
Tabela 2: Resultados de eficácia na semana 52 (análise primária) e na semana 96,
dados combinados dos estudos VIEW1 e VIEW2B)
Resultado de eficácia
2 mg Q8E)
(N = 607)
(N = 613)
(N = 597)
(N = 595)
semanas
Número médio de
injeções
7,6 11,2 12,3 16,0 12,2 16,2 12,3 16,5
Proporção de pacientes
que mantiveram acuidade
visual
(< 15 letras de perda
BCVAA)
) (conjunto por
protocolo)
95,33%B)
92,42% 95,35%B)
92,17% 96,10%B)
91,46% 94,42%B)
91,60%
DiferençaC)
(95% IC)D)
0,9%
(-1,7;
3,5)F)
0,8%
(-2,3;
3,8)F)
0,6%
(-2,5;
3,6)F)
1,7%
(-0,9;
4,2)F)
-0,2%
3,0)F)
Alteração média da
BCVA em relação ao
basal medida pelo nível
de letras da tabela de
ETDRSA)
8,40 7,62 9,26 7,60 8,29 6,59 8,74 7,89
Diferença na média LSA)
(letras ETDRS)C)
(IC de 95%)D)
-0,32
(-1,87;
1,23)
-0,25
(-1,98;
1,49)
0,60
(-0,94;
2,14)
-0,20
(-1,93;
1,53)
-0,43
(-1,99;
1,12)
-1,28
(-3,02;
0,46)
que ganharam pelo
menos 15 letras de visão
a partir do período basal
30,97% 33,44% 33,44% 31,16% 29,82% 28,14% 32,44% 31,60%
-1,5%
(-6,8;
3,8)
1,8%
(-3,5;
7,1)
1,0%
6,3)
-0,4%
(-5,6;
4,8)
-2,7%
(-7,9;
2,6)
-3,5
(-8,7;
1,7)
A) BCVA: Best Corrected Visual Acuity (Melhor Acuidade Visual Corrigida)
ETDRS: Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (Estudo do Tratamento Precoce da Retinopatia Diabética)
LS: Least square quer dizer médias dos quadrados mínimos derivadas de ANCOVA
B) Conjunto completo para análise (FAS – Full Analysis Set), Observação mais recente (LOCF – Last Observation Carried
Forward) para todas as análises exceto a proporção de pacientes que mantiveram acuidade visual na semana 52, que é
conjunto por protocolo (PPS – Per Protocol Set)
C) A diferença é o valor do grupo de Eylia®
(aflibercepte) menos o valor do grupo de ranibizumabe. Um valor positivo
favorece Eylia®
D) Intervalo de confiança (IC) calculado por aproximação normal
E) Após o início do tratamento com três doses mensais
F) Um intervalo de confiança situado totalmente acima de -10% indica não-inferioridade de Eylia®
(aflibercepte) sobre
Gráfico 2: Alteração média na acuidade visual, dos valores basais até a semana 96;
dados combinados dos estudos VIEW1 e VIEW2
Diminuições na área média de neovascularização coroideana (NVC) foram evidentes em
todos os grupos de dosagem em ambos os estudos.
Em uma análise combinada de dados dos estudos VIEW1 e VIEW2 com Eylia®
(aflibercepte) em todas as doses (2Q8, 2Q4 e 0,5Q4) foi demonstrado que há alterações
clinicamente significantes a partir do período basal no desfecho de eficácia secundária pré-
especificado no questionário do National Eye Institute Visual Function (NEI VFQ-25). A
magnitude destas alterações foi similar àquelas vistas nos estudos publicados, que
corresponderam ao ganho de 15 letras na Melhor Acuidade Visual Corrigida (BCVA - Best
Corrected Visual Acuity).
Nenhuma diferença clinicamente significante foi encontrada entre Eylia® (aflibercepte) e o
produto de referência ranibizumabe nas alterações da pontuação total do NEI VFQ-25 e de
suas subescalas (atividades próximas, atividades distantes e visão-específica dependente)
na semana 52 a partir do período basal.
No segundo ano dos estudos, a eficácia foi mantida até a última avaliação na semana 96, de
uma forma geral. Pelo período de 2 anos, pacientes no grupo de 2Q8 de Eylia®
(aflibercepte) receberam uma média de 11,2 doses; e pacientes no grupo de ranibizumabe
receberam uma média de 16,5 doses.
Os resultados de eficácia em todos os subgrupos avaliáveis (por exemplo: idade, sexo,
raça, acuidade visual basal, tipo de lesão, tamanho da lesão) em cada estudo e na análise
combinada foram consistentes com os resultados nas populações gerais.
- Pacientes geriátricos
Em estudos clínicos de DMRI úmida, aproximadamente 89% (1616/1817) dos pacientes
randomizados para o tratamento com Eylia® (aflibercepte) tinham 65 anos de idade ou
mais; e aproximadamente 63% (1139/1817) tinham 75 anos de idade ou mais.
Edema macular secundário à oclusão da veia central da retina (OVCR)
A segurança e a eficácia de Eylia® (aflibercepte) foram analisadas em dois estudos
randomizados, multicêntricos, duplo-cegos, controlados por injeções simuladas em
pacientes com edema macular secundário à OVCR. Um total de 358 pacientes foram
tratados e avaliados quanto à eficácia (217 com Eylia® (aflibercepte)) em dois estudos,
COPERNICUS e GALILEO. Em ambos os estudos, os pacientes foram distribuídos
randomicamente em uma razão de 3:2 nos grupos de 2 mg de Eylia® (aflibercepte)
administrados a cada 4 semanas (2Q4) ou no grupo controle recebendo injeções simuladas
a cada 4 semanas num total de 6 injeções.
Após 6 meses de injeções mensais, os pacientes receberam tratamento somente se fossem
preenchidos os critérios pré-especificados para retratamento, exceto para os pacientes do
grupo controle do estudo GALILEO, que continuaram a receber injeções simuladas
(controle para controle).
As idades dos pacientes variaram de 22 a 89 anos, com média de 64 anos.
Em ambos os estudos, o desfecho de eficácia primária foi a proporção de pacientes que
ganharam pelo menos 15 letras em BCVA na semana 24 comparando com os valores
basais.
A alteração na acuidade visual na semana 24 comparada com valores basais foi uma
variável de eficácia secundária em ambos os estudos, COPERNICUS e GALILEO.
A diferença entre os grupos de tratamento foi estatisticamente significante a favor de
Eylia® (aflibercepte), em ambos os estudos. Em ambos estudos pivotais a máxima melhora
na acuidade visual foi alcançada no mês 3 com estabilização subsequente do efeito sobre a
acuidade visual e a espessura central da retina até o mês 6. A diferença estatisticamente
significante foi mantida até a semana 52. Foi mantida uma diferença até a semana 76/100.
Resultados detalhados das análises de ambos os estudos são apresentadas na Tabela e no
Gráfico a seguir.
Tabela 3: Resultados de eficácia na semana 24, na semana 52 e na semana 76/100
(conjunto completo de análises com LOCFC)) nos estudos COPERNICUS e
GALILEO
Resultados de eficácia COPERNICUS
24 Semanas 52 Semanas 100 Semanas
Controle
(N = 73)
2mg Q4
(N = 114)
ControleE)
(
N = 73)
2mg
E,F)
Eylia®F)
Proporção de pacientes que
ganharam pelo menos 15
letras no BCVAC)
a partir de
valores basais
12% 56% 30% 55% 23,3% 49,1%
Diferença ponderadaA,B,E, F)
(IC de 95%)
44,8%
(33,0; 56,6)
25,9%
(11,8; 40,1)
26,7%
(13,1; 40,3)
Valor-p p < 0,0001 p = 0,0006 p = 0,0003
Alteração média da BCVA
em relação ao basal medida
pelo nível de letras da tabela
de ETDRSC) (SD)
-4,0
(18,0)
17,3
(12,8)
3,8
(17,1)
16,2
(17,4)
1,5
(17,7)
13,0
Diferença na média
LSA,C,D,E, F)
21,7
(17,4; 26,0)
12,7
(7,7; 17,7)
11,8
(6,7; 17,0)
Valor-p p < 0,0001 p < 0,0001 p < 0,0001
Resultados de eficácia GALILEO
24 Semanas 52 Semanas 76 Semanas
(N = 68)
Q4
(N = 103)
Controle G)
Eylia® G)
letras no BCVAC) a partir de
22% 60% 32% 60% 29,4% 57,3%
Diferença ponderadaA,B,G)
38,3%
(24,4; 52,1)
27,9%
(13,0; 42,7)
28,0%
(13,3 , 42,6)
Valor-p p < 0,0001 p = 0,0004 p = 0,0004
(14,1)
18,0
(12,2)
(18,1)
16,9
(14,8)
6,2
13,7
(17,8)
LSA,C,D,G)
14,7
(10,8; 18,7)
13,2
(8,2; 18,2)
7,6
(2,1; 13,1)
Valor-p p < 0,0001 p < 0,0001 p = 0,0070
A) A diferença é o valor do grupo Eylia®
(aflibercepte) 2 mg Q4 menos o valor do grupo controle
B) A diferença e o intervalo de confiança (IC) são calculados usando o teste de Cochran-Mantel-Haenszel (CMH) ajustado por
região (América versus demais países do mundo para COPERNICUS e Europa versus Ásia/Pacífico para GALILEO) e categoria
de base BCVA (> 20/200 e ≤ 20/200)
C) BCVA: Best Corrected Visual Acuity (Melhor Acuidade Visual Corrigida)
LOCF: Last Observation Carried Forward (Observação mais recente)
SD: Standard Deviation (Desvio Padrão)
D) A diferença média LS e o intervalo de confiança (IC) baseados em modelo ANCOVA com fatores de grupo de tratamento,
E) No estudo COPERNICUS, pacientes do grupo controle poderiam receber Eylia®
(aflibercepte), conforme necessário, a cada 4
semanas durante a semana 24 até a semana 52
F) No estudo COPERNICUS, tanto o grupo controle quanto o grupo Eylia®
(aflibercepte) 2 mg receberam Eylia®
conforme necessário a cada 4 semanas iniciando na semana 52 até a semana 96
G) No estudo GALILEO, tanto o grupo controle quanto o grupo Eylia®
(aflibercepte) 2mg receberam Eylia®
conforme necessário a cada 8 semanas iniciando na semana 52 até a semana 68
Gráfico 3: Alteração média dos valores basais até a semana 76/100 na acuidade visual
por grupo de tratamento para os estudos COPERNICUS e GALILEO (Conjunto
Completo de Análises, LOCF)
A proporção dos pacientes perfundidos no grupo de Eylia® (aflibercepte) no período basal
foi 67,5% (n = 77) no estudo COPERNICUS e 86,4% (n = 89) no estudo GALILEO. Nos
dois estudos, o percentual de pacientes perfundidos foi mantido ou aumentado até a
semana 76/100.
O efeito benéfico do tratamento com Eylia® (aflibercepte) sobre a função visual foi similar
no período basal entre os subgrupos de pacientes perfundidos e não-perfundidos.
Na análise combinada dos dados dos estudos COPERNICUS e GALILEO, Eylia®
(aflibercepte) demonstrou alterações clinicamente significativas desde o período basal nos
desfechos secundários de eficácia pré-especificados no National Eye Institute Visual
Function Questionnaire (NEI VFQ-25). A magnitude destas alterações foi semelhante
àquela observada nos estudos publicados, as quais correspondiam a um ganho de 15 letras
na Melhor Acuidade Visual Corrigida (BCVA).
Os efeitos do tratamento em todos os subgrupos avaliáveis (por exemplo: idade, sexo, raça,
acuidade visual basal, grau de perfusão da retina, duração de OVCR) em cada estudo
foram, em geral, consistentes com os resultados nas populações gerais.
Nos estudos de OVCR, aproximadamente 52% (112/217) dos pacientes randomizados para
o tratamento com Eylia® (aflibercepte) tinham 65 anos de idade ou mais, e
aproximadamente 18% (38/217) tinham 75 anos de idade ou mais.
Propriedades farmacodinâmicas
O aflibercepte é uma proteína de fusão recombinante que consiste de porções de domínios
extracelulares dos receptores 1 e 2 do VEGF (vascular endothelial growth factor – fator de
crescimento endotelial vascular) humano, ligados à porção Fc da imunoglobulina IgG1
humana. O aflibercepte é produzido por tecnologia de DNA recombinante em células K1
de ovário de hamster chinês (CHO – Chinese hamster ovary).
- Mecanismo de ação
O fator-A de crescimento endotelial vascular (VEGF-A) e o fator de crescimento
placentário (PIGF) são membros da família VEGF de fatores angiogênicos que podem agir
como potentes fatores mitogênicos, quimiotáticos e de permeabilidade vascular para
células endoteliais. O VEGF age através de dois receptores tirosina quinases, VEGFR-1 e
VEGFR-2, presentes na superfície das células endoteliais. O PIGF se liga apenas ao
VEGFR-1, que está também presente na superfície dos leucócitos. A ativação excessiva de
tais receptores por VEGF-A pode resultar em neovascularização patológica e
permeabilidade vascular excessiva. O PIGF pode atuar em sinergia com VEGF-A nestes
processos; e é também conhecido por promover infiltração de leucócitos e inflamação
vascular. Uma variedade de doenças oftalmológicas está associada com a
neovascularização patológica, o extravasamento vascular, e/ou pode resultar no
espessamento e edema da retina, que se suspeita contribuir para a perda de visão.
O aflibercepte age como um receptor-isca solúvel que se liga ao VEGF-A e ao PIGF com
uma afinidade maior que seus receptores naturais e, portanto, pode inibir a ligação e a
ativação desses receptores cognatos de VEGF. A constante de dissociação no equilíbrio
(KD) para a ligação de aflibercepte ao VEGF-A165 humano é 0,5 pM e ao VEGF-A121
humano é 0,36 pM. O KD para ligação ao PIGF-2 humano é 39 pM.
Em estudos com animais, o aflibercepte pode prevenir a neovascularização patológica e o
extravasamento vascular associado em inúmeros modelos diferentes de doenças
oftalmológicas. Por exemplo, a administração intravítrea de aflibercepte em macacos
preveniu o desenvolvimento significativo da neovascularização coroidiana patológica
(CNV) após lesão por laser e reverteu o extravasamento vascular de lesões de CNV
estabelecidas.
- Efeitos farmacodinâmicos
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo neovascular ou úmida
A DMRI úmida é caracterizada por neovascularização coroidiana patológica (CNV). O
extravasamento de fluido e sangue da CNV pode causar edema na retina e/ou hemorragia
sub/intrarretiniana, resultando na perda da acuidade visual.
Em pacientes tratados com Eylia® (aflibercepte) (uma injeção por mês por três meses
consecutivos, seguidas por 1 injeção todo mês ou a cada dois meses), a espessura da retina
diminuiu logo após o início do tratamento; e a média do tamanho da lesão de CNV foi
reduzida, sendo consistente com os resultados vistos com ranibizumabe 0,5 mg todo mês.
No segundo ano dos estudos, os pacientes continuaram a receber a dosagem para a qual
foram inicialmente randomizados, contudo em uma frequência modificada, indicada
através da avaliação dos resultados visuais e anatômicos, com um intervalo máximo de
dose de 12 semanas, definida no protocolo.
No estudo VIEW1, houve diminuições médias na espessura da retina medida pela
tomografia de coerência óptica (OCT) (-123, -121, -130 e -129 microns na semana 52 dos
grupos de estudo que utilizaram 0,5 mg de Eylia® (aflibercepte) mensalmente, 2 mg
mensalmente, 2 mg a cada 2 meses e 0,5 mg de ranibizumabe em todos os meses,
respectivamente). Também na semana 52, no estudo VIEW2, houve diminuições médias
na espessura da retina pelo OCT (-130, -157, -149 e -139 microns nos grupos de estudo
que utilizaram 0,5 mg de Eylia® (aflibercepte) mensalmente, 2 mg mensalmente, 2 mg a
cada 2 meses e 0,5 mg de ranibizumabe em todos os meses, respectivamente).
A redução do tamanho da CNV e redução da espessura da retina foram mantidas no
segundo ano de estudo, de maneira geral.
Edema macular secundário à oclusão da veia central da retina (OVCR)
Na OVCR, ocorre a isquemia da retina que sinaliza a liberação de VEGF, desestabilizando
as junções oclusivas e promovendo a proliferação das células endoteliais. O aumento da
regulação de VEGF está associado com a ruptura da barreira hematorretiniana, o que
aumenta a permeabilidade vascular, resultando em edema retiniano, estimulando o
crescimento das células endoteliais e a neovascularização.
Em pacientes tratados com Eylia® (aflibercepte) (uma injeção mensal por 6 meses) houve
resposta consistente, rápida e robusta na morfologia (espessura central da retina [ECR]
como avaliado pelo OCT). Melhoras na ECR média se mantiveram até a semana 24.
A espessura da retina no OCT na semana 24 comparada com valores basais foi uma
variável de eficácia secundária nos estudos COPERNICUS e GALILEO. Em ambos os
estudos, as alterações médias na ECR comparando com valores basais até a semana 24
foram estatisticamente significantes favorecendo Eylia® (aflibercepte).
Tabela 4: Parâmetro farmacodinâmico nas semanas 24, 52 e 76/100 (conjunto
completo de análises com LOCF) dos estudos COPERNICUS e GALILEO
Resultados de
Eficácia
COPERNICUS
24 Semanas 52 Semanas 100 Semanas
Controle
(N = 73)
Eylia®
2
mg Q4
(N = 114)
ControleC)
mg
ControleC, D)
Eylia® D)
2 mg
Alteração média na
espessura da retina
comparado com valores
basais
-145 -457 -382 -413 -343 -390
Diferença na média de
LSA,B,C,D)
(IC de 95%)
-312
(-389; -234)
-28
(-121; 64)
-45
(-142; 53)
Valor-p p < 0,0001 p = 0,5460 p = 0,3661
GALILEO
24 Semanas 52 Semanas 76 Semanas
(N = 68)
(N = 103)
ControleE)
Eylia® E)
-169 -449 -219 -424 -306 -389
LSA,B,E)
-239
(-286; -193)
-167
(-217; -118)
-44
(-99; 10)
Valor-p p < 0,0001 p < 0,0001 p = 0,1122
A) A diferença é o valor do grupo Eylia® (aflibercepte) 2 mg Q4 menos o valor do grupo controle
B) A diferença média LS (Least Square) e o intervalo de confiança (IC) baseados em modelo ANCOVA com valores
basais como covariáveis e fatores do grupo de tratamento, região (América versus demais países do mundo para
COPERNICUS e Europa versus Ásia/Pacífico para GALILEO) e categoria de base BCVA (> 20/200 e ≤ 20/200)
C) No estudo COPERNICUS, pacientes do grupo poderiam receber Eylia® (aflibercepte), conforme necessário, a cada 4
semanas durante a semana 24 até a semana 52
D) No estudo COPERNICUS, tanto o grupo controle quanto o grupo Eylia® (aflibercepte) 2 mg receberam Eylia®
(aflibercepte) 2 mg conforme necessário, a cada 4 semanas da Semana 52 até a Semana 96
E) No estudo GALILEO, tanto o grupo controle quanto Eylia® (aflibercepte) 2 mg receberam Eylia® (aflibercepte) 2 mg
conforme necessário, a cada 8 semanas da Semana 52 até a Semana 68
Propriedades farmacocinéticas
Eylia® (aflibercepte) é administrado diretamente no vítreo para exercer efeitos locais no
olho.
- Absorção / Distribuição
O aflibercepte é vagarosamente absorvido do olho à circulação sistêmica após
administração intravítrea e é predominantemente observado na circulação sistêmica como
um complexo com VEGF estável, inativo; contudo, somente o aflibercepte “livre” pode se
ligar ao VEGF endógeno.
Em um subestudo farmacocinético com amostragem frequente em pacientes de DMRI, as
concentrações máximas no plasma de aflibercepte livre (Cmax sistêmico) foram baixas, com
uma média de aproximadamente 0,02 micrograma/mL (intervalo de 0 a 0,054
micrograma/mL) dentro de 1 a 3 dias após uma injeção intravítrea de 2 mg, e foram
indetectáveis após 2 semanas da dose em quase todos os pacientes. O aflibercepte não se
acumula no plasma quando administrado de forma intravítrea a cada 4 semanas.
A média da concentração plasmática máxima de aflibercepte livre é de aproximadamente
50 a 500 vezes abaixo da concentração de aflibercepte necessária para inibir a atividade
biológica de VEGF sistêmico em 50% em modelos animais, nos quais foram observadas
alterações na pressão sanguínea após os níveis circulantes de aflibercepte livre atingirem
aproximadamente 10 microgramas/mL e retornarem à linha basal quando os níveis
diminuíram para aproximadamente abaixo de 1 micrograma/mL. Estima-se que após uma
administração intravítrea de 2 mg nos pacientes, a média da concentração plasmática
máxima de aflibercepte livre é mais que 100 vezes menor que a concentração de
aflibercepte necessária para ligar a 50% do VEGF sistêmico (2,91 microgramas/mL) em
um estudo com voluntários sadios. Portanto, efeitos farmacodinâmicos sistêmicos, tal
como alterações na pressão sanguínea, são improváveis.
Estes resultados farmacocinéticos foram consistentes em subestudos farmacocinéticos em
pacientes com OVCR com Cmax média de aflibercepte livre no plasma no intervalo de 0,03
a 0,05 microgramas/mL e valores individuais não excedendo 0,14 microgramas/mL.
Portanto, as concentrações plasmáticas de aflibercepte livre decaíram a valores abaixo ou
próximos do limite inferior de quantificação geralmente dentro de uma semana; após 4
semanas concentrações não detectáveis foram alcançadas antes da próxima administração
em todos os pacientes.
- Eliminação
Como Eylia® (aflibercepte) é uma terapia baseada em proteínas, nenhum estudo
metabólico foi conduzido.
O aflibercepte livre liga-se ao VEGF para formar um complexo inerte e estável. Como com
outras grandes proteínas, espera-se que ambos, aflibercepte livre e ligado, sejam
eliminados por catabolismo proteolítico.
Informações adicionais para populações especiais
- Pacientes com disfunção renal
Nenhum estudo especial em pacientes com disfunção renal tem sido conduzido com Eylia®
(aflibercepte). A análise farmacocinética de pacientes com DMRI no estudo VIEW2, dos
quais 40% possuíam disfunção renal (24% leve, 15% moderada e 1% grave), revelou que
não há diferenças com respeito às concentrações plasmáticas do princípio ativo após
administração intravítrea a cada 4 ou 8 semanas.
Resultados semelhantes foram observados em pacientes com OVCR no estudo GALILEO.
- Pacientes com disfunção hepática
Nenhum estudo especial ou formal tem sido conduzido com Eylia® (aflibercepte) em
pacientes com disfunção hepática.
Dados de segurança pré-clínicos
Efeitos em estudos não-clínicos de toxicidade de doses repetidas foram observados apenas
com exposições sistêmicas consideradas substancialmente excessivas em relação à máxima
exposição humana após administração intravítrea na dose clínica pretendida, indicando
pouca relevância para o uso clínico.
Foram observadas erosões e ulcerações no epitélio respiratório da concha nasal de macacos
tratados com aflibercepte intravítreo com exposições sistêmicas excessivas em relação à
máxima exposição humana. A exposição sistêmica baseada na Cmax e na AUC de
aflibercepte livre foi de aproximadamente 200 e 700 vezes maior, respectivamente, quando
comparada aos valores correspondentes observados em humanos após uma dose intravítrea
de 2 mg. Com relação ao Nível de Efeito Adverso não Observado (NOAEL - No Observed
Adverse Effect Level) de 0,5 mg/olho em macacos, a exposição sistêmica foi 42 e 56 vezes
maior baseado na Cmax e na AUC, respectivamente.
Nenhum estudo foi conduzido com relação ao potencial carcinogênico ou mutagênico de
aflibercepte.
Um efeito de aflibercepte no desenvolvimento intrauterino foi demonstrado em estudos de
desenvolvimento embriofetal em coelhas prenhes, com administração intravenosa (de 3 a
60 mg/kg), assim como subcutânea (0,1 a 1 mg/kg). O NOAEL materno foi na dose de 3
mg/kg ou de 1 mg/kg, respectivamente. Não foi identificado NOAEL no desenvolvimento
embriofetal. Na dose de 0,1 mg/kg, exposições sistêmicas baseadas na Cmax e na AUC
cumulativa de aflibercepte livre foram de aproximadamente 17- e 10- vezes maiores,
respectivamente, quando comparadas aos valores correspondentes observados em humanos
após uma dose intravítrea de 2 mg.
Efeitos na fertilidade masculina e feminina foram analisados como parte de um estudo de 6
meses em macacos com administração intravenosa de aflibercepte em doses variando de 3
a 30 mg/kg. Foram observadas, em todos os níveis de dose, menstruações irregulares ou
ausentes associadas com alterações nos níveis hormonais reprodutivos femininos, e
alterações na morfologia e mobilidade de espermatozoides. Com base na Cmax e na AUC
para o aflibercepte livre observados na dose intravenosa de 3 mg/kg, as exposições
sistêmicas foram de aproximadamente 4900 e 1500 vezes maiores, respectivamente, que a
exposição observada em humanos após uma dose intravítrea de 2 mg. Todas as alterações
foram reversíveis.
- Infecção ocular ou periocular.
- Inflamação intraocular ativa.
- Hipersensibilidade conhecida ao aflibercepte ou a qualquer um dos excipientes.
Endoftalmite
Injeções intravítreas, incluindo aquelas com Eylia® (aflibercepte), foram associadas
com endoftalmite (ver “Reações adversas”). Injeção com técnica asséptica apropriada
deve ser sempre utilizada quando da administração de Eylia® (aflibercepte). Os
pacientes devem ser instruídos a relatar imediatamente qualquer sintoma sugestivo
de endoftalmite e devem ser tratados de maneira apropriada.
Aumento na pressão intraocular
Aumentos na pressão intraocular foram observados dentro de 60 minutos após uma
injeção intravítrea, incluindo aquelas com Eylia® (aflibercepte) (ver “Reações
adversas”). Precaução especial é necessária em pacientes com glaucoma mal
controlado. Em todos os casos, tanto a pressão intraocular quanto a perfusão na
cabeça do nervo óptico devem, portanto, ser monitoradas e tratadas de maneira
apropriada.
Eventos tromboembólicos arteriais
Há um risco teórico de eventos tromboembólicos arteriais (ETAs) devido ao uso
intravítreo de qualquer inibidor de VEGF (ver “Reações adversas”).
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
- Pacientes com disfunções hepáticas e/ou renais
Nenhum estudo específico em pacientes com disfunções hepáticas e/ou renais foi
conduzido com Eylia® (aflibercepte).
Dados disponíveis não sugerem uma necessidade de um ajuste na dose de Eylia®
(aflibercepte) para estes pacientes (ver “Propriedades farmacocinéticas”).
- Idosos
Não são necessárias considerações especiais.
- Crianças e adolescentes
A segurança e eficácia de Eylia® (aflibercepte) não foram estudadas nesta população.
Gravidez e lactação
- Gravidez
Não há dados sobre a utilização de aflibercepte em mulheres grávidas.
Estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva após administração sistêmica
(ver “Dados de segurança pré-clínicos”).
Eylia® (aflibercepte) não deve ser usado durante a gravidez, a menos que os
benefícios potenciais superem o risco potencial ao feto.
- Mulheres em idade fértil
Mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contraceptivos efetivos durante o
tratamento e por, pelo menos, 3 meses após a última injeção intravítrea de Eylia®
(aflibercepte).
- Lactação
Não se sabe se aflibercepte é excretado no leite materno. Um risco à criança que está
sendo amamentada não deve ser excluído.
Eylia® (aflibercepte) não é recomendado durante a amamentação. Deve ser realizada
uma decisão quanto à descontinuidade da amamentação ou à suspensão da terapia
com Eylia® (aflibercepte).
“Categoria C (Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres
grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos
disponíveis realizados em mulheres grávidas) – Este medicamento não deve ser
utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas
Os pacientes podem ter distúrbios visuais temporários após uma injeção intravítrea
de Eylia® (aflibercepte) e após execução dos exames oftalmológicos associados. O
paciente não deve dirigir ou operar máquinas até que a função visual tenha sido
Nenhum estudo formal de interação medicamentosa foi realizado com Eylia®
(aflibercepte).
Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2ºC e 8ºC). Não congelar.
Manter o frasco-ampola em sua embalagem original até o momento do uso. Proteger da
luz.
Este medicamento tem o prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.”
Aspecto físico
Solução aquosa estéril, límpida, de incolor a amarelo-claro, isosmótica, com pH 6,2.
- Frasco-ampola: Cada cartucho inclui um frasco-ampola de vidro tipo I contendo um
volume de enchimento de 0,278 mL de solução para injeção intravítrea com uma tampa de
borracha elastomérica, e uma agulha com filtro de 18 G.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Eylia® (aflibercepte) é destinado para injeção intravítrea.
Deve ser administrado somente por um médico qualificado com experiência em
administrar injeções intravítreas.
Dosagem
- Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo neovascular ou úmida:
O volume de injeção de Eylia® (aflibercepte) é de 0,050 mL (equivalentes a 2 mg de
aflibercepte).
O tratamento com Eylia® (aflibercepte) é iniciado com 1 injeção mensal por 3 meses
consecutivos e seguido por 1 injeção a cada 2 meses (8 semanas).
Em tratamentos prolongados (após os primeiros 12 meses de tratamento), é recomendado
que os pacientes continuem a ser tratados com Eylia® (aflibercepte) a cada 2 meses (8
semanas), ou a critério médico, baseado em resultados visuais e anatômicos.
- Edema macular secundário à oclusão da veia central da retina (OVCR):
A dose recomendada de Eylia® (aflibercepte) é de 2 mg (equivalentes a 0,050 mL de
solução para injeção).
Após a injeção inicial, o tratamento é realizado mensalmente. O intervalo entre duas doses
não deve ser menor que um mês.
Se não for verificada melhoria nos resultados visuais e anatômicos ao longo das três
primeiras injeções, a continuação do tratamento não é recomendada.
O tratamento mensal continua até que os resultados visuais e anatômicos sejam estáveis
durante três avaliações mensais. Posteriormente, a necessidade de continuar o tratamento
deve ser reconsiderada. Se necessário, o tratamento pode ser continuado, aumentando-se
gradualmente os intervalos de tratamento a fim de manter os resultados visuais e
anatômicos estáveis. Se o tratamento for interrompido, os resultados visuais e anatômicos
devem ser monitorados e o tratamento deve ser retomado caso estes se deteriorem.
Normalmente, o monitoramento deve ser feito nas consultas de administração de injeção.
Durante o prolongamento do intervalo de tratamento até a finalização da terapia, o
esquema de monitoramento deve ser determinado pelo médico com base na resposta
individual do paciente e pode ser mais frequente do que o esquema de injeções.
Método de administração
Injeções intravítreas devem ser aplicadas de acordo com os padrões médicos e diretrizes
aplicáveis, por um médico qualificado com experiência em administrar injeções
intravítreas. Em geral, devem ser asseguradas assepsia e anestesia adequadas, incluindo um
microbicida tópico de amplo espectro (por exemplo: iodopovidona aplicada à região
periocular, pálpebras e superfície ocular). Desinfecção cirúrgica das mãos, luvas estéreis,
um campo cirúrgico estéril e um espéculo de pálpebra estéril (ou equivalente) são
recomendados.
Imediatamente após a injeção intravítrea, os pacientes devem ser monitorados quanto à
elevação da pressão intraocular. Monitoramento apropriado pode consistir em uma
checagem da perfusão da cabeça do nervo óptico ou tonometria. Equipamento para
paracentese estéril deve estar disponível, caso seja necessário.
Logo após a injeção intravítrea, os pacientes devem ser instruídos a relatar imediatamente
quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite (por exemplo: dor nos olhos, vermelhidão
dos olhos, fotofobia, visão turva).
Cada frasco-ampola deve ser utilizado somente para o tratamento de um único olho.
Após a injeção, qualquer produto que não foi utilizado deve ser descartado.
Eylia® (aflibercepte) não deve ser misturado com outros medicamentos.
Instruções de uso
O frasco-ampola é somente para dose única.
Antes da administração, inspecione visualmente a solução para injeção. Não utilize o
frasco-ampola caso seja possível visualizar partículas, turbidez ou coloração.
Antes do uso, o frasco-ampola fechado de Eylia® (aflibercepte) pode ser armazenado em
temperatura ambiente (25ºC) por até 24 horas. Após a abertura do frasco-ampola, proceda
sob condições assépticas.
Para a injeção intravítrea, deve ser utilizada uma agulha de injeção de 30 G x ½ polegada
(1,27cm).
- Frasco-ampola
1. Remova o lacre plástico e desinfete a parte externa
da tampa de borracha do frasco-ampola.
2. Conecte a agulha de 18 G com filtro de 5 microns
fornecido no cartucho à seringa estéril de 1 mL
com Luer-lock.
3. Empurre a agulha com filtro no centro da tampa de borracha do frasco-ampola até que a
agulha seja completamente inserida dentro do frasco e que a ponta toque o fundo ou a borda
inferior interna do frasco-ampola.
4. Utilizando técnica asséptica, aspire todo o conteúdo do frasco-ampola de Eylia®
(aflibercepte) para dentro da seringa, mantendo o frasco-ampola na posição vertical,
levemente inclinado para facilitar a completa retirada da solução. Para impedir a entrada de
ar, assegure-se de que o bisel da agulha com filtro esteja submerso no líquido. Continue a
inclinar o frasco durante a aspiração, mantendo o bisel da agulha com filtro submersa no
líquido.
5. Certifique-se de que o êmbolo está suficientemente retraído quando o frasco-ampola for
esvaziado, de maneira a não restar nada na agulha com filtro.
6. Remova a agulha com filtro e descarte-a de maneira apropriada.
Nota: a agulha com filtro não deve ser utilizada para a aplicação da injeção intravítrea.
Bisel da
agulha
apontado
para baixoSolução
7. Utilizando técnicas assépticas, gire firmemente a
agulha de injeção de 30 G x ½ polegadas (1,27
cm), encaixando-a na ponta da seringa com “Luer-
lock”.
8. Quando estiver preparado para administrar Eylia®
(aflibercepte), remova a proteção de
plástico da agulha.
9. Mantendo a seringa com a agulha apontada para
cima, verifique se não há bolhas. Se existirem,
gentilmente bata na seringa com seu dedo até que
as bolhas subam ao topo.
10. Elimine todas as bolhas e faça expelir o excesso de solução, vagarosamente pressionando o
êmbolo de forma que a ponta do êmbolo alinhe-se com a linha que marca 0,050 mL na
seringa.
Resumo do perfil de segurança
Linha de dosagem
para 0,050 mL
Solução após expelir bolhas de
ar e excesso do medicamento
Ponta
achatada do
êmbolo
Um total de 2141 pacientes tratados com Eylia® (aflibercepte) constituíram a
população de segurança em quatro estudos de fase III. Dentre eles, 1540 pacientes
foram tratados com a dose recomendada de 2 mg.
- População com DMRI úmida
Um total de 1824 pacientes constituiu a população de segurança em dois estudos de
fase III de até 96 semanas de exposição ao Eylia® (aflibercepte) dos quais 1223
pacientes foram tratados com a dose de 2 mg.
Reações adversas graves relacionadas ao procedimento de injeção ocorreram em
menos que 1 em 1000 injeções intravítreas com Eylia® (aflibercepte) e incluíram
endoftalmite, catarata traumática e aumento transitório da pressão intraocular (ver
“Advertências e precauções”).
As reações adversas mais comuns (em ao menos 5% dos pacientes tratados com
Eylia® (aflibercepte)) foram hemorragia subconjuntival (26,7%), dor no olho
(10,3%), descolamento do vítreo (8,4%), catarata (7,9%), moscas volantes no vítreo
(7,6%) e aumento da pressão intraocular (7,2%). Estas reações adversas ocorreram
com uma incidência similar no grupo de tratamento com ranibizumabe.
- População com OVCR
Um total de 317 pacientes tratados com ao menos uma dose de Eylia® (aflibercepte)
constituiu a população de segurança em dois estudos de fase III com até 100 semanas
de exposição.
Reações adversas graves relacionadas ao procedimento de injeção ocorreram em 3 de
2728 injeções intravítreas com Eylia® (aflibercepte) e incluíram endoftalmite (ver
“Advertências e precauções”), catarata e descolamento do vítreo.
Eylia® (aflibercepte)) foram hemorragia subconjuntival (15,8%), aumento da pressão
intraocular (12,9%), dor no olho (12,6%), descolamento do vítreo (6,9%), moscas
volantes (5,7%), aumento do lacrimejamento (5,0%) e hiperemia ocular (5,0%).
Dados de segurança integrados da população com DMRI úmida e com OVCR
Os dados de segurança descritos abaixo incluem todas as reações adversas (graves e
não-graves) dos estudos de DMRI úmida e/ou OVCR de fase III com uma razoável
possibilidade de causalidade devido ao procedimento de injeção ou ao medicamento.
As reações adversas estão listadas por classificação por sistema corpóreo e
frequência, usando a seguinte convenção:
Muito frequente (≥1/10); frequente (≥1/100 a <1/10); pouco frequente (≥1/1000 a <1/100);
rara (≥ 1/10000 a < 1/1000).
Tabela 5: Reações adversas medicamentosas relatadas nos estudos de fase III de
DMRI úmida e OVCR
Classificação por
sistema corpóreo
Muito
frequente
Frequente Pouco frequente Rara
Distúrbios no sistema
imunológico
Hipersensibilidade
Distúrbios no olho Hemorragia
subconjunti
val,
Ruptura do epitélio pigmentar da
retina*,
Descolamento do epitélio pigmentar da
Endoftalmite**,
Descolamento da
retina,
Vitreíte,
Uveíte,
Irite,
Dor no olho retina*,
Catarata,
Catarata nuclear,
Catarata subcapsular,
Erosão da córnea,
Abrasão da córnea,
Aumento da pressão intraocular,
Visão borrada,
Moscas volantes,
Edema da córnea,
Descolamento vítreo,
Dor no local de injeção,
Sensação de corpo estranho nos olhos,
Aumento do lacrimejamento,
Edema na pálpebra,
Hemorragia no local de injeção,
Ceratite punteada,
Hiperemia conjuntival,
Hiperemia ocular
Rasgo na retina,
Iridociclite,
Catarata cortical,
Opacidade
lenticular,
Defeito no epitélio da
córnea,
Opacidade na
câmara anterior
Hipópio
* Condições conhecidas por estarem associadas com DMRI úmida. Observadas somente nos estudos de
DMRI úmida.
** Endoftalmite com cultura positiva e de cultura negativa
Adicionalmente, 157 pacientes com DMRI úmida foram tratados por até 44 meses em
uma extensão de longo prazo dos estudos de fase I e fase II. O perfil de segurança foi
consistente com aquele visto nos estudos de DMRI úmida de fase III.
Eventos tromboembólicos arteriais
Eventos tromboembólicos arteriais (ETAs) são reações adversas potencialmente
relacionadas à inibição do VEGF sistêmico. Há um risco teórico de ETAs devido ao
uso intravítreo do inibidor de VEGF.
Os ETAs, como definidos pelo critério APTC (Antiplatelet Trialists’ Collaboration),
incluem infarto do miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral não fatal, ou morte
por doenças vasculares (incluindo mortes por causas desconhecidas).
A incidência nos estudos de DMRI úmida VIEW1 e VIEW2, durante as 96 semanas
do estudo, foi de 3,3% (60 de 1824) no grupo combinado de pacientes tratados com
Eylia® (aflibercepte) comparados com 3,2% (19 de 595) em pacientes tratados com
ranibizumabe (ver Propriedades farmacodinâmicas” / “Resultados de Eficácia”).
A incidência de ETAs definidos pelo critério APTC nos estudos de OVCR,
(GALILEO E COPERNICUS), durante as 76/100 semanas de estudo foi de 0,6% (2
de 317) em pacientes tratados com pelo menos uma dose de Eylia® (aflibercepte)
comparados com 1,4% (2 de 142) no grupo de pacientes recebendo somente injeções
simuladas.
Imunogenicidade
Como ocorre com todas as proteínas terapêuticas, há um potencial para
imunogenicidade com Eylia® (aflibercepte).
A imunogenicidade foi avaliada em amostras de soro. Os dados de imunogenicidade
refletem a porcentagem de pacientes nos quais seus resultados foram considerados
positivos para anticorpos de Eylia® (aflibercepte) em imunoensaios e são altamente
dependentes da sensibilidade e da especificidade dos ensaios.
Em todos os estudos de fase III, a incidência pré-tratamento de imunorreatividade ao
Eylia® (aflibercepte) foi aproximadamente 1-3% em todos os grupos de tratamento.
Após a dose de Eylia® (aflibercepte) por até 96 semanas (DMRI úmida) ou por 76
semanas (OVCR), anticorpos contra Eylia® (aflibercepte) foram detectados em uma
faixa de porcentagem similar de pacientes. Em todos os estudos, não houve diferença
na eficácia ou segurança entre pacientes com ou sem imunorreatividade.
Em geral, o risco de imunogenicidade significativa com Eylia® (aflibercepte) parece
ser muito baixo.
“Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse
caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.”