Bula do Fabrazyme produzido pelo laboratorio Genzyme do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Fabrazyme
Genzyme – A Sanofi Company
Pó Liofilizado para Solução Injetável
35mg
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FABRAZYME®
beta-agalsidase
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome do produto: FABRAZYME®
Nome genérico: beta-agalsidase
APRESENTAÇÕES
FABRAZYME 35 mg pó liofilizado para solução injetável - frasco-ampola contendo 37 mg
de beta-agalsidase, com uma dose extraível de 35 mg após a reconstituição.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO ACIMA DE 16 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de FABRAZYME 35 mg contém 37 mg de beta-agalsidase, com uma
dose extraível de 35 mg após a reconstituição.
Excipientes: manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado e fosfato de sódio dibásico
heptaidratado.
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FABRAZYME é indicado para o uso no tratamento de longo prazo da reposição enzimática
em pacientes com diagnóstico confirmado de doença de Fabry.
A eficácia de FABRAZYME foi avaliada em sete estudos clínicos (Fase I/II, Extensão de
Fase I/II, Fase III Duplo-Cego, Extensão de Fase III, Fase II no Japão, Fase IV Duplo-Cego e
Extensão de Fase IV), envolvendo um total de 165 pacientes únicos.
A eficácia de FABRAZYME foi avaliada em um estudo de determinação de dose em 15
pacientes analisados em cinco regimes de dose: 0,3, 1,0 ou 3,0 mg/kg a cada duas semanas e
1,0 ou 3,0 mg / kg a cada dois dias. A administração de FABRAZYME conseguiu uma rápida
e acentuada redução de globotriaosilceramida (GL-3) no plasma e tecidos, observada
bioquimicamente e histologicamente por microscopia óptica e eletrônica, nas doses de 0,3,
1,0 e 3,0 mg/kg. Os pacientes relataram diminuição da dor, aumento da capacidade de
perspirar e melhoria da qualidade de vida. A dose de 1,0 mg/kg a cada duas semanas mostrou
o perfil de segurança e eficácia mais favorável ao final deste estudo de determinação de dose.
Quatorze pacientes que participaram do estudo de determinação de dose foram incluídos em
um estudo aberto de extensão com FABRAZYME para receber a dose de 1,0 mg/kg a cada
duas semanas.
A eficácia de FABRAZYME foi ainda avaliada em um estudo fase III, randomizado, duplo-
cego e controlado por placebo, em 58 pacientes com doença de Fabry (56 homens e 2
mulheres). Os pacientes receberam a dose de 1,0 mg/kg de FABRAZYME ou placebo a cada
2 semanas durante cinco meses (20 semanas). O objetivo principal de eficácia foi a depuração
das inclusões de GL-3 nas células capilares endoteliais intersticiais renais. Uma pontuação 0
(normal ou próximo do normal) de inclusão de GL-3 foi alcançada em 20 dos 29 (69%)
pacientes tratados com FABRAZYME comparado a 0 (nenhum) de 29 pacientes tratados com
placebo (p<0,001). Reduções similares de GL-3 foram observadas no endotélio capilar do
coração e da pele (Ver tabela a seguir).
Todos os 58 pacientes do estudo de Fase III randomizado participaram da extensão do estudo
de fase III aberto de FABRAZYME na dose de 1,0 mg/kg a cada duas semanas, que
continuou por mais 54 meses. Ao final de seis meses de tratamento do estudo aberto, a
maioria dos pacientes obteve uma pontuação 0 de inclusão de GL-3 no endotélio capilar
intersticial renal (Ver tabela a seguir). A GL-3 foi reduzida para níveis normais ou quase
normais em células mesangiais, endotélio glomerular, células intersticiais e endotélio não-
capilar. A deposição de GL-3 ainda ficou presente nas células do músculo liso vascular,
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epitélio tubular e podócitos, em níveis reduzidos de forma variável. Em 54 meses, uma
pontuação zero foi atingida no endotélio capilar, células mesangiais, endotélio glomerular,
endotélio não-capilar e túbulos convolutos distais (epitélio tubular) em todos os pacientes
testados.
Redução das Inclusões de GL-3 a níveis normais ou quase normais (Pontuação 0) no
endotélio capilar do rim, coração e pele.
5 Meses de estudo placebo-
controlado
6 Meses de estudo aberto de
extensão
54 meses de estudo
aberto de extensão
Placebo
(n=29)
FABRAZYME
Placebo/
(n=29)*
FABRAZYME/
Todos os
pacientes*
Rim 0/29 20/29 24/24 23/25 8/8**
Coração 1/29 21/29 13/18 19/22 6/8**
Pele 1/29 29/29 25/26 26/27 31/36
* Resultados relatados quando as biópsias eram disponíveis.
** As biópsias após os 54 meses de estudo foram opcionais.
A função renal, medida através da taxa de filtração glomerular estimada e a creatinina sérica,
mantiveram-se estáveis e normais até 54 meses, na maioria dos pacientes. No entanto, o efeito
do tratamento com FABRAZYME sobre a função renal foi limitado em alguns pacientes com
doença renal avançada. Os níveis plasmáticos médios de GL-3 mostraram uma rápida
diminuição e retorno aos níveis normais (ou seja, ≤ 7,03 µg / mL) dentro de 6 meses (ou seja,
primeiro período testado) de tratamento com FABRAZYME. Importante ressaltar que os
níveis plasmáticos médios de GL-3 permaneceram normais por 54 meses.
A eficácia de FABRAZYME também foi avaliada em um estudo aberto de fase II com 13
pacientes japoneses que foram tratados com 1 mg / kg de FABRAZYME a cada duas semanas
por 20 semanas. Os resultados do estudo de Fase II no Japão foram semelhantes aos
resultados do estudo duplo-cego de fase III.
A eficácia clínica de FABRAZYME foi avaliada em um estudo randomizado (2:1), de fase
IV, duplo-cego e controlado por placebo, de 82 pacientes com doença de Fabry (72 homens e
10 mulheres). Os pacientes receberam 1,0 mg / kg de FABRAZYME ou placebo a cada duas
semanas por até um máximo de 35 meses. O parâmetro principal de eficácia foi o tempo para
a progressão clinicamente significativa da combinação de resultados renais, cardíacos e
doença vascular cerebral e/ou de morte e foi avaliado por um teste log-rank comparando os
grupos tratados com FABRAZYME e placebo. Entre os 82 pacientes incluídos, 13 pacientes
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(42%) do grupo placebo e 14 pacientes (27%) do grupo FABRAZYME satisfizeram o ponto
final clínico pré-definido (progressão dos sintomas clínicos). Para corrigir um desequilíbrio
na proteinúria basal entre os grupos FABRAZYME e placebo, um modelo de riscos
proporcionais de Cox foi utilizado, com o grupo de tratamento e a proteinúria basal como
covariável no modelo. Esta análise demonstrou uma redução do risco de 53% para a
população com intenção de tratar (ITT) (Risco relativo 0,47, IC 95% 0,21, 1,03, p = 0,0577)
(ver a Figura 1). Na população por protocolo (PP) (n = 74), FABRAZYME demonstrou uma
redução de risco de 61% (Risco relativo 0,39; IC 95% 0,16, 0,93, p = 0,0341).
Figura 1: Proporção de Proteinúria - Probabilidade Prevista Ajustada de um Ponto
Final Principal: População com intenção de tratar.
Os resultados deste estudo demonstram que a terapia com FABRAZYME administrada na
dose de 1mg/kg diminui a taxa de progressão clínica da doença de Fabry, conforme
evidenciado pelos resultados renais, cardíacos e cerebrovasculares. Um total de 67 pacientes
que participaram do estudo duplo-cego de Fase IV foram incluídos em uma extensão de
estudo aberto de FABRAZYME, para receber 1,0 mg/kg a cada duas semanas por mais 18
meses. Embora tenha sido demonstrado benefício em pacientes com diferentes gravidades da
doença, o benefício mais pronunciado foi observado entre os pacientes que apresentam
doença renal menos grave no início do estudo.
Referências Bibliográficas
1.Wraith E., Tylki-Szymanska A., Guffon N. et al. Safety and Efficacy of Enzyme
Replacement Therapy with Agalsidase Beta: An International, Open-label Study in Pediatric
Patients with Fabry Disease. The Journal of Pediatrics. 2008:564-570.
Probabilidadedeumevento
Tempo no estudo
(meses)
Redução do Risco = 53%
(p=0,0577)
Placebo = 13 Eventos (N=31)
Fabrazyme = 14 Eventos (N=51)
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2. Christine M. Eng, Maryam Banikazemi, Ronald E. Gordon, et al. A Phase 1/2 Clinical
Trial of Enzyme Replacement in Fabry Disease: Pharmacokinetic, Substrate Clearance, and
Safety Studies. Am. J. Hum. Genet. 2001; 68: 711-722.
3.Christine M. Eng, Nathalie Guffon, William R. Wilcox, et al. Safety and Efficacy of
Recombinant Human α- Galactosidase a Replacement Therapy in Fabry´s Disease. N. Engl. J
Med. 2001; 345(1): 9-16.
4.Beth L. Thurberg, Helmut Rennke, Robert B. Colvin. et al. Globotriaosylceramide
accumulation in the Fabry Kidney is cleared from multiple cell types after enzyme
replacement therapy. Kidney International. 2002; 62: 1933-1946.
5.William R. Wilcox, Maryam Banikazemi, Nathalie Guffon, et al. Long –Term Safety and
Efficacy of Enzyme Replacement Therapy for Fabry Disease. Am. J. Hum. Genet. 2004; 75:
65–74.
6.Y.Eto, T.Ohashi, Y. Utsunomiya, et al. Enzyme Replacement therapy in Japanese Fabry
Disease patients: The results of a phase 2 bridging study. J. Inherit. Metab.Dis. 2005; 28: 575-
583.
7.Maryam Banikazemi, Jan Bultas, Stephen Waldek, et al. Agalsidase-Beta Therapy for
Advanced Fabry Disease. Annals of Internal Medicine. 2007; 146 (2): 77-86.
8. Dominique P. Germain, Stephen Waldek, Maryam Banikazemi, et al. Sustained, Long-
Term Renal Stabilization After 54 Months of Agalsidase Therapy in Patients with Fabry
Disease. J Am Soc Nephrol. 2007.
Propriedades farmacodinâmicas:
A doença de Fabry é caracterizada pela deficiência da -galactosidase A, uma hidrolase
lisossômica que catalisa a hidrólise dos glicoesfingolipídeos, especialmente do
globotriaosilceramida (GL-3), em galactose terminal e ceramida di-hexosídeo. A atividade
reduzida ou ausente da -galactosidase resulta no acúmulo de GL-3 em muitos tipos de
células, incluindo as células endoteliais e parenquimais. A base racional para a terapêutica de
reposição enzimática é restabelecer um nível de atividade enzimática suficiente para
hidrolisar o substrato acumulado. Após a infusão intravenosa, FABRAZYME é rapidamente
removido da circulação e captado pelo endotélio vascular e pelas células parenquimais para o
interior dos lisossomos, provavelmente através dos receptores da manose-6-fosfato, da
manose e da asialoglicoproteína.
Propriedades farmacocinéticas:
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Os perfis plasmáticos de FABRAZYME foram estudados nas doses de 0,3, 1,0 e 3,0 mg/kg
em 15 pacientes adultos com doença de Fabry. A área sob a curva (AUC) de tempo versus
concentração plasmática e a depuração (clearance) não aumentaram proporcionalmente com
o aumento das doses, demonstrando que a enzima segue um padrão farmacocinético não-
linear. A meia-vida terminal foi independente da dose e variou entre 45 e 102 minutos.
A farmacocinética de FABRAZYME foi avaliada em 11 pacientes adultos com doença de
Fabry na Europa. Após uma infusão intravenosa de 1 mg/kg de FABRAZYME por um
período médio de 280 a 300 minutos, as médias das concentrações plasmáticas máximas
(Cmax) variaram de 2,09 a 3,49 µg/mL. A AUC média variou de 372 a 784 µg/mL•min. O
volume médio de distribuição (Vz) foi de 0,23 a 0,49 L/kg e o volume médio de distribuição
no estado de equilíbrio (steady state - Vss) variou de 0,12 a 0,57 L/kg. A depuração
plasmática média variou de 1,75 a 4,87 mL/min/kg e a meia-vida de eliminação média (t ½)
variou de 82,3 a 119 minutos.
A farmacocinética de FABRAZYME também foi avaliada em 13 pacientes com a doença de
Fabry no Japão. Os resultados desta avaliação mostraram que a farmacocinética de
FABRAZYME é comparável em pacientes caucasianos e japoneses com doença de Fabry.
O tratamento com FABRAZYME (beta-agalsidase) é contra-indicado se houver evidência
clínica de hipersensibilidade (anafilaxia) à beta-agalsidase ou a qualquer outro componente da
fórmula.
Gerais:
Como acontece com qualquer produto proteico administrado por via intravenosa, os pacientes
podem desenvolver anticorpos contra a proteína e reações imunomediadas são possíveis. A
maioria dos pacientes desenvolvem anticorpos IgG contra FABRAZYME. Os pacientes com
anticorpos contra a beta-agalsidase (r-hαGAL) apresentam um risco maior de reações
associadas à infusão.
Os pacientes tratados com FABRAZYME podem desenvolver reações associadas à infusão, a
maioria das quais são de intensidade leve a moderada. Se uma reação associada à infusão
ocorrer durante a administração de FABRAZYME, a diminuição da velocidade de infusão, a
interrupção temporária e/ou a administração de antipiréticos, anti-histamínicos e/ou
corticosteroides pode melhorar os sintomas. Se reações alérgicas graves ou anafilactoides
ocorrerem, a interrupção imediata da administração de FABRAZYME e os padrões médicos
atuais para o tratamento de emergência devem ser considerados. Os riscos e benefícios da
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readministração de FABRAZYME após uma reação de hipersensibilidade grave ou
anafilactoide devem ser considerados.
Os pacientes que tiveram um teste cutâneo positivo ou que tiveram resultados positivos para
anticorpos IgE contra r-hαGAL foram redesafiados com FABRAZYME de forma bem
sucedida. A administração inicial de redesafio deve ser em uma dose baixa e em uma baixa
velocidade de infusão (1/2 da dose terapêutica [0,5 mg/kg] a 1/25 da velocidade padrão inicial
recomendada [0,01mg/min]). Uma vez que o paciente tolere a infusão, a dose pode ser
aumentada até atingir a dose terapêutica de 1 mg/kg e a velocidade de infusão pode ser
aumentada titulando-se lentamente para cima, conforme tolerado.
Testes laboratoriais úteis na monitorização dos pacientes:
Sugere-se que amostras basais de sangue sejam coletadas antes da primeira infusão, para
servir como parâmetro para os títulos de anticorpos em caso de ocorrência de eventos
adversos significativos.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas:
Não foram realizados estudos sobre a capacidade de dirigir veículos ou utilizar maquinaria
pesada com FABRAZYME.
Carcinogênese, mutagênese e dano à fertilidade:
Não foram realizados estudos para avaliar o potencial carcinogênico de FABRAZYME.
Não foram realizados estudos para avaliar o potencial mutagênico de FABRAZYME.
Não foram realizados estudos para avaliar o efeito potencial de FABRAZYME na fertilidade
de seres humanos.
Os dados pré-clínicos não mostram riscos especiais para os seres humanos com base em
estudos de segurança, farmacologia, toxicidade de dose única, toxicidade de dose repetida e
toxicidade reprodutiva que incluíram avaliação da fertilidade e desenvolvimento embrio-fetal.
Não é esperado um potencial carcinogênico ou de causar dano ao DNA.
Gravidez e Lactação:
Estudos de reprodução foram realizados em ratos com doses de até 10mg/kg/dia, no estudo de
fertilidade e com doses de 30 mg/kg/dia, no estudo de desenvolvimento embrio-fetal. Estes
estudos não mostraram qualquer evidência de diminuição da fertilidade ou danos para o feto
decorrentes do uso de FABRAZYME.
Não existem, no entanto, estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Uma
vez que os estudos de reprodução animal nem sempre são preditivos da resposta humana, este
medicamento deve ser utilizado durante a gravidez somente se for evidentemente necessário.
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Não foram realizados estudos de toxicidade perinatal.
Não se sabe se FABRAZYME é secretado no leite humano. Como muitos medicamentos são
secretados no leite humano, deve-se ter cuidado quando FABRAZYME é administrado a uma
mulher lactante.
Categoria de Risco de Gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião-dentista.
Até o momento não há informações de que FABRAZYME (beta-agalsidase) possa causar
Não foram realizados estudos formais de interação medicamento-medicamento, e
medicamento- planta medicinal.
Não foram realizados estudos de metabolismo in vitro.
Interações com alimentos e bebidas são improváveis. Não foram realizados estudos formais
de interação medicamento-alimento.
Não foram realizados estudos formais de interação medicamento-substância química (álcool e
nicotina).
Não foram realizados estudos formais de interação medicamento-exame laboratorial e não
laboratorial.
Não foram realizados estudos formais de interação medicamento-doenças.
Na ausência de estudos de compatibilidade, FABRAZYME não deve ser misturado com
outros medicamentos na mesma infusão.
Conservar FABRAZYME sob refrigeração, em temperatura entre 2°C- 8 °C.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
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A solução de FABRAZYME reconstituída e diluída deve ser utilizada imediatamente. Este
produto não contém conservantes. Se o uso imediato não for possível, a solução reconstituída
e diluída pode ser armazenada por até 24 horas a 2° - 8 °C.
FABRAZYME é fornecido como pó ou sólido compactado liofilizado estéril, não-pirogênico,
branco a quase branco, para reconstituição com água estéril para injeção. A solução resultante
é límpida, livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Condições Especiais de Manuseio:
O concentrado em pó para solução de infusão deve ser reconstituído com água estéril para
injeção, diluído com solução intravenosa de cloreto de sódio 0,9% e, em seguida,
administrado por via intravenosa.
A exposição prolongada de FABRAZYME à interface ar / líquido, quer através do tempo ou
por agitação, pode causar a formação de partículas de proteínas. Estudos de estresse de
manuseio e de formação forçada de partículas foram realizados para avaliar o impacto de um
filtro em linha sobre o medicamento e sobre a dose, na presença de tais partículas. Após a
mistura de FABRAZYME nas bolsas de infusão de cloreto de sódio 0,9% e indução de
partículas, a utilização de um filtro em linha de 0,2 µm de baixa ligação proteica levou à
remoção das partículas visíveis sem perda detectável de proteínas ou atividade.
Cada frasco de FABRAZYME é destinado ao uso único.
Reconstituição e diluição (Utilizando técnica asséptica):
1. Os frascos de FABRAZYME e de diluente devem ser deixados à temperatura ambiente
(23 ºC - 27 ºC) antes da reconstituição (aproximadamente 30 minutos). O número de
frascos é baseado no peso corporal do paciente (kg) e na dose recomendada de 1,0 mg/kg.
2. Reconstituir cada frasco de FABRAZYME 35 mg injetando lentamente 7,2 mL de água
estéril para injeção, USP/EP, deixando a água cair pela parede interior de cada frasco e
não diretamente sobre o pó liofilizado. Girar e inclinar suavemente cada frasco. Não
inverter ou agitar o frasco. Cada frasco produzirá uma solução límpida e incolor de 5,0
mg/mL (a dose total extraível por frasco é de 35 mg, 7,0 mL).
3. Inspecionar visualmente os frascos reconstituídos quanto à presença de partículas e
alteração de cor. Não utilizar a solução reconstituída se houver partículas em suspensão
ou alteração de cor.
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4. Após a reconstituição, recomenda-se diluir prontamente os frascos. Se os frascos não
forem diluídos prontamente poderá ocorrer a formação de partículas.
5. FABRAZYME reconstituído deve ser diluído em solução para infusão de cloreto de sódio
9 mg/mL (0,9%), imediatamente após a reconstituição, para uma concentração final entre
0,05 mg/mL e 0,7 mg/mL. Determinar o volume total de solução para infusão de cloreto
de sódio 0,9% (entre 50 e 500 mL), com base na dose individual. Para doses menores que
35 mg usar um mínimo de 50 mL, para doses de 35 a 70 mg utilizar um mínimo de 100
mL, para doses de 70 a 100 mg utilizar um mínimo de 250 mL e para doses maiores que
100 mg utilizar apenas 500 mL. Para minimizar a interface ar / líquido, eliminar o espaço
de ar dentro da bolsa de infusão antes de adicionar FABRAZYME reconstituído.
Certificar-se de que a solução reconstituída de FABRAZYME foi injetada diretamente na
solução de cloreto de sódio 0,9%. Descartar qualquer frasco com solução reconstituída
não utilizada.
6. Inverter suavemente ou massagear levemente a bolsa de infusão para misturar a solução,
evitando agitação vigorosa.
7. FABRAZYME não deve ser administrado na mesma linha intravenosa com outros
produtos.
8. A solução diluída pode ser filtrada durante a administração através de um filtro em linha
de 0,2 μm de baixa ligação proteica.
Posologia
A dose recomendada de FABRAZYME é de 1,0 mg / kg de peso corporal, administrada a
cada 2 semanas como uma infusão intravenosa (IV).
Em estudos clínicos, a velocidade de infusão inicial IV foi administrada a uma taxa não
superior a 0,25 mg / min. ou 15 mg / hora. A velocidade de infusão pode ser reduzida, em
caso de ocorrência de reações associadas à infusão. Após ter sido estabelecida a tolerância do
paciente, a velocidade de infusão pode ser aumentada gradualmente nas infusões
subsequentes, conforme tolerado.
Para controlar os sintomas da doença de Fabry é recomendado que o tratamento com
FABRAZYME seja contínuo.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
A segurança e a eficácia de FABRAZYME não foram estabelecidas em pacientes com menos
de 16 anos e com mais de 65 anos e sendo assim, não se pode recomendar um regime
posológico para esses pacientes.
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Não são necessárias alterações na dose para pacientes com insuficiência renal. Não foram
realizados estudos em pacientes com insuficiência hepática.
A tabela a seguir apresenta a incidência de reações adversas relacionadas com
FABRAZYME, num total de 181 pacientes tratados em estudo de fase II no Japão, estudo de
extensão de fase I e II, estudos de extensão aberto / duplo-cego de fase III, estudos de
extensão aberto / duplo-cego de fase IV e estudo pediátrico de fase II para um mínimo de uma
infusão por no máximo 5 anos.
Os eventos adversos estão listados por frequência e de acordo com os termos da Classe de
Sistema de Órgãos do Dicionário Médico de Atividades Regulatórias (MedDRA). A maioria
destes eventos adversos relacionados ao produto foi avaliada como leve ou moderada em
intensidade.
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Incidência de reações adversas no tratamento com FABRAZYME nos estudos de fase II
no Japão, estudos de extensão fase I e II, fase III duplo-cego, fase III de extensão, fase IV
duplo-cego, fase IV de extensão e fase II pediátrico.
Sistema e/ou Orgãos > 10% dos pacientes
(Reações muito comuns)
≥ 1% até 10 % dos
pacientes a
(Reações
Comuns)
Distúrbios cardíacos --- Taquicardia, palpitações
Distúrbios oculares --- Lacrimejamento aumentado
Distúrbios gastrointestinais Náusea, vômito Dor abdominal, dor
abdominal superior,
desconforto abdominal,
desconforto gástrico,
hipoestesia oral
Distúrbios gerais e condições
do local de administração
Calafrios, pirexia, sensação
de frio
Fadiga, desconforto torácico,
sensação de calor, edema
periférico, dor, astenia, dor
torácica, mal-estar, edema
facial, hipertermia
Exames --- Aumento da pressão arterial,
aumento da temperatura
corporal, aumento da
frequência cardíaca,
diminuição da pressão
arterial
Distúrbios
musculoesqueléticas e do
tecido conectivo
--- Dor nas extremidades,
mialgia, dor nas costas,
espasmos musculares,
artralgia, tensão muscular,
rigidez musculoesquelética
Distúrbios do sistema
nervoso
Cefaleia, parestesia Tonturas, sonolência,
hipoestesia, sensação de
queimação, letargia
Distúrbios respiratórios,
torácicos e do mediastino
--- Dispnéia, congestão nasal,
aperto na garganta,
sibilância, tosse, dispneia
exacerbada
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Distúrbios da pele e tecido
subcutâneo
--- Prurido, urticária, rash
cutâneo, eritema, prurido
generalizado, edema
angioneurótico, edema facial
Distúrbios vasculares --- Rubor, hipertensão arterial,
palidez, hipotensão arterial,
onda de calor
a
Para o propósito desta tabela, ≥1% é definido como eventos que ocorrem em 2 ou mais pacientes.
A ocorrência de sonolência pode ser atribuída ao pré-tratamento com anti-histamínicos
especificado no estudo clínico.
As reações associadas à infusão, definidas como eventos adversos relacionados ao produto
ocorridos no mesmo dia da infusão, foram os eventos adversos mais frequentemente relatados
nos estudos de fase II no Japão, fase I e II de extensão, fase III duplo-cego, fase III de
extensão, fase IV duplo-cego, fase IV de extensão e fase II pediátrico. Estas reações
associadas à infusão incluíram eventos de calafrios, febre (pirexia / temperatura corporal
aumentada / hipertermia), sensação de mudança de temperatura (sensação de frio / sensação
de calor), hipertensão (pressão arterial aumentada), náuseas, vômitos, rubor (onda de calor),
parestesia (sensação de queimação), fadiga (letargia / mal-estar / astenia), dor (dor nas
extremidades), cefaleias, dor torácica (desconforto no peito), prurido (prurido generalizado),
urticária, dispneia (dispneia exacerbada), tonturas, sonolência e taquicardia.
Na maioria dos pacientes, os eventos adversos associados às infusões de FABRAZYME
foram controlados com sucesso usando-se as práticas médicas padrão, como a redução na
velocidade de infusão e / ou pré-medicação ou administração adicional de medicamentos anti-
inflamatórios não-esteroidais, antipiréticos, anti-histamínicos e / ou corticosteroides.
Os dados atualmente disponíveis demonstram que o número total de pacientes tratados com
FABRAZYME que sofrem qualquer evento adverso no mesmo dia da infusão diminuiu ao
longo do tempo.
A maioria destas reações associadas à infusão, acredita-se que estejam relacionadas com a
formação de anticorpos IgG e/ou ativação de complemento. A maioria dos pacientes
desenvolveu anticorpos IgG contra a beta-agalsidase (r-hαGAL), o que não é inesperado. O
tempo médio para soroconversão ficou dentro de 3 meses da primeira infusão de
FABRAZYME. A maioria dos pacientes soropositivos em estudos clínicos apresentou títulos
consistentemente baixos ou títulos em declínio ao longo do tempo: pacientes com resposta
baixa (maior valor do título foi ≤ 800), tolerantes (sem anticorpos detectáveis por
radioimunoprecipitação [RIP]), ou tendência decrescente (com base em uma redução de ≥ 4
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vezes no título da medida do pico para a última medição). Não houve nenhuma evidência de
que a soroconversão de IgG tivesse qualquer impacto sobre a eficácia de FABRAZYME.
Durante o período pós-comercialização, o perfil de reações adversas ao medicamento foi
geralmente semelhante ao observado durante os estudos clínicos. As reações adversas
observadas durante o período pós-comercialização incluíram: sensação de calor e frio, mal-
estar, dor musculoesquelética, edema, rinite, rinorreia e diminuição da saturação de
oxigênio/hipóxia. Foram observadas reações no local da infusão, mas não inesperadas
considerando a via de administração. Um paciente relatou um caso de vasculite
leucocitoclástica.
Um pequeno número de pacientes sofreu reações anafilactoides que, em alguns casos, foram
consideradas de risco de vida. Os sinais e sintomas de possíveis reações anafilactoides
incluíram eventos de angioedema localizado, urticária generalizada, broncospasmo e
hipotensão
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não houve relatos de superdose com FABRAZYME. Em estudos clínicos, os pacientes
receberam doses de até 3,0 mg / kg de peso corporal.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.