Bula do Faslodex produzido pelo laboratorio Astrazeneca do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FASLODEX
fulvestranto
AstraZeneca do Brasil Ltda.
Solução injetável
250 mg/5 mL
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FASLODEX®
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Solução injetável 250 mg/5 mL (50 mg/mL) em embalagem com uma seringa preenchida, contendo 5
mL da solução injetável, acompanhada de uma agulha estéril descartável.
VIA INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada seringa preenchida contém 250 mg de fulvestranto.
Excipientes: álcool etílico, álcool benzílico, benzoato de benzila e óleo de rícino.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FASLODEX é indicado para o tratamento de mulheres de qualquer idade e que estejam na pós-
menopausa, portadoras de câncer de mama localmente avançado ou metastático previamente tratadas
com um antiestrógeno, independente se o estado pós-menopausal ocorreu naturalmente ou foi
induzido artificialmente.
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Efeitos no tecido de câncer de mama in vivo
Estudos clínicos em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama primário e com tumores com
receptor de estrógeno (RE) positivo mostraram que o fulvestranto suprimiu significativamente a
expressão dos RE, de modo dose dependente. Houve também diminuição significativa da expressão
dos receptores de progesterona (RP – um marcador da ação estrogênica), consistente com os dados
pré-clínicos, que demonstraram que fulvestranto não tem atividade estrogênica agonista intrínseca
(Howell A et al. J Clin Oncol. 2002;20(16):3396-403, Wakeling AE et al Cancer Res 1991; (51): 3867).
Estas alterações nas expressões de RE e RP foram acompanhadas de redução na expressão de Ki67,
um marcador de proliferação da célula tumoral, que também foi relacionado à dose de FASLODEX
500 mg que teve efeito melhor que a dose de 250 mg (Osborne CK et al. J Clin Oncol. 2002;20(16):3386-
95).
Efeitos no câncer de mama avançado
Um estudo clínico de fase III (Estudo D6997C00002 - CONFIRM) foi finalizado, com 736 mulheres
na pós-menopausa com câncer de mama avançado que tiveram recorrência da doença ou após terapia
endócrina adjuvante ou progrediu após terapia endócrina para doença avançada (Di Leo, A et al. Cancer
Res 2009;69(24 Suppl):Abs 25). O estudo incluiu 423 pacientes, que apresentaram recorrência ou
progressão da doença durante terapia antiestrogênio (subgrupo AE) e 313 pacientes com recorrência
ou progressão durante terapia com inibidor de aromatase (subgrupo AI). Este ensaio comparou a
eficácia e segurança de FASLODEX 500 mg (n=362) com FASLODEX 250 mg (n=374). A
sobrevida livre de progressão (SLP) foi o desfecho primário. Os desfechos secundários de eficácia
incluíram: taxa de resposta objetiva (ORR), taxa de benefício clínico (CBR) e sobrevida global (SG).
A sobrevida livre de progressão para FASLODEX 500 mg foi significativamente mais longa que para
FASLODEX 250 mg (mediana de 6,5 meses para FASLODEX 500 mg e 5,5 meses para
FASLODEX 250 mg; HR=0,80; IC 95%: 0,68 a 0,94; p = 0,006).
A análise final da sobrevida global, com 75% de maturidade, demonstrou que FASLODEX 500 mg
foi associado a um aumento de 4,1 meses na mediana de sobrevida global e a uma redução de 19% no
risco de morte, em comparação à FASLODEX 250 mg (HR = 0,81; 95% CI 0,69 – 0,96; p = 0,016
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(valor nominal, uma vez que não foi feito ajuste para multiplicidade). Os resultados de eficácia são
resumidos na Tabela 1.
Tabela 1 Resumo dos resultados de desfecho primário (SLP) e desfechos de eficácia
secundários no estudo CONFIRM
Variável Tipo de avaliação;
comparação do
tratamento
Faslodex
500 mg
(n = 362)
250 mg
(n = 374)
Comparação entre grupos (Faslodex
500 mg/ Faslodex 250 mg)
Taxa de
risco
95% CI Valor de p
SLP Mediana de K-M
(meses); taxa de risco
Todas pacientes 6,5 5,5 0,80 0,68, 0,94 0,006
Subgrupo AE (n = 423) 8,6 5,8 0,76 0,62, 0,94 0,013
Subgrupo AI (n = 313)a
5,4 4,1 0,85 0,67, 1,08 0,195
SG
atualizad
ab
Mediana de K-M
Todas pacientes 26,4 22,3 0,81 0,69, 0,96 0,016c
Subgrupo AE (n = 423) 30,6 23,9 0,79 0,63, 0,99 0,038c
24,1 20,8 0,86 0,67, 1,11 0,241c
Diferença absoluta
(%)
95% CI
ORRd
% de pacientes com
OR; diferença absoluta
Todas pacientes 13,8 14,6 -0,8 -5,8, 6,3
Subgrupo AE (n = 296) 18,1 19,1 -1,0 -8,2, 9,3
Subgrupo AI (n = 205)a
7,3 8,3 -1,0 -5,5, 9,8
CBRe
CB, diferença absoluta
Todas pacientes 45,6 39,6 6,0 -1,1, 13,3
Subgrupo AE (n = 423) 52,4 45,1 7,3 -2,2, 16,6
36,2 32,3 3,9 -6,1, 15,2
a
Faslodex é indicado para pacientes com recorrência ou progressão da doença com terapia antiestrogênio. Os resultados no
subgrupo AI são inconclusivos.
b
SG (Sobrevida global) é apresentada para as análises atualizada e madura de sobrevida (75%)
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c
Valor nominal de p, sem ajustes para multiplicidade, entre as análises iniciais de SG a 50% de maturidade e as análises
atualizadas de sobrevida a 75% de maturidade (acompanhamento mínimo de 50 meses)
d
ORR (taxa de resposta objetiva) foi analisada em pacientes passíveis de avaliação de resposta na linha basal, isto é, aqueles
com doença mensurável na linha basal: 240 pacientes no grupo de Faslodex 500 mg e 261 pacientes no grupo de Faslodex
250 mg.
e
Pacientes com a melhor resposta objetiva da resposta completa, resposta parcial ou doença estável ≥ 24 semanas
SLP: Sobrevida livre de progressão (tempo entre a randomização e a primeira progressão ou morte por qualquer causa.
Duração mínima de acompanhamento de 18 meses); OR: Resposta objetiva; CBR: taxa de benefício clínico; CB: benefício
clínico; K-M: Kaplan-Meier; CI: Intervalo de Confiança; AI: inibidor de aromatase; AE: antiestrogênio
A Figura 1 representa um gráfico Kaplan-Meier dos dados atualizados de SG para o estudo
CONFIRM.
Estudos clínicos fase III (9238IL/0020 e 9238IL/0021) compararam a segurança e eficácia de
FASLODEX 250 mg com um inibidor da aromatase de terceira geração, o anastrozol.
Estes dois estudos clínicos de fase III foram finalizados com um total de 851 mulheres na pós-
menopausa com câncer de mama avançado que tiveram recorrência da doença durante ou após terapia
endócrina adjuvante ou progressão após terapia endócrina para doença avançada (Howell A et al. J Clin
Oncol. 2002;20(16):3396-403, Kuter I et al. Breast Cancer Res Treat. 2007;106(Suppl 1):Abs 23). No estudo
9238IL/0021 o tempo para progressão (TTP) para a comparação entre o FASLODEX 250 mg vs
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anastrozol foi como se segue: taxa de risco (IC 95,14%) = 0,92 (0,74 a 1,14) p= 0,43. No estudo
9238IL/0020 o TTP para a comparação de FASLODEX 250 mg vs anastrozol foi como se segue: taxa
de risco (IC 95,14%) = 0,98 (0,80 a 1,21), p= 0,84 (Howell A et al. J Clin Oncol. 2002;20(16):3396-403,
Kuter I et al. Breast Cancer Res Treat. 2007;106(Suppl 1):Abs 23).
Em geral, FASLODEX de 250 mg foi, pelo menos, tão eficaz quanto o anastrozol em termos de
resposta objetiva, benefício clínico, tempo para progressão, tempo para falha de tratamento e
qualidade de vida.
FASLODEX 250 mg mostrou maior duração de resposta em ambos os estudos. No estudo norte-
americano (Estudo 9238IL/0021), a duração mediana da resposta foi de 19,3 meses para FASLODEX
250 mg e 10,5 meses para anastrozol. No outro estudo (Estudo 9238IL/0020 – resto do mundo), a
duração mediana da resposta foi de 14,3 e 14,0 para FASLODEX 250 mg e anastrozol,
respectivamente (Howell A. et al. J Clin Oncol 2002; 20 (16):3396; Osborne CK et al. J Clin Oncol
2002; 20 (16): 3386).
Efeitos no endométrio na pós-menopausa
Os dados pré-clínicos de fulvestranto sugerem que ele não terá efeito estimulador no endométrio na
pós-menopausa (Wakeling AE et al Cancer Res 1991; (51): 3867).
Um estudo em voluntárias saudáveis na pós-menopausa mostrou que, em comparação ao placebo, o
pré-tratamento com FASLODEX 250 mg resultou em significativa redução da estimulação do
endométrio na pós-menopausa em voluntárias tratadas com 20 mcg por dia de etinilestradiol. Isso
demonstra o potente efeito antiestrogênico no endométrio na pós-menopausa (Addo S, Yates RABr J
Cancer. 2002;87(12):1354-9).
Tratamento neoadjuvante de duração de até 16 semanas em pacientes com câncer de mama tratadas
tanto com FASLODEX 500 mg ou FASLODEX 250 mg não resultaram em alterações significativas
na espessura do endométrio, indicando falta de efeito agonista (Kuter I et al. Breast Cancer Res Treat.
2007;106(Suppl 1):Abs 23). Não há evidências de efeitos adversos no endométrio das pacientes com
câncer de mama estudadas.
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Efeitos nos ossos
Tratamento neoadjuvante por até 16 semanas em pacientes com câncer de mama tratadas tanto com
FASLODEX 500 mg ou FASLODEX 250 mg não resultou em alterações clinicamente significativas
nos marcadores séricos de recaptação de massa óssea. Não houve evidência de efeitos adversos ósseos
nos estudos em pacientes com câncer de mama (Kuter I et al. Breast Cancer Res Treat. 2007;106(Suppl
1):Abs 23).
Propriedades Farmacodinâmicas
Estudos de farmacologia e mecanismo de ação estabeleceram que o fulvestranto é o primeiro agente
de uma nova classe de antiestrogênicos que leva à supressão dos receptores de estrogênio (RE), e
pode, portanto, ser descrito como supressor.
O fulvestranto exerce seus efeitos farmacológicos pela ligação de alta afinidade ao receptor de
estrogênio alfa (RE-alfa) e possui um novo mecanismo de ação que induz uma rápida perda de
proteína do RE-alfa das células de câncer de mama.
O fulvestranto é um inibidor potente e reversível do crescimento in vitro das células de câncer de
mama humano sensível ao estrogênio e tem maior potência e eficácia do que o tamoxifeno.
O fulvestranto inibe o crescimento de xenoenxertos do câncer de mama humano sensível ao estrogênio
no camundongo nu, é mais efetivo que o tamoxifeno na prevenção do surgimento de tumores das
células de câncer de mama humano do xenoenxerto e suprime o crescimento de tumores de mama por
até duas vezes mais do que o tamoxifeno. O fulvestranto inibe o crescimento in vitro de células de
câncer de mama resistentes ao tamoxifeno e in vivo de tumores de mama resistentes ao tamoxifeno.
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Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intravenosa ou intramuscular, fulvestranto é rapidamente depurado a uma taxa
próxima do fluxo sanguíneo hepático (nominalmente 10,5 mL de plasma/min/kg).
Entretanto, a injeção intramuscular de longa ação de FASLODEX mantém as concentrações
plasmáticas de fulvestranto em uma faixa estreita (de até 3 vezes) por um período de pelo menos 28
dias após a injeção.
A administração de FASLODEX 500 mg alcança níveis de exposição no ou perto do estado de
equilíbrio dentro do primeiro mês de dose (média [CV]: AUC 475 (33,4%) ng.dias/mL Cmax 25,1
(35,3%) ng/mL, Cmin 16,3 (25,9%) ng/mL, respectivamente).
Os resultados dos estudos de fulvestranto em dose única são preditivos da farmacocinética com
múltiplas doses.
Nenhuma diferença no perfil farmacocinético de fulvestranto foi detectada com relação à idade (faixa
de 33 a 89 anos).
Nenhuma diferença no perfil farmacocinético de fulvestranto foi detectada com relação aos grupos
étnicos.
Absorção
Fulvestranto não é administrado oralmente.
Distribuição
O fulvestranto mostrou distribuição rápida e extensiva e o volume aparente de distribuição no estado
de equilíbrio foi extenso (de aproximadamente 3 a 5 L/kg), o que sugere que a distribuição do
composto é, em sua maior parte, extravascular. O fulvestranto teve alta ligação às proteínas
plasmáticas (99%) quando em concentrações maiores do que aquelas para uso clínico.
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Frações lipoproteicas de VLDL, LDL e HDL parecem ser os principais componentes ligantes.
O papel da globulina de ligação do hormônio sexual, se existente, não pôde ser determinado. Nenhum
estudo foi conduzido sobre interações fármaco-fármaco de ligação protéica competitiva, como a
maioria das interações relatadas deste tipo, envolvendo a ligação de albumina e alfa-1-glicoproteína
ácida.
Metabolismo
A biotransformação e a disponibilidade de fulvestranto em humanos foram determinadas após
administração intramuscular e intravenosa de fulvestranto marcado com 14
C. O metabolismo de
fulvestranto parece envolver combinações de uma série de possíveis vias análogas de
biotransformação às dos esteroides endógenos, incluindo oxidação, hidroxilação aromática e
conjugação com ácido glicurônico e/ou sulfato nas posições 2-, 3- e 17- dos núcleos esteroidais e
oxidação da cadeia sulfóxido. O metabolismo de fulvestranto em humanos apresenta um perfil similar
de metabólitos aos encontrados em outras espécies. Os metabólitos identificados são menos ativos ou
exibem atividade similar ao fulvestranto em modelos antiestrogênicos. Estudos usando preparações
hepáticas humanas e enzimas humanas recombinadas indicam que o CYP3A4 é a única isoenzima do
citocromo P450 envolvida na oxidação de fulvestranto, entretanto, as vias não-P450 parecem ser mais
predominantes in vivo.
Excreção
O fulvestranto foi rapidamente depurado pelas vias hepatobiliares, sendo a taxa global determinada
pelo modo de administração. A excreção foi por via fecal e a eliminação renal do material fármaco-
relacionado foi desprezível (menor que 1%).
Populações especiais – insuficiência hepática
A farmacocinética do fulvestranto foi avaliada em estudos clínicos de dose única conduzidos em
indivíduos com insuficiência hepática categoria A e B de Child-Pugh devido à cirrose, usando uma
alta dose de uma formulação de curta duração de injeção intramuscular.
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Houve uma redução 1,3 e 2 vezes na média da depuração em indivíduos com insuficiência hepática
categoria A e B de Child-Pugh, respectivamente, comparado com indivíduos sadios, a qual conduziu a
um similar aumento na AUC. Não foram avaliados pacientes com categoria C de Child-Pugh.
Concentrações plasmáticas médias do estado de equilíbrio de modelos intramusculares do fulvestranto
em indivíduos com insuficiência hepática categoria A e B de Child-Pugh estão dentro da maior taxa de
concentração esperada para pacientes com função hepática normal que receberam formulação
intramuscular. Devido ao perfil de segurança conhecido do fulvestranto, o ajuste de dose não é
considerado necessário.
Dados de segurança pré-clínica
Toxicidade aguda
A toxicidade aguda de fulvestranto é baixa. Em roedores, a dose letal mediana foi maior que 70 mg/kg
após administração intramuscular (mais que 400 vezes a dose clínica), maior que 50 mg/kg após
administração intravenosa e maior que 2000 mg/kg após administração oral.
Toxicidade crônica
O fulvestranto foi bem tolerado em todas as espécies animais nas quais foi testado. Nos estudos de
toxicidade com doses intramusculares múltiplas em ratos e cachorros, a atividade antiestrogênica de
fulvestranto foi responsável pela maioria dos efeitos observados, particularmente no sistema
reprodutor das fêmeas, mas também em outros órgãos sensíveis a hormônios em ambos os sexos. Não
houve evidência de outra toxicidade sistêmica em ratos com doses de até 10 mg/rato a cada 15 dias por
6 meses ou em cachorros com doses de até 40 mg/kg a cada 28 dias por 12 meses.
Em estudos com cachorros, após administração oral e intravenosa, foram observados efeitos no
sistema cardiovascular (elevações discretas do segmento S-T no ECG com dose oral e parada sinusal
em um cachorro com dose intravenosa), mas esses efeitos ocorreram em animais expostos a doses bem
mais altas de fulvestranto do que aquelas administradas em pacientes (Cmax > 15 vezes) e foram,
então, consideradas insignificantes para a segurança da dose clínica em humanos.
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Mutagenicidade
O fulvestranto não mostrou potencial genotóxico.
Toxicologia reprodutiva
O fulvestranto mostrou efeitos sobre a reprodução e o desenvolvimento embrionário/fetal consistentes
com sua atividade antiestrogênica, em doses similares à dose clínica. Em ratos, o fulvestranto causou
redução reversível da fertilidade das fêmeas e da sobrevida do embrião em doses de 0,01 mg/kg/dia e
acima, distócia e incidência aumentada de anormalidades fetais, incluindo curvatura do tarso. As
coelhas que receberam fulvestranto em dose ≥ 1 mg/kg/dia não mantiveram a gravidez e, em doses de
até 0,25 mg/kg/dia, foram observados aumento do peso placentário e perda pós-implantação, mas sem
efeito no desenvolvimento fetal.
Carcinogenicidade
Um estudo de carcinogenicidade em ratos, por dois anos (administração intramuscular), mostrou
aumento da incidência de células tumorais granulosas benignas de ovário em fêmeas que receberam
altas doses, 10 mg/rato/15 dias.
Em um estudo de oncogenicidade de dois anos em camundongos, a administração oral foi associada a aumento
da incidência de tumores do estroma do cordão sexual no ovário (tanto benignos, quanto malignos) com doses de
150 mg/kg/dia e 500 mg/kg/dia. Os níveis de exposição sem efeitos adversos observados (NOEL) para estes
achados foram de 10 mg/rato/30 dias em ratos e 20 mg/kg/dia em camundongos, respectivamente.
A indução nestes tumores é consistente com as alterações do mecanismo regulador (feedback)
endócrino farmacológico-relacionado a níveis gonadotrópicos causados por antiestrogênico nos ciclos
dos animais. Portanto, estes achados não são considerados relevantes para o uso de fulvestranto em
mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado.
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FASLODEX é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao fulvestranto ou a
qualquer componente da fórmula.
O fulvestranto é metabolizado primariamente no fígado.
Deve-se ter cuidado ao usar FASLODEX em pacientes com insuficiência hepática, pois a depuração
pode ser reduzida (ver itens “Posologia e Modo de Usar” e “Características Farmacológicas –
Propriedades Farmacocinéticas”).
Deve-se ter cuidado antes de tratar os pacientes que tenham depuração de creatinina menor que 30
mL/min (ver item “Características Farmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas”).
Deve-se ter cuidado antes de tratar pacientes com sangramento ou trombocitopenia ou em uso de
anticoagulante, devido à via de administração.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: é improvável que FASLODEX
interfira na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Entretanto, durante tratamento com
FASLODEX foi relatada astenia, e deve-se observar com cuidado os pacientes que apresentam esse
sintoma ao dirigir veículos ou operar máquinas.
Este medicamento pode causar doping.
Uso durante a gravidez e a lactação:
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
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Como esperado com um antiestrogênico potente, estudos em animais têm mostrado toxicidade
reprodutiva (ver item “Características Farmacológicas”, subitem “Toxicologia reprodutiva”). O
fulvestranto é encontrado no leite de ratas em níveis significativamente maiores do que os níveis
plasmáticos. O risco potencial para humanos é desconhecido. Portanto, o uso de FASLODEX deve
O fulvestranto não inibe significativamente quaisquer isoenzimas principais do citocromo P450 (CYP)
in vitro, e resultados de um estudo de farmacocinética clínica envolvendo coadministração de
fulvestranto com midazolam também sugerem que doses terapêuticas de fulvestranto não terão efeito
inibitório no CYP3A4. Em adição, embora o fulvestranto possa ser metabolizado pelo CYP3A4 in
vitro, um estudo clínico com rifampicina não mostrou alterações na depuração de fulvestranto como
um resultado da indução da CYP3A4. Resultados de um estudo clínico com cetoconazol, um potente
inibidor do CYP3A4, também indicaram que não há alterações clinicamente relevantes na depuração
de fulvestranto. Não é necessário ajuste de dose em pacientes recebendo inibidores ou indutores do
CYP3A4.
FASLODEX deve ser conservado sob refrigeração (2ºC a 8°C) e protegido da luz.
FASLODEX tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
FASLODEX é apresentado em seringas preenchidas contendo solução injetável, um líquido viscoso
claro de cor amarelada.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Posologia
Mulheres adultas (incluindo idosas): a dose recomendada de FASLODEX é de 500 mg, a ser
administrada por via intramuscular em duas injeções de 5 mL, uma em cada nádega, no intervalo de 1
mês com uma dose adicional de 500 mg dada 2 semanas após a dose inicial. É recomendado que a
injeção seja administrada lentamente.
Crianças: não é recomendado o uso em crianças ou adolescentes, já que a segurança e a eficácia não
foram estabelecidas nestes grupos etários.
Pacientes com insuficiência renal: não é recomendado ajuste de dose para pacientes com depuração
de creatinina maior que 30 mL/min. A segurança e a eficácia não foram avaliadas em pacientes com
depuração de creatinina menor que 30 mL/min (ver item “Advertências e Precauções”).
Pacientes com insuficiência hepática: não é recomendado ajuste de dose para pacientes com
insuficiência hepática categoria A e B de Child-Pugh.
O uso do FASLODEX não foi avaliado em pacientes com insuficiência hepática categoria C de Child-
Pugh (ver itens “Advertências e Precauções” e “Características Farmacológicas – Propriedades
Farmacocinéticas”).
Idosos: não é necessário ajuste de dose para pacientes idosas.
Interações que necessitam ajuste de dose: não existem interações medicamento-medicamento
conhecidas que necessitem ajuste de dose.
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Modo de usar
FASLODEX deve ser administrado por via intramuscular nas nádegas, por um profissional de saúde,
sob supervisão médica. É recomendado que a injeção seja administrada lentamente.
Atenção: não autoclavar a agulha com dispositivo de segurança antes do uso (BD SafetyGlideTM
–
Agulha Hipodérmica Blindada). As mãos devem permanecer atrás da agulha em todos os momentos durante
o uso e descarte.
Para cada seringa:
− Remova a seringa de vidro da embalagem e verifique se não está danificada.
− Quebre o selo de plástico branco que cobre o conector Luer-Lok da seringa para remover a
borracha de proteção (ver Figura 2).
Figura 2
− Gire para fixar a agulha ao conector Luer.
− Retire a agulha com dispositivo de segurança (SafetyGlideTM
) da embalagem.
− Coloque a agulha com dispositivo de segurança no conector Luer-Lok (ver figura 3).
Figura 3
− Gire até que fique firmemente fixado.
− Puxe o envoltório até o final da agulha para evitar danificar a ponta da agulha.
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− Transporte a seringa preenchida até o ponto de administração.
− Retire o envoltório da agulha.
− Soluções parenterais devem ser inspecionadas visualmente quanto à presença de partículas e
descoloração antes da administração.
− Retire o excesso de ar da seringa.
− Administrar lentamente por via intramuscular (1-2 minutos/injeção) na nádega. Para uso
conveniente, o bisel deve ser orientado para cima, como mostra a Figura 4.
Figura 4
− Após injeção, ative imediatamente o sistema de proteção da agulha após a aplicação,
empurrando a alavanca para ativar o mecanismo de cobertura (ver Figura 5).
Figura 5
NOTA: ativar o sistema de proteção da agulha longe de si e dos outros. Ouça um clique e confirme
visualmente que o dispositivo está protegendo completamente a agulha.
FASLODEX deve ser utilizado até o médico definir quando deve ser interrompido uso deste
medicamento.
Se por alguma razão o paciente não puder comparecer na data marcada para fazer uso da medicação,
FASLODEX pode ser administrado 3 dias antes e 3 dias depois dessa data.
Para segurança e eficácia do medicamento, FASLODEX não deve ser administrado por vias não
recomendadas. A administração deve ser feita somente pela via intramuscular.
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Na ausência de estudos de incompatibilidade, este medicamento não deve ser misturado a outros
produtos medicinais.
As categorias de frequências de reações adversas a medicamentos (RAM) a seguir foram calculadas com base
no grupo de tratamento de FASLODEX 500 mg em análises conjuntas de segurança do estudo CONFIRM
(Estudo D6997C00002), do FINDER 1 (Estudo D6997C00004), do FINDER 2 (Estudo D6997C00006), e do
NEWEST (Estudo D6997C00003) estudos que compararam FASLODEX 500 mg com FASLODEX 250 mg.
As frequências na tabela a seguir foram baseadas em todos os eventos relatados, independentemente da avaliação
do investigador da causalidade.
Tabela 2 Resumo das Reações Adversas observadas em ensaios clínicos para FASLODEX 500 mg
Frequência Sistema de Classificação de Órgãos Reação Adversa
Muito comum (≥ 10%) Distúrbios gerais do local de
administração
Distúrbios hepatobiliares
Distúrbios gastrointestinais
Reações no local de administração,
astenia
Aumento das enzimas hepáticas
(ALT, AST, ALP)a
Náusea
Comum (≥ 1 - < 10%) Distúrbios vasculares
Distúrbios do sistema nervoso
Distúrbios de metabolismo e
nutrição
Afecções da pele e tecido
subcutâneo
Infecções e infestações
Distúrbios do sistema imune
Ondas de calor
Cefaleia
Bilirrubina elevadaa
Vômito e diarreia
Anorexia
Rash
Infecção urinária
Reações de hipersensibilidade
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Afecções musculoesqueléticas e
dos tecidos conjuntivos
Artralgia, dorsalgia
Incomum (≥ 0,1% e <1%) Distúrbios hepatobiliares
Sangue e sistema linfático
Insuficiência hepáticab
, hepatiteb
,
gama-GT elevada
Contagem reduzida de plaquetas
a baseado em qualquer alteração grau CTC a partir da linha basal
b
A reação adversa não foi observada nos estudos clínicos principais (CONFIRM, FINDER1, FINDER2, NEWEST). A frequência foi
calculada usando o limite superior do intervalo de confiança de 95% para a estimativa pontual. Frequência calculada como 3/563 (onde
563 é o número de pacientes nos estudos clínicos principais), o que equivale à categoria “Incomuns”.
Com base nos dados obtidos dos estudos clínicos, não há nenhuma evidência de uma relação causal entre
FASLODEX e eventos relatados como incomuns ou raros.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.